A violência no Carnaval e outras ondas

PETER BRUEGEL/O Carnaval e a Quaresma
Não é a Praça Castro Alves. Garanto.
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SILVASSA · Salvador, BA
20/2/2007 · 265 · 25
 

Não vou dizer que foi de todo ruim. Tenho 33 anos. Ou seja, já tô cansado e crescidinho para encarar de peito aberto a avenida. Não tenho mais saco nem espírito para agüentar sopapos indiscriminados – pescoções vindos de sei lá onde – e baculejos de PM. Eles cheiravam minha mão, pediam meus documentos e me encaravam meio desconfiados. Também pudera: eu tinha cabelos longos, geralmente tava meio chumbado e sempre animadinho e insistia em usar umas camisas invocadas.

Claro que tive meus grandes momentos. Onde damas e moçoilas protagonizavam comigo cenas que mereciam o registro póstumo para os amigos na quarta de cinzas. Naquela época, a gente curava ressaca com umas cervejas no Miloca’s Bar – qualquer hora coloco no guia. E a resenha era uma ocasião mágica.

Os acontecimentos especiais foram infinitamente superiores aos ruins. Aos tais baculejos e tapões no pé do ouvido. Que, afinal de contas, fazem parte da folia, a gente queira ou não - e acreditem: eu gostaria muito de não ter levado alguns sopapos. Só acho que quem quer conforto total pode ir prum retiro, onde o café da manhã é bacana, segundo dizem.

Mas eis que eu, já meio cansado de aventuras, resolvi curtir o carnaval num dos camarotes daqui. O mais acessível financeiramente, mais próximo do fim do percurso Barra - Ondina - uma grande vantagem em si, os daqui sabem o que eu falo – e o que parcelava em 10 x no cartão de crédito.

Era um presente pra minha esposa; ela gosta da folia.

Não tinha como eu me sentir entrosado. Um bando de mauricinhos, patricinhas, playboys, gringos gente boa e outros “pero no mucho”, povoavam o espaçoso local. Era realmente grande, com uma puta estrutura bem montada. Minha sorte é que meu irmão mais novo aderiu à cerveja e ao cigarro - duas modalidades olímpicas que eu larguei faz tempo – e que meu cunhado também resolveu praticar viradas de copos. Havia um restaurante japonês – o Takê, muito elogiado por todos – garçons atenciosos, internet, massagistas, lanchonetes, cinema, um animador despreparado, boate, uns caras e moças fantasiados de anjo, entre outras coisas.

Quase um shopping.

E foi assim que me senti. Dentro de um vasto shopping. Asséptico demais; com a frieza e a impessoalidade características das praças de alimentação, com aqueles garotões passeando entre vitrines, enquanto mastigam seus hamburgueres.

Não fossem os trios elétricos que paravam bem frente ao camarote, e o burburinho das pessoas, eu juro que iria procurar um bom capuccino ou as lojas Americanas.

De onde estava, dava pra ver a rua por completo. Milhares de pessoas dançavam, curtindo a festa; espremidas e felizes naquele alvoroço. Dentro das cordas, uma multidão com seus abadás coloridos; as garotas com seus shorts e os bacanas com seus bíceps. Ao redor do bloco outra multidão. Não menos feliz e animada. Acompanhava tudo, dançando e curtindo da mesma forma.

Eu li Bakunin, Proudhon, esses caras. Teria motivos suficientes para entrar numas de desbancar a festa. Poderia ficar aqui dissertando sobre “alienação das massas”, de como uma revolução socialista resolveria todos os nossos problemas. Quem sabe até fazer um paralelo – numa total e descabida vontade de usar um clichê – com o Panis et Circenses.

Mas não dá. Eu tenho o rabo preso. Já pulei e curti bastante a tal folia momesca. Isso quer dizer que no caso da revolução triunfar um dia, eu seria justamente fuzilado ao lado dos mauricinhos de bíceps avantajados e dos pagodeiros com seus penteados esquisitos. A diferença entre nós seria somente notada no momento exato do fuzilamento: enquanto eles cantariam alguma música do Chiclete com Banana, eu, certamente, entoaria Bravo Mundo Novo da Plebe Rude.

