Um fenômeno interessante tem movimentado a cena cultural matogrossense nos últimos anos: o surgimento de núcleos coletivos de atuação, produzindo e distribuindo conteúdo criativo. A tendência de agrupamento de pessoas em torno de projetos coletivos parece que tem sido uma reação aos velhos modelos de negócios que por muito tempo estimularam os comportamentos individualistas ditando os princípios norteadores do maisntream. Esses modelos se mostram ineficientes diante do novo quadro que surge: uma explosão de novas possibilidades de transmissão, de distribuição, enfim, da criação de novos espaços para a difusão da produção de conteúdo que se expande cada vez mais e que, naturalmente, busca encontrar eco.
A Fábrika é um coletivo multicultural que surgiu em Cuiabá, no ano de 2005, com o intuito de atuar em rede com produção criativa, distribuição e formação de pessoal, visando a implementação de um mercado local e a inserção de obras e pessoas no mercado global com capacidade de auto-gestão e sustentabilidade. É uma rede de trabalhadores da arte e da criação, formado por pessoas que assumem a produção cultural como um modo de vida. Idéias e produtos sendo criados dentro de uma perspectiva de mudança dos velhos modelos de negócios e gestão.
Auto-gestão sempre foi fundo das questões desse grupo de trabalho que viu, a partir do desenvolvimento de novas ferramentas na web, possibilidades de conectar experiências e compartilhamento da criação de conteúdos. A prática do grupo sempre foi a de trabalhar com estruturas abertas, seja no conceito de obra artística, seja na concepção de novos modelos de comportamento social, baseando-se nos princípios de liberdade de expressão e responsabilidade política e social.
A união de dois companheiros, Eduardo Ferreira e Claudio Oliveira, somados a André Balbino, Capileh Charbel, Paola Zanetti, Rodrigo Agnolon e Thiers Ferreira, foi a maneira encontrada para viabilizar o início do negócio, provocando a fusão entre a agência de publicidade, Trup Design e a A&G Intermídia, que tinha como foco a produção cultural.
Já no primeiro ano de atuação, em 2005, A Fábrika conquistou importante papel na cena cuiabana. É preciso ressaltar que as pessoas envolvidas já mantinham intensa atividade cultural na capital matogrossense desde os anos 80 (com Eduardo, Capileh e André, do núcleo Caximir, um dos pilares de sustentação da arte urbana em Mato Grosso, que começava a ensaiar os primeiros passos naquela década). Logo no princípio o coletivo conseguiu viabilizar parcerias importantes como com o Espaço Cubo, na produção do Festival Calango, ano em que, literalmente, repercutiu em todo o país e teve participação de público recorde na história do evento com cerca de 12 mil pessoas em 3 dias de intensa movimentação cultural. A Fábrika trouxe seu comportamento multicultural para dentro do Calango ampliando as ações do festival para outros segmentos artísticos como o audiovisual, literatura, skate, cultura hip hop, performances, exposição documental da história dos mais de 20 anos de rock em Mato Grosso, enfim, deu grande contribuição para o Calango.
Nesse mesmo ano, 2005, A Fábrika conseguiu recursos do Fundo Estadual de Cultura para a produção de um vídeo-documentário: “Uma vida sobre as águas”, na ordem de R$ 37.000,00; prestou muitos serviços para projetos culturais de terceiros na produção de design gráfico, web design, produção de spots para rádio e vídeos para veiculação em TVs; o faturamento no ano foi de R$ 95.666,92. Apesar de um quadro de pouco crescimento econômico no país em 2006, o negócio experimentou um impulso para que a iniciativa continue: o faturamento global do coletivo atingiu a marca de R$ 122.385,50.
