Foi com um entusiasmo enorme que iniciei a minha participação efetiva no Overmundo, mas foi também com uma inesperada sensação de invisibilidade e frustração que cheguei ao “fim†da discussão!!! Tudo aconteceu durante a instigante (e instigada) discussão desenrolada a partir do texto “A NOVA DECADÊNCIA DA CULTURA PERNAMBUCANAâ€, escrito por Bruno Nogueira e publicado no Overblog no dia 05/11/2006.
Animado com a possibilidade de se construir um debate sobre a situação atual do mercado cultural em Pernambuco, e com a possÃvel proposição de soluções viáveis para os problemas abordados, escrevi 8 (oito) comentários, e considero que pelo menos 5 (cinco) deles têm bastante relevância para a discussão. E, ao invés de sentir que minha contribuição era levada em consideração, ocorreu o contrário: uma estranha sensação de que ninguém (ou quase ninguém) estava sequer lendo minhas colocações.
No momento, pensei em tudo: será que houve algum erro no envio de meus comentários e as pessoas não conseguem vê-los? Será que o que eu escrevi é muito óbvio? Será que é irrelevante? Ou muito ingênuo? Ou o contrário: seria mais complexo do que as pessoas gostariam? Ninguém entendia? Era muito prolixo? Não estava claro? Ou será que as pessoas preferem (inconscientemente) ler e comentar as colocações daqueles que já conhecem?
O fato é que, realmente, ninguém se referiu a nenhum dos meus comentários, seja para concordar, para corrigir, para discordar, ou para meter o pau!! A única exceção foi a minha esposa Alessandra Leão, provavelmente porque ela conhece bem o empenho e a seriedade que tenho ao abordar o assunto em questão, conhecimento que não pode ser cobrado dos outros debatedores.
NÃO QUERO SER VÃTIMA NEM DERROTADO
E o que fazer com todas essas sensações que me deixaram bem desequilibrado? Não quero ficar apenas me queixando, lastimando minha invisibilidade naquela situação.
Antes de tudo me dei conta que essa situação é mais comum do que a maioria de nós imagina. Quem aqui nunca se sentiu irrelevante, invisÃvel, aos olhos dos seus pares, em algum momento da sua vida? Talvez isso seja corriqueiro para aqueles que trabalham na faxina de um empresa e nunca recebem um bom dia, um obrigado, dos seus patrões. Talvez isso seja verdade para as domésticas que passam a vida inteira servindo aos patrões que nunca souberam dos seus problemas pessoais. Talvez isso seja a única via para a grande maioria dos artistas que tentam em vão o “sucesso†durante toda a sua carreira. E é nesse ponto que eu queria chegar. A invisibilidade de muitos artistas para além de seu cÃrculo profissional e de amizade.
Talvez sempre tenha sido assim: não basta criar um obra de qualidade (ou uma obra em que o próprio criador acredite); não basta divulgá-la ao máximo com todas as suas forças; é preciso mais do que isso se o objetivo é ser reconhecido pelo seu trabalho e poder viver dele, sem receber nem menos nem mais do que você merece.
Em tempos de Overmundo, de mp3, de download gratuito, de acesso irrestrito a (quase) tudo e a todos (se você foi alfabetizado e tem a oportunidade de se conectar, não vamos esquecer), questionamentos como esse podem parecer bobagem, mas sinto que não são.
É necessário ter consciência de que a isenção e a imparcialidade - em debates como o citado no inÃcio – talvez sejam inalcançáveis, embora desejáveis, pelo menos em parte. É da natureza humana.
Dou um exemplo: o simples ato de – em meio a uma discussão complexa e com tanta gente envolvida, como a que me referi – iniciar um comentário dirigindo-se especificamente a uma pessoa já é uma forma (talvez inconsciente) de conferir um status um pouco mais elevado à quele indivÃduo; já o diferencia no meio da massa de pessoas que colocam suas opiniões. E talvez esse comentários sejam direcionados justamente à queles pelos quais sentimos mais admiração, sintonia, ou que nos provoquem a reação contrária de discordar e se contrapor: é melhor ser contestado do que passar desapercebido. E talvez não haja nenhum mal em ser assim: apenas é assim.
O que fazer? Darei meu exemplo (aquilo que tenho tentado colocar em prática), cada um que ache a sua solução, a que melhor lhe convier, ou não; afinal de contas isto aqui não é manual de auto-ajuda. Em primeiro lugar, não abaixar a cabeça e achar que você é que está totalmente equivocado, que deve aderir à visão dos outros; em segundo lugar, não achar que você é o dono da verdade e que os outros é que são o inferno; em terceiro lugar, manter a humildade e melhorar a maneira como você se expressa. Por último (talvez essa seja o ponto mais negligenciado por muitos de nós): procurar/encontrar e aglutinar no Overmundo (e no mundo lá fora) as pessoas que tenham alguma afinidade com você, que tenham preocupações parecidas, nas quais as suas ações encontrem ressonância. Não somente para ser elogiado e aplaudido, mas fundamentalmente para ser criticado, avaliado, corrigido; para ser percebido, enfim.
Temos no Overmundo uma ferramenta extraordinária para construir, desconstruir e reconstruir o Brasil; e acredito que todos aqueles que se interessam por cultura devem ocupar o seu espaço aqui, trazendo consigo seus cÃrculos profissionais e pessoais, contribuindo para diminuir a invisibilidade de um grupo em relação ao outro.
(...) Já não me sinto tão invisÃvel assim!!
(...)Talvez eu mesmo tenha deixado outras pessoas na invisiblidade...
Muito bom o teu texto! Por coincidência ou não, acabo de escrever um texto em que já no tÃtulo levanto estas questões que tu colocasse, principalmente na questão "invisibilidade". O tÃtulo é o seguinte: Acabei de fazer uma música. E agora?
Obrigado, Carlos Gomes!
Vou ler o seu texto. Agradeço a indicação.
