CD GERAÇÕES: Clube da 'outra' Esquina

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Capa do CD GerAções ? A frutífera música sul-mato-grossense
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Rodrigo Teixeira · Campo Grande, MS
14/9/2006 · 166 · 14
 

MS é a 'outra' esquina do Brasil. Se Minas Gerais é a porta do interior do país para o nordeste adentro, o MS está proporcionalmente do outro lado, como a entrada que leva ao norte e a fronteira boliviana-paraguaia-brasileira. Ambos não têm mar e, se olharmos no mapa, Campo Grande e Belo Horizonte estão na mesma linha. A capital mineira com Vitória do Espírito Santo e o Oceano Atlântico logo à frente e a Cidade Morena com a fronteira paraguaia e Assunção na reta. Uma já foi região cobiçada pelo ouro, a outra conhecida como a Terra do Boi e de índios guaranis. Os dois lugares, mais Goiás, só foram descobertos pelos bandeirantes paulistas no século XVIII, duzentos anos após a turma de Cabral 'chegar' nestas terras. Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, claro que Mato Grosso e Goiás também, representam o Brasil caipira. A música destes lugares não poderia ser diferente. São típicas, tem um gosto, uma variedade de influências que torna originalíssimo o tempero. A diferença é que os compositores mineiros ficaram famosos em todo o Brasil com Milton Nascimento & Clube da Esquina e os de Mato do Grosso do Sul permanecem diamantes brutos, como Geraldo Espíndola, Paulo Simões e Geraldo Roca. Igualmente ao solo mineiro, a diversidade da música gerada em MS produz compositores díspares, grupos de samba, música clássica, bandas de rock e instrumentistas fantásticos. No entanto, o peso da influência dos ritmos fronteiriços, como a polca, o chamamé e a guarânia, particulariza a música de MS se pensarmos no restante do Brasil. Neste sentido, a música mineira é a que mais comunga com a sul-mato-grossense. Pulsando em compasso ternário, ela se distancia do que é tido como padrão da música 'caipira' e destoa da MPB. Soa estranha aos brasileiros litorâneos acostumados a cadência binária do samba-rock-bolero-marchinha-valsa-frevo. Litorâneos estes que se sentam, já de modo robótico, de costas para o Pacífico e são cegos à cultura fronteiriça 'espanhola-brasileira'.

O CD GerAções é uma espécie de urro coletivo. Um 'Liberdade Ainda Que Tardia' de dezenas de artistas que formam o riquíssimo mosaico musical do estado sul-mato-grossense e que se mantêm invisíveis há décadas fora dos limites estaduais, em menor ou maior grau. O responsável por reunir este Clube da 'outra' Esquina no CD GerAções é o produtor, publicitário e músico Márcio de Camillo. Ele estará lançando a 'cria' no próximo dia 17 de setembro, domingo, às 18h, na Concha Acústica do Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande. O projeto de Márcio foi um dos dois escolhidos de MS pelo programa de patrocínio cultural da Petrobrás de 2005. Com um orçamento de R$ 108 mil, em cinco meses gravou, mixou e masterizou, entre março e julho de 2006, o disco com 14 faixas reunindo dois artistas em cada e envolvendo 60 músicos ao todo.

O GerAções é uma mostra significativa da atual música do MS, registra canções importantes do cancioneiro regional, revela e relembra compositores, desencava e renova canções e prova a qualidade técnica de instrumentistas, arranjadores e cantores sul-mato-grossenses. As 3 mil cópias do álbum serão distribuídas para entidades não-governamentais, órgãos públicos, rádios do interior, escolas e meios de comunicação. O objetivo principal de Márcio de Camillo com o GerAções é fazer circular a música e os músicos de MS. E, intencionalmente, como um grupo e não isoladamente. As 14 faixas do disco GerAções, por exemplo, estão disponibilizadas no banco de cultura do Overmundo, liberando propositalmente em Creative Commons as obras.

