Brasileiro precisa é de ídolo. ¬¬

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Malu Xavier · Olinda, PE
26/12/2006 · 115 · 5
 

O que houve com o nosso Gustavo Kuerten? Despontou como uma promessa em 1997, virou ídolo e maior nome do esporte nacional em 2000, venceu diversos abertos pelo mundo e encabeçou tanto o ranking de entradas quanto a Corrida dos Campeões. Fez do tênis o segundo esporte nacional, desbancando o vôlei, que assumira tal condição após as Olimpíadas de Barcelona em 1992.

Sua momentânea decadência somada ao sucesso da Daiane dos Santos fez - acreditem - da GINÁSTICA ARTÍSTICA o segundo esporte preferido dos brasileiros. É só ver na Band ou na Globo. O Globo Esporte reserva 10 minutos pra mostrar a etapa paulista do Mundial de Ginástica. Grandes merdas se o Internacional foi Campeão do Mundo. E dá-lhe Daiane dos Santos no Jornal Nacional. Daqui a pouco, ver-se-á crianças girando nos galhos das árvores e se equilibrando em muros espessos, assim como a GAÚCHA (como insistem em chamá-la) e seus discípulos.

Isso até surgir um JOÃO DA SILVA que bata na peteca COMO NUNCA. Aí o Badminton vira o segundo esporte nacional. Até descobrirem JOSÉ. Ele usa a torre que é UMA BELEZA. Aí toda criançada senta na frente do tabuleiro e mete aquele xadrez esperto.

Brasileiro não gosta de esporte. Brasileiro precisa de ídolo.

* Que fique claro que eu adoraria se fosse dada a atenção devida a cada esporte sempre, e não só quando algum atleta vira POPSTAR.

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Alexandre Inagaki
 

O grande problema do esporte brasileiro é a incompetência dos dirigentes em capitalizarem a aparição de ídolos para o desenvolvimento de uma modalidade. Vide o caso do Guga: daqui a pouco ele encerrará sua carreira, e que novos ídolos o tênis brasileiros fomentou a fim de sucedê-lo? Enquanto a Argentina possui diversos tenistas no ranking dos 100 melhores, o Brasil não tem absolutamente nenhum para substituir Kuerten à altura. Sim, eu creio que ídolos são importantes para catapultar determinadas modalidades e fazer com que a cobertura esportiva saia um pouco desse monopólio ludopédico nas TVs brasileiras. Mas seria bom se dirigentes de outros esportes seguissem o ótimo exemplo do vôlei, que aproveitou a exposição midiática para a construção de um centro de treinamento no Rio capaz de garantir a renovação das seleções brasileiras no mesmo patamar das gerações lideradas por Bernard, William, Renan, Maurício e Giovanni. É um alento, aliás, constatar que a Confederação Brasileira de Ginástica criou um centro de treinamento em Curitiba capaz de dar às "crianças girando nos galhos das árvores" condições para que elas sigam os passos da Daiane.

Alexandre Inagaki · São Paulo, SP 23/12/2006 11:16
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JuNiN
 

boa malu otimo texto . ''propaganda é a alma do negocio'' abrçs

JuNiN · Ribeirão Preto, SP 24/12/2006 14:39
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DiogoFC
 

Bem sacado!

DiogoFC · Criciúma, SC 26/12/2006 12:50
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Gregs
 

"Triste do povo que precisa de heróis" - Waly Salomão

Gregs · Belo Horizonte, MG 26/12/2006 15:37
2 pessoas acharam til · sua opinio: subir
Felipe Obrer
 

Malu, gostei desse teu texto. Moro na "terra do Guga", e posso dizer que por estas bandas, embora ele seja simpático em outdoors, acaba só contribuindo pra deteriorar a cidade: é dono de um posto de gasolina, de um empreendimento imobiliário e de uma loja chique na região nobre do centro. Quer mais?

Felipe Obrer · Florianópolis, SC 22/1/2007 11:54
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