Além do núcleo inicial, hoje, somam-se ao grupo (sempre de maneira informal - free), Talita Marimon, na coordenação do segmento A Fábrika de Estagiários, o artista gráfico performático, Arthur Monteiro, na área de design e projetos; Anna Marimon, atriz, poeta, artista plástica, coordenando a Fábrika de Reciclagem, um segmento que está sendo desenvolvido para atuar com oficinas de reaproveitamento do lixo seco em comunidades de alto risco social; Verônika Boskov, produtora cultural; Aclyse de Matos, poeta e professor universitário; Juliano Moreno, poeta e produtor cultural; Carol Capellani, produtora cultural e Antonio Sodré, poeta e livreiro.
Segundo um dos coordenadores d’A Fábrika, Claudio Oliveira: “A estrutura foi e está sendo pensada em função de um coletivo onde todos recebem por todos os trabalhos, tendo ou não participado dos mesmos. A intenção é valorizar o coletivo.” Claro que a distribuição do faturamento acontece de forma regular entre os integrantes que assumem um compromisso de mobilizar sua força de trabalho em prol do projeto. Artistas ou produtores culturais que entram com apenas um projeto, utilizando a estrutura e o pessoal da iniciativa, também entram no sistema de divisão horizontal, quebrando a idéia de hierarquia.
Um grande laboratório está sendo criado, a “Sexta-Freak-Experience”, onde A Fábrika quer servir como base, estruturada tecnologicamente, para elaboração e desenvolvimento de projetos culturais. A Sexta-Freak é um projeto de convivência criativa e experimental que consiste em abrir as portas do espaço físico e toda a estrutura com a finalidade de receber pessoas interessadas em desenvolver projetos culturais, fazer som, criar arte, desenhar, ler livros, elaborar estratégias de ação cultural, discutir políticas para a cultura, políticas de distribuição, tecnologia, direitos autorais, enfim, um campo para vivências. Terreno aberto para explorar a fértil criatividade que as novas gerações vêm mostrando.
A partir dessas experiências, a iniciativa está abrindo novas frentes de trabalho para formar agentes e disseminar a prática de ações coletivas. Nesse sentido, A Fábrika, está se consolidando como núcleo agregador e gerador de forças capazes de atuarem livremente e de se tornarem centro também. Praticando a autonomia e retransmitindo esse modo de operar as relações, procura fazer o papel de multiplicador de ações de auto-gestão e cooperação entre grupos e pessoas. Nesse princípio todos são núcleos e também estruturas orbitais, onde cada iniciativa possa ser centro ou estrutura de apoio a outras iniciativas. Deixa-se agregar e atrair agregados dependendo dos movimentos, que são circunstanciais.
A sustentação do negócio vem da atuação na área de comunicação, com o marketing cultural e a propaganda, de bens e eventos culturais para clientes-parceiros que o negócio atende como forma de manter a sua viabilidade, enfim, é a forma encontrada para bancar a estrutura como base para as ações culturais que são os objetivos estratégicos. É onde a iniciativa quer chegar como meio absoluto de auto-sustentação.
A outra fonte de captação nesses dois anos de existência do coletivo, são os recursos advindos do poder público através das leis de incentivo à cultura com projetos culturais dos seus próprios membros. Essa é uma das qualidades da iniciativa, a especialização em elaboração e realização de projetos culturais, seja desenvolvendo seus vários produtos autorais, ou oferecendo estrutura – suporte logístico, consultoria e apoio técnico - para outros grupos e pessoas.
A visão dos coordenadores é de buscar auto-sustentabilidade, criando, produzindo e fazendo circular produtos que possam gerar receita para essa cadeia produtiva conectada em rede, ou seja, criando mercado. A Fábrika de Letras, editora do coletivo, em um ano de atividade conseguiu colocar em circulação três livros de autores matogrossenses, sendo que um deles, o livro de contos “8ito”, foi viabilizado no sistema de parceria com a editora do coletivo Arcada Dentária. Os livros eunóia e Deus de Caim, foram editados com recursos do Fundo Estadual de Cultura. A novela “eunóia” captou 5 mil reais e Deus de Caim, 27 mil reais. Ambos editados com tiragem de mil livros. Vale ressaltar que estão circulando bem dentro de um contexto mais alternativo:“eunóia” já ultrapassou a marca dos 800 livros vendidos e Deus de Caim já vendeu cerca de 300 livros (foram lançados em setembro no Festival de Literatura da América do Sul, Literamérica, no estande do Overmundo). 8Ito, o livro de contos, de Danilo Fochesatto, acaba de ser lançado, parceria citada acima com o Coletivo Arcada Dentária, também com recursos do Fundo Estadual de Cultura, na ordem de 5 mil reais.
