Cordeirão?

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Henry Burnett · São José dos Campos, SP
3/4/2007 · 119 · 24
 

Hoje é um dia de polêmicas na esfera da música brasileira. A entrevista de Lobão para a Folha é recheada de mea culpa, conversa mole e desculpas esfarrapadas disfarçadas de teoria. A verdade é mais simples, e dispensa maiores argumentos: Lobão cansou da luta revolucionária, ou então endoidou, e agora acha que os "novos" executivos da SonyBMG são mecenas da grande arte: "Estou fechando um ciclo. "Canções da Noite Escura" [2005] foi um dos meus melhores discos. Quando saiu, foi um fracasso. Vendeu umas 15 mil. Foi pífio. Custou quatro anos da minha vida pra fazer esse disco. É frustrante. Tive então a idéia de fazer disco ao vivo. Choveram propostas. Praticamente todas as gravadoras me procuraram. Aos 46 do segundo tempo, a SonyBMG falou comigo. Aí eu vejo pessoas diferentes por lá. Não sei quantos processos eu tenho contra eles. Isso aí é outra coisa. O pessoal de agora não tem nada a ver com aquilo. Assim como eu converso com um executivo da Petrobras pra captar recursos pra minha revista, eu sou um empresário. Pô, eu vou ficar com raiva deles [da gravadora]?".

A resposta é não caro Lobo, de fato não é preciso ficar com raiva das gravadoras, mas daí achar que o formato MTV Acústico mudou, aprimorou, e que seus novos patrões são seus amigos, aí é quase zombar da inteligência alheia; ao ser perguntado porque seus pares [Capital Inicial? Ultraje a Rigor?] eram decadentes e ele não, eis a resposta: "Mas eram decadentes mesmo! Você tem que entender que o contexto mudou. Repare bem nos artistas que estavam gravando o 'Acústico' na época em que eu falava isso [97]. Hoje, o Marcelo D2 fez um puta 'Acústico'. O Zeca Pagodinho também. Pô, o que eu posso fazer se o nível melhorou? O que eu posso fazer se eu tive a oportunidade de fazer um disco bom? Qual a contradição?"

Claro que não mudou nada no formato. Então o D2 evoluiu? Como assim? Pode-se dizer que ele também se domesticou, não é demérito nenhum ganhar dinheiro com seu trabalho, ainda mais se esse trabalho tem a qualidade que tem o do D2; e o Zeca? é mais sambista agora? Como explicar os acústicos do Gil, de 1994, talvez um dos melhores que se fez, decadente? É um formato, ou seja, um padrão, com cordas cafonas ou não permanece sendo um nivelamento sonoro e estético. O do lobo também vai ser, e certamente vai ser um puta programa, como foi o do Lenine há poucos meses. A necessidade de justificar sua participação tem menos a ver com a opção de ser distribuído de forma menos mambembe que nas bancas do que uma vontade de dar a cara a tapa, de ver seu grande trabalho veiculando Brasil afora; seria mais simples explicar assim, do que ter que defender os agora bonzinhos executivos. Lobão é tudo, menos burro, e menos ainda ingênuo.

Pude assistir o que o Lobão chamou de "primeiro ensaio" para o Acústico, em Belém, final do ano. Ele e mais um músico apenas no palco. Foi um dos shows mais vibrantes que eu vi ano passado, e já anunciava o diferencial da gravação futura: era o Lobão que ia gravar, não um oportunista qualquer. Mas é uma adesão, sobre a qual não cabem julgamentos - como esse da Folha -, nem condenações. Trata-se de um artista pop vendendo seu peixe, funciona assim há décadas. Claro que o "revolucionário" morre um pouco, e isso entristece a todos nós, de algum modo artistas. Sua força vai esmorecer, sua credibilidade também; sempre precisamos fazer opções.

