Quem é Paranapiacaba?

Quem é Paranapiacaba? É o tio Cézar do peixe na telha, é o Doel do salmão ao molho de maracujá, são os maravilhosos crepes do Palhaço, a comidinha do Neblina, a coxinha do Careca, o Apiaca da Dani e do Fernando, o Big Bem, a Érica e o Luiz no Cantinho da Terra, os pratos belíssimos da Estação do Sabor da Benilde, as doces delícias da Cida e aquele cantinho gastronômico, os pães de mel da Vera e a Casa de Chá Raízes da Terra e os doces portugueses da Santa Rita de Cássia, as pequenas pousadas de coração grande (B & B), o artista que também tem pousada e café, o tao em pousada de tom milenar com cuidados especiais da D. Toninha, a novíssima Paluan atendida pela Márcia e o Fernando, a Shamballah do Silvio, o carinho da D. Maria no Estrela da Manhã, a Taberna da Bruxa com Blues, Rock & mil alquimias, o ponto de encontro no Bar da Zilda ou a parada para uma cervejinha no Ferreira, os lanches deliciosos daquela família que se apaixonou pelo Castelinho, a Confraria do Cambuci, o pastel do japonês, a empada de cambuci da D. Conceição, o bigodão do portuga da Flor da Benedetti, o Bar do Lyra da Sandrinha e o Seu Pedro, a D. Vera no Maktub, os beija-flores que dançam alegremente no restaurante que os homenageia, o fogão à lenha de garagem do Seu Diniz com comida de lamber os beiços, o café-da-manhã farto com boa conversa dos anfitriões Zélia e Pedro que amam morar aqui com ar memorialista ou a conversa gostosa tomando chá de amendoim, em noites de muito frio, com jeito e graça do Sul, a Carmem!

Paranapiacaba também são os artesões e artistas que podem ser vistos nos seus ateliês-residência, nos cantinhos de arte & artesanato ou no entreposto cultural, no Núcleo Comunitário de Cerâmica com as panelas de barro e as histórias da Dona Anésia. Você acreditaria que aqui tem até sons da árvore? Literalmente para gregos & troianos. Os hippies com seus panos podem ser encontrados no Largo dos Padeiros. Todos estes artistas e artesões: Tony, Regina, Anita, Rosana, Ana Rosa, Chistou, Lisa, Valter, Lalas, kiko, Caran, Macaxeira, Dona Francisquinha, Félix, Mirna, Ed, Simone, Zé Carlos, Geguerê, Telma, Cérebro, Roberta, Michele, Wagner e Ivo... sonhadores que se manifestam pela arte das suas mãos. Mais do que os artefatos que produzem, conversar com eles é um universo à parte.

Também tem os palcos, a movimentação de muita gente em julho... as diversas trilhas, das cachoeiras, muito verde, o passeio de Maria Fumaça, a história da ferrovia no Museu Funicular, a Feira de Oratórios e Presépios, os bailes no Lyra, os da formatura, as bruacas no Carnaval, a abertura do forno de cerâmica com aleluias e rodas de cultura. Hoje, lembranças de muitos. Olhar cultural que vai aos poucos se amalgamando, isto não é de muitos... Pude apreender e aprender em um encontro mágico com alguém especial, que como camaleoa vai de liderança, arte-educadora, fotógrafa, produtora cultural, amiga, mãe, lutadora por este lugar encantado, minha irmã de coração Wal.

O olhar atento dos fotógrafos Nilson Costa, Adauto Rodrigues e Marco A. Gonçalves pode ser conferido no mundo visual de Paranapiacaba e tudo está se organizando no Guia Paranapiacaba, que o meu companheiro Pedro luta dia após dia para divulgar nossa tão querida vila: www.guiaparanapiacaba.com.br . A construção participativa da Casa da Memória também é um marco em movimento. Esta orgânica comunidade forma um tecido multicolorido que se torna luminoso na troca de energia com os visitantes que vem aqui conviver, nem que seja por algumas horas, com o sentido da vida de cada um que habita este espaço público, histórico, natural, construído e engendrado por gente de carne e osso e verdade!