Pilotis dos blocos do Plano Piloto de Brasília

Eu também sou TOTALMENTE fã dos pilotis. Quantas horas boas da minha infância e adolescência passei em vários deles, sem fazer nada de útil, mas fazendo tudo de bom (isto é, vendo a vida passar, observando o movimento)... Era só ligar para os amigos e dizer: "vamos descer?" E todo mundo sabia onde se encontrar, tipo pilastra tal do bloco F... Como senti falta dos pilotis quando me mudei para o Rio! Quase morri de banzo! Até hoje não suporto esses prédios novos, diferentes... E também sou totalmente contra os prédios antigos que colocam muralhas no térreo para evitar o cruzamento de pedestres. O bom das asas de Brasília é justamente poder se locomover quase sem nenhuma barreira, para qualquer direção... Vamos lançar uma campanha de manutenção eterna dos pilotis?

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Quantas histórias guardam os pilotis do final da asa norte sobre mim!!! Realmente é um espaço maravilhoso que temos em Brasília, e bem pertinho...de qualquer lugar!

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Hey Over-Hermano!
Bom te ver aqui pelas pilastras deste pilotis :D
E por falar neles, nos pilotis, novamente... quantas não são mesmo as histórias vividas e avistadas por todos nós entre todas aquelas pilastras dos prédios da capital. Nós vivemos e crescemos entre eles, sem nem mesmo nos apercebermos do quanto se tornariam importantes para nós. Quando passo pelo pilotis do bloco A da 314 sul (hoje totalmente mudado... "mudernizado"...) fico lembrando da criança que fui. Mesmo descaracterizado em sua aparência, ele ainda guarda as histórias. Quando ando então pela boa e velha 303 sul de tantas histórias, aí sim me torno particularmente emotivo e entediante para quem quer que esteja me acompanhando no passeio. Alguns pilotis guardam histórias que não consigo não contar de novo e de novo para quem quiser ouvir quando passo por eles...

é...
pilotis me deixam sentimental. :D

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Hey senhorita Cullen, é bem verdade. Os pilotis estão pertinho de qualquer lugar, pois eles estão em todo lugar em nossos antigos mundos infantis e adolescentes...

Que alegria é poder ainda sentar num pilotis e fumar um cigarro, e olhar para o presente e para o passado passando por entre as pilastras...
São coisas como estas que me fazem amar a cidade de Brasília. O Hermano, e todos os outros que cresceram aqui e foram para outro lugar, entendem o valor disso...

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Eu nunca morei em prédio em Brasília, sempre em casas. Mas os pilotis eram mesmo o ponto de encontro antes das peladas, de uma mega-volta de bicicleta ou mesmo antes das festas.

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Poisé, xará...
de um jeito ou de outro eles está lá... na história de cada um que vive ou viveu por aqui, e na paisagem das asas... e no imaginário de cada um de nós.

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Eu passei um tempo morando meio em Brasília e meio no Rio. Na cidade maravilhosa, eu vivia do ladinho do famoso Parque Guinle. Uma ótima surpresa para brasilienses como nós.

O parque foi planejado por Lúcio Costa, nos anos 48, antes portanto de ser o urbanista de Brasília. Quem é da capital e entra lá se espanta: é igualzinho a uma das nossas superquadras, com pilotis e tudo mais!

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Olha só! Eu não sabia disso! Tenho que incluir o Parque Guinle no roteiro da minha próxima visita ao Rio, então. :)

Por falar nisso, existe um verbete sobre o Parque Guinle no Guia Overmundo Rio? Não conseguí achá-lo.


Abraços do verde.

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Ahhhh... se eu pudesse.... colocava agora alguma de minhas muitas fotos de pilotis aqui...

Dá quase vontade de fazer uma versão 2.0 desse post. :D

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Pois é, pena que o povo tem mania de cerca... Metem cercas vivas ao redor dos blocos e pronto, acaba-se com a muito bem pensada livre-circulação...