Agora afirmar que "eu não estou decadente, o disco tem um repertório ousado e me sinto um cara do universo paralelo invadindo o mainstream" causa uma sensação estranha, infelizmente muito similar a ver os PFListas se chamando de Democratas... não Lobo, você não está invadindo nada, eles é que estão cooptando você.

Pra fechar a frase mais triste: "Se você continuar lutando, vai parecer aqueles japoneses da ilha de Iwo Jima que continuaram resistindo [na Segunda Guerra]".

Você não entendeu nada velho Lobo!!!??? Quer dizer que eles foram uns babacas em tramar uma estratégia de morte sublime? Então tua luta era uma encenação? Você não soube morrer, agora aprenda a sobreviver.

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dudavalle
 

1)"luta revolucionária" - O Lobão sempre foi um critico do sistema e para tanto criou um outro sistema. Ele se tornou mídia, num primeiro momento com seu discaço A Vida é doce e depois jah com a revista Outra Coisa. Isso não é luta revolucionária, eh trabalho e dos bons e bem feito.
2)Ele não entrou nessa de revival dos anos 80 e daih a critica mais que pertinente a Capital Inicial, Ultraje e outros. Ele continuou evoluindo, experimentando se transformando.
3) Uns vão dizer q

dudavalle · Rio de Janeiro, RJ 30/3/2007 15:31
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dudavalle
 

3) Uns vão dizer que ele invadiu o sistema, outros vão dizer que ele foi cooptado. Mas na verdade ele disse que iria mostrar aos outros como deveria ser feito um acusticuzinho :-))) Se alguns escutarem através deste album as musicas que ele andou fazendo esses anos, enquanto o pessoal estava numa de revival, eu acho que jah valeu.

dudavalle · Rio de Janeiro, RJ 30/3/2007 15:37
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Marcelo V.
 

A entrevista dele passa a impressão de insatisfação com a distribuição precária de sua música; com um contrato com a maior gravadora do Brasil (fusão de duas "majors"), passa a tocar no rádio (é jabá? Não é jabá? Alguém se importa?), mas não é garantia de venda de discos (até porque o CD vai sair muito mais caro do que se ele lançasse novamente como independente, encartado numa revista _ele mesmo não disse que "A Vida É Doce" não vendeu quase 100 mil cópias? Espera vender o mesmo pela SonyBMG?). Pelo menos ele assume com todas as letras que é "empresário" e "de direita", criticando com razão o discurso "católico, culpado e de esquerda", brandido em geral de forma impensada e hipócrita.

Marcelo V. · São Paulo, SP 30/3/2007 16:02
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dudavalle
 

4) A questão do jabah , eh uma questão coletiva e para tanto precisa da união da tal classe artistica-musical, um Lobão sozinho não faz verão.
5) Em breve veremos o Festival de Música Outra Coisa aonde o Lobão vai aproveitar para lançar seu acusticuzinho.

dudavalle · Rio de Janeiro, RJ 30/3/2007 16:09
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Pedro Monteiro
 

GENTE!
VOCÊS ESTÃO DIZENDO O QUE?
O LOBÃO MUDOU?
E AGORA?

Pedro Monteiro · São Paulo, SP 30/3/2007 23:19
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dudavalle
 

"Sei que vão me chamar de traidor", diz Lobão

Perto dos 50 anos, cantor diz que não há porque continuar briga com gravadoras

Artista afirma não estar decadente, declara estar cansado de ninguém ouvir suas músicas e que seu "Acústico" é diferente

ENVIADO ESPECIAL AO RIO

Nesta entrevista, Lobão fala sobre o "Acústico", explica sua volta a uma grande gravadora, comenta o jabá e critica a esquerda. (BRUNO YUTAKA SAITO)


FOLHA - Por que você resolveu voltar para uma grande gravadora e gravar um "Acústico"?
LOBÃO - Estou fechando um ciclo. "Canções da Noite Escura" [2005] foi um dos meus melhores discos. Quando saiu, foi um fracasso. Vendeu umas 15 mil.
Foi pífio. Custou quatro anos da minha vida pra fazer esse disco. É frustrante. Tive então a idéia de fazer disco ao vivo.
Choveram propostas. Praticamente todas as gravadoras me procuraram. Aos 46 do segundo tempo, a SonyBMG falou comigo. Aí eu vejo pessoas diferentes por lá. Não sei quantos processos eu tenho contra eles.
Isso aí é outra coisa. O pessoal de agora não tem nada a ver com aquilo. Assim como eu converso com um executivo da Petrobras pra captar recursos pra minha revista, eu sou um empresário. Pô, eu vou ficar com raiva deles [da gravadora]?