Um abraço!
alô Caçapa: não são palavras de consolo: mas acho que seus comentários, no debate sobre o texto do Bruno, foram lidos sim (eu pelo menos até tomei nota de vários deles para futuras discussões): mas ainda estamos todos nos acostumando a esse tipo de conversa com tantas vozes - o Overmundo também traz muita informação ao mesmo tempo - esse também é um longo aprendizado: como focar a atenção em tantas conversas ao mesmo tempo? minha experiência: tenho publicado muitos textos no Banco de Cultura: dá uma olhada no meu perfil: a maioria dos textos não tem nenhum comentário: tento acreditar que não é porque não interessam a ninguém, mas sim porque não encontraram (se é que vão encontrar) o momento de gerar uma conversa...
Hermano Vianna · Rio de Janeiro, RJ 12/11/2006 12:31Alô Caçapava. Também sou novo no Overmundo. Achei muito bacana o que você falou. Tenho também estas sensações. Gostaria de falar com você a respeito. E não se culpe quanto a questão da imparcialidade, para mim ela é um mito. E o toque do Hermano é interessante: continue a investigação e o aprendizado, que é o que já estás te propondo, e com certeza irá encontrar muita gente e muita gente irá te encontrar. Um exemplo: eu te encontrei. Um abraço da terras geladas do Sul, Alê Barreto da Independência alebarreto_capta@yahoo.com.br
Alê Barreto · Rio de Janeiro, RJ 12/11/2006 15:27Hermano: Pode ter certeza de que seu comentário não me servirá de elogio, mas sim de incentivo! E você tem razão, lendo com mais calma o texto de Bruno e os seus dedobramentos, pude perceber que algumas pessoas utilizaram a "ferramenta das setas" para demonstrar que achavam úteis as minhas colocações. Estamos todos aprendendo, mesmo!
Caçapa · Recife, PE 12/11/2006 17:59
Alê Barreto: estamos aÃ!
Meu e-mail é: viola_cacapa@hotmail.com
Agradeço o estÃmulo!!
Um abraço!
Hermano: onde eu escrevi "elogio" leia "consolo"!!
Deculpe o erro!!
Muito interessante todos esses comentários. Realmente vivemos tempos onde comumente ignoramos e somos ignorados, mas, como Vianna, não acho que tenha sido essa a questão, Caçapa, com relação às suas ponderações sobre a cena cultural pernambucana. Em todo caso, é saudável essa nova oportunidade de repensarmos o que dizem os outros. De reaprender, talvez, a ouvi-los. Seu texto já é válido por isso.
Caio Barretto · Rio de Janeiro, RJ 13/11/2006 00:36
As vezes as referencias (e respostas) aos nossos comentarios nao sao diretos. Mas gosto de pensar de uma maneira ou de outra todos comentarios afetam a discussao em algum sentido. Sem querer parecer que sou contra discussoes mais acaloradas (de forma alguma sou contra!), temos que ser, de uma maneira geral, bem compreensiveis uns com os outros aqui no Overmundo e em qualquer outra comunidade virtual, seja o orkut, uma lista de discussão, etc. Obviamente que isso nao quer dizer que todo mundo tem que concordar com todas as opinioes. Ate mesmo porque se todo mundo só comentar "uau, que bacana!" nao vai ter discussao nenhuma. Mas é aquela coisa de lembrarmos que nas relacoes mediadas por computador ocorre muita distorcao devido a falta das sutilezas e nuances que temos numa conversao ao vivo.
E continuo com a minha campanha mobilizadora para que a comunidade Overmundo utilize essa ferramenta de voto nos comentários cada vez mais.
olha, acompanho o overmundo há um tempo
apenas como leitor
comecei a me expressar por causa do texto de bruno e tbm tenho umas inquietações sobre quanto é a reverberação e sobre o perfil dos participantes
acho super saudável que pensemos sobre essa comunidade já que na essência é uma rede, um corpo coletivo ...
Alô, Caçapa,
A discussão foi muito legal e acabou incorporando outras dimensões, perespectivas, nuances etc.. da questão principal e merece várias outras releituras, para assim selecionarmos aqueles (as) com as quais poderemos aprofundar o debate.
Outros textos relacionados aos recortes que surgiram no debate poderão ser escritos, ou como esse que você escreveu com questões subjacentes, que ficam por trás das "cortinas" etc..
Encontros presenciais, projetos conjuntos, textos acadêmicos etc... podem ser gerados.
Vale instigar e esperar.
Um abraço!
Não acho que ninguém seja invisÃvel aqui.
Mas, naquele caso que você citou, os comentários eram muitos, gigantescos, complexos. Eu, sinceramente, só li o texto dele e não li os comentários.
Mas acho que cada um tem seu lugar. (o que não significa que possa haver uma troca/interação de lugares).
Pois bem, você conseguiu aparecer. E agora?
(parafraseando o Carlos Gomes - e pra provar que dessa vez eu li os comentários anteriores... eheheh)
corrigindo: o que não significa que NÃO possa haver uma troca/interação de lugares
Farion · Curitiba, PR 13/11/2006 23:45
Caçapa, a resposta para suas inquietações esta já aqui mesmo. No nosso Overmundo Way of Life, não deve-se ficar só nos comentários. Mas também publicar nossas idéias. Você achou que não era ouvido, mandou um texto e olha quanto opinião.
A ferramente é aberta em todos sentidos. Acho que isso é algo que o DJ Dolores também descobriu publicando um texto aqui. Quando nossa participação é mais efetiva, causa ecos maiores.
E aproveitando esse momento todo: que tal colocar umas músicas da Alê no Banco de Cultura? Vê quanta gente comentou aqui, lá no meu texto e no do Dolores. São todos interessados na produção cultural da cidade que teriam acesso direto ao trabalho dela! :)
Bem, neste momento, uma das minhas colaboracoes eh a terceira com maior numero de overpontos e tem apenas 3 comentarios. o q quer dizer q nem sempre a resposta dos leitores vem de forma direta. Seu texto foi legal, nao por ter varios comentarios, mas por ser uma reflexao sobre o ato de produzir, o desejo de ser ouvido e sobre o proprio Overmundo.
