Cheguei sábado, dia 30 de junho, ainda no comecinho da manhã, no Colégio Estadual Dr. Alfredo Backer, em Imbariê – Duque de Caxias / RJ. Com o apoio da Prefeitura de minha cidade, levava em minha bagagem 14 figurinos confeccionados por mim e pela minha mãe para um espetáculo teatral adaptado do livro infantil A MENINA QUE VENDIA BALA NO TREM, ilustrado por mim e escrito pelo meu amigo Professor Adilson Sarti.
Encontrei uma cena pouco comum para um fim de semana. Uma escola pública aberta, com funcionários da limpeza dando uma faxina geral, enquanto alunos chegavam com tintas e pincéis para terminar os desenhos nos muros da escola. Aos poucos, mais alunos chegavam e se juntavam em grupos para terminar os preparativos para a IX Oficina de Artes (detalhes sobre a Oficina de Artes na colaboração " É sucesso na escola!"), com inÃcio das atividades marcado para segunda, dia 02 de julho.
Cheguei bem antes do Professor Adilson Sarti. Ele é o coordenador e incentivador do projeto na escola, mas não trabalha sozinho: uma equipe de professores animada e bem articulada faz da Oficina de Artes uma excelente prova de que o trabalho coletivo sempre funciona.
O Professor Adilson mora no Catete, bairro histórico da zona sul do Rio de Janeiro, mas nem pensa em transferir as suas duas matrÃculas para uma escola mais próxima de sua residência. Gosta do colégio, dos alunos e tem preocupações com a comunidade de Imbariê.
O Professor Adilson, enfim, chega afobado ao colégio. Vai conferindo todos os detalhes para a festa da arte que ele faz sempre com tanto carinho. Tudo checado. Um teste de figurino pra dali a pouco, outro de maquiagem com o seu grupo CIA. TEATRAL FAZARTE... Quase tudo pronto. Como todo bom professor de LÃngua Portuguesa, lembrou-se de conferir os banners imensos que ficariam expostos com duas poesias da escritora homenageada do evento, dessa vez, a poetisa capixaba Elisa Lucinda e a sua poesia pop. No local escolhido para fixar as poesias, sentiu falta de uma. Comentou que era a mais interessante e devia estar sendo confeccionada ainda. Por curiosidade, perguntei qual era o assunto e ele me disse que Elisa Lucinda havia feito um poema dedicado a sua empregada doméstica, Ligia Maria, que por coincidência morava ali na comunidade de Imbariê. Achei muito bacana, mas nem tive chances de comentar nada porque ele emendou a sua fala dizendo que, no poema, Elisa Lucinda diz que Ligia Maria, na sua simplicidade e sabedoria do cotidiano, era muito melhor do que o Papa. O sonho de Ligia era ter somente uma pedra do anel do Papa para construir uma creche para as crianças carentes de Imbariê. Gostei demais do mote da poesia, mas minha cabeça matutante me dizia algo...
Não demorou muito e depois de alguns telefonemas feitos pelo Professor Adilson, onde percebi que o tom das conversas se elevou, descobrimos que não haveria banner da poesia DEUS CHORA. Nos bastidores da censura, um grupo de professores conservadores e católicos decidiu que os alunos não teriam acesso àquela leitura. Os motivos, no decorrer de tantos telefonemas e embates feitos pelo Professor Adilson, foram sendo revelados: a poesia era infame, inapropriada, ofensiva, ultrajante, ridicularizava o Papa e o seu rebanho, Ligia Maria não podia jamais ser melhor que o Papa e “aquilo†nem era poesia e muito menos arte.
Como espectador de um filme, a perplexidade me abateu. Uma fúria libertadora tomou conta do professor. Enquanto ele passou mais de um mês cuidando da promoção da arte em uma comunidade pobre e sem acesso às facilidades propiciadas pelos grande centros, existia a censura e a hipocrisia sendo habilmente tramadas. " Forças nem tão ocultas", mas perigosamente camufladas de roupas históricas da educação brasileira que tanto lutou contra a ditadura militar e o seu silêncio imposto e absurdo.