FOLHA - Então a história de que as gravadoras te odeiam é uma lenda?
LOBÃO - As pessoas jurídicas não odeiam ninguém. Quem odeia é a pessoa física. Desde 1999 [ano em que partiu para a independência], carreiras já subiram e caíram. E eu tô aqui. Quando fui assinar o contrato, nas dependências novas da SonyBMG, o [Alexandre] Schiavo [gerente-geral da gravadora], falou: "Tá vendo, Lobão, tentei botar uma decoração mais artística. Mas o encolhimento deve-se muito à você" [risos]. Fiquei superbrother dele. O que demonizaram as gravadoras.... Hoje as coisas são feitas de maneira diferente.
Hoje nem fabricam mais as máquinas que rodam os tapes [Lobão brigava com a gravadora para ter direito aos originais de seus discos]. Se você continuar lutando, vai parecer aqueles japoneses da ilha de Iwo Jima que continuaram resistindo [na Segunda Guerra].

FOLHA - Não está sendo contraditório? Afinal, você sempre criticou artistas que gravavam o "Acústico", dizia que eles eram decadentes...
LOBÃO - Mas eram decadentes mesmo! Você tem que entender que o contexto mudou. Repare bem nos artistas que estavam gravando o "Acústico" na época em que eu falava isso [97]. Hoje, o Marcelo D2 fez um puta "Acústico". O Zeca Pagodinho também. Pô, o que eu posso fazer se o nível melhorou? O que eu posso fazer se eu tive a oportunidade de fazer um disco bom? Qual a contradição?
A história é uma situação mutável. O que às vezes é ruim num momento é bom no outro. Você não tem que ser inimigo... o inimigo pode se tornar seu parceiro. Sempre fui assim. Eu sou o maior guerreiro, eu tô lutando. Sei que com isso tenho condições de abrir horizontes da música independente, a Sony tem um interesse em saber o que a gente tá fazendo, o que a revista ["Outracoisa", fundada por Lobão] representa. Eu não estou decadente, o disco tem um repertório ousado e me sinto um cara do universo paralelo invadindo o mainstream. Se eu fosse um derrotado, eu estaria só colocando sucessos mortos. As músicas que estão ali são músicas vivas, que estão dando continuidade na minha carreira e que estão censuradas há tempos [Lobão se refere ao fato de seus discos independentes não terem ido para as rádios].

FOLHA - Você está pagando jabá?
LOBÃO - Eu não pago jabá. Por que eu assinado [com uma gravadora], toco [nas rádios], e não assinado, não toco? Eu não tenho nada a ver com isso. Eu tô numa gravadora e pronto. É uma atitude muito moral dizer que eu tô pagando jabá.
O buraco é muito mais embaixo. Tenho 50 anos e posso dizer que não tenho tempo de ficar esperando que alguém vá prender alguém. Vou ficar de herói aqui? Se eu for destruído enquanto criador, e minha criatura sobreviver, tô no lucro, é tudo que quero. Eu acredito que sou merecedor de estar tocando na rádio. Se tá botando jabá ou não, ouça a música.
Será que ela tem condições de tocar na sua orelha? Tá sujando tua orelha? Então cala a boca [risos]. Porque eu já fiz muita coisa enquanto pessoa física, jurídica, política, continuo fazendo. Detesto receber e-mail de gente falando "Adoro você enquanto pensador". Quero que se foda esse tipo de pessoa. Quero que as pessoas ouçam minhas músicas. "A Vida É Doce" vendeu umas 97 mil cópias. É pouco para o que eu quero. Vou ficar de Dom Quixote?