Roberto Maxwell · Japão , WW 14/11/2006 14:59
Agradeço a todos pelas sugestões e crÃticas construtivas! Me sinto mais preparado para participar de forma produtiva no Overmundo do que há uma semana atrás!
Quero esclarecer um pouco mais o seguinte: a invisibilidade para mim é uma sensação, que pode não corresponder exatamente à realidade, como o testemunho de vocês deixou claro. Uma das minhas preocupações era trazer esta questão à tona, não para me queixar de um ou outro debatedor, mas para refletir um pouco sobre a maneira como dialogamos e reagimos às ações dos outros.
Bruno: antes mesmo de escrever esse texto, eu já estava conversando com Alessandra sobre a possibilidade de colocar o trabalho dela (nosso, na verdade) no Banco de Cultura. Acho uma ótima idéia! Obrigado pelo toque! Mais uma coisa: estamos trabalhando (eu e Alessandra) num texto sobre Biu Roque (um grande músico residente em Goiana/PE que participa da Fuloresta, grupo que acompanha Siba) e devemos disponibilizá-lo aqui em breve. Precisamos produzir!
Farion: Importante a sua crÃtica! Sobre o "E agora? ": esta é uma pergunta que me faço sempre: antes, durante e depois de um trabalho de criação. E agora continuarei tentando pôr em prática aquilo a que me referi no texto: criar, divulgar, dialogar, aprender algo novo e voltar a criar. Que bom que temos o Overmundo, não?
Oi Caçapa, vc acabou gerando uma discussão bacana! E é uma questão que todo 'overmano(a)' tem que 'elaborar'. Pq se é coletivo, queremos lógico o retorno, o eco de nossas ações. Algumas ocorreu o fenômeno inverso comigo, de achar q todos estavam invisÃveis. Ou que olhavam em direção errada. Mas a democracia é isso. Deixar que os outros pensem o que bem quiser. Se vc passou por este dilema com seus comentários (claro q são importantes) imagina os artistas, poetas, escritores, enfimmm, mesmo jornalistas ou pessoas que ralaram para escrever determinada matéria e NADA DE COMENTÃRIOS. Pq é claro que quando o compositor ou banda coloca a música no banco de cultura ele acredita que vai 'chover comentários'... hehehe é tipo ator desempregado, todo telefone que toca ele pensa que é a globo chamando pra próxima novela das oito... hehehe brincadeiras a parte, acho q vc tocou no ponto de achar os semelhantes dentro desta grande nação overmundo. e saber conviver com os diferentes. por exemplo, na minha opinião o Geraldo EspÃndola, um compositor superimportante aqui para o MS e Centro-Oeste, passou DESAPERCEBIDO pelo Overmundo, apesar de disponibilizar várias músicas, inclusive inéditas e tal... poucos comentários, apesar de sinceros... do outro lado um texto (muito bem inscrito e inspirado) sobre como se namorar no overmundo entope o post de comentários. refletindo, penso que o overmundo não deixaria de refletir também a sociedade. mas o segredo é insistir. insistir e insistir. abs rodtex
Rodrigo Teixeira · Campo Grande, MS 15/11/2006 01:49
Pois é, Rodrigo! Este é um exercÃcio constante!
Abraço!
opa caçapa!
trabalhar nos meios onde a gente trabalha, é complicado. mas eu gosto sempre de pensar numa coisa que nosso professor diérson falou em uma das célebres aulas de fundamentos da construção musical: o mundo é uma grande máquina com diversas engrenagens. algumas delas dão voltas em um espaço de tempo bem curto, outras levam muito tempo pra completar uma volta só.
acho que com a gente, as engrenagens são bem lentas, mas eventualmente completam suas voltas. sem dúvida, acho que uma das saÃdas é produzir incessantemente, mas por outro lado, cuidar também do escoamento dessa nossa produção. espaços como esse, como o my space, e outros, facilitam as conexões entre interessados e pessoas e produções interessantes. são mais ferramentas que podemos utilizar.
mas além dessas ferramentas, também devemos botar a cabeça pra funcionar e procurar outras frentes por onde divulgar e discutir nossas produções. e depois interligar tudo isso. olha o buraco!!!
Grande Zé Guilherme! Bem vindo ao Overmundo!
Aproveitando a deixa: um das motivações para escrever esse texto foi ter observado, durante um bom tempo, a angústia que muitos músicos/amigos talentosos sentem em épocas de "crise" como a que Bruno Nogueira descreveu. Para mim, a "crise" é permanente e exige muito trabalho e paciência (comodismo não!). Vamos nessa!
pegando carona no texto do Caçapa e seguindo para outros complexos caminhos:
alguns dados: em outubro 10.175 colaborações foram visitadas no Overmundo - dessas apenas 11 tiveram mais de 1 mil visitas, e apenas 434 tiveram mais de 100 visitas - então: a maioria totalmente absoluta teve até 100 visitas
essa é uma situação comum para a maioria dos sites: um número grande de visitantes que se espalha/pulveriza por milhares de lugares
essa é uma situação nova para a mÃdia e indústria cultural em geral, que na internet passa a viver em outro regime: não mais aquele que sabia produzir grandes hits consumidos por todos, mas que em compensação tem muito mais coisas para oferecer para muitos públicos pequenos, com gostos muito diferentes entre si, com atenção e tempo disputados por bilhões de outras tentações informacionais...