A Oficina foi aberta sem o banner. Mas o que há de pior na educação pública do paÃs sofreu um solavanco e uma derrota. O Professor Adilson vestiu-se nobremente com as armas da liberdade e como um estudante revolucionário panfletou na entrada do auditório do colégio e fez cada aluno, cada professor e cada visitante conhecer os desejos da humilde Ligia Maria através da poesia pungente de Elisa Lucinda. Além disso, subiu ao palco do teatro do seu colégio e delirante dentro da sua crença e fé na arte travou uma batalha decisiva, através de um incrÃvel monólogo utilizando os poemas da poeta, em favor da liberdade de pensamento e do livre acesso ao conhecimento, ao debate e à reflexão. Foi aplaudido e criticado. Mas fez o que devia ser feito. Alma limpa. Consciência tranqüila. Tocou a IX Oficina de Artes pra frente e avante. Como todo bom guerreiro sabe fazer.
Em homenagem à Elisa Lucinda ainda preparou um belo recital com o grupo MANIA DE POESIA. O grupo é composto por meninas corajosas que entenderam que não há palavras, palavrinhas e nem palavrões quando o artista cria, burila, gera e traz ao mundo a sua arte.
Em conversa rápida com as componentes do MANIA DE POESIA, perguntei se elas tiveram conhecimento sobre o ocorrido com uma das poesias de Elisa Lucinda. Elas me disseram que todos da escola souberam do fato e que a maioria dos alunos não concordou com o veto. Quiseram conhecer o texto e discutir sobre o assunto. Essas meninas conhecem mais sobre o papel da escola do que alguns professores, pensei. As “meninas lucindas†disseram que não viram nada de desrespeitoso na obra da poeta capixaba e quando perguntei se elas tiveram vergonha de falar algumas palavras como buceta, punheta, pau, trepar, tive uma resposta taxativa. “Não falamos nenhum palavrão no palco. Falamos palavras com poesia. Elisa Lucinda escreve de um jeito que compreendemos.â€
Fim de papo. Há professores que podemos chamar de mestres e educadores. Há meninas tão lucindas que podemos nos orgulhar dessa geração. Mas há os professores que ainda fazem escola com censura e flertam com a inquisição.
Quanto a minha opinião sobre o Papa? Pouco importa. Cada um construa a sua.
Ligia Maria morreu sem conseguir realizar o seu grande sonho de melhorar a vida das crianças em Imbariê. O anel do Papa ainda está lá no “Vaticomo†com creches para crianças carentes incrustradas no seu potencial de poder.
Quando eu morrer, quero ir para o céu onde Ligia Maria está.
O grupo MANIA DE POESIA é composto pelas alunas:
Sheila Florêncio
Andercéia de Oliveira
Carol Paiva
Raquel Sérgio
Érica Burguinhão
O grupo MANIA DE POESIA é coordenado pelo Professor e Arte-Educador Adilson Sarti.
Que bárbaro esse relato, Cavalheiro. Muito mais pelo grupo de meninas poetas que pelo vexame do veto, claro. Mas bem legal você relatar isso aqui pra gente. Será que as meninas não se animam em postar seus poemas aqui no Banco de Cultura? Faça o convite, por favor! E parabéns ao Adilson pelo projeto.
Helena Aragão · Rio de Janeiro, RJ 12/7/2007 14:17
Oi Helena!
Obrigado por ter gostado da minha colaboração.
O Grupo MANIA DE POESIA, na verdade, interpreta de forma teatral poemas de outros autores. Nesse espetáculo que fizeram, todos os poemas são de Elisa Lucinda.
Mas, descobri no grupo, duas meninas que são poetas iniciantes. Farei o convite. Quem sabe!
abraços
em tempo: elas vão adorar saber que estão sendo reconhecidas.
Confesso que este seu artigo me deixou em lágrimas, todas de felicidade, de orgulho por poder passar ao menos perto de você, dessa alma, desse dom, dessa beleza que espalha.
Acabei de dizer a Adroaldo de pessoas que me enchem de orgulho e amor.
Você é uma delas. E essas meninas todas também.
Obrigada.
beijos
Oi Saramar!
Quem ficou agora com olhos marejados fui eu. Palavras tão bonitas que nem sei se mereço tanto, mas agradeço o seu amor e a sua doce energia.
