Caldeirão de ritmos compõe as 36 classificadas para o 1º Festival AP da Canção do Norte. Cinco são do Amapá
CAROLINA MENEZES
Da Redação de O LIBERAL
No total, foram 310 inscrições, vindas de quatro das cinco regiões do país, o que é um recorde. Belém nunca teve tantos inscritos em um festival de músicas inéditas. Dentre as inscrições, todo tipo de ritmo que se pode imaginar, do tecnobrega à valsa, do lundu ao samba-funk. De cara, esse é o perfil que define o 1º Festival AP da Canção do Norte, promovido pela Assembléia Paraense: um evento que prioriza, acima de qualquer coisa, a diversidade de estilos musicais. As inscrições terminaram no último dia 19 e, no dia seguinte, foram divulgados os nomes dos 36 semi-finalistas, que terão de encarar mais três seleções até a grande finalíssima, prevista para acontecer no dia 29 de novembro, no salão refrigerado do clube (sede Almirante Barroso), mesmo local de realização das eliminatórias anteriores. Compositores do Amapá, Amazonas, Brasília, Ceará, Minas Gerais, São Paulo, Pernambuco e Rio de Janeiro estão entre os concorrentes, e competiram 270 compositores de sete municípios paraenses - Abaetetuba, Ananindeua, Belém, Castanhal, Marituba, Santarém e São Caetano de Odivelas. No site http://www.aponline.com.br podem ser conferidas as canções classificadas, que, deverão ser disponibilizadas para download o quanto antes.
De acordo com o coordenador geral do Festival, o jornalista Tito Barata, a intenção primeira é atrair o que há de melhor na música atualmente. “E é claro que, para isso, precisamos oferecer bons prêmios. E, conseqüentemente, por conta disso, optamos por uma seleção mais rigorosa. Nesse primeiro momento, olhamos, principalmente, para letra, melodia e qualidade de gravação, e isso não significa que precisava gastar muito para gravar, queríamos apenas uma gravação limpa, sem chiados, para o melhor entendimento do júri', explica Tito. No total, serão distribuídos R$ 30 mil reais em prêmios. O Festival é um realização da AP com o apoio da Lei Semear e da Celpa. 'O clube está bancando cerca de 50% do custo total do evento', garante o presidente da Assembléia Paraense, André Sobrinho.
ESTRUTURA
'Trabalhamos nessa idéia desde o ano passado, desde a gestão administrativa anterior, e ficamos muito felizes com o número de inscritos. Faz parte da rotina do clube investir em cultura, no ano passado, o Festival Literário foi um sucesso, mas nesse 1º Festival AP da Canção do Norte nós estamos surpresos não só a quantidade, mas com a qualidade das músicas que entraram. São letras muito boas, intérpretes maravilhosos, a gente nem tem idéia de quantos cantores excelentes nós temos. Os festivais deram uma parada desde os anos 90 pra cá e nossa idéia é retomar isso, realizar esse concurso a cada ano. Até onde eu sei, nenhum outro clube recreativo do país fez isso. A AP investe na cultura, sempre investiu na música paraense. Prova disso é que, de quinta a domingo, temos músicos da terra se apresentando lá, temos gente que fez nome, que começou cantando na AP', diz André. 'Me deixou muito feliz também saber que grandes compositores, nomes consagrados da nossa música acreditaram nessa iniciativa e se inscreveram para competir. Uma das músicas inscritas era cantada pelo Vital Lima, e outra, de um grupo do Maranhão, era cantada, olha só, pela própria Alcione', revela Tito.
DIFICULDADE
O escritor e poeta João de Jesus Paes Loureiro foi jurado na primeira etapa, junto com o músico Pedrinho Cavallero, o próprio Tito e ainda Avelino do Valle. 'Não foi fácil porque são músicas muito boas de ritmos muito diferentes. Tivemos de agrupá-las de acordo com o estilo para estabelecer uma comparação e definir quais as músicas que entrariam no grupo das 36. Infelizmente, não deu pra juntar todo mundo, mas eu queria deixar claro que as canções que ficaram de fora não são, nem de longe, ruins. Muito pelo contrário. Só não entraram por uma impossibilidade mesmo', justifica.
ETAPAS
As eliminatórias acontecem nos dias 1º, 8 e 14 de novembro, sendo que a grande final está marcada para o dia 29 do mesmo mês, sempre no salão de festas da sede da Almirante Barroso do clube. A cada eliminatória, 12 músicas das 36 serão apresentadas e quatro são selecionadas para participar da última etapa. O critério para análise será melodia, letra e adequação entre um e outro. O júri de cada eliminatória será bastante popular, formado por empresários, jornalistas, músicos, artistas plásticos e profissionais das mais variadas áreas, e os nomes dos jurados não serão divulgados até o dia de cada apresentação. No dia 29, serão 12 canções executadas para a escolha dos vencedores e nesse dia, o júri será composto por 15 avaliadores. As três melhores músicas serão premiadas com o Uirapuru de Ouro (R$ 15 mil), de Prata (R$ 8 mil) e de Bronze (R$ 4 mil). Haverá ainda as premiações 'José Guilherme de Campos Ribeiro' para o (a) melhor intérprete, 'Guilherme Coutinho' para melhor arranjo e 'Antônio Carlos Maranhão' de aclamação popular para canção - essas de R$ 1 mil cada.
AS CANÇÕES DO AMAPÁ
Das 36 canções classificadas para o Festival cinco são do Amapá. Algumas (confira no placar abaixo) de compositores já consagrados como: Osmar Júnior, Enrico Di Micelli, Dilean Monper e os irmãos Ademir e Aroldo Pedrosa.
Para assistir às eliminatórias, será cobrado o ingresso simbólico de R$ 10, sendo que estudante paga meia-entrada, e toda a renda será revertida para uma instituição de responsabilidade social. No dia 29, será vendido, também a preço popular e com a mesma intenção, o CD com as 12 canções finalistas', adianta Tito Barata.
No aguardo
http://www.overmundo.com.br/overblog/um-pequeno-exemplo-cosmico-do-caos
Votado pelo trabalho de divulgação da produção cultural brasileira.
Parabéns!!!
Maikon,
Cumprimentando-o,
Na verdade, todo trabalho cultural que é patrocinado pela AP, é de fina estampa. A coisa é séria. A diretoria é de um limpidez que chega às raias do perfeccionismo. Tudo se passa de forma séria.
Digo isso, parceiro, porque eu já vivi a fantástica experiência de participar de Concurso Literário - o maior até hoje ocorrido no norte em se tratando de cultura propriamente dita -, promovido por esse Mega-Clube Social.
Sou vencedor em Poesia do Prêmio AP de Literatura 2006,
e isso é motivo de orgulho. Faço parte da Antologia Poética - Pr~emio de Literatura, lançada em novembro/2006.
Portanto, amigo, que se dê toda credibilidade a AP por mais este grandioso espetáculo de música; e, parabéns a todos os compositores e cantores classificados do Amapá.
Abraços,
Benny Franklin
Legal, muito boa apresentação - Divulgue antes, quem sabe, mesmo com as lonjuras alguém chegue lá. Ou dos mais de perto
também..... um abraço, andre.
Obrigado Marcos Paulo, Não faço nada do que a obrigação de um apaixonado pelas artes e que quer ver um dia a economia da cultura ter uma participação maior no PIB brasileiro como acontece em outros paises.
Abraços
Caro Benny, meus parabens pela Prêmio de Literatura, ele foi merecido, sabendo da lisura da AP, é um prêmio realmente importante tanto pelo valor como pelo reconhecimento.
Abraços
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