Como falar da CampusParty e ainda ser original? Inúmeros blogs e veÃculos estavam presentes, cada um com sua pegada no evento. Fazer um texto ultra-pessoal, falando das emoções captadas durante o evento também não cabem aqui, cabem no blog.
É preciso entender que apesar da temática tecnológica, e do apelido de nerdstock, o CampusParty foi de fato um evento extremamente plural. Cada um estava lá com um propósito: Havia os que queriam jogar até cair o braço; os que foram estudar nas palestras; os que queriam conhecer pessoas e fechar negócios; desenvolver projetos e muito mais. É difÃcil contar o que foi o CampusParty se você não tem uma máquina do tempo para voltar várias vezes ao evento e em cada viagem, experimentar um ângulo diferente.
Inicialmente acreditei que iria experimentar as tecnologias fascinantes presentes, como o Reactable ou a Virtusphere e fazer uma cobertura em tempo real. Mas ao chegar, logo fui embriagado pelo contato social direto.
Na programação havia atividades e informações de todos os tipos: Como tirar fotos de estrelas; como começar um blog do zero e campeonatos de CaseModding e robótica. Fora dela, inúmeras atividades espontâneas, como as transmissões ao vivo de campuseiros; o concurso de tatuagens; novos blogs nascendo; vÃdeos; provocações e brincadeiras com a imprensa – algumas das quais tomei parte, talvez uma idéia não tão boa.
Para os viciados em conhecimento e informação o CampusParty foi uma faca de dois gumes: Era extremamente estimulante e ao mesmo tempo esmagador. Tudo ocorria ao mesmo tempo e saber decidir do que participar e o que fazer com tanto conhecimento era um desafio. Para próximas edições recomendo àqueles que padecem desse mal como eu que façam uma preparação psicológica prévia. Nesse aspecto, uma palavra que resume o evento é: Intenso.
As inúmeras discussões sobre blogs x imprensa chegaram a ser cansativas. Dos dois lados dessa disputa estão idéias reacionárias que dentro de alguns anos estarão completamente diluÃdas. Apesar do debate ser pertinente, a falta de disposição para chegar a um desfecho que não seja “eu estou certo†é frustrante. O lado bom foram as brincadeiras bem-humoradas criadas pelos blogueiros, numa esperança de não serem mal interpretados.
A falta de uma presença forte do Overmundo foi um ponto fraco. Talvez por culpa da organização do evento e talvez do próprio Overmundo, mas provavelmente dos dois. Portanto eu, Sérgio Rosa e Daniel Duende, com uma ajudinha de Alexandre Youssef, resolvemos dar uma palestra sobre o site. Contando um pouco da história, funcionalidades, problemas, soluções e opiniões pessoais. Estando fora da programação oficial, e com uma divulgação improvisada, tivemos um público reduzido, mas mesmo assim gerou um debate interessante. Os assuntos levantados nela valeriam um texto próprio, que Youssef prometeu fornecer.
Dentro do evento, campuseiros reclamavam das proibições à álcool e tabaco. Sendo que algumas áreas eram mais fiscalizadas que outras, ou mesmo estrelas convidadas e seguranças aparentemente não estavam sujeitos à s mesmas regras (notoriamente Clarah Averbuck). Mas nada que um pouco de criatividade e cara de pau não pudessem burlar. Considerando a grande preocupação em evitar o roubo de equipamentos alheios por parte da segurança, é compreensÃvel que tivéssemos incidentes alcoólicos/glicólicos. Boatos sobre incidentes de sexo no parque e roubo de notebooks corriam, mas nada concreto foi noticiado em veÃculos tradicionais ou blogs – o que leva a concluir que não passaram de boatos, já que qualquer incidente real era rapidamente registrado.
Apesar das confusões de cadastramento e das barracas, além de outros problemas logÃsticos (como o banheiro porco e falta de opções baratas de alimentação), a CampusParty foi considerada um sucesso pelos organizadores desde o primeiro dia, e também pelos campuseiros posteriormente. Sugestões para melhorar o evento em sua prometida próxima edição não faltam, e com um público tão engajado, é bom que elas sejam ouvidas.
Afinal, como disse Duende antes mesmo do evento, o coração da CampusParty são as pessoas. Assim é também a rede. Ela não conecta computadores, conecta pessoas.
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Fotos (minhas) no flickr
Fotos (gerais) no flickr
LiveStream - uma coleção de tudo que foi dito e feito por lá
Mafra,
Bacana o texto e bárbara a iniciativa de vocês em divulgar o site por meio da palestra. Estivemos numa fase de repensar a estrutura de nossas parcerias, para torná-las cada vez mais produtivas, justamente para que possamos estar mais presentes em eventos deste tipo, como já estivemos em vários outros. De qualquer maneira, foi interessante ver que o site esteve presente por meio de alguns colaboradores, no mais perfeito espÃrito "open source" que todos nós pregamos, com todos os colaboradores se sentido à vontade não apenas para fazer, mas para difundir e debater o Overmundo. Obrigada pela iniciativa!
Foi justamente o que o Youssef falou quando dei a idéia de falarmos no Overmundo. Usuários detectaram uma deficiência e tomaram a atitude para compensá-la, no espÃrito do site.
Do jeito que falei foi mesmo uma crÃtica, mas não quis ser muito reclamão. Entendo que problemas e questionamentos surgem. Mas como eu sentimos falta, fomos atrás ;) Justamente por acreditar no valor do Overmundo.
Uma das coisas mais bacanas que aconteceram no cparty foi a apresentação da ferramenta criada por dos participantes do evento.
Não foi um momento muito comentado, talvez porque ele aconteceu na noite de sábado, quase no fim da cparty. Em breve, publicarei algo sobre assunto também.
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