Muito obrigado mesmo!
Grande beijo
Voltei para reler e em encantar novamente.
Claro que você merece.
beijos
Querido Cavalheiro:
Também fiquei muito emocionado com o seu relato, e orgulhoso da Humanidade de pessoas como o professor Adilson e de artistas com Elisa Lucinda. Parabéns!
beijos e abraços, do Joca Oeiras o anjo andarilho
http://www.overmundo.com.br/overblog/o-empandoramento-do-mito-a-realidade votem
O Filho de Sete Anos · Belo Horizonte, MG 14/7/2007 15:04
Tenho uma pérola da Elisa Lucinda que diz assim:
..."porque deixar de ser racista, meu amor, não é comer uma mulata!"
Elisa Lucinda, "mulata exportação"
Poetisa , atriz, bela mulher...
Cris
Oi Joca!
Que bom receber o carinho das pessoas que entendem que nem sempre a Humanidade está personificada na figura que anda blindada num papa-móvel.
Respeito a figura do papa João Paulo II ( que era o papa na ocasião em que o poema foi feito), mas o mundo está cheio de anônimos muito melhores e que conseguem "ler" Deus de uma maneira mais simples. São verdadeiros resplendores de Deus no meio de nós.
Valeu!
Grande abraço.
Oi Cris!
Conheço o poema. Muito bom mesmo. A Elisa Lucinda arrasa mesmo!
Beijos
Cavalheiro!!!
que maravilha essa sua mania de poesia!!!
divulgar o talento de Elisa, parabéns também às meninas do Mania pela iniciativa.
a primeira vez que assisti Elisa recitar seus poemas, quase caà da cadeira!!! rsrs..putz...quanta força, quanta alma e verdade havia (e há) em suas palavras.
pensei.. ‘que mulher talentosa e bem resolvida.’
show!
valeu, cavalheiro.
abraços
Fran
..e que comentário lindo, esse que fez ao colega Joca.
"mas o mundo está cheio de anônimos muito melhores e que conseguem "ler" Deus de uma maneira mais simples. São verdadeiros resplendores de Deus no meio de nós."
bravo! cavalheiro
parabéns!
Olá amigo! Bravo pelo desabafo! Eu o vi como um cavaleiro (sem trocadilhos) medieval, de "armadura, escudo e espada" lutando contra o "dragão" da ignorância e da anti-cultura, que nos remetem à "Santa Inquisição". E estamos no século XXI....
Abraços
Trim! Trim!
- Aqui é Elisa
- Sim, aqui é Descentralização da Cultura, SMC, Porto Alegre.
- Tem um contrato aqui na minha mesa pra assinar?- Assine e envie por fax o número é...
Era 1995, a programação da Celebração de 300 anos da Queda de Palmares e Morte de Zumbi ia ter no palco muitos programas, dez 10 da manhã até dez da noite no Parque da Redenção.
Dia lindo de sol, tudo a favor.
Depois da excelente Banda de reggae do sul Produto Nacional subiria no palco de 12 metros de boca, sozinha, Elisa Lucinda, a ser apresentada por mim como Poeta, porque ela quis assim.
Depois dela, LuÃs Melodia.
De oito a dez mil pessoas em pé, aguardavam desde muito cedo. O sol vai embora às 8h45min no horário de verão aqui.
Elisa foi um arraso.
Começou tÃmida, de mansinho, de leve e lascou:
Zumbi! Oh! meu Zumbi!
Livre do açoite e da senzala
Presa na onta corrente do bamerindus.
A platéia não parou mais de aplaudir, pediu bis, atrasou o show de LuÃs meolodia, que foi outro sucesso maravilhoso daquela programação linda.
Elisa Lucinda fez fila para autógrafos e vendeu (pra gente de bermuda, chinelos de dedo, calção e boné, e também pra gente de shorts, mini-blusa e sombrinhas coloridas) quase uma centena de livros dela ou mais.
Ninguém fora lá para comprar livros, sequer de poesia, se me entendem.
Deixaram de comer pipoca, picolé, sorvete, tomar refris e ceva para apoiar aquela arte libertária que, sim Cavalheiro, tem amor pelas coisas do Brasil.