É bom que se diga que coletâneas, discos de festivais, registros de shows coletivos e projetos musicais lançados em CD não é novidade no MS. Mas nenhum tem a qualidade técnica e musical do GerAções. Se vai adquirir a importância histórica também só o tempo dirá. Mas já é, sem dúvida, histórica na medida em que cruza artistas de gerações diferentes e registra este momento de mutação e amadurecimento dos músicos do estado. Ao mesmo tempo, (re)valoriza ídolos dos primórdios (sul)mato-grossenses, como as irmãs Beth e Betinha e a dupla Amambay e Amambaí, sucessos numa época em que o rock não passava perto dos ouvidos do público. Um dos méritos do CD é que mescla com harmonia propostas distintas, passando pelo blues, country rock, polca, balada, chamamé, instrumental e guarânias.

Camillo também não caiu na armadilha fácil de regravar os maiores sucessos regionais, na verdade, ausentes do GerAções. Os artistas mais conhecidos de MS, Almir Sater e Tetê Espíndola, aparecem no disco como compositores, assim como Geraldo Espíndola. Toda esta geração de músicos de MS ficou marcada justamente por um projeto que os reuniu em um show na Universidade Federal de MS em 1982 e que foi registrado no LP Prata da Casa. O GerAções, no entanto, chega em um momento bem diferente do euforismo que a classe artística vivia na década de 80, quando contava com casa cheia na maioria dos shows e existia sim um movimento tipo o Clube da Esquina em MS, com Geraldo Espíndola, Carlos Colman, Geraldo Roca, Guilherme Rondon, João Fígar, Alzira, Celito e Tetê Espíndola, Paulo Simões e Almir Sater compondo canções que fundaram uma nova vertente na música popular brasileira. Juntando a música destes compositores, mais a Velha Guarda e os novatos com suas fusões ‘estranhas’ chega-se a uma argamassa musical que transforma o GerAções em uma novidade para o público e uma boa pauta para os jornalistas de fora de MS.

O produtor do álbum é um dos 'filhos' desta ‘Geração Prata da Casa’ e, por isso, o disco retrata principalmente o universo de composição que vem justamente da geração que faz a moderna música de MS desde final da década 60. Escolheu inclusive um dos mais representativos, Geraldo Roca, para cantar junto, no caso, Lá Vem Você de Novo, uma pérola esquecida da parceria histórica entre Paulo Simões e Geraldo Espíndola, sem dúvida, fundadores da mania de compor em dupla, algo comum em MS e que mais uma vez lembra o Clube da Esquina. Márcio tem planos para lançar DVD e levar o GerAções para outros estados. O músico foi um dos primeiros de MS que atinou para as leis de incentivos. Já lançou um DVD próprio em 2005 através de leis estaduais, está gravando um disco novo pela lei municipal, em 2005 produziu o Violas do Brasil, no Rio de Janeiro, com patrocínio do Banco do Brasil e foi contemplado com o GerAções pela Petrobrás. Ainda comanda a Associação de Músicos do Pantanal, a AMP, e divide a Criatto Produções com a esposa e produtora Izabella Cardozo. Um exemplo de artista-produtor, que tem de 'se virar' para sobreviver em um estado com músicos de sobra e empresários de menos. Compositores de mais e cachês baixíssimos. Músicas lindas e um mercado todo a se construir.

Vamos à entrevista:

P – Como surgiu a idéia do GerAções?

R – Depois que voltei de uma viagem que fiz a Europa, em 2003, pela Unesco, retornei com sentimento de grupo. Percebi naquela época que na Europa entenderam que com o fim das gravadoras é melhor o sistema 'um arrasta o outro'. E o artistas mais conhecidos acabam apresentando ao seu público o menos conhecido. Vim com esta idéia do GerAções da Europa, que é mostrar os músicos sul-mato-grossenses em um cardume, para causar mais impacto. Nós de uma geração mais nova, talvez tenhamos no estado o mesmo número de fãs que um Geraldo Roca, Geraldo Espíndola, Paulo Simões... A gente se torna conhecido em um contingente de pessoas que não cresce em MS. São formadores de opinião que já atingimos ao máximo. A dificuldade é penetrar no povão. E se formos pensar no inverso, na música mais popularesca, ela penetra na classe universitária e nas mais abastadas. Uma música com menos qualidade literária.

