São mais ou menos 466.996 habitantes vivendo em uma área de 35km², território onde não existe nenhuma livraria. A cidade que ostenta o tÃtulo de “maior densidade populacional da América Latina†não oferece aos seus moradores muitos espaços de leitura. São poucas, e mal equipadas, bibliotecas, e nenhuma livraria. Para o meritiense, comprar livros já foi sinônimo de viagem até o Rio. Essa história começou a mudar em junho de 2005, quando Nello Saporetti abriu o Sebo Meritiense.
A relação de Nello com os livros começou totalmente por acaso. O rapaz trabalhava com venda de ferramentas, até ser convidado para vender livros numa dessas feiras itinerantes que giram por toda cidade do Rio. A feira iria pousar no bairro da Pavuna, colado em São João. Entusiasta da cultura, Nello se apaixonou pelo ofÃcio e passou a enxergar nos livros uma maneira de ganhar a vida. Pouco tempo depois o Sebo Meritiense abria as portas e passava a oferecer alternativas para os leitores de São João.
“Ao contrário do que muita gente fala, o que eu vejo aqui é que os adolescentes e os jovens gostam de lerâ€. Nello acredita que o problema é a dificuldade de acesso aos livros. Seja pela falta de livrarias e sebos, problema que atinge diretamente São João, ou mesmo pelos preços que os livros são comercializados nas grandes redes de todo o Brasil: “As pesquisas mostram o contrário porque eles são feitas nas grandes livrarias, se você pesquisar nos sebos vai ter outro resultado e descobrir que o brasileiro gosta de ler simâ€.
O perfil dos clientes do Sebo é variado, “muita gente vem aqui atrás de livros pra estudar para concurso público, outros procuram literatura... outros só entram e olham, daà quinze dias depois, quando recebe, o cara volta e compra o livroâ€. Nello vende bem porque oferece bons preços e porque busca formas diferenciadas de trabalhar os livros. Além de expor seu acervo no espaço fÃsico do sebo, o livreiro disponibiliza dois mil volumes no site Estante Virtual. Nello também anuncia alguns artigos em sites de venda on-line. “Eu vendo muita revista pra colecionador, coisas raras, os caras compram pela internetâ€.
Seja nas estantes empoeiradas, seja através do clic no mouse, os livros vão circulando de mão em mão. Na cadência bonita dos sebos e na sede de informação do leitor, seja ele de onde for.
Que beleza de dica, João. Parabéns ao Nello pelo pioneirismo em São João. Tomara que sirva de exemplo e outros sebos surjam por aÃ. Abraço!
Helena Aragão · Rio de Janeiro, RJ 7/12/2007 19:47Primeira coisa que faço numa cidade visitada é perguntar dos sebos, mania já.... valeu pela dica..
Cecilia de Paiva · Campo Grande, MS 10/12/2007 10:33Para comentar é preciso estar logado no site. Faça primeiro seu login ou registre-se no Overmundo, e adicione seus comentários em seguida.
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