Peço a licença dos senhores para contar minha história e dar minha dica.
Nesse site de muita serventia quem quiser se informar não perde tempo.
Cultura, arte, cidadania e reflexão
Histórias de arrepiar e enternecer, da capital ao sertão.
E por falar em sertão, digo com propriedade sem medo de erro
Espalhado nas feiras, pendurado em cordões
Um livreto chamado Cordel causa curiosidade e admiração.
Cordel é literatura das boas, informa, diverte e educa,
Nos versos rápidos dos poetas tudo que é fato ou imaginação vira informação
Nordestino que se preze tem na memória ou na ponta da lÃngua
Os nomes das histórias ou dos poetas que percorrem o sertão.
Um desses nomes é Josenir Lacerda, poeta cordelista que há vinte anos possui a Cordel e Arte, uma lojinha que como o nome sugere pode-se encontrar além do cordel, diversos produtos tÃpicos do Nordeste: bonecas de pano, cabaças, xilogravuras, figuras esculpidas em madeira, bordados e tantos outros badulaques. A lojinha é uma verdadeira bodega cultural, fartamente incrementada com os conhecimentos preciosos da proprietária sobre tudo quanto é cultura popular.
Dona Josenir pertence à Academia de Cordelistas do Crato, fundada em 1991, por Elói Teles, também cordelista e radialista.
A lojinha foi a primeira sede da Academia, por estar no centro da cidade e já ser conhecida pelos artistas. Era, portanto, mais do que natural marcar as reuniões ali. Desde então, “cabou-se privacidadeâ€, diz Josenir. A qualquer hora do dia e da noite, artistas, visitantes e clientes batem à porta da poetisa para comprar algo ou bater um papo.
Bater papo é outra diversão quase obrigatória da visita. Não há um só dia em que lá não se reúnam poetas, músicos, professores, pesquisadores e estudantes, conversando animadamente. E olhe que segundo a proprietária, vem gente de todas as partes do paÃs e do mundo para pesquisar. O passeio quase sempre começa pela lojinha e, em chegando lá, a poetisa dá uma verdadeira aula sobre literatura de cordel: sua história, os poetas de destaque, a importância e maneiras de se escrever um bom cordel. Depois a Academia e as feiras-livre são outros dos tantos destinos para se entender mais sobre essa literatura tão rica e segundo a própria Josenir, “eterna, pois cultura alguma resiste sem essênciaâ€.
A divulgação da cultura popular e a luta pela sua preservação são missões da Cordel e Arte, que recebe material de poetas de todo Nordeste. Espalhadas em suas paredes, mais de 300 tÃtulos de cordéis estão disponÃveis a preços irrisórios, variando de R$ 1,50 a 2,00. “Mas o estudante que chegar aqui interessado em cultura e só tiver um real vai levar o cordelâ€, garante Josenir. Há tÃtulos raros como “O Pavão Misteriosoâ€, de Leandro Gomes de Barros, e “Coco Verde e Melanciaâ€.
Segundo Abdoral Jamacaru, poeta e músico, a loja é um espaço de convergência, um ponto de encontro agradável. E como se não bastasse, Josenir e seu esposo Miguel, transformaram-se em verdadeiros pais para os freqüentadores mais assÃduos. “O espaço é pequeno, mas de muita valiaâ€, completa Abdoral.
Não há dúvidas sobre isso, aliás, a luta pela preservação das formas tradicionais de fazer a literatura de cordel e a valorização dessa leitura são um dos grandes valores nesse lugar onde se respira honestidade e camaradagem, ou como diria o professor de artes, Ulisses Germano: “só tenho uma coisa a dizer: aqui é o céu.â€
Patativa de Assaré inspira qualquer um...lindo casal cordelistas...Parabens Candice, mais uma colaboração que brilha no Over. Este tem que ir para a "first page".Votarei....
Bejos,
Uau, Candice! Arrebentou na descrição! Que simpatia a Josenir!
Helena Aragão · Rio de Janeiro, RJ 17/10/2007 13:34Bacana demais essa sua postagem. Parabéns um belÃssimo e precioso trabalho. Adorei seu texto Candice. Marquei e volto.
