As juventudes se organizam para o futuro breve

Míriam Pontes
Produção política juvenil faz a 1ª Conferência Nacional da Juventude
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Adroaldo Bauer · Porto Alegre, RS
18/5/2008 · 227 · 41
 

Conta a lenda que, nos idos de 1968, as lideranças estudantis em passeata de milhares contra a ditadura arrancaram por seus movimentos públicos e legitimidade uma audiência com o general de plantão em Brasília.

O encontro das lideranças com o ditador não aconteceu porque um dos principais dirigentes da mobilização recusou o protocolo e não pôs gravata de jeito algum.

Outro episódio do período que ajudou a azedar o caldo do endurecimento ainda maior do regime sobre o povo foi o convite de um deputado a que as moças brasileiras se recusassem a dançar com os cadetes nos bailes em comemoração do dia da independência.

Curiosamente, os dois episódios dizem respeito a formalidades e às juventudes, sempre avessas a elas.

Não estou para examinar comportamentos, irreverências ou conseqüências. Apenas quero fazer o registro, que encontrei poucos fora das relações formais, da realização em nosso país em 27, 28, 29, 30 abril/2008, em Brasília da 1ª Conferência Nacional de Juventude. Dela você pode obter todos os detalhes no sítio próprio http://www.juventude.gov.br/

Destaco que a Conferência definiu as 22 prioridades da juventude brasileira em quatro dias de intensos debates, misturando momentos formais com descontração pura.

A primeira Conferência Nacional de Juventude trabalhou para consolidar a política nacional de juventude e incluir, de forma permanente, o tema na agenda das políticas públicas. Participaram do encontro mais de 2 mil delegados eleitos nas etapas preparatórias, que envolveram cerca de 400 mil pessoas em todo o Brasil.

Para os jovens organizadores, a Conferência foi um exemplo de mobilização e mostrou o interesse da juventude brasileira em participar da vida política do país.

No âmbito específico da cultura, recolhi algumas resoluções:

Criação, em todos os municípios, de espaços culturais públicos, descentralizados, com gestão compartilhada e financiamento direto do estado, que atendam às especificidades dos jovens e que tenham programação permanente e de qualidade...

Estabelecimento de políticas públicas culturais permanentes direcionadas à juventude, tendo ética, estética e economia como pilares, em gestão compartilhada com a sociedade civil, a exemplo dos pontos de cultura, que possibilitem o acesso a recursos de maneira desburocratizada, levando em consideração a diversidade cultural de cada região e o diálogo intergeracional.

Criação de um mecanismo específico de apoio e incentivo financeiro aos jovens (bolsas) para formação e capacitação como artistas, animadores e agentes culturais multiplicadores.

Estabelecimento de cotas de exibição e programação de 50% para a produção cultural brasileira, sendo 15% produção independente e 20% produção regional em todos os meios de comunicação (tevê aberta e paga, rádios e cinemas).

Valorização dos artistas locais garantindo a preferência nas apresentações e prioridade no pagamento. entender os cineclubes como espaços privilegiados de democratização do áudio visual.

Fez parte da programação, pode até ser um outro capítulo de interesse e abordagem, mas é também peripécia de jovens, o
lançamento da publicação Jovens Multiplicadoras de Cidadania Construindo Outra História – de Elisiane Pasini e João Paulo Pontes – Edição Themis, Assessoria Jurídica e Estudos de Gênero e da Secretaria Especial de direitos Humanos da Presidência da República.


A obra da dupla porto-alegrense tem distribuição gratuita e aborda a experiência relatada de jovens promotoras legais populares, a afirmação de trajetórias individuais e coletivas, a inserção do gênero e das questões da mulher em todas as esferas dos direitos, a pessoa íntegra num mundo multiparcelado.

O Conselho Nacional de Juventude recolheu 1.800 assinaturas de delegados da Conferência pela aprovação do Projeto de Emenda Constitucional (PEC 138) que insere o termo “Juventude” no texto da Constituição Federal, no capítulo dos Direitos e Garantias Fundamentais.

O gesto quer facilitar, por exemplo, a aprovação de projetos como o Plano Nacional da Juventude (PL 4530/04), que estabelece um conjunto de metas relacionadas aos direitos dos jovens que o país deve cumprir.

Eu não sou dado às formalidades, embora as considere necessárias para as relações entre grupos e mesmo indivíduos em sociedade, espantou-me, lendo as resoluções e acompanhando alguns sítios e blogues da rapeize, que tal dimensão institucional de avanço das relações tenha passado ao largo das ações e preocupações de grupos juvenis, populares, acadêmicos ou não, e que tamanha efervescência tenha ficado à margem dos debates nessas seções amplamente freqüentadas, mesmo as nossas aqui em Overmundo.
É certo que não foi uma reivi, um baile fanqui, uma parada de pancadão ou metal pesado, nem mesmo um pagode ou uma sertaneja...
Tratava-se, formalmente, das relações sociais que nos exigem a todos, de resoluções de uma conferência, a primeira de juventude na República, de cultura e do futuro.
Fica o registro.

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Andre Pessego
 

Professor,
legal, agora, de saída pro parque, dei uma lida nos negritos
até pelo primeiro, "a irreverência, o desprezo pela gravata, símbolo de desprezo pela juventude, de todos os tempos".
té mais ver
abraço
andre.

Andre Pessego · São Paulo, SP 17/5/2008 07:04
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Spírito Santo
 

Adro,

Jovenzinho que sou gostaria de ter ido lançar palavras de ordem pela desordem de todos os costumes, tipo este de ninguém me avisar antes que a petizada está, pelo menos, pensando em se organizar.
Saudades da passata dos cem mil. Sai de casa com uma 'japona' azula, roubada da aeronáutica por amigo soldado, com a minha mãe achando que eu ia ser preso só pela transgressão da roupa.