O site Overmundo tem sido um dos veículos que está conectando possibilidades criativas dentro dessa nova perspectiva do negócio. A estratégia de distribuição dos livros lançados pelo coletivo busca nessa relação com o site uma circulação em rede por vários estados brasileiros, através dos contatos gerados, e vendas diretas pela internet. O livro “eunóia” está disponibilizado para download gratuito na seção Banco de Cultura do Overmundo, em Creative Commons, o que vem somando para a divulgação do autor e da obra.
Dos integrantes da Fábrika, todos são colaboradores freqüentes do site. O estúdio da Fábrika é responsável pela edição final do programa de rádio que é um produto criado por usuários e administradores do site, tendo à frente, Marcelo Rangel de Aracaju (SE) e Eduardo Ferreira de Cuiabá (MT), que é um dos criadores-coordenadores do coletivo. A perspectiva advinda da relação com o Overmundo abriu a percepção dos coordenadores do negócio para trabalhar com estruturas abertas, utilizando ferramentas tecnológicas da chamada web 2.0. Desde então o planejamento é pautado dentro da idéia do direito autoral aberto, permitir que os produtos gerados estejam abertos para experiências compartilhadas. Todos os produtos gerados são disponibilizados em Creative Commons, o modelo de propriedade intelectual adotado.
A internet tem sido fundamental, numa escala crescente, para a iniciativa. Outro exemplo disso foi a relação de mercado criada entre o compositor/criador da Fábrika, o violeiro André Balbino, que estabeleceu relações virtuais-reais com uma artista plástica brasileira em Milão, na Itália, a paulistana Malú, que resultou na comercialização de cinco músicas suas, criadas sob encomenda, para ambientação sonora do Museu de Arte Contemporânea de Milão, na Itália. As músicas foram gravadas e mixadas no estúdio da Fábrika e enviadas, aprovadas, negociadas e pagas via internet. A abertura de novos mercados com a utilização de novas tecnologias, que propiciou a audição da música de André Balbino (acabou produzindo encantamento a ponto de encomendar mais daquela musicalidade), por exemplo, é fato, no presente concreto.
Outros produtos do coletivo são: CD do grupo Caximir (esgotado); CD do grupo osviralata (em fase de produção); evento anual (está indo para a segunda edição) reunindo protagonistas locais da arte urbana: a Semana da Arte Urbana; vídeo documentário Uma vida sobre as águas; dois romances originais do escritor Ricardo Guilherme Dicke em fase de produção; monólogo teatral, Dona Louca, escrito por Eduardo Ferreira e Anna Marimon e interpretado por Anna; Mix no MISC, realização Fábrika de Estagiários e Jovens Arteiros; além de vários projetos audiovisuais em fase de viabilização de recursos para realização.
Parcerias: Bienal de Música Contemporânea de Mato Grosso; programa de rádio em Overmundo; Coletivo Literário Arcada Dentária; Jovens Arteiros; escritor Ricardo Guilherme Dicke; jornalista e escritor, Lorenzo Falcão; Banca do Sodré na UFMT; Revista Sina; Rádio Comunitária do CPA (109.5 Mhz); Casarão Cinema e Vídeo, que está realizando co-produção do vídeo “eunóia”, adaptação livre da novela homônima de eduardo ferreira, com custo zero, aproveitando o período ocioso (em janeiro e fevereiro cai a quantidade de produções comerciais) da produtora – em tempo: A Fábrika e o Casarão Cinema e Vídeo estão preparando o lançamento de um edital instituindo um concurso de roteiros para jovens realizadores que queiram produzir seus vídeos, com as empresas disponibilizando equipamentos e pessoal para a realização de três curtas; Samba de All Stars, grife alternativa; Vishi, outra grife que está entrando no mercado com camisetas temáticas; grupo performático Caximir; projeto literário Palavra Aberta, com Juliano Moreno; o trabalho performático-poético-musical do poeta Aclyse Matos, em projeto denominado “Cachorro Molhado”; A Fábrika está e sempre estará de portas abertas para novos parceiros, uma vez que o projeto prevê uma estrutura totalmente aberta, servindo também como base jurídica de apoio a projetos e artistas.
