O funk na Baixada Santista é a trilha sonora da região há mais de vinte anos, com artistas como Souza e Valdir e Renatinho e Alemão. Está nas casas, carros e celulares da maioria dos habitantes, tornando impossÃvel sair na ruas de Santos e não tomar uma lição do que é novo no mercado da música local. Invariavelmente, a maior parte da população absorveu o estilo, seja por ouvi-lo na rua ou por conhecer pessoalmente alguns dos muitos MC's, profissionais e amadores, que atuam no Litoral Paulista. De acordo com o produtor Rojdhay, o número de MC’s passa de mil na região, sem contar as milhares de pessoas que são empregadas direta e indiretamente.
Ser MC é o sonho de muitos dos garotos que não só aspiram a fama e mulheres, mas a carreira é uma boa oportunidade de uma fonte de renda generosa, sendo que um iniciante pode ganhar até oitocentos reais por show com poucos meses de carreira, enquanto um veterano pede mais de cinco mil - o mesmo vale para produtores, que chegam a ganhar quatro mil ao mês, segundo Rodjhay, produtor que atua na área há 17 anos. Essa possibilidade de ganho financeiro fica ainda mais atrativa quando colocamos em perspectiva o mercado de trabalho da região, que em geral não emprega jovens. Metade da população da cidade de Praia Grande com idade entre 16 e 24 anos está desempregada, segundo o Núcleo de Pesquisa e Estudos Socioecônomios, o NESE. Essa realidade não muda muito nas cidades próximas.
Não é raro encontrar mais de uma dezena de bailes, sejam em boates ou na rua, em um mesmo final de semana nos nove municÃpios da Baixada Santista. Algo que, quando o carioca Lorival se mudou para Itapema, um bairro periférico no Guarujá, nunca imaginou. Trazendo o som do Rio de Janeiro, em 1985, abriu a discoteca Footloose que cresceu vertiginosamente, virando selo, programa em rádio comunitária, loja e equipe de som homônimas, tendo até outras duas equipes afiliadas, a Chefe Body e X Melody. Chegou a lançar alguns tÃtulos próprios, sendo o maior o álbum Funk Loose Melody, que vendeu mais de dez mil cópias.
Dessa iniciativa vieram dezenas de MC's que se tornariam Ãdolos, alguns nas comunidades populares e outros alcançando até apresentações na Europa. Apesar do preconceito de parte da população e tentativas de ilegalizar os bailes por parte das prefeituras[1], o movimento continuou a crescer e evoluir. De fitas cassette aos clipes no YouTube em alta resolução, é um mercado que movimenta centenas de milhares de reais anualmente, segundo estimativa de Rodjhay e do Marcelo Fernandes. Considerando que a região tem um milhão e meio de habitantes, esse número fala alto.
Um dos maiores exemplos disso é o Dinho da VP, que tem uma carreira de mais de quinze anos. Já com trinta e dois anos de idade, é morador da Vila Progresso, uma comunidade de morro em Santos, onde reside até hoje, apesar de fazer shows no paÃs todo, pedindo cachês de mil e quinhentos a sete mil reais, dependendo do tamanho e região do show. Entretanto, nem tudo é dinheiro no bolso, mas investimento para a carreira. Como explica o empresário Marcelo Fernandes, que agencia o cantor, são prensadas milhares de cópias de seus CD's só para distribuição gratuita.
"O CD é um presente que eu dou ao público. Se ficar só na internet, ficamos preguiçosos"
Em um show recente no Ceará, foram mais de dois mil distribuÃdos. "O CD não vendo, é um presente que eu dou ao público", explica Fernandes. E acrescenta "Se ficar só na internet, ficamos preguiçosos, mas ela colabora muito. Afinal, todos têm acesso". Ainda segundo o empresário, os direitos autorais são apenas para proteção das músicas contra cópias, já que o MC comum não ganha com direitos autorais, sendo suas apresentações ao vivo a principal fonte de renda. Na Baixada Santista a venda de CD’s em camelôs diminuiu sensivelmente com o aumento do acesso à internet - agora a maioria do público faz download gratuitamente em um dos muitos sites sobre o gênero.