Só por uma questão de estilo.

A coisa funcionava assim: depois de passar pelo percurso, os trios e blocos paravam um pouco em frente ao camarote. Diziam frases bacanas, animavam o povo – incluindo aí meu irmão e meu cunhado, meio alegrinhos. Chiclete com Banana leva até hoje o povo ao delírio coletivo, literalmente. Seguindo esse rastro vinham outras bandas menos “tradicionais”: A Zorra (sim, é um nome de banda), Psirico (idem), Rapazolla (idem ibidem), Babado Novo, entre outras. Lá embaixo, a quantidade de pessoas aumentava progressivamente, de forma assustadora.

Na maior parte do tempo todo mundo estava bem feliz. Confraternizando-se de forma até bonita. Menos eu, que ainda acho axé-music uma grande porcaria. Por isso, não era o cara mais eufórico ali. Volta e meia rolava uma briga e confusão. E a polícia surgia para resolver, lá do seu modo extremamente gentil, o problema.

A gente procura um motivo muito simplista para entender e justificar a violência da festa. Grande parte dos argumentos que ouvi até hoje se resume às questões sociais e comportamentais. É como raspar a superfície, na minha opinião. Toda e qualquer teoria se baseia em fatos relativamente recentes, como se o desvario e a já citada violência fossem características sem nenhuma relação com a história do Carnaval. O buraco parece que é mais embaixo, meu nêgo.

A festa surgiu antes da Era Cristã. Segundo José Carlos Sebe *, “nas margens do rio Danúbio os romanos celebravam o culto aos grãos escolhendo um belo jovem que deveria viver como rei fazendo o que quisesse”. Contudo, “Depois, o rei imaginário era imolado e voltava-se a vida normal.”

Ou seja, já era uma senhora farra.

A origem do próprio nome suscita uma confusão dos diabos. Ainda segundo Sebe, algumas fontes defendem que ele está ligado ao triunfo do Cristianismo – que veio depois da festa -, sendo mais aceito o termo Carnevale. Algo parecido com “adeus à carne”. Outra tese explica que a palavra "Carnaval" veio da combinação de duas outras: carrus e navalis, que “...sugere a festa Dionisíaca, onde um carro, carregando um imenso tonel, servia vinho ao povo, na Roma antiga.”

Dá pra imaginar um imenso tonel de vinho circulando pelas ruas de Roma, numa época em que era divertido assistir dois sujeitos duelando até a morte ? **

No Brasil, a festa teve seu inicio com os Entrudos. O que, por si só, já dava uma boa dor de cabeça ao Estado. Ainda conforme o livro do João “...começava a surgir o entrudo...” que era um “...jogo do começo do século, aonde as pessoas iam para rua e jogavam vários produtos, umas nas outras. Dentre os líquidos tinha urina, perfumes, ‘caldos coloridos’ conhecidos como ‘sangue de diabo’. Os líquidos eram acondicionados nas chamadas ‘frutas do entrudo’, ou simplesmente ‘limões’”.

Em 1850, uma portaria do governo proibia o tal Entrudo. Já tinha baderneiro nessa época. Dizia a lei: “Fica proibido o jogo do entrudo. Qualquer pessoa que jogar incorrerá na pena de 4 a 12 mil-réis e, não tendo o que satisfazer, sofrerá de 2 a 8 dias de prisão. Sendo escravo, sofrerá 8 dias de cadeia, caso o seu senhor não o mandar no calabouço com 100 açoites."

Uma simpatia.

O Carnaval é uma dessas manifestações que estão arraigadas na nossa cultura. Tornou-se algo inevitável. Diante de sua força e beleza – mesmo que muitas vezes distorcida – a festa se eternizou. Ela se modifica, se transforma; mas em essência permanece a mesma coisa: um hiato, um momento em que as pessoas se desprendem das convenções sociais e dos medos. A etiqueta e as regras de conduta perdem parte de sua força. Dando lugar ao desvario que se mostra de forma violenta, enlouquecida e, por que não dizer, terna.

Mesmo que sujeitos como eu iniciem uma cruzada contra a festa supostamente violenta e alienante, qualquer argumento seria vazio. O Carnaval é algo mais forte e presente do que imaginamos, enquanto olhamos displicentes à multidão segurando nossa latinha de coca-cola.