FOLHA - Você não se incomoda de ser chamado de traidor?
LOBÃO - Podem me acusar. Essa questão vai aflorar muitos preconceitos. Eu não mereço ficar ouvindo as pessoas me perguntando por que eu parei de gravar. Pô, eu não parei. Não mereço. Não tenho o perfil desses guerrilheiros de bosta, hipongas, acho uma merda, sacou? Sou um cara de direita, sou fã do Delfim Neto [risos]. Brasil é assim porque é católico, culpado e de esquerda.
Os vilões são os parasitas, os bem-intencionados são uns babacas. Você j

dudavalle · Rio de Janeiro, RJ 31/3/2007 19:18
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dudavalle
 

FOLHA - Você está pagando jabá?
LOBÃO - Eu não pago jabá. Por que eu assinado [com uma gravadora], toco [nas rádios], e não assinado, não toco? Eu não tenho nada a ver com isso. Eu tô numa gravadora e pronto. É uma atitude muito moral dizer que eu tô pagando jabá.
O buraco é muito mais embaixo. Tenho 50 anos e posso dizer que não tenho tempo de ficar esperando que alguém vá prender alguém. Vou ficar de herói aqui? Se eu for destruído enquanto criador, e minha criatura sobreviver, tô no lucro, é tudo que quero. Eu acredito que sou merecedor de estar tocando na rádio. Se tá botando jabá ou não, ouça a música.
Será que ela tem condições de tocar na sua orelha? Tá sujando tua orelha? Então cala a boca [risos]. Porque eu já fiz muita coisa enquanto pessoa física, jurídica, política, continuo fazendo. Detesto receber e-mail de gente falando "Adoro você enquanto pensador". Quero que se foda esse tipo de pessoa. Quero que as pessoas ouçam minhas músicas. "A Vida É Doce" vendeu umas 97 mil cópias. É pouco para o que eu quero. Vou ficar de Dom Quixote?

FOLHA - Você não se incomoda de ser chamado de traidor?
LOBÃO - Podem me acusar. Essa questão vai aflorar muitos preconceitos. Eu não mereço ficar ouvindo as pessoas me perguntando por que eu parei de gravar. Pô, eu não parei. Não mereço. Não tenho o perfil desses guerrilheiros de bosta, hipongas, acho uma merda, sacou? Sou um cara de direita, sou fã do Delfim Neto [risos]. Brasil é assim porque é católico, culpado e de esquerda.
Os vilões são os parasitas, os bem-intencionados são uns babacas. Você junta a filosofia de vida que viv

dudavalle · Rio de Janeiro, RJ 31/3/2007 19:23
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dudavalle
 

FOLHA - Você não se incomoda de ser chamado de traidor?
LOBÃO - Podem me acusar. Essa questão vai aflorar muitos preconceitos. Eu não mereço ficar ouvindo as pessoas me perguntando por que eu parei de gravar. Pô, eu não parei. Não mereço. Não tenho o perfil desses guerrilheiros de bosta, hipongas, acho uma merda, sacou? Sou um cara de direita, sou fã do Delfim Neto [risos]. Brasil é assim porque é católico, culpado e de esquerda.
Os vilões são os parasitas, os bem-intencionados são uns babacas. Você junta a filosofia de vida que vivemos com toda a inoperância desse sistema com a flacidez comportamental da classe artística, da maioria dos pensadores em geral, dessa intelectualidade de esquerda que fica com namoro embevecido pela singeleza da pobreza: vão tomar no cú. Vamos ser ricos. Vamos crescer. Chega de "Caminhando e Cantando", "Sou coitado". Esse tipo de coisa, não admito. Sei que faço um trabalho de excelência. O trabalho tá feito, agora vão reclamar

dudavalle · Rio de Janeiro, RJ 31/3/2007 19:25
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Moysés Lopes
 

Bem interessante a notícia, ainda bem que postaram porque eu não saberia de outra forma, eu acho. Lobão é uma pessoa como todas as outras, que tem todo o direito de mudar de rumo na vida. Talvez o problema seja elegermos pessoas à categoria de NOSSOS heróis e querermos que elas correspondam de forma plana (conforme queremos) o resto da vida.

