É uma pena que a Guarda do Embaú tenha se tornado foco de turistas da forma como aconteceu. Dizem que foi Paulo Zulu quem quebrou com tudo ao anunciar sua nova pousada no local. Há quem diga que foi a mÃdia direcionada ao surf e afins quem poluiu a Guarda. É por isso que essa dica de roteiro vem no inverno: para que você, se decidir conhecer lugar tão fantástico, não tenha problemas com trânsito, turistas alcoolizados ou trombadinhas armados. Nada disso existe na Guarda do Embaú em baixa temporada, o que é ótimo para quem quer fazer turismo ecológico.
Muito agitada pelos tempos passados — e antes do Zulu — a região da Guarda do Embaú já foi determinada área de pastagem pelo rei Dom João V, de Portugal, em 1728, e roteiro de tropeiros, no século XIX, para quem vinha do Rio Grande do Sul para a cidade de Desterro, atual Florianópolis. Hoje, fora da temporada de veraneio, a Guarda é uma humilde vila de pescadores que, eles também, não deixam de esperar o verão para faturar com o turismo.
A Guarda tem suas caracterÃsticas especiais. Primeiro, pelo rio que corta a praia. Sim. A faixa de praia somente pode ser alcançada depois que se atravessa o rio. A travessia pode ser a nado, como pode ser feita numa canoa de pescador que, para fazer o trajeto (de pouco mais de quarenta metros) cobra R$1,00. Depois, pela areia móvel. Diz-se que nunca se vai duas vezes, dois verões seguidos, à mesma Guarda: a faixa de areia depois do rio é móvel, como uma duna, e está sempre em movimento.
No costão da praia, percebe-se que a área já sofreu com a criação de gado que, apesar de ter sido extinta já há muito tempo, ainda deixa marcas de abuso do solo. Aos poucos, vê-se que se recupera, mas os sinais ainda estão lá. O costão é outra boa dica para caminhar. Vai uns 150 metros mar adentro e em seu cume é possÃvel acampar ou passar todo o dia, mas cuidado com o vento.
É bacana, para conhecer a Guarda do Embaú, não contribuir com a exploração dita controlada do lugar. Portanto, passar o dia, ou dias, apesar de lindo, pode ser prejudicial. O melhor, vemos, é não permanecer alojado exatamente nesta praia, mas em uma das que a circundam, como a Praia do Sonho ou a Praia da Pinheira. Vamos ajudar a preservar esse paraÃso? Boa idéia!
A última vez em que estive na Guarda era setembro. Fui passar um dia de semana lá, já que estava de férias, e tava tão vazio, mas tão vazio, que até foi difÃcil achar um lugar para comer. Quando tá nesse esquema cidade-fantasma também não é tão legal... Mas claro, o encontro de mar e rio é especial, o lugar é um espetáculo, sempre que vou a Floripa reservo um diazinho para passar por lá.
Helena Aragão · Rio de Janeiro, RJ 1/6/2007 14:12Ah! E tadinho do Zulu! :) Acho que antes dele a coisa já tava degringolando, não dá pra responsabilizar o rapaz. Ele só queria um pouco de paz, hehe.
Helena Aragão · Rio de Janeiro, RJ 1/6/2007 14:14Vai dizer, Helena: quem conhece a Guarda não esquece nunca. Quando fui, meus amigos ficaram com medo de que eu virasse eremita e ficasse por aqueles cantos. Lugar mágico, sem dúvida.
Labes, Marcelo · Blumenau, SC 1/6/2007 14:14Sim sim... o Zulu, por lá, é quem paga o pato. Mas não só ele, né! Acho que por causa da publicidade televisiva ou coisa assim.
Labes, Marcelo · Blumenau, SC 1/6/2007 14:16É vero, saudades dos antigos tempos de Guarda. Mas ela continua linda...
Rita Fagundes · Aracaju, SE 4/6/2007 10:26tenho MUITA vontade de conhecer! mas férias pra mim, só em 2008! :(
Guilherme Mattoso · Niterói, RJ 4/6/2007 12:39Continua sim, Rita. E, Guilherme, se for passar por lá, não esquece de avisar antes. Abraços.
Labes, Marcelo · Blumenau, SC 4/6/2007 14:24Não seria: " Praias Catarinenses?"
crispinga · Nova Friburgo, RJ 6/6/2007 11:22Seria... Era... Foi... Será que já foi praias catarinenses e mudou? Cris, valeuzão pela dica! Juro que tinha lido catarinenseS ali em cima. Agora vi que não era. Não foi. Uma pena. Obrigado!
Labes, Marcelo · Blumenau, SC 6/6/2007 13:53
Acontece, Labes, com todo mundo...O que vale é a intenção!
Bjk
Cris
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