Abs

Spírito Santo · Rio de Janeiro, RJ 17/5/2008 11:02
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azuirfilho
 

Adroaldo Bauer · Porto Alegre (RS) ·
As juventudes se organizam para o futuro breve

Amigo o seu Trabalho é muito Bacana e cheio de Seriedade, assim como também são as perspectivas para a Juventude nos Próximos 4 anos e se Deus quiser pela nossa História em frente também.
O Brasil é Outro, em 2010 deverão haver mais de 400 mil bolsistas no Prouni e, devera evoluir para mais, e mesmo assim será decisivíssimo no novo perfil esperançoso da maioria da nossa Juventude Brasileira.
Um sucesso a Conferéncia Nacional e as suas resoluçóes.
Uma Marca admirável em se tratando de cidadania, se somando as marcas admiráveis que temos conseguido da Produção, Distribuição de Renda e Respeito Internacional por ser esse novo Brasil, mais humano e de chances com a nossa População mais necessitada e legítimo na defesa dos nossos Interesses Nacionais.
Maior orgulho todos estes Acontecimentos.
Muito bom o seu Trabalho em todos os Aspectos.
Parabéns por seu Talento, Criatividade e Conhecimento de Causa.
Grande contribuição Para Todos Nós.
Valeu.
Abração Amigo

azuirfilho · Campinas, SP 17/5/2008 18:59
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Raiblue
 

Parabéns,querido Adroaldo!!

Excelente e importante matéria!!Não podemos deixar à margem...perdidas por aí ,em algum canto das gavetas, discussões como esta. Precisamos resgatar o movimento estudantil urgentemente!Sou professora do ensino fundamental e médio,estou sempre agilizando a formação e manutenção dos grêmios estudantis dentro das escolas, inclusive com produção de jornais divulgando tudo que eles criam ,um caderno literário, e suas reivindicações
para ter uma escola melhor, um ensino de qualidade, e ser respeitados enquanto cidadãos,tendo consciência dos seus direitos e deveres.é um trabalho árduo,pois os recursos são escassos nas escolas públicas,principalmente em 'determinadas regiões'...o nordeste sempre foi muito discriminado...todo mundo sabe...Então nós, aqui ,precisamos ter forças em dobro para articular as mudanças que necessitamos e temos direito.

Um abraço e um beijo bluecarinhoso procê...adorei sua manifestação!Super parabéns !!
Um domingo lindo ,amigo querido....se cuide ,viu?
Cheirinhos de alfazema.....
Rai...blue

Raiblue · Salvador, BA 18/5/2008 11:09
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Sander Machado
 

Olá Adroaldo,
fiquei imensamente surpreso com a matéria e para mim as questões ali diálogadas também estavam passando a "lo largo". Como você mesmo evidenciou os blogueiros de plantão e mesmo o overmundo não salientaram a matéria.
"É certo que não foi uma reivi, um baile fanqui, uma parada de pancadão ou metal pesado, nem mesmo um pagode ou uma sertaneja..." A pergunta mais preocupante é porque a juventude está tão distante das manifestações políticas? Ainda mais...Porque não conseguimos desenvolver ferramentas, sejam elas de comunicação e mesmo de integração, que sensibilizem e mesmo seduzam eles a terem um comportamento mais comprometido não apenas com o seu futuro, mas com o futuro de todos? É honesto perguntar o que os bailes reivi, fanquis, seja lá o que forem tem de tão especial que um congresso que define políticas culturais, mesmo de interesse, dos roqueiros de garagem, dos poetas de fanzines, dos emos, dos blogueiros...não tem seu retorno? Poderíamos apenas nos desculparmos dizendo que preferem se alienar do mundo. Fico meditando se isso é uma desculpa cabível ou se realmente não conseguimos transformar esse simbólico de chato e velho em algo prazeroso e jovem.
Com Carinho

Sander Machado · Porto Alegre, RS 18/5/2008 12:40
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azuirfilho
 

Adroaldo Bauer · Porto Alegre (RS)
As juventudes se organizam para o futuro breve

Estou aqui com uma Saudação Amiga e,
para votar com todo carinho e afinidade com as idéias e atitudes da Juventude da Conferéncia Nacional.
Muito bacana.
Abração Amigo.

azuirfilho · Campinas, SP 18/5/2008 15:26
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Alice Poltronieri
 

Adroaldo, gostei muito e partilhos de suas idéias.
beijos e votos.

Alice Poltronieri · Porto Velho, RO 18/5/2008 18:16
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Raiblue
 

Votado c grande admiração!
beijos azuis,querido....

Raiblue · Salvador, BA 18/5/2008 18:28
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Andre Pessego
 

Professor, é verdade.
Mas ao lado das Pecs. dos projetos de tais e quintais. Falta a realidade que se chama ESPAÇO.
Mesmo cidades pequenas desapareceram os "quadradinhos de campos de "peladas"..... e por ai a fora.
Mas, outra vez. O que há para meninas nas cidades do Brasil?
= Venho de há muito questionando isto quando posso. Nada há para meninas. O pouco, do pouco que sobrou é para meninos.
Mesmo nos condomínios, alguns mini-cidades, o que há é para meninos.
Aprendi muito com a tua postagem
abraço
andre.

Andre Pessego · São Paulo, SP 18/5/2008 18:55
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Cintia Thome
 

Adroaldo,

Excelente colaboração, eu mesmo não soube desta mobilização
importante. Agradecemos a você com certeza...
Esta Conferencia mobilizou um grande número de jovens interessados em passar a limpo e formalizar atitudes de um País
que necessita urgência de pensar num futuro e nada como os jovens a reinvindicá-las.
Não entendo como tal evento não foi aqui focado nem na Agenda, tratando-se da melhoria no âmbito cultural ...afinal interesses nacionais.
Será que "Cansei"...?



abs.