Rita Costa · Rio de Janeiro, RJ 17/10/2007 17:54
Candice!!!
Irmanamo-nos pelo gosto ao Cordel, essa secular arte!!! Aqui em Aju City temos alguns novos (como o Chiquinho d'Além Mar) e da velha guarda, como o sr João Firmino, que tem uma banca no Mercado Municipal.
Vou tentar fazer com que um amigo escreva no Over sobre a cena de cordel, pois, apesar de gostar muito não tenho o devido conhecimento (tá certo que tem o Google e tal, mas...) para intentaar fazê-lo. Não digo que seja impossÃvel, mas sim que outro, com certeza!, fará melhor que eu.
Aguarde... assim que tiver convencido esse meu amigo te avisarei!
GRANDE abraço!!!
oi, Candice!
conheço pouco de cordel, mas tenho uma impressão que eles traduzem regionalidade, verdade, talento e quem o faz artimanha com as palavras.
fiquei à partir do seu texto interessada em conhecer mais a respeito e quando um dia for ao Crato conhecer também a Cordel e Arte.
bjo!
Candice, profetizei quando afirmei que ainda não conhecia Crato, não conhecia pois agora vc está nos mostrando, tim-tim por tim-tim o que sua terra tem. E que maravilhas estou encantada.
Parabens querida!
Brilhante, Candice. Seu trabalho é muito bom! Cativa...
Abraços,
Nydia
Legal Candice, o Crato é um caldeirão efervecente de estilos culturais. E essa sua iniciativa de divulgar as diversas tendências culturais; só temos que agradecer e enaltecê-la. Parabens.
calazans · Recife, PE 18/10/2007 15:10
Adoro Cordel.
Já marquei para voltar e comentar. E é claro, votar. Não dá para não votar em seus trabalhos, ainda mais quando você apresenta o "Cordel".
Como não?
Abraços!!!
Ô menina bonita,
Ontem e hoje visitei alguns cebos em s,paulo procurando
alguns dos livretos das cantorias de Cego Aderaldo e Zé Pretinho,
não consegui. Qualquer hora dessas vou ao crato,
um abraço, andre.
Conhecço pouco desta cultura nordestina, mas gosto muito. Adorei as fotos. Bjs
Joana Eleutério · BrasÃlia, DF 20/10/2007 22:53olá... um prazer encontrar este cantinho no Cariri, uma região que transborda e valoriza a cultura popular na sua transmissão e preservação. Venha tomar um cafezinho com bolo da moça... rs. Abraços
analuizadapenha · Natal, RN 21/10/2007 12:49
CANDICE,
parabéns aos que amam o cordel e não o deixam morrer!
Maravilhosa divulgação!
Abçs de Betha.
Que maravilha! Votado, claro!
Flores sempre @>--
Eu adorei a matéria! A poetisa Josenir Lacerda é minha mãe e eu estou presente no dia a dia das mais variadas visitas que por aqui passam.. Para mim, é um aprendizado diário de diversificada cultura, aprendo bastante com quem anda aqui e com minha própria mãe!!!
Sou fã dela.. Ela é uma ótima cordelista, professora, psicóloga, orientadora... Psicóloga sim, pois vem gente triste e começa a conversar com ela... sai daqui de alma limpa!!!
Parabém Candice, Teresa Raquel e para minha mãe!
(belo site, adorei conhecê-lo.)
Nossa Luds, nós - eu e tereza raquel - que ficamos orgulhosas e felizes com a sua presença por aqui!!!!!! que ótimo que tens uma mãe tão cheia de riquezas pra ensinar!! Isso sim é que é sorte, contar com alguém tão bacana, daquele tipo de gente que faz o coração vibrar de tão bons fluidos.
beijos e volte sempre. e espero que a Josenir eo Miguel tenham gostado da matéria!!!!
Parabéns, Candice!
Ótima a matéria.
A cultura de cordel
é muito rica e feliz,
sejam setilhas ou sextilhas
ou a quadra que o poeta diz
traduzindo a alegria
de tudo que ele um dia quis.
Parabéns pela matéria.
Tintas Industriais
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