A Fábrika de Estagiários é o núcleo onde se desenvolve o exercício para a formação e qualificação de novos agentes atuantes. Produção de vídeo, eventos, laboratórios criativos nas áreas de fotografia, literatura e design gráfico, editoração, oficinas de Hqs, produção de rádio, estudos e pesquisas, são atividades que a iniciativa utiliza como uma grande oficina, um centro de formação. A experiência acumulada da maioria dos integrantes do coletivo dá o respaldo para esse fim. Dentre os coordenadores, o jornalista Cláudio Oliveira, está ministrando aulas no curso de comunicação da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), reforçando a vocação dos integrantes do projeto para o exercício do ensino. Outros agentes do coletivo estão sempre atuando com palestras e oficinas de arte-educação.
O negócio está em fase de expansão e vem agregando novos valores para a sua continuidade. Todos os integrantes são unânimes em afirmar a viabilidade do empreendimento e acreditam, com toda a convicção, que o caminho é investir em tecnologia, participar dos processos de produção colaborativa e compartilhar experiências cada vez mais abertas na busca de novos modos de operar negócios. Acreditam que a circulação e o acesso ao bem cultural é o novo paradigma desses novos tempos que apontam para uma consciência global onde os centros se deslocam de um lugar a outro em tempo real. Todos são vizinhos virtuais. Não há distância que separe mais. É possível sim, compartilhar experiências criativas de qualquer ponto geográfico planetário, aqui e agora.
aviso aos navegantes: links e imagens: postarei durante tempo de edição.
eduardo ferreira · Cuiabá, MT 26/3/2007 11:59santa casa de criação, ação! vida longa e muito mais que um dia ainda trabalho com vocês!
Bia Marques · Campo Grande, MS 26/3/2007 14:14Ótimo e informativo artigo ferreira. convido vc a conhecer um novo texto meu: http://www.overmundo.com.br/overblog/sala_edicao.php?em_edicao=3901
Roberto A · Cuiabá, MT 28/3/2007 11:06blza roberto? prazer em te ver aqui...aliás já li seu texto. não comentei ainda pela correria e transtornos dos últimos dias: informação que repasso agora: nosso coletivo foi roubado: levaram 3 computadores, mesa de som digital de última geração, lep top e muita informação contida: prejuízo enorme para quem é pequeno: pior de tudo foram os projetos prontos e acabados e que ainda não tinha feito back-ups. mas, bola pra frente. não vamos desanimar com isso. máquinas a gente recupera. o importante é que estamos todos firmes e fortes pra continuar trabalhando. abração.
eduardo ferreira · Cuiabá, MT 28/3/2007 12:14Lamento sinceramente o ocorrido Ferreira. Pistas de algo?
Roberto A · Cuiabá, MT 28/3/2007 12:22Caramba, anjos da guarda alertai-vos que coletivos assim carecem de toda proteção! Torcida grande pra recuperação do material perdido. Carinho imenso.
Bia Marques · Campo Grande, MS 28/3/2007 16:37tô até mal-passada, mas respiro mais que fundo pra mandar a maior força cosmicármica. Imenso carinho.
sandra vi · Petrópolis, RJ 29/3/2007 00:33que beleza de iniciativa, que isso acontecesse em cada cidade brasileira!
André Gonçalves · Teresina, PI 29/3/2007 08:16Salva salve... precisamos de mais iniciativas como essa.
