Muito do comércio de CaraÃva é improvisado. Você repara de cara que o restaurante foi criado há pouco tempo, que os garçons acabaram de ser contratados e, muitas vezes, não sabem nem os detalhes dos pratos. Tudo bem, coisa normal em vilas muito pequenas que bombam só em determinadas épocas do ano. Na maioria das vezes, você encara na boa a confusão, acha até simpático. Mas se a fome e a sede são grandes, é bem verdade que dá saudade de um serviço mais profissa.
Pois bem, o serviço mais profissa que encontrei em CaraÃva foi num boteco. O Boteco do Pará. É provavelmente o mais popular da vila, aquele que fica mais lotado naquele horário pós-praia, mas ainda assim (ou por isso mesmo) dá conta do recado.
A comida é boa, a cerveja é gelada e a caipivodka de cajá, um espetáculo. Para completar, as mesinhas ficam quase na beira do rio e o pôr-do-sol é de lascar. O serviço é frenético e, o mais bacana, me pareceu ser feito por gente da terra mesmo (digo isso porque muitos desses bares e restaurantes de temporada acabam contratando gente de outras cidades para trabalhar).
Uma dica boba, mas válida: nos dias em que não bate nem uma brisa, comer o peixe pode significar lidar com um monte de moscas atraÃdas pelo cheiro bom. Comemos dois dias seguidos: no primeiro, com um ventinho amigável, foi uma maravilha. No segundo, sem nenhum arzinho se manifestando, foi bastante irritante. Então, se for comer peixe, leve isso em consideração (pelo menos no verão!)
Só para completar a dica gastronômica, se tua idéia é comer algo mais sofisticado (e, consequentemente, mais caro), vale a pena ir nos restaurantes italianos Tatuassu e Mangue Sereno.
Helena, eu aposto que você não provou a cocada do Pará. Heresia.
É uma coisa assim, meio coco, chocolate e banana. Digo, sem banana (mas uma coisa inenarrável, mereceu até postagem via sedex para uma grande amiga minha em SP). Banana tinha na "nêga maluca" do restaurante natureba da Lua -- conheceu?!
Pronto, achou duas desculpas mais-que-perfeitas para voltar a CaraÃva...
Não, Paula, você adivinhou. Não provei. Mas imagina se já enchia de mosca no peixe, imagina no doce... :)
Tenho todas as desculpas do mundo para voltar a CaraÃva. Por uma série de fatores, essa viagem não valeu.
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