é uma situação pior ou melhor que aquela da mÃdia de massa? depende do ponto de vista... o que não podemos é julgar essa nova situação com os critérios da situação antiga, pois tudo na internet vai parecer ter público reduzido (mesmo o YouTube, que também tem uma porcentagem extremamente reduzida de vÃdeos - levando-se em conta o número de vÃdeos lá disponibilizados, e a quantidade de visitantes diários - que foram vistos por mais de mil pessoas)
os artistas também não podem viver com a nostalgia da época das grandes gravadoras ou dos grandes estúdios de cinema etc. (que conseguiam produzir blockbusters estrondosos no planeta inteiro, mas divulgando muito poucos lançamentos) - essa época acabou...
Aqui entra a valorização da cauda longa, que é onde todos nós (cada vez mais invisÃveis para a maioria, mas cada vez mais facilmente visÃveis para minorias) passamos a circular, mas que gera problemas/vantagens com os quais ainda vamos demorar muito para nos acostumar...
Dolores: fiquei curioso para saber mais sobre as suas inquietações!
Hermano Vianna · Rio de Janeiro, RJ 15/11/2006 23:13
Hermano: muito valiosa a sua colocação e a entrevista com Chris Anderson!!
Fico pensando: como essas transformações silenciosas (para a maioria dos ouvidos) e tão profundas (afetando da macro economia à s relações inter-pessoais, passando pela arte) interferem na realidade brasileira e nos demais paÃses sub-desenvolvidos, onde grande parte da população ainda vive à margem das inovações tecnológicas?
Agradeço o link!!
a Rocinha tem mais de 50 lan-houses (o MSN e o Orkut são os serviços mais acessados), as lan-houses também se alastram pelo sertão, as músicas mais populares nas periferias do Rio (funk carioca) e em Belém (tecnobrega) são produzidas em computador... acho que a marginalidade tecnológica está mudando (e a indústria cultural tradicional também não sabe lidar com essas inovações periféricas)... tá tudo (cada vez mais) dominado, e tudo ainda é muito novo...
Hermano Vianna · Rio de Janeiro, RJ 16/11/2006 01:05
que ótimo texto, Caçapa!
também tinha pensado em elaborar um texto sobre a minha ainda pequena experiência no Overmundo. apesar de saber do site até mesmo antes do lançamento, só comecei a participar ativamente há cerca de dois meses.
é interessante observar a aproximação que a gente traça pouco a pouco com o site: as ferramentas de publicação e as diferentes seções, o diálogo com os outros internautas, a descoberta dos conteúdos, a participação nas discussões, a alternância nos papéis de editor, criador e estimulador de pautas, a evolução no ranking de karmas etc etc etc. todos os processos são bacanas.
certamente, alguém (ou alguéns) pode ou deve estudar os comportamentos dos participantes e o volume de informação produzido aqui, bem como a forma em que estes estão hierarquizados pelos próprios colaboradores.
o Overmundo é um laboratório de conteúdo e de experiência colaborativas. é tudo muito novo. e a gente não sabe ainda bem lidar com essa situação.
baita abraço a todos!
puta texto!
gerou puta-discussão.
o tema é bom, excelente,
mesmo para quem não pode escrever para refleti-la,
mas ao menos comentar para elogia-la.
Parabéns!
Gostei mesmo.
dMart e Esso: que bom que vocês gostaram do texto! Valeu!
Hermano: você trouxe uma boa notÃcia! Vou ler com mais calma o(s) textos(s) sobre as lan houses (existem vários), eu acho que é um assunto que rende muito... agradeço mais uma vez.
tem também lan-house aqui
Hermano Vianna · Rio de Janeiro, RJ 16/11/2006 22:49
Acho que o Hermano Vianna tocou num ponto importante: a fragmentação da internet. Temos um número de informações muito grande, e mesmo querendo, não temos como acompanhar tudo, e além disso ainda expressar nossa opinião sobre tudo.
Acho que cabe a nós buscar um equilÃbrio, e não achar que o sucesso está limitado ao número de vendas ou de visitas.
Hermano,
Para falar a verdade quando vejo que você escreveu, pulo o texto porque acho sua abordagem meio difÃcil de ser lida!
Talvez você "pule" os meus textos também porque ache que eu só escrevo "besteira. Só que tem pessoas que gostam dos meus textos, dos seus textos. Vamos sobrevivendo...
apple · Juiz de Fora, MG 17/11/2006 06:27
combatendo a invisibilidade:
plim-plim
INFORME PUBLICITÀRIO
A partir do dia 19 no overblog entrevista imperdÃvel do Joca Oeiras, o anjo andarilho
Prepare-se para fortes emoções!
Pois é Rafael. Estamos caminhando para a diminuição da super-exposição de alguns poucos grupos (por vezes criados artificialmente); e para o crescimento da diversidade de pensamento e comportamento (muitas vezes espontânea). E isso é bom, não?
Caçapa · Recife, PE 17/11/2006 10:19Joca: valeu o comercial! estou aguardando!
Caçapa · Recife, PE 17/11/2006 10:21
Só uma colocação: a maioria das vezes que eu não comento nada é por achar que não tenho nada a acrescentar, parece que dizer: concordo! Ou Muito bom! é irrelevante... à s vezes me sinto meio na dúvida se respondo ou não os comentários que fazem aos meus textos! Tipo, a pessoa posta: muito legal, gostei! Eu respondo o q? Obrigada! Sei lá... é fácil ler um comentário e achar bacana mas não reagir visivelmente, afinal, não tem ninguém na sua frente esperando uma resposta, são adaptações das relações humanas que temos de fazer para o mundo virtual. Além disso, quando você está conversando com alguém e fala uma besteira, aquilo acaba alÃ, no mundo virtual fica registrado, meses depois alguém ainda pode ler... (tomara que esse meu comentário não seja um grande besteirol! hehehehe)
Abraços!
Eu sou meio contra publicar um comentário apenas para falar "uau, gostei! muito bom!", mas também entendo que ninguém tem que comentar só quando for escrever um "tratado" sobre o assunto. Mas acho que buscar um comentário que acrescente mais do que um elogio (nada contra eles, é claro) é até um exercÃcio interessante. De repente voce nao manja muito sobre o assunto e nao tem nada a acrescentar, mas voce lembra que leu uma outra coisa dentro ou fora Overmundo sobre esse assunto e ai o seu comentario pode servir para linkar esses textos.