E, porque somos assim irreverentes, até achamos que Deus, se existe, sabe bem distinguir.
Tutatis e Belisama sabem, tanto que não deixam os céus desabarem sobre nossas cabeças.
Lindo postado.
Rejuvenesci no mÃnimo 10 anos com a leitura dele e as circunstâncias em que a arte ocorreu lá, contra a maldade e a hipocrisia. E vitoriosa.
Viva tu, Cavalheiro!
Vivam e proliferem lucindas!
Viva o povo Brasileiro!
Em tempo: louvemos os mestres como Adilson Sarti... eles sim, sabem o que fazem.
Fernanda de Bianchini · Cordeiro, RJ 14/7/2007 20:37Vida bela vida! Texto bárbaro, informações de primor e quanto mais de Elisa Lucinda, melhor!
Bia Marques · Campo Grande, MS 15/7/2007 09:37
Oi meu amigo Cavalheiro,
Muito obrigado mais uma vez pelo belÃssimo texto!
Realmente não penso em sair do Colégio onde trabalho mesmo morando distante. Lá me sinto bem e útil!
Junto com uma boa equipe de funcionários e professores, tocamos há nove anos esse trabalho que muito me orgulha. A proposta do Colégio é transformar aquela comunidade através da cultura e da arte.
É claro que problemas existem, mas precisam ser enfrentados como elementos que nos encorajam, que nos dão forças para continuarmos na luta. Não devemos nos calar. O nosso papel, principalmente como educadores, é proporcionar debates sobre qualquer assunto, respeitando as diferentes opiniões.
Pois como diz o talentoso Tom Zé em uma de suas canções: A censura adora a fragrância da arte, mas é o machado entre as flores do prado.
O monstro da censura de mansinho vai sendo despertado... Não podemos ficar de braços cruzados. Esse filme nós já vimos.
Grande abraço.
Grande Adilson,
que está no meio do povo e com o povo vai tocando o que de necessário deva ser feito.
Elisa desacata e encanta, como a tua escolha e a dos teus alunos, que chamei de povo no postado anterior, bem demonstraram.
Viva tu, do povo irmão!
Vim ler porque vi o nome da Elisa Lucinda...ela me emociona...Tem um poema, "lua nova demais", que me leva às lágrimas facinho, facinho.
e adorei o relato, cavalheiro! bela iniciativa a do professor Adilson, ele ganhou uma fã aqui no PiauÃ.
Mais uma vez me orgulho de ter conhecido o Adilson. Conheco bem a comunidade de IMbarie. Morei muitos anos nela. E a mesma pressao que me fez sair de la e nunca mais querer voltar eh a que faz o Adilson subir no palco daquele colegio e dizer coisas que muitas pessoas nao querem ouvir. Realmente, nao sei mesmo de onde ele tira forcas. Ha pessoas que encontram poder nas pedras que lhes sao atiradas.
Eu encontrei o caminho da rua. Nao pensem que eh o mais facil. Cada um sabe o tamanho da cruz que carrega. Mas, eu sou muito, mas muito feliz de ler que o Adilson eh feliz "carregando" a cruz de mudar a comunidade de Imbarie. E, melhor ainda, vejo que ele esta obtendo frutos. Parabens. E muitas felicidades!!!
Joca,
Muito obrigado pelo carinho e força!!!
Abração
Oi Helena,
Muito obrigado pela força e tenho certeza que as meninas vão ficar muito felizes com o seu comentário. Vou imprimir o texto e os comentários para expor lá no colégio.
Bjão
Olá Fernanda,
Muito obrigado pelo elogio... pelo carinho!
Bjão
Oi amigo Adroaldo,
MuitÃssimo obrigado pelo carinhoso comentário!!!
São palavras de incentivo como as suas que nos motiva a continuar lutando, apostando na educação, nos jovens.
Abração
Oi Natacha,
Muito obrigado pelo seu carinho!!!
Beijão
Meu amigão Roberto,
Muito obrigado pelo comentário... direto do outro lado do mundo! Pois é, sei que vc conhece muito bem a nossa realidade.
Sabemos que é difÃcil mudar, mas não impossÃvel!
