Quando BrasÃlia passou a ser a capital do Brasil, muitos funcionários públicos de outras regiões do paÃs vieram parar por aqui. Desses, alguns carregaram consigo clarinete, cavaquinho, flauta, violão, pandeiro e a paixão por um gênero musical genuinamente brasileiro, o Choro. O citarista Avena de Castro, o flautista Bide, o percussionista Pernambuco do Pandeiro, o saxofonista Nilo Costa, o trombonista Tio João e o violonista Hamilton Costa, entre outros, se juntaram em BrasÃlia à pianista Neuza França, a flautista Odete Ernest Dias, ao percussionista Valci e ao cavaquinista Francisco Assis Carvalho.
No começo, os amigos se reuniam na casa de um ou de outro para fazer música. Mas foi na década de 70 que passaram a tocar em espaços públicos. Numa dessas apresentações, o então governador do DF, Elmo Serejo Farias, gostou e apostou no projeto apresentado pelos músicos: uma sede para ensaios e apresentações. O governador cedeu um espaço que, na época, era um antigo vestiário do Centro de Convenções. Bastaram alguns anos para que em 9 de setembro de 1977 fosse fundado o Clube do Choro de BrasÃlia. Depois de um começo áureo com o prestÃgio de músicos da cidade, o Clube passou por problemas e ameaça de despejo devido à precariedade das instalações e de contÃnuos furtos na sede.
No entanto em 1993, o novo presidente do Clube do Choro, Henrique Lima Santos Filho, mais conhecido como Reco do Bandolim, regularizou a situação do local e encomendou ao arquiteto Fernando Andrade um novo projeto para o Clube do Choro, com o aval de Oscar Niemeyer. Além desse apoio, o Clube contou com a ajuda de feras como o violonista Raphael Rabelo e do bandolinista Armando Macedo que fizeram shows no Teatro Nacional, sem cobrar cachê e cederam a renda da bilheteria para a reconstrução da nova casa dos "chorões".
A reforma terminou em 1997, ano em que o Clube do Choro tirou do papel um projeto cultural que visava homenagear anualmente ilustres músicos brasileiros. Ao longo de dez anos, o público da cidade pôde relembrar e conhecer obras de Pixinguinha, Jacob do Bandolim, Chiquinha Gonzaga, Waldyr Azevedo, Ernesto Nazareth, Ary Barroso, Garoto e Villa-Lobos. No ano passado, foi a vez da casa fazer as honras para a música do maestro, arranjador, compositor e pianista Radamés Gnatalli, quem introduziu arranjos orquestrais na música popular, utilizando-se de instrumentos de cordas para valorizar trabalhos de artistas de peso como Orlando Silva, Ary Barroso e Laurindo Almeida.
Ao longo dos últimos dez anos, o Clube do Choro se orgulha da realização de 1.100 espetáculos, de nada mais nada menos que 800 artistas de várias regiões do Brasil e de outros paÃses (Inglaterra, França e EUA) reunindo um público de aproximadamente 350 mil pessoas. Para 2007, o Clube do Choro reserva surpresas numa programação que envolve clássicos e novidades da música instrumental brasileira. Basta conferir a programação semanal, que sai nos jornais da cidade, ou ligar para (61) 3327-0494.
Pena que acabou a fase de edição.
Sugestão para próxima vez: coloque uma foto do local.
Abraços
Poxa, gente... Bem, gostaria de explicar que tentei colocar uma imagem do Clube do Choro e não consegui uma que representasse bem o lugar. Vou ficar devendo essa, mas em breve adiciono, ok?
abraço,
Ok, eu entendo. É que a gente fica curioso. Atmosfera de barzinho da Lapa é sempre legal de ver.
Abraços
Excelente matéria, Maju! :D
O Clube do Choro tava merecendo uma apresentação como essa, e você a fez com maestria!
Quanto a uma foto que represente o local, bem sei que é difÃcil (pois eu mesmo não saberia que foto usaria). Vamos fazer assim: se quiser, você bate umas fotos do local e publica o set de fotos no Banco de Cultura, e coloca um link por aqui. Ia ficar legal, né? :D
Abraços do Verde.
E parece que vai sair outro projeto arquitetônico do Oscar para o Clube. Já foi desenhado, aprovado, não sei o que falta pra execução.
O Reco já anunciou! Acho que estão aproveitando esses 30 anos de Clube para lançarem. Parece que com o incentivo da PETROBRAS cultural vão tocar o projeto.
Alguém sabe onde ficará a nova sede? A Escola de Choro está junto? O que ocorrerá com o espaço antigo.
Se alguém souber me conte! Tô doida pra saber!
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