Cintia Thome · São Paulo, SP 18/5/2008 21:59
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JACK CORREIA
 

Adroaldo, eu já havia lido o seu artigo, e, evidentemente, voltaria em ocasião de votação. Como você mesmo menciona ao final, "fica o registro" e, na minha opinião, deve "ficar registrado" no Overmundo. Abraços.

JACK CORREIA · Crato, CE 18/5/2008 22:06
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Mestre Jeronimo - JC
 

" A pergunta mais preocupante é porque a juventude está tão distante das manifestações políticas? "

Bom texto esse, sem duvida que traz uma meditacao, reflexao pro que estamos gerando pra nosso presente, o avenir sendo uma preucupacao constante no que serah gerenciado por estes que em breve poderao estar assumindo posicoes sociais que nos darao uma causa e consequencia pra o que temos de viver em sociedade.

Se a juventude esta mias "distante" do que antes, digamos, depois e o durante da 2na guerra por exemplo... ?...

Bom, pode ser que a gente tenha que comecar a aceitar a ideia na pratica de que o mundo,ser humano,so funciona por aih, ainda. Seja,sem um motivo bem forte pra chocalhar a mentaliade, mente, o corpo nao vai partir pra acao... nao vao os jovens teruma razao pra ativar o mecanismo de revolucao em prol da nossa educacao e progresso social.

Temos que considerar tb o fato que, espiritualmente, estamos no meio de uma situacao que pede uma outra revolucao (guerra?) pra poder gerar mais qualidade do produto humano que se acerca em demasia do materialismo que gera esta situacao decadente humana. O espirito esta "envelhecendo" ? ; por isso, nossos "jovens" parecem tao "velhos"e sem atitude e acao.

Voto com vc/s em prolda nossa juventude... lava a roupa todo dia, que alegria!

Mestre Jeronimo - JC · Austrália , WW 18/5/2008 22:14
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Tita Coelho
 

Pois é... Tu sabes Adroaldo, que participei da Conferência Municipal no tempo em que a Deputada Manuela não era ainda nem Vereadora e achei uma grande besteira! Uma das coisas que discutimos foi exatamente a criação do Conselho Nacional da Juventude e de uma Secretaria Nacional da juventude, coisa que sinceramente não sei para o que existe, principalmente com verba pública! Na época me recordo uma das propostas foi a criação de um conselho que funcionaria, apartir do imposto criado de produtos destinados ao consumo jovem, mas infelizmente alguns partidos políticos acharam mais bonito criar o status Secretaria com verba destinada.
Acho lindo o termo políticas públicas para a juventude, seria interessante se a sociedade civil e organizada participasse sem o interesse partidário por trás, coisa que hoje é impossível sendo que partidos políticos tomam conta da maioria das organização civis, Grêmios estudantis e demais fórns de debates jovens.
No papel é bonito demais, quero ver na prática. Sei que não vivi na época da ditadura, mas nessa época o movimento estudantil lutava contra o Governo, hoje é diferente é carregado por ele e os delegados são sempre tirados dos partidos políticos.

Tita Coelho · Porto Alegre, RS 18/5/2008 23:53
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Francinne Amarante
 

Bauer! então..
1ª Conferência Nacional da Juventude? aqui na capital? não soube, não fui convidada, nem mesmo sugestão de pauta recebi.
certamente tenho interesse no assunto e frustre saber disso, só agora.
é verdade que há muita informação, mas sinto falta de um elo entre os fomentadores de cultura, os artistas, estudantes e mídia.. essa falta, na minha opinião, limita e impede um crescimento, uma evolução ou quem sabe.. uma revolução, algo transgressor, que penso ser necessário nesses dias de politicagem.. inclusive cultural.
ps: divido meu tempo entre brasília e são paulo, mas poderia ter me programado.
abraços!
francinne

Francinne Amarante · Brasília, DF 19/5/2008 00:28
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Patipetista
 

Taí. Não precisamos matar a esperança.
Eles tentam fazer esta parte, quiçá minha Luísa consiga aproveitar algo e terminar de colocar o resto nos eixos ![:D]

Patipetista · Taboão da Serra, SP 19/5/2008 00:44
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Regina - poesia em volta
 

Importante esta matéria. De fato, as idéias são muitas e o espaço é pouco. Mas não podemos deixar de nos mobilizar. Beijos

Regina - poesia em volta · Volta Redonda, RJ 19/5/2008 07:33
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Higor Assis
 

O jovem sempre se interessou por política. Sempre se interessou pelo seu país, mas nunca clamou com o amor que necessite para voltar a gereção que marcou as lutas estudantis.

Exemplo bacana este. Uma pena por outro lado é que as tão clamadas lideranças estudantis estão (de algun tempo) corrompidas por interesses comerciais, que porventura adoram ter seu nome ligados a rádios, produtos juvenis e cinemas...

Obrigado pelo texto amigo.

