Em menos de um ano de temporada, a Escola Livre de Cinema tem-se revelado um sucesso de público em Miguel Couto, em Nova Iguaçu. E já oferece “sessões extras†– todas lotadas, concorridas e, melhor que tudo, gratuitas.
A escola acumula duas produções de sucesso. O documentário “Cante um funk para um filmeâ€, que reúne moradores do bairro falando sobre/cantando a importância do ritmo em suas vidas, vai participar do Cinesul Festival Latino Americano 2007. E uma vinheta de animação para exibição pela Rede Globo durante os Jogos Pan-Americanos, que foi criada por um grupo de ex-alunos.
Parceria da Prefeitura de Nova Iguaçu e da ONG Reperiferia (www.reperiferia.com.br), a escola abriu suas portas, em julho de 2006, para ser uma das atividades integradas ao projeto Escola-Bairro, cuja proposta é oferecer educação em tempo integral a jovens da rede pública municipal. Atualmente atende 150 alunos, da 5ª à 8ª séries, da Escola Municipal Janir Clementino, durante a semana, nos turnos da manhã e da tarde.
Aos sábados, das 14h às 17h, a escola abriu, recentemente, inscrições para uma turma de curso livre, não profissionalizante, para a comunidade em geral. As 50 vagas foram preenchidas rapidamente e a fila de espera por uma desistência ou nova turma já tem quase 70 nomes. São ensinadas técnicas de animação, roteiro, construção de cenário e sonorização, entre outras.
Já o curso profissionalizante, voltado para pessoas com o ensino médio completo, recebeu 250 inscrições para 50 vagas. A turma inclui donas-de-casa, ex-alunos do curso livre da escola, cineastas amadores e universitários, entre outros. São moradores de Nova Iguaçu e até mesmo de outras cidades do Rio de Janeiro.
Com um ano de duração e aulas de terças a sextas, das 18h30 à s 21h, o curso tem entre seus professores profissionais como Dib Luft, o fotógrafo do Cinema Novo (Fotografia e Câmera); Rodrigo Fonseca, crÃtico de cinema do jornal O Globo (Análise CrÃtica do Filme) e Marcus VinÃcius Faustini, diretor da Escola Livre de Cinema e do documentário “Carnaval, bexiga, funk e sombrinha†(Fundamentos da Estética do Filme).
Aluna da primeira turma do curso livre em 2006, CÃntia da Cunha Monsores, de 20 anos, foi uma das selecionadas para o curso profissionalizante. “Em Miguel Couto não tem quase nada próximo, aà quando aparece algo, ainda mais de graça, a gente não pode perder. Aqui me apaixonei por cinemaâ€, diz a jovem que é casada e mãe de LuÃs Guilherme, de 2 anos, portador de SÃndrome de Down. Além da vaga, CÃntia conquistou uma bolsa como estagiária na Escola Livre de Cinema.
Atualmente, a escola oferece uma Sessão Cineclube, com filmes nacionais, aos sábados, às 18h. Nos finais de semana, também há exibição em praças públicas. A iniciativa é mais que bem-vinda, num bairro em que não há um cinema sequer.
Mas as atividades não se limitam à sede na Rua Santos Filho – aliás, o prédio de três andares é uma atração à parte: a fachada pintada de vermelho apresenta uma instalação feita com aros de bicicleta. A partir de junho, haverá pólos da escola nos bairros Jardim Tropical, Cerâmica e Austin, com aulas para alunos da rede pública municipal. Será uma espécie de escola-volante.
Por fim, o Bairro–Escola prevê a oferta de atividades esportivas, culturais, de aprendizagem, informática e lazer aos alunos. Fora as aulas regulares, as atividades acontecem em locais cedidos por membros dos bairros, como a piscina de um clube; a sala de uma igreja; a sala de informática de uma ONG.
Nesse programa, a Escola Livre de Cinema desponta, sem dúvida, como uma produção da mais alta qualidade.
Legal Tetê, boa dica para o Guia!
Abraço!
Tetê, tem um site ou e-mail de contato com os idealizadores do projeto da escola de cinema ou o site da ong me leva a eles?Adorei e quero saber mais.
Ilhandarilha · Vitória, ES 1/6/2007 09:48
Oi, Andarilha, tenho os contatos, e havia incluÃdo (ou melhor, pensei que tivesse) na ficha técnica pós-texto. Por algum problema na digitação, não apareceu. Mas aproveito agora pra dvulgar.
Você pode falar direto com o pessoal da escola pelo telefone (21) 2886-3889 ou escrever para escolalivredecinema@gmail.com . Já o site da ONG Reperiferia é: www.reperiferia.com.br .
Beijo.
Nossa Tetê que bacana!!!! Sou aluna e professora da Escola Livre de Cinema e conheci o Overmundo mês passado quando fui a um Festival de Cinema no EspÃrito Santo e lá conheci a Helena Aragão, editora aqui do site. Bom, entrei no site a pouco tempo, e é muito legal saber que as pessoas já divulgaram a escola e ainda o festival que estamos organizando para o ano que vem. Muito bacana mesmo, fiquei super feliz! Até!
Luana Pinheiro · Nova Iguaçu, RJ 19/10/2007 17:46
Muito legal mesmo! Trabalho em Nova Iguaçu e meu campo é mais em Miguel Couto. Já tive a oportunidade conhecer um pouco o trabalho deles.
O trabalho da Escola é realmente bacana e muito enriquecedor pra galerinha de Miguel Couto!
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