Aconteceu nos últimos anos um movimento espontâneo no cenário musical florianopolitano.
Músicos reunidos em uma praça tocando chorinho semanalmente. Os instrumentos clássicos: cavaco, violão de 7 cordas, pandeiro, flauta transversa, clarinete.
Entre outros, a roda é composta por alguns integrantes do grupo Margem Esquerda, sobre o qual escrevi um texto no overblog tratando da turnê que fizeram na Espanha.
Aqui na ilha o pessoal toca com vários grupos ao mesmo tempo. Projetos concomitantes, pontos de interseção. Nada paralelo de fato. O Cesinha, poeta do Margem, é figura carimbada nas rodas de quarta. E é tudo de primeira categoria.
Por proibição policial, os encontros sonoros deixaram de acontecer na praça, migrando para o Empório Mineiro, café e parque de diversões pra quem gosta de cachaça, doce de leite na palha, pão de queijo e broa de milho (daquelas aeradas, nada de dureza de padaria). Nunca mais fui feliz comendo broa de padaria depois de experimentar a de lá. Quase choro.
Brincadeiras à parte, o recado está dado: às quartas tem choro no Empório Mineiro.
As apresentações sempre reservam surpresas, já que músicos não faltam na Lagoa da Conceição, e vários dão palhinhas na roda. De qualquer maneira, o grupo fundamental que se reúne periodicamente conta com Raphael Galcer, Marina Beraldo, Maria Beraldo, Osvaldo Pomar e Lu Alves na voz (o pessoal migra com freqüência pro samba). Ontem, por exemplo, a pedido, tocaram três músicas do Hermeto Pascoal. Estavam acompanhados, em diferentes momentos, de um pandeirista chamado Camilo, do cavaquinista Álvaro Fausane, integrante também do grupo Molho Madêra, e do violoncelista Fred Malverde.
O ambiente é agradável, a música e a comida são ótimas. Não dá pra pedir mais que isso.
Parece bom! roda de choro é delícia pura.
Ilhandarilha · Vitória, ES 16/8/2008 09:57Publicado,ah, vem tocar aqui em Guaratinguetá tbm! Bjs. Dê
Denise A Souza · Guaratinguetá, SP 17/8/2008 22:22
Atualmente há Choro no Empório Mineiro às quintas-feiras, a partir das 20h aproximadamente, com o grupo Ginga do Mané, formado por Raphael Galcer e companhia. Sempre aparecem convidados, mas em geral a formação é fixa: pandeiro, cavaco, bandolim, violão e flauta transversa.
O couvert continua sendo livre.
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