Higor Assis · São Paulo, SP 19/5/2008 08:57
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Adroaldo Bauer
 

Gente, muito grato por vossas presenças e comentários aqui nesse registro.
Quis apenas fazer constar nesses tempos bicudos que as vertentes da ação política informal, de foco, insurreicional, underground, grupistas, de resistência popular prolongada ou mesmo de confronto estão todas aí, vigentes e vivas... assim como a via institucional, que esse conselho e essa conferência representam, também estão.
No passado, mesmo a paixão ativista dos movimentos juvenis foram sempre dirigidas ou infiltradas pelos partidos ou pelo estado, pela política desde fora ou fomentada por frações partidárias desde dentro.
É assim desde que Jesus 9 a um tempo em que não havia aindapartidos como os conhecemos hoje) preteriu o confronto direto e assumiu a perspectiva da legitimidade com o povo.
Algo ali deu errado, como algo com Gandhi e o pacifismo libertador do colonialismo deu certo.
Assim como a insurgência armada deu certo na China contra os resquicícios do imprialiamiso colonialista, na Nicarágua contra o imperialismo já contemporâneo e Somoza, assim como os vietcongues varreram de lá os imperalistas de nixon e catrefa.
Cada lugar, com seu cada qual em sua época, diria Espártaco antes da traição, já vitorioso na praia em que livres embarcariam nos navios comprados ao comerciante traidor a peso de ouro do espólio libertário.
O que digo, que tendo feito opção pla via institucional, alguns segmentos das juventudes, aos milhares, têm conquistado bandeiras caras ao movimento da humanidade: inscrever em qualquer pacto social, em qualquer lugar do planeta, a qualquer tempo, que juventude existe e merece ter direito constitucionalmente reconhecido não é uma conquista.
Friso que esta é apenas a primeira confrência de juventude em 508 anos de Brasil.
Não sou mais um jovem, mas me orgulha que jovens conquistem seus direitos.
Já derrubamos na nossa juventude uma ditadura para que a democracia fosse exercitada.
Abolimos o proibido, mais que afirmamos o proibido proibir.
E coletivamente para os melhores resultados para a maioria ou mesmo o todo social.
Sempre acho que, porque seguimos juntos, é juntos que Venceremos!

Adroaldo Bauer · Porto Alegre, RS 19/5/2008 14:46
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raphaelreys
 

Beleza o seu registro meu caro Adroaldo! Cada gota é importante, cada grito será uma doutrina passada ao incomsciente da coletividade! Parabéns.

raphaelreys · Montes Claros, MG 19/5/2008 15:42
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Zezito de Oliveira
 

Adroaldo,

Parabéns pela contribuição. Aqui em Aracaju eu não vi/ouvi nada a respeito da Conferência Nacional de Juventude, mas recebi noticias de um amigo do Recife envolvido com esta discussão e que atua/ou em atividades no/com o segmento.

Abraço,
Zezito

Zezito de Oliveira · Aracaju, SE 19/5/2008 17:12
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Saramar
 

Adroaldo, começando pelo final, a falta de divulgação deste evento por si só já demonstra a importância a ele conferida. Como vovê bem disse, não foi nenhuma festa ou show que, na ordem de prioridade social (?) e, especialmente, econômica, estão no topo.

Os modernos jovens brasileiros desconhecem a interação social fora do mero exercício hedonista.

Estes, que fizeram a verdadeira "festa" da cidadania e do comprometimento nesta Conferência infelizmente são minoria e dependem da oferta institucional para começar a participar e a defender seus direitos.
Lembra-se quando o jovem não esperava acontecer?

Voltando ao início, as resoluções apresentadas são muito interessantes e refletem anseios de todos os que lidam com a cultura neste país: mais espaço para a cultura popular e brasileira, questões ligadas ao gênero, mais recursos, valorização dos artistas locais, etc.

Tudo isso parece tão utópico, apesar das iniciativas particulares aos milhares que já existem. Por isso, apesar de ser avessa a financiamento público para todas as demandas, neste caso, considero-o essencial para dar um necessário "empurrão" aos jovens.

Quanto à inserção do termo "juventude" na Constituição, considero importantíssimo porque há verdadeiro buraco negro em relação a esta população nas políticas públicas brasileiras, especialmente no que se relaciona à cultura.

Se me permite, ressalto a observação de Mestre André Pêssego: as meninas, ai, as meninas, o que há para elas?

Obrigada.

beijos

Saramar · Goiânia, GO 19/5/2008 17:14
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Nivaldo Lemos
 

Adroaldo,

fico feliz de vê-lo de novo em forma, com saúde e na luta. Sobre o seu registro da conferência que mobilizou jovens em Brasília, no mês passado, é, como sempre, preciso. De minha parte, devo destacar que, como pai de dois adolescentes, sou otimista, apesar de perceber em parte da imprensa que eventualmente escreve sobre o tema certa tendência (que a mim não me parece justa) de comparar os jovens de hoje com os de antanho, cujas luta e conquistas ocorreram em outro contexto e tempo históricos. Não compartilho com a idéia dos que acham que o comportamento político da juventude contemporânea seja diferente do da juventude de outrora. A bem da verdade – você e eu o sabemos – jovens alienados sempre existiram, inclusive à época da ditadura, ao lado de jovens conscientizados e ativos politicamente, como estes que ora se organizam e reivindicam um futuro melhor. Talvez, o que hoje tenha mudado sejam as demandas da sociedade e os meios de que dispõem os jovens para desenvolverem sua consciência crítica e se manifestarem politicamente. Refiro-me especialmente à internet, que se tem revelado um espaço privilegiado de manifestação e mobilização social e política dessa rapaziada (podemos ver isso aqui mesmo no Overmundo e em outros sites e blogs), especialmente quando os temas são afeitos aos tristes tempos em que vivemos, como a falta de ética na política, a defesa do meio ambiente do planeta, a violência urbana, a corrupção e outros inúmeros catalisadores de sua atenção. Enfim, as lutas realmente são outras e exigem outro nível de consciência e participação. Como você diz – e eu concordo -, estranho é perceber que evento tão importante como este tenha passado ao largo da mídia...

Um grande e carinhoso abraço do seu camarada,
Nivaldo

Nivaldo Lemos · Rio de Janeiro, RJ 19/5/2008 18:24
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Lili_Beth*
 

Obrigada Adroaldo!

Sua presença se faz fundamentalmente presente.