O avanço na tecnologia foi crucial para a popularização do estilo. Tanto para público quanto artista. Atualmente, muitos que querem começar a carreira abrem uma conta no Youtube, baixam uma base e, com programas do próprio Windows, como o Gravador de Som e o Movie Maker, cantam em cima da batida e divulgam no site de vÃdeos. É uma técnica fácil, que demanda pouco dinheiro e estrutura, contudo possibilita a divulgação do talento. "Antes era muito complicado, hoje não. Você entra em um estúdio, deixa a voz, já produz e vai embora com sua música. Na mesma hora já está em um site, sendo divulgada e baixada por milhares de pessoas", segundo Marcelo.
Atuando no mercado do funk há doze anos, Marcelo Fernandes agencia os maiores nomes - cerca de vinte artistas - do gênero, como Bonde da Juju e Boy do Charme. O último lançou o clipe Mégane há pouco mais de um mês e já alcançou mais de meio milhão de visualizações. Filmado em alta resolução, o clipe simboliza a última tendência no mercado de funk da Baixada Santista: a profissionalização.
"Nosso bonde assim que vai / É euro, dólar e nota de cem"
Mégane, Boy do Charme
Todo o elenco do empresário é registrado na Associação Brasileira de Músicos, a Abramus, e têm suas letras registradas, protegendo os artistas santistas de plágio. Seus agenciados, em um final de semana, fazem em média seis shows, mas acontece de um mesmo cantor fazer cinco apresentações em uma noite só: "Você pode fazer cinco, seis bailes na mesma noite. Se tiver uma estrutura boa, funciona". Os cachês variam pela agenda e endereço. Entretanto, a média para um artista em seu auge é de quatro mil reais, aumentando em dias mais afoitos e cidades distantes.
Adicionalmente, a nova geração vem com certas vantagens que os funkeiros mais antigos não tinham. "A geração atual, de dezessete a vinte e um anos, é a que está descobrindo o funk. E descobriu já ganhando dinheiro, diferente de nomes como o Dinho da VP, que tocou com vinil, depois MD, CD-J e MPC; ele, e outros, tiveram que lutar por muito tempo até começarem a ter um cachê bom. Essa geração vem favorecida com as novas tecnologias. E isso é bom, já que na idade deles eu estava gravando fita cassete, escrevendo fanzine, mandando carta", explica Marcelo.
Subindo a serra
A cem quilômetros dali, na Cidade Tiradentes, bairro situado no extremo leste da cidade de São Paulo, o grave se faz presente a todo momento. A subprefeitura do bairro promove, há três anos, o Funk Festival – Canta Cidade Tiradentes, incentivando os músicos regionais, especialmente aqueles que preferem falar de temas comunitários ao invés dos proibidões, tipo de funk que fala explicitamente de drogas, crime e sexo. A edição de 2010 reuniu mais de trinta mil pessoas, com presença do MC Menor do Chapa e Sany Pitbull, o mestre das montagens ao vivo, o MPC Live. O festival premia os artistas com gravação de músicas para uma coletânea com os três melhores, e os mesmos ganham cópias dos CD's para divulgação.
"O funk começou primeiro a explanar. Vou dar um exemplo, imagina a Tati Quebra-barraco, 'Dako é bom, dako é bom', já agitava. Veio ela, aà outros, mais jovens e com outra produção. Automaticamente, quando percebi, todo moleque queria tocar funk."
Ganhador do festival em 2008 e 2010, um deles se destaca pela repercussão. MC Dedé, morador da Cidade Tiradentes, optou por trocar o pagode pelo funk por influência de um amigo, e é exemplo vivo da transformação pela qual passam alguns cantores do gênero. Cinco anos de carreira e vinte e um de idade, já tem apartamento e carro próprios. O funk virou seu ganha pão com músicas tratando de aquecimento global e boas relações familiares; ficou famoso por funks conscientes e tem poucos proibidões, reservados apenas a alguns bailes.