O MS tem muitos compositores, cantores e instrumentistas. Como foi chegar aos nomes para o projeto?

Foi a maior dificuldade. Quando o projeto foi aceito nem tudo estava fechado. Alguns nomes estavam na cara, como Juci Ibanez e Bêbados Habilidosos. O Bando tem o rock dos anos 70 forte e Lenilde Ramos é a madrinha do ‘rock de botina’, que descambou para a polca-rock com certeza. Outra junção meio óbvia era Amambay & Amambaí e João Fígar em Recuerdos de Ypacaraí (veja o VÍDEO da gravação). Esta faixa me lembra o Buena Vista Social Club porque nos anos 50 e 60 a dupla era sucesso na região. O Marcelo Loureiro e Elinho foram a última dupla a fechar porque o sanfoneiro Dino Rocha, que iria gravar com o Loureiro, teve um ataque cardíaco. E os dois bebem da fonte da música argentina, então estava escrito colocar o bandoneon junto com Marcelo. A faixa do Olho de Gato com o Celito Espíndola fechou a fase do Daniel na banda, que mudou de formação.

E reunir antagônicos como Antônio Porto e Clarice Maciel?

O Toninho foi o penúltimo a fechar. Estava um pouco apreensivo, porque tinha vontade de trazer a Clarice para fora do universo lírico. E propus para o Toninho e sugeri o compositor Paulo Gê. E o Toninho escolheu a música Flor do Limo.

E o repertório? Como foram escolhidas as músicas?

Sugeria e os artistas embarcavam ou não. Pensei em Quando Me Espera Você para Olho e Celito. É uma canção que faz parte do disco Rondon e Fígar, que teve 4 indicações ao prêmio Sharp em 1992 e é uma parceria do Guilherme Rondon com Murilo Antunes (autor de Nascente). O projeto teve esta liberdade do intérprete escolher o que iria cantar. Queria que o Jerry gravasse Mochileira e ele quis Polka Outra Vez, também do Roca. Então houve uma acomodação. Marcelo Loureiro e Elinho do Bandoneon apresentaram uma música, do compositor Brancão, um bandoneonista de Três Lagoas, que ninguém conhecia em Campo Grande. Então o Gerações também revela compositores. Não é só intérprete, instrumentista, cantor... A Glorinha (professora e escritora Glória Sá Rosa) disse: 'Q legal vc não caiu na mesmice'. Tipo mostrar os sucessos do MS. E se olhar no repertório do disco não tem mesmo os clássicos. Mas Trem do Pantanal, Vida Cigana, Quyquyho e Cunhataiporã já foram bem gravadas. E a gente tem de mostrar coisas que não foram mostradas. Por isso que o Gerações tem Solidão, que acho que é um sucesso tremendo...

E é uma das únicas músicas compostas por João Fígar.

É. E é belíssima. E Coração Ventania, que não foi tão conhecida como deveria ser. E a versão do Bando e da Lenilde ficou incrível.

A maioria das músicas do repertório é dos anos 80. Neste sentido o GerAções contemplou mais uma vez a geração da década de 80. O disco reforça a dominação daquele pessoal que fez o Prata da Casa e não há uma renovação neste sentido, com compositores que vieram depois desta geração.

Quando pensei em se mostrar uma radiografia da música sul-mato-grossense, algumas coisas foram pré-estabelecidas por mim como diretor. Mas outras surgiram. Quando escrevi o projeto, a idéia era as duplas gravando clássicos e músicas significativas. Era o link do projeto. Recuerdos de Ypacaraí tem um por que. Queria retratar a influência da música paraguaia mais em Campo Grande do que no MS. Porque a produção da música do estado está em Campo Grande. Então quando o Marcelo veio com uma música de Três lagoas fiquei feliz. Porque no estado inteiro o que mais se escuta hoje é música sertaneja e quis mostrar a música caipira.