BjkssssssssssssssssssssJvNisssssssssssssssssssss

Lili_Beth* · Rio de Janeiro, RJ 19/5/2008 19:55
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Adroaldo Bauer
 

Recordas, Lili di mel, que já havíamos conversado sobre isso em dezembro: lá nas no Um convite às juventudes?
Bem, aquela rapeize, entre outras articuladas aqui na cidade, muitas fruto de ulterior organização no Orçamento Participativo, na Temática da Cultura, e outras nas comissões de cultura do proejto de Descentralização, em oficinas diversas de artes que o orçamento público mantinha em quase uma centena na cidade até 2004, foram o contigente principal dos participantes da plenária da conferência municipal da capital do Rio Grande e também da conferência estadual gaúcha. isso é bom de acompanhar e ver acontecer.
E também, querido Nivaldo, sei que as lutas, como dizes bem, são de outro perfil na atualidade, até porque conquistamos espaços democráticos alargados para que justamente isso, das diffeenças, dass nmecessidades das partes e até dos guetos, se expressarem e fazerem valer os direitos que acham que teêm..
Também, Saramar, penso que amídia grande não vai dar espaço de importância a quem vai lhes suceder no futuro, porque é isso que essas juventudes vêm tramando, a conquista dos espaços de poder (falam de empoderamento) para que possam elas dizer a palavra delas sem peias. As meninas, que Mestre André e tu referes, querida Saramar, estão inteiras nas promotoras populares, que a publicação do João Paulo Pontes (pelo segundo ano conselheiro da Cultura para toda a cidade) e da Isa destacam a trajetória.
É o espaço da ação prmotora do direito delas por elas, para que os brinquedos possam continuar sendo a principal função da infância, e não o trabalho, a tortura ou a morte.
Zezito, eu pus de propósito uma foto da estadual do Piauí, com um milheiro de povo nela. Se lá foi percebida e participada, é porque foi, como lá, percebida e participada em outros lugares, que lá, no meu estado de nascimento, do que me orgulho, não tem só transporte de povo pobre em ambulância, lá tem gente preocupada com a cultura e o futuro do planeta, também, como em qualquer lugar desse imenso Brasil, embora a média de massas esconda do povo e nem ceda minuto ou segundo à divulgação dessa existência.
É o que penso, grande amigo Raphael, pelo menos tenho pensado isso até aqui.

um outro abraço terno a todas as pessoas que por aqui t~em passado.

Adroaldo Bauer · Porto Alegre, RS 19/5/2008 20:32
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Ize
 

Olá Adroaldo, gostei muito do seu texto, muito mesmo! Já tinha lido e não tinha deixado nenhum comentário por me faltarem palavras para expressar o porque da minha admiração pela matéria. Pois Nivaldo, vc falou por mim. A experiência que venho tendo com jovens me leva a assinar embaixo do que vc disse. Semana passada levei para a sala de aula uma foto, tirada pelo fotógrafo Evandro Teixeira, ampliada em forma de poster, da passeata dos cem mil que ocorreu em junho de 1968. O mar de gente era configurado maciçamente por jovens. Eu, que estive lá, rememorava com meus jovens alunos os 40 anos da passeata, dizendo-lhes da importância de não deixar o passado morrer para que ele não se repita etc, etc. E, de repente, uma garota disse que se irritava muito com as constantes comparações entre a juventude de 68 e as que lhe sucederam. Que nada do fizessem hj ficaria à altura do que a gloriosa geração de 68 havia feito. Graças a Deus, me salvei da possível impressão de estar querendo, com aquele poster, reforçar a comparação pq o texto que havia encomendado para ser debatido naquele dia tocava, mais ou menos, nas questões que Nivaldo aborda, resumidas neste trecho "talvez, o que hoje tenha mudado sejam as demandas da sociedade e os meios de que dispõem os jovens para desenvolverem sua consciência crítica e se manifestarem politicamente". Na mesma direção, o que Micael Herschmann (autor do tal texto) destaca é que a principal relevãncia das expressões culturais juvenis é a de se oferecerem como "espelhos de seu tempo". E se esse tempo tem sido encarado pelo ângulo de teses excessivamente pessimistas, cabe a nós que lidamos com jovens nos esforçarmos para encontrar em suas expressões culturais algo além da aparente sensação que elas nos causam de desordem e caos. Correndo o risco de me estender em demasia, trago tb a posição da antropóloga Margareth Mead no livro "Cultura e Compromisso". Ela diz que as gerações mais velhas deveriam enfrentar o medo que sentem diante das transformações que a contemporaneidade vem imputando à cultura e aos modos de comunicar, enfrentando o futuro e ajudando-o a nascer, e não ficando presas ao imaginário do passado como se ele fosse o paraíso perdido.
É o que vc Adro, com seu espírito jovem faz, e por isso adorei sua matéria que me ajuda a pensar minha relação com os jovens com base no diálogo e na alteridade.
Vou levar o texto para minha próxima aula. E aí meus alunos vão saber que não obstante a importância da geração de 68, a deles também supõem protagonismo e cidadania.
Mil desculpas por ter me estendido tanto. É que o assunto me toca de perto.
Beijo grande da
Ize

Ize · Rio de Janeiro, RJ 19/5/2008 21:19
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marilia carboni
 

Concordo contigo querido...é junto que venceremos !!!
Mil beijos !!!!

marilia carboni · Londrina, PR 19/5/2008 21:26
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Lauro Gueluta
 

Olá pessoal!