Acho que fica meio chato receber um aviso por email que alguem comentou e quando voce vem aqui conferir é só um "muito bom, parabéns!" E nao se esquecam: vamos todos votar sempre nos comentáios (essas setinhas verde e vermelha que fica logo abaixo dos próprios).
Concordo que tudo que se diz fica registrado, mas também ninguém me conhece mesmo! Não tem foto minha aqui e ninguém pode garantir que falei sequer uma linha de verdade sobre a minha vida particular... Hahaha...
apple · Juiz de Fora, MG 17/11/2006 13:25
Ana e Sérgio: acho que a dica de vocês é muito importante para quem está começando no Overmundo (eu sou um deles).
Fica aqui uma sugestão: que tal criar um texto, que pode ser um complemento ao que já está disponibilizado nos links AJUDA, PARTICIPE, e SOBRE O OVERMUNDO, com recomendações que visem tornar os diálogos (através dos comentários) mais eficiente? Acredito que os colaboradores mais experientes tem muito a ensinar sobre essa ferramenta.
Entendi perfeitamente o recado de vocês quando percebi que alguns comentários meus (acima) foram considerados inúteis. E são mesmo! Aprendi mais uma!
Tambem não gosto muito do funcionamento do overmundo. Em breve. mas admito que não leio comentarios.
Israel Barros · Campo Grande, MS 17/11/2006 16:15alo Israel: o que você não gosta no funcionamento do Overmundo? crÃticas são bem-vindas - queremos sempre melhorar
Hermano Vianna · Rio de Janeiro, RJ 18/11/2006 01:51
Acho que já devem ter notado,adoro o overmundo mas, pegando a deixa do Hermano. acho que o overmundo melhoraria muito se o esquema de edição fosse menos rÃgido,possibilitando uma verdadeira diagramação dos textos.
Sobre os comentários, tendo a concordar com o Sérgio Rosa mas acho impossÃvel evitar que amigos que se agregam ao overmundo só pra votar na gente (faço campanha no orkut e meu E--mailng – Vote no meu texto e tal!) deixem comentários do tipo – Valeu Joquinha! que eu acho super legais no contexto da minha amizade – uma demonstração de carinho por mim – embora nada tenha a ver no contexto do overmundo. A Criss, seja lá quem for, costuma fazer um comentário eu diria "nada a ver" mas eu creio que isto faz parte da personalidade dela, seja ela quem for, como eu já disse.
Na entrevista que estou editando revelo táticas particulares de evitar a invisibilidade pois adoro ser visto. Lembro a todos que só quem é visto é lembrado. Não deixem de ler!
beijos e abraços
do Joca Oeiras, o anjo andarilho
Douglas Rushkoff escreve - em recente debate da Edge sobre a construção de auto-imagens na era da internet - algo que pode nos ajudar na conversa sobre a invisibilidade:
"Enquanto a Renascença original celebrava o "indivÃduo", nós podemos estar nos movendo para uma era cultural que favorece o coletivo ou a rede sobre a individualidade. Não, nós não vemos muita evidência disso na cultura atual, adolescente e exibicionista do YouTube. Mas eu realmente acredito que esse é o próximo passo lógico para uma geração que cresce com a fame e com reconhecimento individual como fenômenos tão claramente temporários e etéreos. A LonelyGirl14 do MySpace, famosa este ano pelos seus vÃdeos de auto-procura, vai ser esquecida no ano que vem e substituÃda pela LonelyGirl15.
E quando os milhões de ex-indivÃduos que reproduzem suas imagens online ficarem acostumados com essa temporalidade, sua atenção vai se dirigir para o projeto que estão construindo juntos. A própria rede vai se tornar mais interessante enquanto uma criação colaborativa do que qualquer indÃviduo particular dentro dela - do mesmo modo que os museus se tornaram mais interessantes que seus trabalhos individuais. E será então - durante nossa própria versão de era barroca - que nós saberemos o que a iluminação de massa realmente quer dizer."
gostei de imaginar que tudo isso é um novo perÃodo barroco! o Overmundo seria então uma Vila Rica (Ouro Preto) virtual. Então o nome foi bem escolhido: Overmundo é tÃtulo de poema de Murilo Mendes, pensador absolutamente mineiro e certamente, "enquanto" bom mineiro (ou bom brasileiro), bem barroco, ou pós-barroco...
meu texto sobre narcisismo na internet fala um pouco disso tudo também
Hermano Vianna · Rio de Janeiro, RJ 18/11/2006 05:21
Bem, Joca, na realidade, falo demais, sabe? Não consigo ficar "enquadrada" nessa rigidez do Overmundo de só ter papo-cabeça. Gosto de brincar, conhecer as pessoas, ... não só de ficar "amarrada" aos temas. Acho que fica impessoal!
Também acho cada um fala o quê sente vontade de falar. É até conta a auto-estima deixar de fazê-lo.
Querida Criss:
Acho que é mais por aà mesmo. Democracia é o respeito pela opinião da minoria. Para falar a verdade até já me acostumei com os seus apartes.
beijos e abraços
do Joca Oeiras, o anjo andarilho
Hermano:
Não vou negar, achei inicialmente que vocé estava respondendo ao Caçapa e que havia "sobrado" para mim na medida em que eu fazia uma campanha, de certa forma, seil lá, "narcisista", na medida em que cosidero a minha experiência algo que deva ser destacado (afinal, ouso fzer a propaganda da minha própria entrevisata). No entanto, creia-me,a carapuça nÃo serviu! Continuo achando que você, Hermano, e todos os demais overminos e overminas tem muito a aprender com a minha experiência pois, como disse.nuncapretendi ser melhor que ninguém, apenas, a melhor pessoa posÃvel! É isto o que procuro. Eu, que nasci no dia de todos Santos, me sei humano, completa e definitivamente humano, e acho sim que sirvo de exemplo aos meus iguais.É claro que isto nada a ver como um modêlo (bem ao gosto do stalinismo) mas comoum exemplo. entre centenas de outros, a ser discutido.
beijos e abraços
do Joca Oeiras, o anjo andarilho
oi Joca - nao estava pensando em você quando mandei os comentários não - não estava respondendo a nenhuma pessoa em particular - estava pensando no tema geral da conversa da "invisibilidade" e da situação geral da internet no momento - claro que temos muito a aprender com você - e pessoalmente gosto muito da sua participação no Overmundo - e também acho que a Criss sempre traz boas brincadeiras - abraços!