E era assim que eu me sentia. Distribuindo alguns sorrisos simpáticos para bêbados desconhecidos. Enquanto lá embaixo a coisa pegava fogo. Tentava, num relativo esforço, me imaginar lá no meio da confusão, da verdadeira festa. Descobri que não tenho mais saco pra tal empreendimento. Já faz algum tempo que prefiro um canto sossegado com um livro. Ou uma farra numa mesa de bar – uma bebedeira Dionisíaca ou Homérica; contanto que alguém pague a conta. Quem sabe uns dias numa trilha, perdido no mato?

Sou um desses caras que saía com os amigos do bairro para encarar a festa de frente, mesmo achando as músicas umas merdas e presenciando cenas de pancadaria gratuita ou não. O importante era cair na farra. Tirar uma onda de bacana, jogar tudo pro alto. O legal era poder ver um velho e ensimesmado professor de química travestido de Mulher Maravilha, tentando me agarrar em pleno Campo Grande.

O problema é que me tornei um dos “convertidos”. Minha profissão de cozinheiro, minha barriga proeminente e o fato de não ter mais fôlego para andar uns quilômetros dando “pulinhos” desajeitados me transformaram num cara de hábitos mais singelos.

Quem sabe ano que vem eu perco a barriga e volto ao camarote. Mais disposto e empolgado. E menos intelectualóide.


NOTAS:

* Sebe, José Carlos, Carnaval, carnavais, São Paulo, Editora Ática, Série Princípios


** Admito que tal parágrafo parte de um assumido estereótipo. Nem sei se a época em que o vinho era distribuido para todos era a mesma das famosas lutas no Coliseu. Aliás, torço pra que não tenha sido.



Outras fontes:

1- Nossa História edição 16


2 - Góes, Fred de, O país do carnaval elétrico São Paulo editora Corrupio 1982.


O texto que você acabou de ler faz parte de uma série sugerida e organizada pela comunidade do Overmundo. A proposta é construir um panorama do Carnaval do Brasil, sob a ótica de colaboradores espalhados por todo o país. Para ler mais relatos sobre o assunto busque pela tag carnaval-2007, no sistema de busca do Overmundo.

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Fábio Fernandes
 

Caro Gustavo:
nada a acrescentar. Texto sensacional, bem-humorado e informativo. Parabéns - e não deixe de pular canraval. Quem sabe eu, também de esquerda, já entrado em anos e com uma pancinha proeminente, não me junto a ti e não formamos o Bloco dos Marxistas da Madrugada? ;-D
Bom carnaval pra ti!

Fábio Fernandes · São Paulo, SP 17/2/2007 19:46
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Egeu Laus
 

ótimo texto, Gustavo. E me fêz lembrar que não coloquei a referências lá no Gigantes. Vou colocar já!
Grande abraço!

Egeu Laus · Rio de Janeiro, RJ 17/2/2007 22:09
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SILVASSA
 

Fábio, que tal Grêmio Recreativo Marxistas do Ôba Ôba?

forte abraço e obrigado

Egeu, outro abraço

SILVASSA · Salvador, BA 17/2/2007 22:16
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Fábio Fernandes
 

Sugestão aceita, Egeu!
Mas já lhe aviso: eu e minha mulher criamos outro "bloco conceitual" aqui em casa anteontem: é o Grêmio Semiótico Império da Subjetividade! Vai ser uma parada dura no ano que vem!
:-D

Fábio Fernandes · São Paulo, SP 19/2/2007 18:17
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Felipe Obrer
 

Fábio... quem fez a sugestão foi o Gustavo, autor da colaboração... deves ter passado meio rápido por aqui...
Fora isso... gostei (palpitando "de fora") desse Grêmio Semiótico Império da Subjetividade...

E viva a lupa!

Abraços.

Felipe Obrer · Florianópolis, SC 19/2/2007 23:07
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Pedro Vianna
 

Grande texto....