Com muito amor a arte, conquistando as pessoas, vou tentando fazer a minha parte.
Abração, meu querido.
Fico muito feliz em saber que o colégio no qual fiz meu ensino fundamental está com atividades tão interessantes como esta que foi relatada. Quando estudei lá, tive uma professora de artes que também tentava "nadar contra a maré" . Ela ia contra certas posturas conservadoras de alguns professores. Acho que não aguentou a pressão e hoje em dia mora nos EUA com a famÃlia. Infelizmente ela desistiu do magistério, carreira a qual acabei seguindo, mesmo com todas as intempéries encontradas por ser morador de Imbariê. Apesar de não morar mais nesse bairro, sinto saudades da escola, embora reconheça que lá quase não fui estimulado a gostar de ler, pois era complicado até entrar na "sala de leitura"! Enfim, sinto que o Professor Adilson não estava sozinho quando resolveu subir naquele palco e reinvidicar. Com certeza, todos que estudaram ali e se sentiam um peixe-fora-d'água naquela escola simplesmente por ser diferente estávamos naquele palco junto com ele. Não importa se ao final recebemos vaias ou palmas, mas sim a atitude de tentar mudar, ir contra a "censura" da arte!
Mais um vez Parabéns pela iniciativa!!!!! Felicidades!!!!
Oi amigo,
Obrigado pelo seu comentário. Que bom saber que vc tb já fez parte da famÃlia "Alfredo Backer". E melhor, teve o privilégio de conviver e ser aluno da professora Neide. Lá no Colégio ela é sempre muito elogiada pelo excelente trabalho que desenvolveu. Pessoas como a Neide nos enchem que orgulho. Ela deixou um solo muito fértil para que eu e outros continuassem esse trabalho fundamental de incentivo a arte.
Iniciei no Backer no ano em que ela saiu. (Pena!) Tive o prazer de conhecê-la quando, depois de algum tempo nos EUA, ela veio visitar a famÃlia e o colégio. Um doce de pessoa!
Mais uma vez, obrigado pela força e sucesso pra vc!
Abração.
Sinto muitas saudades da Prof. Neide. Suas aulas eram maravilhosas! Ela é uma pessoa fantástica! Se por acaso vc tiver o e-mail dela manda pra mim, por favor ( meu e-mail é alexlamonica@ig.com.br). Tenho muita vontade de falar com ela novamente. Com certeza, o trabalho dela me marcou muito e procuro, nas minhas aulas, ter a mesma postura que ela tinha diante dos alunos; ou seja, sempre buscar o diálogo mediante os conflitos.
Grande abraço e sucesso nessa sua "empreitada".
Ah! Sou professor de geografia na Prefeitura de Caxias, dou aulas no CIEP municipalizado Neusa Brizola, em Parada Angélica. Será que vcs poderiam apresentar esse espetáculo lá também? Fica aà o convite...
Caro amigo, fiquei felicÃssimo com o que li. Sem prolongar, adorei duas das suas frases:
1) "não há palavras, palavrinhas e nem palavrões quando o artista cria, burila, gera e traz ao mundo a sua arte." - Sempre defendi isso. Até porque estudo a obra do polêmico poeta, também capixaba, Waldo Motta, que não economiza palavras, palavreados e palavrões.
2) "Quando eu morrer, quero ir para o céu onde Ligia Maria está". Poético demais! Muito gratificante a leitura. Parabéns e abraços.
Oi Ériton!
Esse foi o meu texto de estréia no Overmundo!
Bacana é saber que pessoas como você, gostaram do meu texto e, muito mais que isso, me incentivaram a fazer algo novo e diferente. Escrever como se fosse um "jornalista". Obrigado!
Que lindo,eu que fui vizinha dessamaravilhosa Elisa Lucinda por cinco gloriosos anos posso dizer,é a Poeta!!!Ser humano em essência poética na vida!!!Que belo trabalho dessas pessoas!!!Dá-lhe poesia!!
nina araújo · Rio de Janeiro, RJ 9/4/2008 20:09Para comentar é preciso estar logado no site. Faça primeiro seu login ou registre-se no Overmundo, e adicione seus comentários em seguida.
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