Reserva Maragato: uma área natural protegida

Se a correria do dia-dia causa estresse e outros prejuízos da vida moderna, o final de semana pede um lugar calmo, de preferência silencioso e bem próximo da natureza. Apesar de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, ser uma cidade de porte médio, com mais de 180 mil habitantes, a característica de pólo regional torna sua rotina muito próxima de uma metrópole. A sua frota de veículos, por exemplo, triplica diariamente com os visitantes de toda região, interessados em serviços de saúde e educação.

Em meio ao tumulto, a maioria da população – inclusive eu – esquece de locais calmos, junto ao meio-ambiente. Na busca por lugares interessantes para quem um dia passar pela região, descobri a Reserva Maragato, a menos de 10 quilômetros do centro da cidade, às margens de uma rodovia. Aqui em Passo Fundo poucos moradores sequer têm conhecimento de sua existência, menos ainda da sua riqueza natural. Na área de 41 hectares, predomina uma gigantesca floresta de Araucária – árvore praticamente em extinção, cujo fruto é o famoso pinhão, saboreado em dias frios.

Recentemente, o local foi presenteado com uma notícia aguardada por especialistas em diversidade biológica: o Ministério Meio Ambiente, através do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade, oficializou a reserva como Patrimônio Natural. Em outras palavras, a Reserva do Maragato passou a ser área natural protegida. Em conversa com os guias do local, descobri que é a primeira unidade de conservação do Planalto Médio do Rio Grande do Sul.

Um espaço ecologicamente rico, mas ignorado pela maioria da população, com exceção dos universitários que o utilizam durante as aulas como uma espécie de laboratório. Enquanto me apresentava o local, por uma trilha, um guia explicou que as Reservas de Patrimônio Natural são terras de domínio particular, porém passam a ter especial interesse público para a conservação da natureza.

Apesar do lugar atualmente ser usado em aulas e também em atividades voltadas às crianças para despertar a conscientização pelo meio ambiente, vale a pena visitar e se encantar com a área verde e as centenárias araucárias. A visita é permitida e gratuita. A dica é: quando tiver trafegando na RS 324, a poucos quilômetros de Passo Fundo, dê uma pausa na viagem e descanse na reserva por uma horinha.