Pedro Vianna · Belém, PA 20/2/2007 11:32
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Monica Santos
 

Valeu a descrição, Gustavo. E se serve de alento (já que você falou em idade), o decurso do tempo não implica só em saturação disso tudo, mas, acima de tudo, de uma maior compreensão e opção pela chamada qualidade (nas escolhas).
Um outro ponto do teu texto merce destaque, é quanto à famosa "revista pessoal" (no meu idioma, invasão, mesmo), que inverte as posições e nos coloca na condição de suspeitos, pra dizer o mínimo, prática que lamentavelmente não é exclusiva da época momesca.
Não sou contra os métodos de segurança e suas precauções. Mas até os mais desavisados conhecem os recursos tecnológicos menos invasivos/agressivos já à disposição (detectores), mas pouco usados pelo investimento que impõem.
Então, nos resta sublimar (é pouco)? Tanto mais quando os anos e o estilo apontam pra uma outra folia, né?
Abraço.

Monica Santos · João Pessoa, PB 20/2/2007 18:14
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Débora Medeiros
 

Gostei muito da maneira como você organizou o texto. Inteligente misturar contexto histórico, remanescências, presente e crítica.

Não sou muito fã do Carnaval. Pra mim, é só mais um feriadão pra relaxar em casa. Agora, com as férias malucas da universidade, nem mais isso, já que o mês de fevereiro inteiro virou um feriadão pra relaxar em casa, hehe! Mas achei interessante sua visão de camarote da festa. Ainda mais que sempre fui curiosa pra saber como é dentro desses camarotes, mesmo não tendo a mínima vontade de freqüentar um.

Débora Medeiros · Fortaleza, CE 20/2/2007 18:31
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SILVASSA
 

Felipe e pedro valeu pela vinda e pelos elogios.

Mônica, de fato, o que chamo de "baculejo" (eu somente não, todos que conheço) não deixa de ser uma forma pra lá de escrota de se descobrir quem é mocinho e quem é bandido.

também não sou contra os métodos de precaução. contanto que eles não considerem todo cabeludo um criminoso em potencial. e era isso que rolava mesmo. abraços


Débora, carnaval é algo bacana sim. tente algum dia. como aqui é quase uma semana de festa, você pode curtir uns dois ou três e descansar merecidamente o resto. abraços.



SILVASSA · Salvador, BA 20/2/2007 19:53
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Carlos ETC
 

Ótimo texto, Gustavo!
Penso em escrever algo assim, também sobre o Carnaval (só que do Pelourinho).

Carlos ETC · Salvador, BA 20/2/2007 20:13
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Pepê Mattos
 

Não dá para ser contra o Carnaval, em qualquer direção que se leve a crítica. Ou dá? Não importa. A favor ou contra nossas posições em nada vão mudar o que o Carnaval hoje é. Carnaval e Futebol, dois símbolos da brasilidade, já foram mais que dissecados por especialistas. Tudo o que já escreveram sobre esses assuntos não esgota, obviamente, qualquer crítica ou posicionamento que surja. Também me coloco entre os que leram Proudhon, Bakunin, Malatesta, os Beatniks, e portanto se não sou de esquerda (sic) sou um estranho no ninho quando o assunto é festas populares com forte apelo povão - expressão em desuso. Não danço, não bebo mais, leio em demasia, ouço rock e jazz idem. Estou mais pra ET convertido. Mas o Carnaval só me lembra que é um daqueles emblemas do Brasil que é difícil de entender. De imediato só dá pra dizer que é um feriado, dentre os tantos que paralizam o país. Depois nos irritamos quando os gringos nos chamam de lenientes. Aí surge um brasilianista da hora e sintetiza que esse é um traço de nossa personalidade, advinda de nossa colonização. Teorias á parte, nenhuma delas invalida meu pensamento anteriormente citado. De país do Carnaval à pátria de chuteiras: dormimos sambando, acordamos dentro do Maraca vazio, após os petardos do Gigghia.