Esta música sertaneja que a gente repele, ao mesmo tempo foi a que conseguiu criar o mercado no estado. Por que não chamar o Tradição, que é o grupo mais popular do estado, para o disco?

Porque vai contra o pensamento da Petrobrás. Artistas com mais de cinco discos gravados não poderiam estar entrando com seus projetos no edital. O Almir está neste CD como compositor e a mesma coisa a Tetê, que são artistas com mais de cinco discos. Mas eles precisavam estar presentes de alguma maneira. Para retratar a música daqui tradicional tem Recuerdos, uma clássica canção paraguaia, tocada por uma dupla caipira com um cantor de MPB, e Flor Mato-grossense, que é do Anacleto Rosas Júnior, um compositor paulista.

Por que vc não optou por uma música de um compositor daqui neste estilo, como Zacarias Mourão?

Mas qual é a música mais conhecida do MS? Chalana, de Mário Zan, que não é daqui também. Quis mostrar que o MS foi motivo de inspiração para compositores importantes do Brasil. Quando Me Espera Você é Rondon e Murilo Antunes, que é de Minas Gerais, do Clube da Esquina. Quis mostrar a influência da música caipira do Mato Grosso do Sul. Aqui tem ritmos que foram influenciados também pela música mineira e norte de São Paulo, como Tonico e Tinoco, Tião Carreiro e porque não dizer Anacleto Rosas Júnior.

Acho que a música mais inesperada do repertório é Lá Vem Você de Novo, desconhecida da maioria. Como ela surgiu?

Quando fui conversar com o Roca falei: 'Queria que a gente gravasse uma música do Geraldo Espíndola'. E aí ele disse: 'Só gravo se for Lá Vem Vc de Novo'. Uma canção que nunca tinha sido gravada e mostra uma dupla que fez mais de 500 músicas e só três foram gravadas até hoje. (Veja o VÍDEO da gravação de Lá Vem Você de Novo)

E que foi uma dupla pioneira, surgida entre o Simões e o Geraldo no final dos anos 60, com o grupo Bizarros.


Têm coisas que vão por um caminho que você não espera. Quando escutei a música percebi que ela representava o tripé que sustenta toda a música moderna de MS, que é o Geraldo Espíndola-Paulo Simões-Geraldo Roca. E eu como fator surpresa, que é a idéia do GerAções. Para começar que o tom da música já é diferente, um Dó Sustenido. A harmonia desta música é difícil e soa estranha a primeira vez que se escuta. E gravar com o Geraldo Roca, que é uma lenda, foi extremamente prazeroso.

Com este disco na mão, o que se apresenta em termos de escoação do produto em MS?

O CD vai para as rádios de várias cidades, escolas, órgãos públicos... O objetivo é fomentar e dar CD. E mandar para a imprensa não só dentro do estado, mas fora também. Porque o MS é pequeno e a minha intenção é provocar para tornar visível o cenário artístico sul-mato-grossense. Não acredito mais ir sozinho. Junto é difícil, sozinho é impossível.

Vc acha que o GerAções pode trazer uma nova onda para a música daqui como foi o Prata da Casa? Pq o PC virou um marco por reunir aqueles artistas que acabaram ditando o rumo da música do estado por anos.

O Prata da Casa deu certo porque existia uma dificuldade para se gravar na época. O técnico de gravação do Prata da Casa foi o Pena Schimidt, que hj é o presidente da ABMI. Hoje gravar é bem mais fácil. Quero que o Gerações circule. Ele já está liberado em CC no Overmundo totalmente. Então o objetivo não é comercial, é fazer circular a informação mesmo sobre estes artistas. A gente não precisa mais de CD na praça. Precisamos aqui em MS de difusão, fomentar a cultura, circular. O que acontece hj em MS é q o sul-mato-grossense não conhece a produção cultural do estado e muito menos o público nacional.