A Conferência Nacional de Juventude foi realmente fantástica e histórica na participação juvenil na formulação de políticas públicas. Estive por lá, fazendo a cobertura jovem, pois a grande mídia, nem antes, nem durante, nem depois teve qualquer interesse em mostrar para o país o que estava acontecendo.
Divulgo para todos o site onde se encontra todo o material produzido pela juventude que se mobilizou para fazer a Imprensa Jovem da Conferência:
http://www.revistaviracao.org.br/juventude

Confiram ai as 82 matérias, notas, vídeos e fotos de tudo que se passou na Conferência, e fiquem ligados nos meios alternativos de comunicação, pois a suja Mídia Corporativa não tem mesmo nenhum interesse em mostrar que a sociedade civil organizada, inclusive a juventude, está trabalhando por um mundo melhor.

Lauro Gueluta · Natal, RN 19/5/2008 21:59
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Adroaldo Bauer
 

Acredito na Rapaziada
Gonzaguinha
Composição: gonzaguinha


Eu acredito é na rapaziada
Que segue em frente e segura o rojão
Eu ponho fé é na fé da moçada
Que não foge da fera e enfrenta o leão
Eu vou à luta com essa juventude
Que não corre da raia a troco de nada
Eu vou no bloco dessa mocidade
Que não tá na saudade e constrói
A manhã desejada

Aquele que sabe que é negro
o coro da gente
E segura a batida da vida o ano inteiro
Aquele que sabe o sufoco de um jogo tão duro
E apesar dos pesares ainda se orgulha de ser brasileiro
Aquele que sai da batalha
Entra no botequim, pede uma cerva gelada
E agita na mesa logo uma batucada
Aquele que manda o pagode
E sacode a poeira suada da luta e faz a brincadeira
Pois o resto é besteira
E nós estamos pelaí...

Eu acredito é na rapaziada
Que segue em frente e segura o rojão
Eu ponho fé é na fé da moçada
Que não foge da fera e enfrenta o leão
Eu vou á luta com essa juventude
Que não corre da raia a troco de nada
Eu vou no bloco dessa mocidade
Que não tá na saudade e constrói
A manhã desejada

Aquele que sabe que é negro
o coro da gente
E segura a batida da vida o ano inteiro
Aquele que sabe o sufoco de um jogo tão duro
E apesar dos pesares ainda se orgulha de ser brasileiro
Aquele que sai da batalha
Entra no botequim, pede uma cerva gelada
E agita na mesa logo uma batucada
Aquele que manda o pagode
E sacode a poeira suada da luta e faz a brincadeira
Pois o resto é besteira
E nós estamos pelaí...

Eu acredito é na rapaziada

*****

É
Gonzaguinha
Composição: Gonzaguinha


É!
A gente quer valer o nosso amor
A gente quer valer nosso suor
A gente quer valer o nosso humor
A gente quer do bom e do melhor...

A gente quer carinho e atenção
A gente quer calor no coração
A gente quer suar, mas de prazer
A gente quer é ter muita saúde
A gente quer viver a liberdade
A gente quer viver felicidade...

É!
A gente não tem cara de panaca
A gente não tem jeito de babaca
A gente não está
Com a bunda exposta na janela
Prá passar a mão nela...

É!
A gente quer viver pleno direito
A gente quer viver todo respeito
A gente quer viver uma nação
A gente quer é ser um cidadão
A gente quer viver uma nação...

É! É! É! É! É! É! É!...

É!
A gente quer valer o nosso amor
A gente quer valer nosso suor
A gente quer valer o nosso humor
A gente quer do bom e do melhor...

A gente quer carinho e atenção
A gente quer calor no coração
A gente quer suar, mas de prazer
A gente quer é ter muita saúde
A gente quer viver a liberdade
A gente quer viver felicidade...

É!
A gente não tem cara de panaca
A gente não tem jeito de babaca
A gente não está
Com a bunda exposta na janela
Prá passar a mão nela...

É!
A gente quer viver pleno direito
A gente quer viver todo respeito
A gente quer viver uma nação
A gente quer é ser um cidadão
A gente quer viver uma nação
A gente quer é ser um cidadão
A gente quer viver uma nação
A gente quer é ser um cidadão
A gente quer viver uma nação...




Adroaldo Bauer · Porto Alegre, RS 19/5/2008 22:00
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Adroaldo Bauer
 


Bom, Lauro. Destaque-se também a mensagem da presidência aos conferencistas e o momento preparatório em que os integrantes do projovem se encontraram com o presidente.

Costuma-se dizer aqui, em algumas rodas menos acadêmicas ou institucionais, que, se quisermos mesmo, qualquer pé de galinha dá uma sopa.

Adroaldo Bauer · Porto Alegre, RS 19/5/2008 22:14
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Tita Coelho
 

Espero que saia do papel e não demore mais 4 anos para acontecer algo. Fabricar ilusão é parte desse Governo! E a propósito, a Secretaria Nacional da Juventude não tem assessoria de imprensa para divulgar este importante evento? Vi alguns cartazes nos gabinetes de alguns deputados estaduais por aqui, e sim convite enviado por partido político.
Vou aguardar... Afinal de contas a esperança é a última que morre e em épocas que os movimentos juvenis de nossa sociedade estão "empelegados" capaz de sair algo produtivo!

Tita Coelho · Porto Alegre, RS 20/5/2008 01:35
1 pessoa achou til · sua opinio: subir
Adroaldo Bauer
 

Tita, aguardar não me parece a melhor postura ante a vida, nos tempos que correm.
Em qualquer lugar do mundo 400 mil pessoas em uma conferência não têm a mesma posição.
Talvez uma maioria tenha se formado entre elas por apenas um voto, quem sabe a falta do teu.
Um exército monolítico assim, de 400 mil almas, levaria qualquer pessoa a qualquer lugar que quizesse nessa república das bruzundangas.
Brecht já nos falara sobre o pior analafabeto.