Algumas vizinhanças chegam ao absurdo de proibir que as crianças brinquem nesse espaço, alegando que vai sujar o prédio.
Deve-se manter o chão dos prédios encerados, brilhando.
Mas fazer o que né? A ignorância é tamanha...

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As cercas vivas ou mortas, as proibições às crianças, as reformas que ferem o projeto urbanístico original das quadras... todas estas coisas são o sinal do conflito da mentalidade do morador com o ideal do criador daquele espaço. Nenhum espaço de convivência é congelado no tempo. Ele é modificado por aqueles que nele transitam e residem. Se há um movimento no sentido de proibição e fechamento do que antes era aberto, há também espaço para um movimento contrário a este -- de abertura e permissão. Por outro lado, não vi ninguém pleiteano a retirada das cercas vivas. Sou plenamente a favor do plano original de ir e ver, e de livre brincar, do meu querido plano piloto. Mas se os amantes desta idéia não se movimentarem, aqueles que querem transformá-lo em espaço particular adequado às suas visões irão fazê-lo, e isso é perfeitamente justo já que ninguém reclamou.
Cara feia não muda nada. Tem que botar a boca no trombone.

Abraços do Verde.

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abaixo as cercas nas quadras!!!!!

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isso! abaixo as cercas nas quadras!!!

quando eu voltar a Brasília de novo, vou fazer umas fotos temáticas sobre isso. Depois, escrevo um texto-manifesto sobre o assunto. :)

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Pois é, Daniel, eu resolvi escrever justamente para sugerir as fotos. Tá esperando o quê? ;-)

Eu, que nasci em Brasília e fui criado brincando "em baixo do prédio", sempre estranhei as viagens a outras grandes cidades, com seus prédios residenciais "grudados" ao chão e dando de cara pra ruas e avenidas.

Outro dia, depois de morar por muitos e muitos anos em casas, caminhando com minhas filhas pela Asa Sul, fizemos uma parada estratégica em baixo de um prédio para esperar a chuva parar. Ficamos ali brincando, conversando ou apenas olhando a chuva, sentados no chão, encostados em uma das "pilastras". A sensação que tive foi a mesma que tenho agora ao ler este texto. Nostalgia total.

É realmente uma pena ver a descaracterização que algumas quadras novas e antigas estão dando ao projeto urbanístico original, que deveria estar tombado de fato e protegido com punhos de ferro por moradores e autoridades.

Mas não são só as cercas e muros que se encarregam dessa descaracterização. Há algum tempo, visitando a 308 sul, onde passei minha infância, fiquei revoltado ao ver que alguns dos prédios haviam trocado os belíssimos azulejos desenhados por Athos Bulcão por mármore. Um verdadeiro crime à memória de Brasília e de seus filhos.

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Olá Zamorim. Infelizmente não será possível incluir fotos nesta matéria -- que já está votada e fechada para edição. Mas seria bem bacana fazermos um ensaio com fotos de pilotis, ou fotos onde pilotis são parte da composição, e publicarmos todas elas aqui no Overmundo usando um mesmo tag: "pilotis-de-brasilia", por exemplo.

Nós, que crescemos e vivemos em Brasília sabemos o valor que eles possuem, e sabemos a dor de vê-los descaracterizados. É com muita alegria que estou voltando a morar agora em Brasília, depois de um tempo aqui no Rio de Janeiro. Mal vejo a hora de me deitar no pilotis de um bloco, qualquer bloco, e ficar apenas ver o nosso céu-oceano passar...

O tombamento das quadras de Brasília é fato apenas no papel. Os moradores das quadras nem sempre valorizam o projeto original ou os pilotis. Penso que alguns deles preferiam estar morando em outras cidades, e ficam felizes em fazer Brasília se parecer menos com Brasília. Acho que estas pessoas não deveriam ter direito de morar no coração de nossa cidade monumento (mesmo que este pensamento seja um tanto... questionável).

Um grande abraço pra você e seus filhos, do Duende Verde. :)

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