Botequim do Serafim

O Serafim já se foi, que os céus e os deuses lhe conservem bem na outra vida, mas o bar e restaurante continua ali. O nome continua o mesmo mas agora quem cuida é o Marcelo e o Juca (que está dominando o Centro do Rio, já virou griffe).

O Serafim fica mais aos cuidados do Marcelo (carioca filho de espanhóis), Juca tem estado muito pouco pois agora virou personalidade. Abriu uma série de bares e restaurantes e edita até o Jornal do Juca que distribui gratuitamente pelas suas casas na Lapa e Flamengo.

O Juca (português de Trás-os-Montes como o Serafim) é uma figura com seus bigodes tradicionais com as pontas levantadas que ele cultiva com carinho. O movimento no Botequim do Serafim (de quem Juca comprou) é intenso tanto pra comer quanto beber. Fica numa área estratégica junto a uma padaria, um açougue, uma farmácia e uma agência de correios. Além disso, o pessoal que aguarda o ônibus para subir Santa Teresa acaba bebendo um chopinho por ali.

Para comer, meu prato predileto é a Capa de filé (muito macia) ao molho ferrugem que pode vir com fritas, farofa, arroz e feijão ou com arroz e brócolis. Geralmente peço meia porção (R$ 13,00) que dá muito bem pro gasto.

Os cozinheiros são o Manuel e o seu Francisco, cearenses legítimos. O Raimundo, que atende as mesas, diz que os pratos que tem mais saída são a Capa de Filé à Moda, a Lula com arroz e brócolis e a Rabada com batata e agrião. Mas o cardápio é enorme, não sei pra que tanta coisa. Além disso ainda tem um braseiro para frangos, carnes, linguiçinhas e o Bacalhau.

Pra ficar nos preços médios saiba que as sugestões vão de R$ 23,00 à R$ 36,00. Tem também uma série de cachaças mineiras da região de Salinas além do tradicional Coquinho do Juca.

Aliás, foi assim que conheci o Juca. O seu primeiro bar, ainda na Rua Paissandu tinha como atração essa cachaça que ficava mergulhada no interior de um coco.

Mas vocês devem querer conhecer o resto do time do Serafim não é mesmo? Então (além dos já citados) eis a escalação: No caixa ficam a Rosiane de dia e a Neis Maria de noite. O Gilmar é uma espécie de coordenador-faz-tudo, Cristiano é o gerente, o Roberto é o ajudante de cozinha junto com o José (de noite), o Josué dirige os copos, e de noite temos dois garçons o Barbosa e o popular Mário. É pessoal... tá pensando que tocar um boteco desses é mole? Tem que ter gente!

No sábado, o pessoal que vem pra Roda de Choro na feira da R. Gal. Glicério costuma descer pra almoçar no Serafim.

Vocês ainda não conhecem? Tá na hora...