Próximos passos do GerAções?

Vou tentar produzir um DVD do show. Uma parceria com a Uniderp. Se ficar bom vira DVD, se ficar razoável vira um especial de ano. É importante registrar este projeto em imagem também. Com isso na mão fica mais fácil vender o Gerações como um show. Mas depende de parcerias. Só vai pra frente se a gente conseguir torná-lo viável e provar que MS tem uma música de conteúdo forte e aí sim chegamos aos grandes centros. A música de MS já conquistou o Brasil do Tetê Espíndola e Lírio Selvagem e teve destaque nos anos 90 com a novela Pantanal. Chegamos as rádios brasileiras.

Na verdade explodiu o Almir Sater. Com a estréia de Pantanal houve uma euforia entre os músicos tipo 'chegou à hora'. E o que aconteceu? Explodiu o Almir e o resto ficou para trás. Não houve mais nenhum pico da moderna música de MS.

Tenho outra visão. O Almir puxou muita gente. Abriu as portas da gravadora 3M para a Alzira Espíndola, Geraldo Roca e João Fígar. E o empresário dele, o José Amâncio, começou a empresariar o Guilherme e o Rondon, colocou os caras na Eldorado e aquele disco teve um reconhecimento. Talvez faltasse uma estrutura profissional para os artistas sul-mato-grossenses.

O Gerações foi um dos dois projetos do MS contemplados pela Petrobrás em 2005. Falta ainda à classe artística se atinar para estas licitações nacionais para patrocínio de projetos?

Trabalho desde 1998 com leis de incentivo. O mais difícil não é ter uma boa idéia, mas redigir o seu projeto. Existe uma ciência, tem de explicar e convencer de que seu projeto vai dar certo e, junto com tudo isso, tem de ter portfólio para mostrar que vc é capaz de fazer. No caso do GerAções tenho certeza que eles olharam o Violas do Brasil, que foi importante para a minha carreira como produtor, e a minha ação em relação à Associação de Músicos do Pantanal (AMP).

Abaixo o link para cada faixa do CD GerAções:

01 • QUANDO ME ESPERA VOCÊ
Autores: Guilherme Rondon e Murilo Antunes
Intérpretes: Olho de Gato & Celito Espíndola

02 • CORAÇÃO VENTANIA
Autor: Carlos Colman
Intérpretes: O Bando do Velho Jack & Lenilde Ramos

03 • FLOR MATO-GROSSENSE
Autor: Anacleto Rosas Júnior
Intérpretes: Beth e Bethinha & Maria Alice e Maria Cláudia

04 • FLOR DO LIMO
Autor: Paulo Gê
Intérpretes: Antônio Porto & Clarice Maciel

05 • DOMA
Autor: Almir Sater & Zé Gomes
Intérpretes: Rodrigo Sater & Gabriel Sater

06 • POLKA OUTRA VEZ
Autor: Geraldo Roca
Intérpretes: Jerry Espíndola & Karina Marques

07 • LÁ VEM VOCÊ DE NOVO
Autor: Geraldo Espíndola & Paulo Simões
Intérpretes: Geraldo Roca & Márcio de Camillo

08 • CONVERSAS E PROMESSAS
Autores: Rodrigo Sater & Márcio de Camillo
Intérpretes: Paulo Simões & Melissa Azevedo

09 • RECUERDOS DE YPACARAÍ
Autores: Zulema de Mirkin & Demetrio Ortíz
Intérpretes: Amambay e Amambaí & João Fígar

10 • LINDA
Autor: Brancão
Intérpretes: Marcelo Loureiro & Elinho do Bandoneon

11 • PIRARETÃ
Autores: Celito & Tetê Espíndola
Intérpretes: Guilherme Rondon & Gílson Espíndola

12 • OVERDOSE
Autores: Alzira Espíndola & Alice Ruiz
Intérpretes: Juci Ibanez & Bêbados Habilidosos

13 • SOLIDÃO
Autor: João Fígar
Intérpretes: Carlos Colman & Filho dos Livres

14 • COLISÃO
Autores: Jerry Espíndola & Ciro Pinheiro
Intérpretes: Alzira Espíndola & Rodrigo Teixeira

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comentrios feed

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Ana Cullen
 

Amei a matéria... me apaixonei pelas músicas...obrigada por disponibilizar isso aqui pra gente Rodrigo! Quanta coisa boa a gente tem nesse país!
Abraço!