Presenciando o surgimento do funk na capital, participou do processo de formação do gênero no bairro em que vive, em meados de 2005, alguns anos depois da explosão do funk carioca para a grande mÃdia, em 2000, com o Bonde do Tigrão e a equipe Furacão 2000[2]. "O funk começou primeiro a explanar", segundo Dedé. Primeiro, os funkeiros cariocas, com um clima de novidade. Depois, artistas mais jovens e próximos começaram a se tornar mais populares do público de São Paulo, sendo os da Baixada os mais influentes.
Recitando nome atrás de nome de grandes MC's santistas, o cantor cita as influências. Chiquinho e Amaral, Neguinho do Kxeta, Primo, e outros. "Não dá para dizer que um é melhor que outro, que Baixada é melhor que Capital, mas a raÃz das letras, o desenvolvimento deles, trazido para São Paulo, é muito influente. Muita gente que está começando, mesmo eu, sempre pesquiso o que o pessoal de lá está cantando", disserta com alegria ao contar de um recente show que fez em Bertioga com alguns deles.
Com a internet como maior aliada, o MC tem músicas no Youtube, como a Olha o Kit, com mais de dois milhões de visualizações. Não registra as músicas, mas nunca teve problemas com plágios; acredita numa maior coletividade de produção. É o maior sucesso dele, que destoa de boa parte das produções, e fala de marcas de roupa. Inclusive citando nesta uma dupla santista, Chiquinho e Amaral, nota-se na produção paulistana as referências do funk do litoral, com temáticas menos sexuais e mais cotidianas.
Além disso, tem um sonho pouco comum entre a maioria dos funkeiros: quer ser um dos primeiros cantores de funk gospel. Apesar de não ter religião definida, quer se estabelecer como músico e cantar sobre Jesus. Diz que não encontra ninguém fazendo um trabalho parecido, um funk cristão, mas que será o primeiro e tem fé no sucesso da empreitada. Entretanto, a temática já é cantada por alguns MC‘s como Adriano Gospel e Tribo do Funk, que têm algum reconhecimento no meio da música gospel.
Ramificações
O gênero se ramifica em uma série de outros. Além das misturas, como funk sertanejo e psy funk, as ramificações também se categorizam pelo conteúdo e o ritmo. O mais famoso e controverso é o proibidão, que fala explicitamente de violência, crime, drogas e sexo. Muitos fizeram sua fama através destes e geralmente é o preferido em bailes, quase sempre tendo sua versão light. O Mr Catra foi um dos destaques dessa modalidade, e a música Quadrilha em ação 2, da dupla caiçara Pato e Sam, é uma das mais famosas na Baixada Santista. Na letra, narram, entre outros atos, um sequestro.
"Já cheguei no cativeiro / Com o refém chegou também mais dois parceiros"
Quadrilha em ação, Pato e Sam
Ainda há o melody e a montagem. O primeiro tem um ritmo mais lento e cadenciado, falando de amor e romance, feito geralmente para danças lentas de casal. Já as montagens utilizam as batidas usuais do funk, como o tamborzão e o batidão, em conjunto com samples de filmes e outras músicas. Um outro subgênero que se destaca também e que se espalhou rapidamente pelo paÃs por conta do futebol são os funks de organizada.
As letras falam das torcidas organizadas, exaltando aquela que pertence ao MC e seu time, e ridicularizando as rivais. As mais conhecidas destas são as da Torcida Jovem do Santos, sendo que a torcida já vende CD's de funk em sua sede há alguns anos. Os MCs não recebem nada dos autores das coletâneas nem da torcida. É um trabalho mais de dedicação pelo time, e geralmente ficam conhecidos só pelos integrantes da torcida. Eles também fazem participações em festas das mesmas, em um clima mais de camaradagem do que profissional. É comum alguns artistas se destacarem principalmente pelo seu trabalho junto às torcidas, bem como iniciarem suas carreiras nesse âmbito, sendo que alguns refrões chegam a virar coro no estádio.