Hermano Vianna · Rio de Janeiro, RJ 18/11/2006 16:45
Sei que não, rapá, mas que podia ser podia. E até seria legal para a minha campanha, se tivesse sido.
"Para Hermano Viana o tal anjo andarilho não passa de mais um narcisonauta!
Joca Oeiras nega.
Para saber quem está com a razão você não pode perder a emocionante "Entrevista com Joca Oeiras!", no Overblog daqui a 22 horas!"
beijos e abraços
do Joca Oeiras, o anjo andarilho
Aproveitando a proximidade do Dia da Consciência Negra: Axé para todos! Muito boa essa convivência diária no Overmundo com gente de todo o Brasil - claro que sempre vai haver pontos de vista diferentes e mesmo desentendimentos por aqui - mas tudo entra na conta da riqueza e da novidade do processo.
Hermano Vianna · Rio de Janeiro, RJ 18/11/2006 18:11
Querido Hernani:
Comentário inevitável!
Pode até parecer marcação com você (ou até o contrário disto rsrsrs) mas não posso deixar de falar que achei estranho que traga para nós a lembrança do dia da consciência negra e não tenha feito qualquer comentário sobre o meu texto que trata do assunto. Mais ainda quando fala de "pontos de vista diferentes". Me perdoe se eu estiver sendo um chato, mas não queria ficar com isto entalado na garganta, se me entende. Ou você nem tomou conhecimento dele?
beijos e abraços
do Joca Oeiras, o anjo andarilho
Putz, Perdão, eu quis dizer Hermano.
beijos e abraços
do Joca Oeiras,o anjo andarilho
nao vi o seu texto, Joca - desculpa: não consigo ver tudo o que tem aqui no Overmundo... a referência ao dia da consciência negra não tinha subtexto nenhum - era só um pretexto para desejar Axé! Axé é sempre bom, todo dia!
Hermano Vianna · Rio de Janeiro, RJ 18/11/2006 19:28para esclarecer: não consigo ler tudo por falta de tempo... se tivesse mais tempo (lanço a campanha: por um dia com mais de 24horas!), leria tudo, comentaria tudo
Hermano Vianna · Rio de Janeiro, RJ 18/11/2006 19:37
Querido Hermano:
Creio que você concorda que foi engraçada a coincidência, né não? E desculpe mais uma vez por tudo, inclusive por ter trocado o seu nome. Juro que nunca mais vou ler você nas entrelinhas. Inclusive, como diz o Millor, é arriscado o trem passar por cima
beijos e abraços
do Joca Oeiras, o anjo andarilho
E não deixe de ver a minha entrevista, daqui a dezenove horas, rsrsrs
Bem, só para deixar claro que o meu comentário acima não foi direcionado a ninguem especificamente, eu estava falando de um uso geral do Overmundo. De forma alguma sou contra os comentários engraçados ou aparentemente "nada a ver". Reforço o que eu disse acima: CLARO que os comentários podem ser utilizados de diversas maneiras: às vezes dominamos mais o assunto (ou não) e gostamos de escrever mais. às vezes conseguimos falar "muito" com poucas palavras, às vezes uma só palavra é necessária.
Mas eu acho legal lembrarmos sempre quando formos comentar que se ficarmos somente no "gostei" ou "não gostei" as conversas vão morrendo aos poucos e perdendo a graça
Se temos o espaço aberto para escrevermos o que queremos (e sempre reclamamos por ele!), por que utilizá-lo no mÃnimo? se a idéia é a construção coletiva, um simples "gostei!" não acrescenta muito, né? Enfim, nao estou policiando ninguem. Todos são livres para participar da maneira que mais lhe agrada.
Querido Sergio:
Disse tudo! Gostei!(rsrsrs)
beijos e abraços
do Joca Oeiras,o anjo andarilho
Querido Sergio:
Disse tudo! Gostei!(rsrsrs)
beijos e abraços
do Joca Oeiras,o anjo andarilho
Olá queridos!
Tuuuuuuuuuuuudo bem ? Estou de volta!
Bem, coleguinhas, esse site é bem legal pelo conhecimento que veicula.
Sei que não é elegante utilizar o nome dos outros nos exemplos. Está aà mais um ponto em que tira o chapéu para o Hermano. Ops! Não era para usar o nome de ninguém... Hahaha...
Não, falando sério! Precisa dizer que temos que valorizar o Hermano pela iniciativa do site e por sua presença constante e enriquecedora por aqui.
Aiaiai! Agora acabei de falar... Podem "jogar pedra", hein? Se falei deve ser besteira mesmo, né?
Ah, agora tchauzinho para vocês! Preciso trabalhar... De noite voltarei para ver essa matéria "invÃsivel" aqui... Hahaha..
Beijos, beijos
Ah, Joca!
Também já acostumei com você por aqui... Não gosto muito não, mas tudo bem!
Também não vou especificar agora porque não gosto de você para evitarmos maiores atritos! Deixa rolar mais um pouco...
Você pode ficar, tá? (Até parece que eu mando alguma coisa... Hahaha...)
Um abraço
Sérgio,
Você tem uma certa quanto ao espaço... Vamos tentar aproveitar para fins culturais!