Ana Cullen · Brasília, DF 13/9/2006 18:25
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Tânia Brito
 

Maravilhosa a matéria Rodrigo! Mto pertinente ter se apropriado do Clube da Esquina para falar sobre a 'outra' esquina. A nossa esquina...Parabéns!

Tânia Brito · Campo Grande, MS 14/9/2006 03:20
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Luciana Hernandes
 

Rodrigo, é admirável seu trabalho. Bravo!

Luciana Hernandes · Cuiabá, MT 14/9/2006 12:19
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Zé Geral
 

Especial Rodrigo. Especial!! Com a quantidade de talentos em nossa capital é muito difícil definir em 14 faixas esse universo todo! Parabéns ao Márcio....Mas devo confessar que eu mesmo me sinto sempre "fora da esquina" e não pertencente à nenhuma geração (exatamente como vc se sentiu, anos atráz, antes de ir para o Rio), embora eu viva aqui, da música e para a música e tenha feito de minha vida uma "armadura" em defesa da arte sul-matogrossense. Se é que isso tem algum valor.....Abraços a todos os incluidos. Aos excluidos, PACIÊNCIA!!!

Zé Geral · Campo Grande, MS 14/9/2006 22:34
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arlindo fernandez
 

Matéria assim que gosto de ler!
Que turma,né?
Muito bom.
abraços.

arlindo fernandez · Campo Grande, MS 14/9/2006 23:23
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Marcelo Armoa
 

Grande Rodrigo. Parabéns pela matéria..

Marcelo Armoa · Campo Grande, MS 15/9/2006 20:18
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Gilson Espindola
 

Rodrigão!!!! É isso que a gente precisa...formar em cada esquina um foco de cultura.... Barabéns meu velho!!!! Muita música!!!

Gilson Espindola · Campo Grande, MS 16/9/2006 11:58
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Al Zarqwai Nuha
 

Ok, Geraldo Roca, Geraldo Espíndola e Paulo Simões tem muita coisa em comum com o clube da esquina, isso eu concordo e assino...
Agora, márcio de camilo, bando e filho dos livres... ai já é forçar demais com a natureza né.... Aquelas letrinhas de terceira deles não chegam nem perto da pior música de ronaldo bastos e fernando brant, lô, márcio e milton...

Al Zarqwai Nuha · Campo Grande, MS 20/9/2006 06:01
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Al Zarqwai Nuha
 

Outra coisa...
O cara mais guerreiro da música de MS, ficou de fora, que é o Zé Geral, um dos músicos que mais apóia a galera que tá começando... Quando se fala de militância musical (sem segundas intenções como chupar o pau dos generais do FIC) tem que se falar em Zé Geral... Cadê o cara nessa fita????????
Isso aí tem cara de marmelada....

Al Zarqwai Nuha · Campo Grande, MS 20/9/2006 06:14
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arlindo fernandez
 

Nuha!
Eu achei o registro e a inciativa de bom valor. Talvez a falha maior é ter faltado o próprio Geraldo Espindola... (isso não foi bom). Quanto ao clube da esquina...
Que saudades!! taí www.museudoclubedaesquina.org.br
tem o patrocínio da Petrobrás e Minc. (veja).

abraços
af.

arlindo fernandez · Campo Grande, MS 20/9/2006 09:01
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Rodrigo Teixeira
 