FILIPE MAMEDE · Natal, RN 29/3/2007 08:18Oxalá iniciativas como essa se propaguem pelo Brasil todo!
Egeu Laus · Rio de Janeiro, RJ 29/3/2007 09:18Excelente, realmente precisamos de movimentos que transcendam o individualismo, para que se solidifiquem essas iniciativas transformadoras. Parabéns!
Pedro Vianna · Belém, PA 29/3/2007 09:47
Além de tudo o que já destacaram, que eu também penso e acho ótimo, para as nossas relações quero destacar muito e também a parte que Eduardo Ferreira da Fábrika diz:
O site Overmundo tem sido um dos veículos que está conectando possibilidades criativas dentro dessa nova perspectiva do negócio. A estratégia de distribuição dos livros lançados pelo coletivo busca nessa relação com o site uma circulação em rede por vários estados brasileiros, através dos contatos gerados, e vendas diretas pela internet. O livro “eunóia” está disponibilizado, para download gratuito na seção Banco de Cultura do Overmundo, em Creative Commons, o que vem somando para a divulgação do autor e da obra..
É por isto que sempre penso no Gonzaguinha
Eu acredito é na rapaziada...
Vocês sabem que existe uma agência na Bósnia Herzegovina com este nome? A agência nasceu em 1985 e em 1989 eles a batizaram com o nome Fabrika - A coincidência pode prejudicar vocês - isto não é uma crítica é apenas um toque, afinal estamos na rede mundial.
Fanny · Rio de Janeiro, RJ 29/3/2007 11:13
massa rapaziada. agradeço a todos. as relações humanas podem sim melhorar e muito. as mega-estruturas estão fadadas ao esquecimento. criando novos (per)cursos isolamos-os. e dá-lhe chão!
quanto a essa questão do nome, sei ñão...eles lá nós cá...tem um A na frente - visualidade diferente: a propósito quantas fábri(k)(c)as têm no mundo??
aqui é a santa casa da criação.
obrigado fanny. vou consultar o jurídico...
Uma iniciativa linda. Sou fã da divulgação cultural no Brasil e acho muito importante trabalhar com isso livremente. Se puder ajudar nesse trabalho, é só falar.
Parabéns!!!!
vida longa manu edu e toda esta rapaziada esperta de A Fábrika. Sou fã de vocês. Grande abraçooooo
Rodrigo Teixeira · Campo Grande, MS 29/3/2007 18:27tudo bem dewis, foi roubo sim. o pior já passou. trabalhando a gente recupera qualquer coisa....valeu. abraço a todos.
eduardo ferreira · Cuiabá, MT 31/3/2007 13:38Putz, que merda heim Dudu? Lamentável demais irmão. Na certeza de que este ocorrido sinistro não abalará a tripulação desta Nave Louca, desejo muita força na retomada dos trabalhos. Abração a todos da Santa Casa da Criação, vida longa!!!
wndrground · Cuiabá, MT 1/4/2007 21:25
desculpe a grosseria joanna D.A.! vc se ofereceu para ajudar e meu silêncio foi um absurdo. faça contato com a gente; pode ajudar sim, participar, puxar fios de outros lugares para novas conexões. quem sabe?
manda um mail: caximir@hotmail.com
muito obrigado.
Voto com gosto, Eduardo. Não poderia ser diferente. Abraço!
Remisson Aniceto · São Paulo, SP 2/8/2007 08:19Alô, Eduardo, passei para deixar minha aprovação.
Remisson Aniceto · São Paulo, SP 15/10/2007 14:43Para comentar é preciso estar logado no site. Faa primeiro seu login ou registre-se no Overmundo, e adicione seus comentários em seguida.
Voc conhece a Revista Overmundo? Baixe j no seu iPad ou em formato PDF -- grtis!
+conhea agora
No Overmixter voc encontra samples, vocais e remixes em licenas livres. Confira os mais votados, ou envie seu prprio remix!