Há, ainda um subgênero mais usado pelos próprios cantores, para destacar um conteúdo de mudança social, chamado funk consciente. São canções de cunho mais social, promovendo justiça, abstinência de drogas, o auto conhecimento pessoal e o respeito à famÃlia. É mais comum dentre os MC's mais antigos, que usam de sofrimentos passados como forma de evolução, mas está se tornando popular, também, entre os artistas mais novos.
Diferenças regionais
Não só nos temas, mas na estética, a Baixada se diferencia do Rio. As letras geralmente são maiores, com menos refrão. Decorar músicas como Fábrica de monstros, do MC Barriga, é um desafio: quatro minutos sem refrão, Barriga canta como uma metralhadora, sem parar, verso após verso. Em uma similaridade à música As 40 DPs, do sambista Bezerra da Silva, o funkeiro cita as principais penitenciárias do Litoral Paulista.
"Fica do mesmo jeito que veio, volta / Na companhia de uma nuvem preta / Gerando dentro do meu peito uma revolta"
MC Barriga, Fábrica de Monstros
Mesmo com as diferenças, os estados estão bem próximos. Muitos artistas de São Paulo vão ao Rio de Janeiro para gravar, fazer shows e trocar informações com os profissionais de lá. A recÃproca é verdadeira, com os cariocas se apresentando aos paulistas. Até o DJ Marlboro, Ãcone mundial do funk carioca e ganhador de Disco de Ouro com a coletânea Funk Brasil, de 1989, foi um agente na profissionalização e valorização da vertente caiçara, declarando esta como a segunda grande praça do funk no Brasil, há anos.
Sucesso apesar do preconceito
Além do preconceito da grande mÃdia paulista, os artistas por vezes não se profissionalizam, ou não se dedicam apenas ao funk, por nem sempre terem conhecimento do retorno financeiro que podem ter. Isto, e obstáculos como a recusa de algumas boates a tocarem o estilo, cerceam o crescimento do funk em São Paulo. Enquanto alguns empresários e MC's percebem o potencial econômico da música, fazendo apresentações para públicos de milhares de pessoas, outros ignoram o sucesso que muitos profissionais do estilo conseguem, quase sempre pelo estigma falso de que o funk só trata de marginalidade ou de que é um mercado pequeno. “O MC ganhava 200, 300 reais, então ele não tinha a visão de como era a coisa todaâ€, diz Fernandes.
Há ainda quem não cante dois versos e não só tem seu sustento do funk, mas renome profissional oriundo do gênero. O produtor Rodjhay é um Ãcone regional no assunto. Atuando há 17 anos, começou a mixar as primeiras músicas no PlayStation, com o jogo MTV Generation Music, onde descobriu sua vocação. A partir daà começou a tocar em festas de Miami Bass de amigos e a montar seu estúdio.
Gravando e mixando mais de trinta músicas semanalmente em seu estúdio na cidade de São Vicente, as influências usadas em suas batidas vão do próprio funk ao samba e o soul. Além de manter o site DJRodhay, é famoso pelas montagens, como o hino do Santos e as que faz para o grupo de teatro de rua Trupe Olho da Rua, como a Olha a Rosquinha, que usa samples gravados em peças de rua. É a plena convergência midiática e cultural. Curiosamente, seu nome vem da junção do nome do roqueiro britânico Rod Stewart com seu apelido de infância, Jason, da série de filmes Sexta-feira 13.
Outro nome que se destaca pelo sua atuação é o Japonês do Funk, reconhecido produtor de bailes que se candidatou a vereador da cidade de Santos e atualmente administra uma das maiores casas de show do litoral, a Fantastic Chopperia.
Apesar do tempo que existe o funk em Santos, atualmente São Paulo está se tornando uma potência no gênero. Principalmente pelo tamanho da capital, que tem mais de onze milhões de habitantes, quase oito vezes mais que a Baixada. Isso possibilita mais casas de show, estúdios, bailes e MC's, sendo que já existem lugares que tocam exclusivamente para as classes A e B, agregando novos públicos.