Pepê Mattos · Macapá, AP 20/2/2007 21:02
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Hermano Vianna
 

excelente texto - boa a supresa de vê-lo merecidamente no topo da nossa home, sem que eu o tenha lido nem na fila de edição nem na de votação, coisa rara de acontecer comigo aqui no Overmundo - os melhores carnavais da minha vida eu passei ou na Varginha, povoado do município de Santo Antônio do Leverger, perto de Cuiabá, ouvindo cururu e siriri e seguindo a procissão de Santa Gertrudes (!), ou na praça Castro Alves, em 1986 e 87 (os carnavais coordenados por Waly Salomão, quando apareceram o fricote de Luís Caldas e o Faraó do Olodum, para a fascinação de toda a cidade. Não havia camarotes: eu brincava que a sala vip era a escada que dava na estátua do Castro Alves, onde toda noite a gente podia encontrar Gil e Caetano. Mas não tenho nostalgia: o tempo não pára...

Quanto à relação entre festa e violência: o buraco é mais embaixo mesmo: posso recomendar a leitura do capítulo 1 do meu O Baile Funk Carioca? Não é nem um bom texto: mas apresenta um resumo fácil de ler (apesar de citações em inglês e francês) daquilo que a antropologia já se aventurou a falar sobre o assunto...

Hermano Vianna · Rio de Janeiro, RJ 20/2/2007 21:34
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SILVASSA
 

Carlos, vá fundo. O pelourinho dá um bom caldo. Ou um bom texto, tanto faz.

Pepê, tentar entender o Carnaval realmente é complicado. Por mais que surjam teorias, estudos e similares.

A minha aceitação do Carnaval não é por ser ela inevitável.Apesar de também me sentir um ET como você em grande parte dessas festas, tô numas de enxergar a essência. Acima dos trios, da música (a tal axé-music), da violência e coisa e tal, fico com imagens parecidas com a de meu querido Edmar.

Quem é Edmar? O meu já citado professor de química da época do segundo grau. Ele tava uma graça de Mulher Maravilha.


Hermano, muitíssimo obrigado mesmo pelos elogios. Não posso deixar de citar uma ponta de inveja de sua figura, quando você fala de carnavais coordenados por Waly Salomão. Não pela nostalgia (em meu caso sem pé nem cabeça, já que não tava lá na mesma época que você) mas por não ter podido ver e presenciar um carnaval desse tipo.

Alguns queridos amigos de vez em quando falam de como era bacana ver Moraes, Pepeu e Baby no trio elétrico. De novo, a tal inveja...


Vou dar uma lida sim no O Baile Funk Carioca

abçs a todos

SILVASSA · Salvador, BA 21/2/2007 09:18
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Manoel Moreno
 

Olá Gustavo. Gostei do seu texto. Esse desconforto com o carnaval não é só seu - a folia exagerada do pessoal chega mesmo a irritar. No entanto, tem uma beleza que se prende aos ritmos que é inegável. E cada localidade deste nosso país tem características ritmicas que são especiais. Viva o ritmo e vamos em frente que o pessoal está com as baterias soltando faíscas. Abrçs Manoel

Manoel Moreno · Rio de Janeiro, RJ 21/2/2007 13:31
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Nando Neris
 

Com certeza com muita energia e alegria, e sem a barriguinha saliente, que meus 20 anos ainda não deixaram mostrar, confesso que não entendo o relato tantas vezes descrito sobre a festa. Afinal, pra quem realmente não gosta, ou deixou de gostar, ocasiões como essa simplesmente passam em branco.
Mas o artigo foi bom, meu pai gostou também e pediu pra eu votar, e como gosto do meu pai, um pontinho.
Abraços

Nando Neris · São Paulo, SP 21/2/2007 13:38
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monica grisi
 

Gustavo, troquei o Carnaval de Salvador por uma trilha no Vale do Capão, por motivos semelhantes aos seus.
Agora que estou lendo o seu texto sei bem por que fui capaz disso, mesmo que muitos tenham me considerado uma louca traidora.

monica grisi · Salvador, BA 21/2/2007 16:46
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Gabriela de Andrade
 

Oi Gustavo, como novata do overmundo posso dizer que esse lugar só tem me trazido surpresas boas. Seu carnaval é uma delas.
Estive em Salvador há uns 5 anos para um encontro de estudantes de Produção Cultural na UFBA (na época eu era estudante da UFF, aqui no Rio), não era tempo de carnaval e tão pouco eu procurava por ele, já que aos 13 anos havia tido uma experiência com o mesmo em Porto Seguro que me fez voltar pro Rio pulando que nem pipoca (e já estava de bom tamanho porque me foram muitos quilos nessa brincadeira). Gostei do texto, só não cheguei à conclusão se o melhor lugar do carnaval em Salvador é no camarote ou na pista.... no shopping ou no saara?

