A Praça 7 de setembro é o centro do centro de Belo Horizonte. O obelisco não deixa dúvidas. À Praça 7 tudo converge. As dezenas de pontos de ônibus, as centenas de lanchonetes, as pessoas aos milhares: o centro é velocidade. O movimento que não pode parar no centro da cidade.
Fila de banco. Fila de comida a quilo. Fila de ônibus. Fila de emprego. Fila de elevador. Fila para ir embora. O mais um dia de trabalho que se encerra. A certeza do cotidiano que garante um dia após o outro. O centro não muda.
À direta, o Posto de Serviços Integrados Urbano. O Psiu é, de acordo com o governo, “o Estado mais perto da pessoa humanaâ€. Filas, senhas, números. Emprego. Poucas vagas. Gente de sobra. Isso também não importa. Em um eventual terremoto, o Psiu será lembrado pela fila que se formava para ver o clássico do futebol mineiro.
A praça não é mais 12 de outubro como uma vez já foi. Desde os anos 20 a homenagem não é mais à 1492, o ano da descoberta de Colombo. A independência ganhou. A pátria em primeiro lugar. Fato sem importância para as centenas de subempregados que movimentam o centro, dentro das galerias, sempre prontos para correr atrás do próximo ônibus ou dos táxis lotação que não conseguem não atrapalhar o trânsito.
Torçamos para que a noite chegue. E ela chega. As bancas e os bancos se fecham. A correria ameniza. Agora há mais um pouco de espaço para os namorados nos bancos (quando estes não são alvos de manobras de skate). O centro respira acalmado; a menos que um assaltante....
- Fotos de Annekathrin Knigge, Universidade Bauhaus de Weimar, Alemanha.
Esse texto faz parte da série percurso dos escritores.
será que não rolam umas fotinhos da praça?!
Guilherme Mattoso · Niterói, RJ 29/5/2007 13:33seu desejo é uma ordem!
Sérgio Rosa e Marcus Assunção · Belo Horizonte, MG 29/5/2007 13:45Pô, coloca uma foto melhor como principal. Essa aà é só a janela do Mercantil do Brasil.
Mario C. · Belo Horizonte, MG 1/6/2007 12:41Oi, Corrales. Vimos o link, sim! Valeu!
Sérgio Rosa e Marcus Assunção · Belo Horizonte, MG 1/6/2007 13:37
Que lugar bacana. E que essência você capitou Sérgio. Uniu aà um pouquinho de história, reflexão sobre tatibitate da vida cotidiana nas cidades grandes. As fotos também são muito boas.
Abraço.
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