Adroaldo Bauer · Porto Alegre, RS 20/5/2008 09:01
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Adroaldo Bauer
 

Milhões de perdões mestra e douta professora, amada e querida amiga Ize.
Esqueci de dizer que as três letras de música que separei e publiquei de Gonzaguinha nesse postado diziam respeito a teu comentário mesmo, aos conteúdos aproximados de uns (as letras de Gonzaguinha) e outras (as tuas assertivas), com as quais concordo de há algum tempo, de que o passado tem que ser olhado e estar presente para ser visto e não se permtir que se repitam os erros.
As juventudes, as pessoas na idade juvenil, não se preocupem com os feitos das juventudes de antes delas, preocupem-se é com os própriops feitos e seus futuros e o futuro do planeta, que são delas as maiores possibilidades de aqui estarem às voltas com os problemas de ainda hoje da humanidade, e os que se acrescentem de toda a terra, ambiente e lar dos seres humanos.
Ize, fiz essas referências por música, porque amo isto:
Eu vou no bloco dessa mocidade
Que não tá na saudade e constrói
A manhã desejada


e isto:
a gente quer viver pleno direito
A gente quer viver todo respeito
A gente quer viver uma nação
A gente quer é ser um cidadão

Pelo que, aliás, foi que fiz questão de postar o texto, como registro, ainda que tenha já passado há muito a minha época de juventude e há alguns dias aquele episódio da realização da Conferência, porque sei, por experi~encia de vida, que ela engendra relações e conseqüências que as pessoas mais atentas, como tu demostraste ser no teu comentário, já o percebem. Eu senti um clima parecido com do encontro nacional d estudantes de 1976. de que participei, que esultou no ano seguinte na reconstrução da União nacional dos Estudantes. Bem... parecido não é igual, nem muito diferente, é só parecido.
Um beijo.

Adroaldo Bauer · Porto Alegre, RS 20/5/2008 14:13
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Ize
 

Querido Adro, com o comentário aí de cima vc está totalmente perdoado por ter ignorado o meu recado rsrsrsrsrsrsrsr. Este trecho lindo da música que vc ama
"Eu vou no bloco dessa mocidade
Que não tá na saudade e constrói
A manhã desejada"
resume o olhar que eu e Rita Ribes (gaúcha como vc) vimos tentando imprimir às pesquisas que desenvolvemos com crianças e jovens no campo que interseciona educação e mídia. Dê uma olhadinha na apresentação do livro que te dei e vc vai ver isso.
Beijo
Ize

Ize · Rio de Janeiro, RJ 20/5/2008 16:00
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crispinga
 

Querido Adro,
Foi com muita indignação que lí hoje na manchete do jornal "O Globo" que o índice de desemprego entre os jovens brasileiros, na faixa dos 15 aos 24 anos, é de 46,6%. Praticamente metade dos desempregados do Brasil é jovem.
A criação de inúmeros cursos de nível superior e a facilidade de ingresso numa Universidade não garantiu emprego e saturou o mercado de trabalho. Cursos técnicos profissionalizantes poderiam incluir no mercado jovens de baixa renda. Muitos abandonam os estudos por questão de sobrevivência e acabam ingressando no emprego informal.
Este tema foi abordado na Conferência da Juventude?

crispinga · Nova Friburgo, RJ 21/5/2008 11:53
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Adroaldo Bauer
 

Cris,
Grato por tua presença aqui.
Há um conjunto de resoluções da conferência relacionado à educação e ao trabalho, até específicas sobre jovens do meio rural e, também políticas de emprego para pais desempregados. As resoluções todas da Conferência podem ser acessadas por aqui, na íntegra.

Adroaldo Bauer · Porto Alegre, RS 21/5/2008 12:06
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ana wagner
 

Parabéns! Votadíssimo! bjs

ana wagner · Porto Alegre, RS 21/5/2008 16:18
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marcio rufino
 

Querido Adroaldo,

Aqui fica minha reflexão do alto dos meus 35 anos. Será que somente a juventude é capaz de promover a efervescência cultural? Será que nós seres maduros não podemos ousar? Criar? Propor? Inovar? Arriscar? Cair e depois levantar? Em meu merecidíssimo voto reflito se não podemos, ainda correr atrás dos sonhos que deixamos pra trás. De reformularmos o conceito do desejo que por medo ou covardia achávamos não valer à pena e de repente descobrimos estarmos errados e voltarmos atrás para recuperarmos todo o tempo perdido. É sem mais delongas deixo aqui meu pequeno pensamento.

Dê uma visitinha no nosso http://emaranhadorufiniano.blogspot.com. A casa é sempre sua.

Grande abraço desse amigo que lhe adora!!!

marcio rufino · Belford Roxo, RJ 25/5/2008 01:14
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ANIBAL BEÇA
 