Novos rumos
O funk no estado está de pavio curto e prestes a explodir. O da capital puxa o da Baixada e vice-versa, e seus agentes sonham alto. Para o empresário Marcelo Fernandes, o objetivo é a cultura crescer em âmbito nacional, profissionalizando-se na mão da pluralidade, com muitos protagonistas, tirando o rótulo da marginalização do funk e anulando a mentalidade de alguns empresários de que o funk pertence a poucos, não a todos. "Talvez até ter um representante na câmara de vereadores", aspira Fernandes.
Para MC Dedé, a resposta é mais simples. "Ir além. Voar, voar e voar", resume o jovem músico, que emenda com uma declaração de ternura a sua filha, querendo dar uma vida melhor a ela. É um dos objetivos principais de alguns funkeiros, atualmente. Fazer um pé de meia e ter a possibilidade de fornecer mais estrutura para a famÃlia, enquanto faz a própria cultura do funk evoluir. Este é o caminho natural, já que o movimento na capital começou há pouco tempo e, com uma passagem pela periferia ou uma checagem à agenda cultural do estado, é fácil perceber seu crescimento, com um número de adeptos cada vez maior.
A dupla carioca Amilka e Chocolate já cantava "é som de preto / de favelado / mas quando toca, ninguém fica parado" e faz o mesmo sentido tanto no Rio de Janeiro quanto em São Paulo: o funk vai conquistar ainda mais gente.
Notas
[1] Em Santos, é comum a polÃcia fechar bailes em casas maiores. Por isso, as casas e produtores costumam tirar referências diretas a funk quando divulgam as festas nos lambe-lambes. Elas até chegam a fazer o baile, mas sem os termos funk e MC, geralmente. Mas este tema não é comentado abertamente, por medo de represálias. Trabalhei alguns anos produzindo shows e todas as casas de porte maior fazem a pergunta “não é funk, né?â€. Além disso, foi cogitada uma lei municipal criminalizando baile funk, há alguns anos, que não vingou. Essa movimentação voltou à baila depois de um incidente em uma festa em 2009, na Fantastic Chopperia. Não existe associação de funk na região, para a proteção legal dos funkeiros daqui.
[2] Silvio Essinger identifica o boom do funk em 1989 com o disco Funk Brasil, do DJ Marlboro. Mas, pessoalmente, considero que o som realmente chegou à s cabeças, em âmbito nacional, em 2000, com o Bonde do Tigrão. Antes era um assunto regional, carioca ou santista, e pouca gente de fora se interessava. O Bonde do Tigrão mudou isso. Lembro de estar no interior de Minas nessa época e o povo de lá entusiasmado com a novidade. Considero o Marlboro como, senão o criador, seu principal protagonista no Ãnicio, e alguém mais apto a estar no cargo de “responsável†pela explosão do funk pela sua bagagem e história, mas a realidade é que foi o Bonde do Tigrão, grupo que na época só tinha um ano de existência, quem popularizou o estilo no Brasil."
Caramba, Rui! Que texto bom! :)
Você pincelou uma pá de nomes e matou várias das minhas questões sobre o funk paulista e as suas relações com o funk carioca. Imagino que o funk paulista sofra uma espécie de duplo preconceito: o primeiro pelo gênero em si e o segundo pelo preconceito bairrista de ser um gênero cuja identidade é fortemente atrelada ao Rio de Janeiro, não?
Opa, valeu pelo elogio, Viktor. :)
Fiquei meio cabreiro de ter colocado nome demais e deixar confuso, já que por aqui tem muita gente talentosa, então teu comentário me deixou um pouco mais sossegado.
Quanto ao preconceito, é mais ou menos por aà mesmo. Em Santos isso acontece menos porque o ritmo já é comum faz um tempo e é normal ouvir que "Santos é filial do Rio" de paulistanos.
Contudo, pro pessoal da capital, isso é mais pesado e o preconceito por ainda ser "música de carioca" ajuda a atrasar um pouco o lado - ao menos é a impressão que passa. A rixa carioca-paulista acaba pesando mais para o povo que, no fim das contas, não estava mesmo afim de conhecer; não dá para esperar muita abertura de quem discrimina um ritmo pelo lugar de onde veio.
Obrigado pelo comentário!
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