Nuha, gosto não se discute. Vc acha q Márcio de Camillo, Bando e Filhos fazem letrinhas de terceira e blablabla ok. Mas tem um monte de outros q naum acham. E achismo é fácil. Difícil é sentar e fazer uma boa canção. Então é o tipo de colocação que naum vai levar a lugar nenhum. Vc fala que o meu amigo Zé Geral ficou de fora. Na verdade é um projeto q obviamente não iria caber todos os artistas de MS, pois são muitos e a maioria talentosos. Outra colocação q naum leva a nada. Vc fala em marmelada, mas este projeto naum tem nada a ver com a política cultural de MS, é um patrocínio da Petrobrás, que faz uma seleção anual e contempla os projetos que acha merecedores. Quer dizer q tem marmelada na escolha dos projetos da Petrobrás tb? O Zé Geral não está no projeto, mas tem vários outros, como Beth e Betinha, Amambay e Amabaí, Elinho do Bandoneon, Jucy Ibanez, Lenilde Ramos, Carlos Colman, Bêbados Habilidosos... 60 músicos de MS PARTICIPARAM do projeto!

e Arlindo, o Geraldo acabou entrando com uma música junto com o Paulinho, uma parceria q ainda é pouco conhecida por aqui apesar de uma das mais antigas, com mais de 500 músicas feitas e apenas 3 gravadas. Acho q valeu o registro de Lá Vem Vc de Novo, com Roca sim. Sinto falta dele tb, assim como de outros, mas o resultado final do CD está se mostrando positivo pacas. E o show de lançamento foi a prova, com 2 mil pessoas na concha, e mais shows estão sendo marcados.

abs

Rodrigo Teixeira · Campo Grande, MS 20/9/2006 12:22
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Zé Geral
 

Polêmicas à parte....Todos nesta cidade que me conhecem, sabem que eu digo o que penso, sou sincero, não tenho e nem uso de artifícios falsos para agradar um ou outro segmento. Não gosto de funk, pagode e breganejo e não escondo isso de ninguém. Falo a qualquer hora ou momento, o que bem quero e entendo. Não tenho "rabo preso" a nada. Não me importo de ter ficado "de fora", nem desse, nem dos projetos que me sentí excluído (Festival de Inverno de Bonito, América do Sul e tantos outros) porque na verdade não me sinto de fora de nada. Sei do meu valor e o quanto estou "dentro" do contexto musical do Estado, e, pelo contrário, sou agradecido por Deus ter me feito parar nessa terra onde fiz inúmeros amigos, conheci a música que busco e quero. E tem mais: Todos os meus comentários em todas as faixas do cd Gerações (verifiquem lá) são verdadeiros e de coração, como são todas minhas atitudes. Abraços ao Rodrigo e abraços também ao Al Zar, que não conheço pessoalmente, mas que respeito a opinião!

Zé Geral · Campo Grande, MS 20/9/2006 14:40
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Zé Neto
 

Muito sucinto esse artigo sobre a nossa então despercebida cultura nos litorais a fora,Assum Preto tá de parabéns pelo trabalho.Zé Neto.

Zé Neto · Campo Grande, MS 23/9/2006 17:17
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Edgar Borges
 

Baixei todas as músicas e depois de ouvi-las por um bom tempo no computador, gravei num cd. agora me acompanham no carro de um lado para outro. já apresentei a vários amigos e todos gostaram. Parabéns aos músicos participantes. Só uma observação: na próxima,disponibiliza as faixas em MP3 e não em WMA. É mais fácil de ouvir em qualquer lugar. Fora isso, parabéns de novo!!!

Edgar Borges · Boa Vista, RR 25/10/2007 14:12
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O produtor e músico Márcio de Camillo zoom
O produtor e músico Márcio de Camillo
Foto do LP Prata da Casa, registro importante lançado em 1982 zoom
Foto do LP Prata da Casa, registro importante lançado em 1982
Fotos dos artistas que gravaram o Cd GerAções zoom
Fotos dos artistas que gravaram o Cd GerAções
Fotos dos artistas que gravaram o Cd GerAções zoom
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Cartaz do show de lançamento do CD GerAções! zoom
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