Agora cuidado com a utopia, hein? Está achando que aqui é salvação do mundo?!
Querida Criss:
Não acredito nesta história de "não gosto muito não". Acho até que gosta, um pouco. Se não gostasse nada, diria porque, tenho certeza!
beijos e abraços
do Joca Oeiras, o anjo andarilho
PS meio copo cheio é também meio copo vazio
E não se esqueçam de passar pela minha entrevista imperdÃvel
http://www.overmundo.com.br/overblog/joca-oeiras-a-entrevista
beijos e abraços
do Joca Oeiras, o anjo andarilho
Oi Cris,
eu acho que a internet que é a salvação do mundo. heheh
bjos
Seria tão legal se a gente escrevesse algo sobre o site...tipo sugestões (justificadas didaticamente) para utilização, pesquisa de relacionamento e expectativas dos usuários quanto ao site, depoimentos, público-alvo, ... Seria viável?
Acho que poderÃamos obter informações via e-mail.
Poderia também ter pessoas para interagir com os usuários isoladamente para esclarecimento de dúvidas e para consultoria de conteúdos. Poderia ter um psicólogo também para interagir com os usuários, a pedido ou de ofÃcio.
Pode ser? Heeeeeeeeeeeeeeeein? Nada a ver? Um pouco a ver? Totalmente a ver?
DifÃcil? Fácil? Complicado? ImpossÃvel? Sem sentido? Oneroso? Trabalhoso? Heeeeeeeeeeeeeein?
Fala aÃ, gente !
Beijos
Tarantarantaran... Enquanto isso mais pessoas chegam ao Overmundo... Tarantaran... e estão perdidas! Tarantaran...
http://www.overmundo.com.br/overblog/well
Será que as informações disponÃveis sobre o Overmundo são suficientes? São adequadas? Estão bem visÃveis, atrativas?
Tarantaran... E mais pessoas chegam! E os presentes estão paralizados! Tarantaran...
Vamos lá... Vamos acordar, pessoal!
Oh, vai que a Petrobrás de patrocinar o Overmundo... Vocês vão ver, hein? Melhor defender esse espaço!
apple · Juiz de Fora, MG 20/11/2006 20:06
Recomendo a leitura de um texto muito interessante e que pode servir de introdução a um tema que tem alguma relação com o meu texto, mas que considero ainda mais importante e urgente: a invisibilidade social.
O texto chama-se EM BUSCA DE PESSOAS INVISÃVEIS, foi escrito por Paloma Abdallah e Wellington Nogueira, publicado aqui no Overblog no dia 24/9/2006, e recebeu comentários com links que podem nos levar ainda mais fundo no assunto.
..se ninguem falou nada, é por q a coisa esta pior do que se pensa...
Andre Intruso · Jaboatão dos Guararapes, PE 22/11/2006 19:43
Sou também novato no Overmundo e, a princÃpio, reconheço que me senti um pouco desestimulado para colaborar. Mas, sabe? Ainda que o site não possua um mecanismo perfeito (afinal, como se alcançar a perfeição?) para o reconhecimento de todos os trabalhos, acredito que é um ótimo caminho e uma ótima experiência no desenvolvimento nesse novo projeto de Internet democratizada.
Então, o essencial é insistir...!
Bem vindo Fernando! Nas duas primeiras semanas minhas aqui no Overmundo eu não escrevia nada, só lia, não entendia bem ou não me sentia segura para colaborar, agora já tem pessoas aqui que parece que eu conheço, que eu já entro no perfil pra ver o que publicou de novo, além de termos feito dois encontros aqui em BrasÃlia dos colaboradores do Overmundo, que contribuiu para nos aproximarmos mais ainda... enfim, as coisas se encaixam de algum modo com o passar do tempo...
Abraços!
francamente, ninguém é obrigado a ler o que você escreve. às vezes a pessoa lê apenas o texto principal e não se interessa pelos comentários de comentários de comentários... que afinal de contas tornam o texto sem fim, o que é muito interessante, mas que talvez precise de tempo para ser apropriado, pois no fim (se tiver um) o texto comentado vai ser outro texto e às vezes nos interessam só o texto inicial.
mas de uma coisa você me fez desconfiar. quem tiver mais contatos, garante mais espaço aqui. a auto-promoção é importante, como essa que você acabou de fazer neste texto e a que eu acabo de fazer neste comentário.
Joca Oeiras discutirá sobre a expressão "cultura brasileira" em:
http://www.overmundo.com.br/overblog/sala_edicao.php?em_edicao=2635
Todo mundo tem um dia-adia muito particular. E realmente não
da para lêr tudo.(Gostaria).
Caçapa, você não passa deprcebido. Mesmo porque tem um texto competente e lúcido. O que ocorre é que: Quando se lê
alguma coisa, nem sempre se tem opinião formada no mesmo instante, tudo demanda uma reflexão que passado o momento
acaba esfriando e ficando de lado.
Então façamos o seguinte:
Você coloca seus textos, e a gente vai lendo e conversando, sempre que possivel.
Sou eletrcista biscateiro, dou um duro danado para cuidar de uma familia,realmente sobra pouco tempo.
Más, gosto de te ler, assim como tudo desse Overmundo.
Abraços.
A cena cultural de Pernambuco me atiça muito.
Gente, confesso: adoooro o Overmundo. Estou rindo muito com os comentários da Criss. Por que o Overmundo também eh isso, gente bem humorada.
rsrsrsrs
Concordo com ela em relação ao psicólogo no Overmundo. Por que o Overmundo é um lugar de "gente perdida" tentando se achar...aà vai se achando, se achando...rsrsrs Quando se acha muito, fica lá observando os Overpontos aumentarem, e só "se achando".
rsrs
Adoro vocês, que além me ensinarem um tanto de coisa, são muito engraçados.
rsrs
E briguentos também, desaforados - as vezes.