Gabriela de Andrade · Rio de Janeiro, RJ 21/2/2007 17:17
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SILVASSA
 

Manoel. Concordo contigo. Ainda mais aqui em Salvador onde a festa se prolonga pelo ano todo (e não se trata de piada! já tão anunciando as famosas "ressacas" depois vêm as "saideiras" e logo após vem o São João; lá para julho começam os "ensaios"). No mais tem a tal beleza que você fala. E é isso que tá importando pra mim na abordagem do texto.

Nando, seu pai é gente boa. Manda um abraço pra ele.

E a barriguinha nem se preocupe: ela vem com o tempo, lá pelos vinte e oito, mais ou menos.

Monica, eu te invejo. Já passei um carnaval ao pé do Morro do Camelo, numa noite e na outra acampado no Morrão. Fabuloso, fantástico. Me senti o próprio Ermitão.

Capão é outro lugar fantástico. E não tem essa de louca traidora não. Mil vezes um esquema desses que Durval Lélis fantasiado de Caramuru (juro que isso foi real!).


Gabriela, muito obrigado. E a resposta é: no Saara!


Abraços e vida longa a todos!


SILVASSA · Salvador, BA 21/2/2007 18:14
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Nelson Maca
 

AI AI AI... FALTA APENAS DESLOCAR O OLHAR!
A LEVEZA COMO DIRIA CALVINO!!!

Nelson Maca · Salvador, BA 21/2/2007 20:01
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Carlos ETC
 

Pois é, Gustavo! Carnaval do Pelô dá mesmo um bom caldo... uma tranquilidade, um certo ar de ingenuidade. Eu, sendo de Salvador, me senti turista, me senti fascinado. Tive que poemar sou teu carnaval.

Carlos ETC · Salvador, BA 22/2/2007 11:02
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Spírito Santo
 

Mandou muito bem, Gustavo!

Spírito Santo · Rio de Janeiro, RJ 22/2/2007 17:49
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andre stangl
 

Uma jóia! estive em recife recentemente e tive um papo sobre carnaval c/ taxista. Ele me disse q a a axé music é proibida por lá (por uma questão de protecionismo cultural) e q curiosamente qdo trocaram o axé pela marchinhas e frevos a violência diminuiu drasticamente. Recentemente, Ivete tentou tocar por lá, não sei se foi o tempo de jejum, mas o pau comeu... será q o ritmo do axé é mais punk q o punk?
abçs, meu velho.

andre stangl · Salvador, BA 22/2/2007 19:05
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SILVASSA
 

Carlão, vou lá dar uma saque no teu texto.

Spirito Santo, obrigado, Amén! (por via das dúvidas)


Stangl, te invejo. Queria muito conhecer o carnaval de lá. E você tem idéia do quanto gosto do manguebeat e outras ondas. Além de ter uma forte e antiga ligação com pessoas do eixo Juazeiro-Petrolina. Tenho parentes por lá.

Aliás, foi lá que vi, há muitos anos, Ivete fazendo um show no Centro Cultural João Gilberto. Na época, ela cantava Luís Melodia, Zé Ramalho entre outros.

Eu li a matéria da Ivete. Já tinha ouvido falar mas achava que era mentira da galera.

O pau comeu mesmo!

E em relação à pergunta: o ritmo do axé pode ser até mais leve que o do punk verdadeiro: mas a atitude de um Psirico me parece, muitas vezes, underground pacas!. Abração meu velho

Vida longa a todos!

SILVASSA · Salvador, BA 22/2/2007 21:11
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Hermano Vianna
 

é preciso escutar direitinho o Psirico... ali tem alguns dos melhores percussionistas do mundo... e algumas vezes umas eletrônicas bem prafrentex... mas sou suspeito...

Hermano Vianna · Rio de Janeiro, RJ 22/2/2007 22:06
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daimao
 

Gostei! Parabéns!

daimao · Rio de Janeiro, RJ 16/2/2008 23:58
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