Galeria Juvenal Antunes, o Gato Preto da boemia

No Acre também existe um poeta de bronze, o Juvenal Antunes.

Um dos hóspedes mais conhecidos do famoso Hotel Madri, Juvenal nasceu em 1883, no Rio Grande do Norte, mas chegou ao Acre em 1912 para ser promotor público. Ficou conhecido no Estado por sua irreverência, anarquia e boemia e, por isso, foi homenageado com uma galeria de arte em seu nome, que funciona no prédio do antigo hotel e também abriga a sede da Fundação de Cultura Elias Mansour.

A estátua na frente da Galeria representa bem o poeta. O homem sentado, vestindo um robe de chambre e com uma caneca de cerveja na mão, parece ser capaz de poder pronunciar – se fosse real – a primeira frase de um de seus poemas: “Bendita sejas tu, preguiça amada, que não consentes que eu me ocupe em nada�. Essa era a figura singular que pregava o amor livre e ridicularizada os valores da sociedade da época.

O espaço foi criado com a intenção de reunir obras de vários artistas plásticos acreanos, com algumas exposições fixas e outras temporárias. Lá, podem-se encontrar obras de Danilo de S’Acre, Beth Lins, Ueliton Santana, Rodolfo Bader, Dalmir Ferreira, Darci Seles e outros artistas que expõem seus trabalhos na galeria utilizando as variadas técnicas, como óleo sobre tela, acrílico sobre eucatex, óleo sobre eucatex, nanquim sobre papel e outros.

A estátua em bronze de Juvenal Antunes, esculpida por Cristina Mota, é a anfitriã da galeria. Como segue o bom costume, antes de entrar não faça desfeita. Sente, proseie um pouco e tire a tradicional foto ao lado do poeta. Você só pode dizer que esteve lá se tiver esse registro para provar.