O Overmundo pode não ser a salvação da lavoura, mas que é uma roça boa, há isso é.
rsrs
Beijão,
WalquÃria Raizer
Overmina em Construção
Eu li os dois textos e os comentários. O que posso deixar de contribuição, baseada na minha experiência de mais de 10 anos de internet é que nem sempre as pessoas falam. Tenho um blog há 4 anos, lido por mais de 10.000 pessoas por mês, mas com pouquÃssimos comentários. O mais comum é que as reflexões de quem escreve ecoem sem que o autor saiba onde foram parar. Com o tempo, vemos os frutos.
Com relação à s questões levantadas, é dificÃlimo discutir o panorama cultural e as leis de incentivo em um paÃs tão grande quanto o nosso. Eu, por exemplo, que vivo no Sudeste e viajo pouco, praticamente não tenho parâmetros para saber como é a cultura em outros estados ou julgar o que é relevante em cada estado. Entretanto, existe um posicionamento que já vi defenderem em vários lugares que considero errado: o de que as leis de incentivo deveriam acabar ou de que os produtores executivos deveriam ser obrigados a devolver o dinheiro para o herário. Isso é um argumento de "cabeça quente", de quem não compreendeu bem o que é que acontece no uso de leis de incentivo, como funciona o mecanismo delas. Se acabarem as leis de incentivo, acreditem, as regiões que são menos favorecidas economicamente serão as que mais sentirão a perda. O chamado "eixo" tem condições de sobreviver com ou sem leis de incentivo. Só, que, adivinhem quem vai sobreviver? As redes globos, as bandas musicais de mÃdia, os globais todos e toda a cultura regional vai desaparecer em um piscar de olhos. Acreditem.
Aqui em SP quase não temos mais o que é considerado paulista: moda de viola, samba de breque e chorinho. Sumiu do mapa! São raros os lugares onde ainda se encontra algum violeiro ou uma roda de samba. Isso aconteceu no processo de pasteurização cultural. O carnaval paulista, que era movido a carnaval de rua e marchinha, foi substituÃdo por um esboço mal acabado copiado a papel carbono do carnaval carioca.
Com todas as falhas e defeitos que as leis de incentivo ainda têm, elas tem permitido, através das novas polÃticas de regionalização, que novos sopros culturais se espalhem. É um processo, não acontece do dia para a noite. É preciso continuar trabalhando e defendendo a diversidade cultural.
Obrigado pelos comentários Dani!
Depois de alguns meses utilizando sites como o Overmundo e o MySpace (onde divulgo meu trabalho), me sinto muito menos ansioso, e tenho mais segurança quanto ao retorno daquilo que colocamos na rede: um retorno lento e difuso, mas que existe sim, e em alguns caso é bastante importante!
Quanto ao tema das leis de incentivo, concordo plenamente quanto à necessidade de sua existência e aplicação abrangente, seja em São Paulo, ou em Teresina. O que eu questiono, a partir de minha experiência pessoal e da observação do panorama cultural de Pernambuco, é o seguinte: será que apenas a aplicação das leis de incentivo, tal como estão, é suficiente para gerar um mercado cultural auto-sustentável? Acredito que não.... Muitas vezes os produtores e/ou artistas que aprovam projetos não tem preparo para gerir os recursos obtidos, e muito menos para cuidar da permanência e mantutenção dos produtos criados (CDs, livros...) no concorridÃssimo mercado atual, depois que os recursos do Estado se esgotam... E o que eu tenho observado é uma crescente dependência do setor cultural quanto ao Estado! Não deveriam as polÃticas públicas serem direcionadas para a incentivar a auto-sustentatibilidade? Por exemplo: paralelamente à aplicação de recursos em projetos, por que não criar cursos permanentes de capacitação para os produtores culturais envolvidos? Por que não criar linhas de crédito especÃficas para o setor, com forma de tornar o produtor apto a lidar com o mercado, assumindo maiores responsabilidades sobre os resultados obtidos, e sem a saÃda "fácil" do recurso a fundo perdido? Por que não investir mais na formação das novas gerações de artistas, com parte dos recursos obtidos com os juros (baixos, mas existentes) das linhas de crédito que vinhessem a ser viabilizadas?
Podemos continuar esta conversa no próprio texto de Bruno Nogueira, ou até mesmo abrir um fórum especÃfico sobre o tema...
O que você acha?
Um abraço.
Grande Caçapa. Estamos juntos e misturados. Essa virtualidade é realmente muito estranha. É novo. Vamos aprender. Vou postar cada vez mais. O overmundo é incrÃvel. Tive essa mesmÃssima sensação. Mas agora com tantos comentários acho que vc mudou de opinião. Ecuta a música que eu postei no perfil. Ela está com um erro de português no tÃtulo, chama-se "Se Deus quiser" e está "quizer". Foi a pressa e um descuido. Mas espero que goste. Grande abraço.
Mansur · Rio de Janeiro, RJ 16/4/2007 10:54Que texto bacana. Essa reflexão é totalmente pertinente para quem trabalha com cultura nesse PaÃs, sobretudo. Às vezes ficamos invisÃveis diante de tanta coisa que nos engole sem termos muita chance de projetar nossa idéia em um patamar equivalente aos ideais hegemônicos (E enquanto as pessoas entenderem "cultura" simplesmente como lazer ou linguagem artÃstica, a compreensão real de cultura será de domÃnio de uma minoria). O mundo e a Internet hoje são uma bagunça completa. Mas ainda vejo que há distinção entre aqueles que procuram se expressar. E você soube expressar muito bem o que é um sentimento seu e de várias outras pessoas afins, como eu. Partiu para uma "provocação" interessante ao invés de se perder no puro reclamismo. Ganhou meu voto com louvor, Caçapa. Parabéns!
Felipe Gurgel · Fortaleza, CE 15/5/2007 20:28Para comentar é preciso estar logado no site. Faça primeiro seu login ou registre-se no Overmundo, e adicione seus comentários em seguida.
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