Bent: o triângulo rosa nos campos de concentração

Alex Silveira - arquivo do grupo
O elenco da peça
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Pérola Pedrosa · Macapá, AP
14/11/2008 · 52 · 4
 

Pérola Pedrosa
Em pleno campo de concentração, vigiados pelos nazistas, duas personagens atingem o climax sexual sem contato físico, usando apenas as palavras. Numa época que não existia computadores e muito menos Internet. A cena deixa a platéia em êxtase, hipnotizados e torcendo pelo casal, que neste caso é formado por dois homossexuais vivendo os horrores da segunda guerra mundial.
O espetáculo é uma montagem da peça Bent do norte-americano Martin Sherman, que recebeu vários prêmios. Foi a primeira a abordar o sofrimento dos homossexuais nas mãos dos Nazistas. Gerou muitas controvérsias devido à cena de sexo verbal. Na época os homossexuais recebiam o triângulo rosa como identificação, considerada a pior das classificações para nazistas.
A adaptação da peça Bent é feita pelo grupo “Desclassificáveis” formado por atores oriundos de outras companhias teatrais de Macapá, estiveram em cartaz durante o mês de outubro no Teatro Porão, fazendo parte do projeto “Vamos comer Teatro”, do Sesc Amapá.
A montagem da peça Bent é um desejo antigo do diretor Paulo Alfaia, que queria trazer algo novo para o público amapaense, que mexesse com o sentimento, que pudesse ser refletiva e ao mesmo tempo tivesse humor. “Bent é assim, apesar do cenário de guerra e humilhação, há momentos para rir e para amar. Não é apenas sobre os gays e sim sobre pessoas que perderam a liberdade de ser quem são”, ressalta.

Vamos Comer Teatro
O projeto além de proporcionar a apresentação de espetáculos, ainda disponibiliza para a platéia um bate-papo com os atores e equipe técnica da peça, no final de cada apresentação. Assim eles podem discutir sobre o tema, sobre os bastidores, e todas as curiosidades podem ser respondidas. Além dos profissionais poderem receber pessoalmente críticas e elogios.

A peça
Bent, de Martin Sherman aborda, de forma poética, uma questão extremamente delicada na história da humanidade: a perseguição nazista aos homossexuais. Num claro movimento de humanização, emblematizado pela figura dos personagens.
A montagem propõe a transformação da poesia cênica – tendo como principio norteador uma representação que enfatiza o seu foco: no trabalho do ator, sua relação com a platéia e na valorização do texto teatral. Assim como, aproximar e contribuir para a reflexão crítica da realidade que possa contrapor com os alicerces de uma moral conservadora, alienante e moldada a diferentes formas preconceito.
(fonte: Grupo Desclassificáveis)

A importância histórica da peça
Bent é uma peça de teatro de 1979 de Martin Sherman (com Ian McKellen na sua produção inicial no West-End, em Londres, e Richard Gere, na produção da Broadway, em Nova Iorque, que seria em 1997 adaptada a cinema pelo realizador Sean Mathias. Trata da persequição de gays no Terceiro Reich, na Alemanha depois do assassinato do chefe da Sturmabteilung, Ernst Röhm.
Quando a peça foi estreada, não havia praticamente nenhuma pesquisa acadêmica nem informação pública sobre a perseguição aos homossexuais pelos Nazistas nem da destruição do Institut für Sexualwissenschaft (Instituto para o Estudo da Sexualidade), em Berlim. De certa forma, a peça estimulou a pesquisa histórica sobre o assunto nos anos 80 e 90.
O título da peça e do filme, Bent, tem haver com o termo do escalão que alguns países da Europa é utilizado para designar homossexuais.

*Martin Sherman
Nascido em Philadelphia (EUA), em 22 de dezembro de 1938, Sherman é um judeu gay assumido. Freqüentou o Boston University College of Fine Arts, e licenciou-se em Artes Dramáticas em 1960.
O filme mais famoso de Sherman foi adaptado do texto original de Alive and Kicking/Indian Summer, de que ele próprio é o autor. Na Broadway e no West End ficou mais conhecido pela peça Bent, que foi nomeada para o Tony Award em 1980. Escreveu também um musical, The Boy from Oz, baseado na vida e carreira de Peter Allen, que lhe valeu uma segunda nomeação para o Tony.
Sherman escreveu duas coletâneas de peças de temática gay. A sua peça Rose foi nomeada para o Laurence Olivier Award como Melhor Peça em 2000.
Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Elenco:Sandro Gemaque, Danilo Salgado, Sandro Brito, Gabriel Pinto, Anderson Pantoja, Cindy Uchôa. Direção Paulo Alfaia.

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José Cycero
 

Votado... valeuuuu

José Cycero · Aurora, CE 16/11/2008 11:30
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Jorge Daher
 

Votado!
Se puder da uma olhadinha no meu...

Jorge Daher · Ribeirão Preto, SP 16/11/2008 13:54
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Ivette G.M.
 

Maravilha, Pérola. Merece ser divulgado. Votei
Ivette G M

Ivette G.M. · Cotia, SP 16/11/2008 14:38
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Pérola Pedrosa
 

Olá!!! Obrigada aos que votaram, pena que não deu. Poxa e eu adorei esse meu texto. Mas nem sempre o que achamos é o que a maioria acha. fazer o que?
Abraços!

Pérola Pedrosa · Macapá, AP 17/11/2008 17:50
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