A Feira da Torre pode ser encontrada aos pés da torre de TV, em BrasÃlia, e rezam as lendas que a feira funciona aos finais de semana desde 1970. Apesar do que insistem em dizer alguns jornais, a feira da torre tem tudo que uma boa feira que se preze deve ter e não é à toa que ela é também conhecida como feira hippie aqui por essas bandas.
Lá você pode saborear iguarias como o adorável pastel com caldo de cana, pamonhas e até comida baiana, por quantias módicas. O visitante não deve se assustar com as reportagens sobre a possÃvel origem e higiene duvidosas da comida da feira. Oras, isso seria o mesmo que querer que a barraquinha de cachorro-quente da esquina fosse aprovada pela vigilância sanitária. Pessoalmente acho que a comida de rua é um dos maiores prazeres da vida, especialmente a das feiras.
Na feira, pode-se encontrar barracas de artesanato, móveis (muito bonitos, diga-se de passagem), bijuoterias e roupas, entre outras coisas. As roupas em estilo tie-dye, outras feitas tecidos leves e coloridos ou de algodão, misturam-se à profusão de acessórios de madeira e sementes, entre alguns feitos de metal, e são em termos os responsáveis pelo apelido de feira hippie que a feira da torre ganhou.
Aposto que, assim como eu, para muitos brasilienses a feira da Torre é parte importante das memórias de infância. Ir para lá soltar pipa, comprar um catavento, roupas de bonecas ou miniaturas de móveis que, eventualmente, serviam para essas mesmas bonecas se conjuga à s outras fases da vida, como aquela em que se vai à feira para comprar roupas e acessórios que vão ajudar a marcar sua identidade de adolescente em BrasÃlia. E não para por aÃ. Sempre se pode ir lá comprar móveis para a casa, ou retornar aos seus próprios tempos de infância indo comprar brinquedos para seus filhos, sobrinhos ou filhos de amigos queridos. A Feira da Torre atravessa as gerações e a história de vida daqueles que, assim como eu, são filhos dessa capital.
Existe um projeto de revitalização da feira da torre que inclui boxes permanentes, cobertura retrátil (vale lembrar que a feira é ao ar livre), a transformação do aglomerado de barracas de comida numa praça de alimentação (mas hein?), e banheiros de qualidade. Dos banheiros de qualidade não dá para reclamar. Convenhamos, os banheiros atuais da Torre de Tv não são bem o que se pode chamar de agradáveis. Mas cá pra nós, esse projeto me cheira a transformar a feira num, digamos, shopping popular; coisa que muito me desagrada. As feiras têm seu charme particular, principalmente para as pessoas que passaram a vida inteira freqüentando uma determinada feira. Pode até ser purismo, mas feira para mim tem que ser na rua, ao ar livre mesmo, daquelas em que o pessoal chega cedinho para garantir um boxe bem localizado para suas coisinhas, e com aquele amontoado de barracas de comidas que nem chegam perto do que parece com restaurantes ou lanchonetes.
(escrita em colaboração com PatrÃcia Nardelli)
Esta matéria é um complemento à matéria do xará Daniel Cariello, escrita em 2006.
tive em brasÃlia em setembro e não fui na feira por falta de tempo! é um lugar muito bacana! fora a torre que tem uma vista linda!
Guilherme Mattoso · Niterói, RJ 26/10/2007 08:27
mais dois comments:
1) tb tenho ótimas lembranças de qdo visitava brasÃlia na minha infância... aquele monte de brinquedos e cores era o máximo pra mim.
2) sobre transformar a feira num shopping popular... dependendo muito do caso não acho que seja uma reformulação ruim. no rio, por exemplo, a tradicionalÃssima feira de tradições nordestinas (a popular "feira dos paraÃbas") era na rua totalmente caótica e muito bacana. hoje, ela foi organizada e estruturada num antigo pavilhão e não perdeu seu charme... muito pelo contrário, virou, de fato, uma grande atração não só para os imigrantes nordestinos, mas tb para cariocas e turistas.
"Apesar do que insistem em dizer alguns jornais"... O que dizem esses jornais malvados? Fiquei curiosa!
Helena Aragão · Rio de Janeiro, RJ 26/10/2007 16:32
Suas dicas são sempre sensacionais, xará! Agora deu saudade da feira.
Abs!
Valeu pelos elogios, Xará. Que bom que gosta!
Tenho que arranjar tempo para escrever mais dicas.
Obrigado a todos pelos comentários.
Abração do Verde.
Daniel, meu caro... qndo morei em BrasÃlia (1994), essa feirinha era tão pequena. Hoje vejo que a coisa mudou de figura. Obrigado pelas suas informações. Abço,
Georges Kirsteller · São Paulo, SP 26/1/2008 11:49
De nada, Georges, meu caro. :)
Abraços do Verde.
Tornar a Vida das cidades e das pessoas prazeirosas, solidárias e ricas de cultura, saúde e lazer, é uma opção extremamente importante e indispensável.
Um grande abraço. jbconrado
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Mauro Lúcio
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