Adroaldo querido, li e fui procurar os anais do encontro para ficar por dentro. Posso dar um testemunho aqui da minha cidade-Estado Manaus. Como presidente do Conselho Municipal de Cultura (desde 2005), tenho procurado oferecer oficinas aos jovens artistas: empreendedorismo, confecção de projetos, economia da cultura e outras. É um trabalho de 'catequese'. Às vezes fico como João Batista, só, pregando no deserto amazônico.
O mais difícil não é sensibilizar e chamar os jovens para a luta. De verdade, são os tecno-burocratas que 'gessam' a maioria de nossas atividades, tratando a cultura como 'varejo'. E nós sabemos o quão 'macro' ela é. O tal do Terceiro Setor, com o PIM Polo Industrial de Manaus (antiga Zona Franca), é totalmente inócuo em matéria de apoio a projetos artísticos-culturais. Sequer o de apoio social como creches e escolas. E o faturamento a cada ano engorda mais. Mas veja bem, não se quer somente verbas. O que se quer é a mudança da estrutura admnistrativa pública das prefeituras e dos governos de estados. Estamo à marcha ré, à reboque da história moderna. Criamos, quando digo criamos digo os artistas organizados em associações, cooperativas e sindicatos, um Fundo de apoioà cultura. Uma fundação capaz de captar recursos para todos os braços culturais da prefeitura. Mas esbarramos com a burocracia (ou seria burrocracia?) com relação a estrutura física e de pessoal: (técnicos de projetos, setor administrativo financeiro etc.)Mesmo assim, cada passo alcançado é uma vitória muito festejada. Já avançamos muito, mas precisamos de forças, principalmente dos jovens, para dialogarmos com os políticos no único discurso que eles entendem: mostrando força. I. é., as associações de jovens organizadas para serem multiplicadores dessa Nova Ordem.
Temos conseguido algumas vitórias através do cineclubismo e festivais do minuto. Concursos literários, de história dos bairros e o nosso maior empreendimento: PRÊMIOS LITERÁRIOS DE MANAUS que já vai para sua quarta versão, com 16 categorias: romance, conto, poesia, crônica, Memória, Ensaios nas áreas de letras, história, economia, teatro(infantil e adulto),literatura infantil, cinema, folclore e jornalismo literário. cinema, folclore e jornalismo literário. E é uma premiação nacional. Com um prêmio de $5 mil e mais 1.000 exemplares abrigados nas Edições Muiraquitã, cabendo 20% aos autores (200 livros). Aproveito até para incentivar o pessoal de OVERMUNDO que concorra. O prazo termina dia 31 de maio. Vale a data dos Correios. O Regulamento é encontrável em qualquer site de concursos ou no site da prefeitura de manaus.
Adroaldo voltarei com no s notícias de nossos jovens manauaras. Parabéns por suscitar essa bela discussão.

Abraço amazônico

ANIBAL BEÇA · Manaus, AM 26/5/2008 11:46
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Mestre Jeronimo - JC
 

Prezado Anibal Beca,

Somos 'conterraneos' pois asci ecrecia ate certo tempo aih na cidade do 'porto de lenha tu nunca seras liverpool'... ;

Bom, a juventude amazonense..., lembro que quando aih era um jovem, eu tinha interesse em coisas alem mar e alem ficar indo pra shooping centre (que na ecpoca nao tinha ainda, felzimente!), e jovem (e todo o mais no geral) vivendo uma cultura de "boi" que na raiz da tradicao e da funcao familiar que devia exaltar esta devendo e muito, muito pra que possamos esperar ter uma solucao pra o que vc bem coloca: cade a INTELIGENCIA DESSE POVO?!

Pois eh,preado conterraneo, cidadao brasileiro somos todos, e sem ser muito "radical" (como alguns, muitos ate, dizem que tome minhas iniciativas ativistas, -- EDUCATIVAS,assino eu!) eu gostaria de sugerir a vc tb, como faco a mim proprio que a HR eh essa, e quem espera acontecer nao colhe nada, com qualidade.

Entao, eu estou ciente que temos pessoas aih que tentam, contra esse "banzeiro" gigante, do capitalismo desenfreiado, e imoral, imundo que corroi nossas tradicoes, muitas das quais ja nem sao parte desse presente de Manaus, que parece ate Los Angeles como eu falo pra quem me pergunta como eh a cidade que fica no meio damaior folresta do mundo. Vom, nada tenho eu contra o progresso social que devemos usar pra nossa benfeitoria, mais tenho tudo contra (nao sou a favor, nao voto om!) de quem USa e profana do que eh sagrado:: NATUREZA MAE!

Estive em manaus ha pouco antes de retornar aa AU, cerca de2 meses agora, e estive com alguns jovens e pessoas do meio artistico, fiz uma palestra no Sesc do centro, para os estudantes, ofereci alkguns CDs do produto do traballho artistico (a ativismocultural!( que faco em prol da nossa cultura, e educacao.

Valeu esse contato, pois eu estou ha tanto tempo fora de manaus que ate tenho um certo 'cuidado'de dizer que sou daih, pois na verdade, eu nasci aih e me eduquei ate a idade 'jovem' , mas, estando fora ha tant temo, eu respeito os que aih como vc, jovem com tanta energia que vejo colocar esforcos para vingar algo que eu tambem almejo: EDUCACAO E CULTURA, ARTE COM QUALIDADE!

Parabens a vc, pela tua iniciativa, e meus votos para que possas ter mais adeptos pra essa causa que vc almeja. (*eu fiquei de ver seconseguia voltar ah em outubro pra fazer um programa cultural, atraves dos contatos do Sesc que fiz, vamos ver...).

Adroaldo, muito bom a tua 'chamada' nessa Roda meu velho (jovem que vc exalta!).Obrigado pela oportunidade de poder aqui estar com vc/s.

Vou entao me despedir caminhando e cantando... claro!... e, envio um grande...

... abr a todos vc/s. *a luta, ccomecou agora, e nao termina nunca!)

Sarava pra junventude transviada e bem educada!

Mestre Jeronimo - JC · Austrália , WW 26/5/2008 21:11
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Adroaldo Bauer
 

Grato pelas presenças, Mestre Jerônimo e Anibal Beça.
___

Há como continuar o debate por aqui, com as mesmas questões, agora tendo por foco a Educação, os saberes diferenciados, no postado Ainda que as leituras não leiam as letras também de minha autoria

Adroaldo Bauer · Porto Alegre, RS 18/6/2008 21:21
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Poeta Malume do Brasil
 

Olá Adroaldo, parabéns por teu texto, vou dá meu voto, visita meu artigo, sobre o dia do amigo e vota! Abraços, poeta Malume!

Poeta Malume do Brasil · Fortaleza, CE 21/7/2009 19:09
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