No mais, o cara cansou de comer pão seco e agora quer um foie-grass para amenizar seu sofrimento. Eu sempre achei que a galera vive jogando pedra na vitrine só porque ainda não virou vitrine. Mas há exceções, eu acho...

Abraço,

Moysés Lopes

Moysés Lopes · Porto Alegre, RS 3/4/2007 08:38
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Henry Burnett
 

agradeço os comentários e a postagem da entrevista inteira.
abs

Henry Burnett · São José dos Campos, SP 3/4/2007 12:28
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Fábio Cavalcante
 

Oi Henry; parabéns pelo texto!
Curto muito o Lobão e sempre compro os discos dele, seja os da banca ou os da SonyBMG - mas os piratas! rsrsrs

Fábio Cavalcante · Santarém, PA 3/4/2007 13:10
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Henry Burnett
 

valeu mano! bom saber que você anda por aqui. procure "melancolia" no banco de cultura, postei hoje. é uma das faixas do CD. abs.

Henry Burnett · São José dos Campos, SP 3/4/2007 13:12
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Tiago C. Alves
 

O Lobão tem o direito de fazer o que bem intender com música dele. Resta a nós apenas dizer se gostamos ou não. Henry você gostou do show do cara certo? Isso ja não é o suficiente? Não entenda como uma ofensa, mas o seu texto colocou a música dele em segundo plano. Como se a música dele fosse um misero detalhe e o importante mesmo é ele ser um "revolucionario".

Eu particularmente acho o Lobão um otario, oportunista. Sempre achei. Mas e dai? A música dele é boa isso é o que importa.

Tiago C. Alves · Santa Luzia, MG 3/4/2007 14:23
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Henry Burnett
 

tiago, eu diria que fiz justamente o contrário, ou seja, afirmei que a música dele é maior que o que gira e ainda vai girar em torno dela comercialmente. é por ter gostado do show - mas por valorizar muito a atividade sócio-musical que ele vinha desempenhando - que eu fiquei impressionado com os comentários um tanto quanto "resignados" dele. mas podemos discutir isso de muitas formas, e é uma pena que tenhamos que quase pôr em cheque a história dele por causa disso. mas não acho que seja esse o caso. ele continua sendo o compositor vivo da geração 'brock' mais intenso e mais talentoso.

Henry Burnett · São José dos Campos, SP 3/4/2007 15:07
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Felipe Obrer
 

Uma dúvida: reproduzir sem autoização o texto de uma publicação com direitos reservados não pode causar problemas?

Abraços

Felipe Obrer · Florianópolis, SC 3/4/2007 15:15
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Henry Burnett
 

você fala da entrevista da Folha que foi postada no comentário? bem, ela foi publicada e a fonte foi citada, não creio que haja alguma intenção aqui que possa gerar problemas.

Henry Burnett · São José dos Campos, SP 3/4/2007 15:17
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Felipe Obrer
 

Até onde lembro a folha online tem um aviso na parte de baixo de todas as notícias que alerta sobre a necessidade de pedir autorização à Agência Folha antes de reproduzir qualquer conteúdo em meios de comunicação.
Nada contra tua colaboração, achei interessante a análise. Só levanto essa questão de direitos autorais pra evitar confusão, já que a licença usada no Overmundo permite reprodução e re-trabalho dos conteúdos.

Abraço

Felipe Obrer · Florianópolis, SC 3/4/2007 15:28
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Henry Burnett
 

entendi, na verdade e entrevista da Folha não foi postada por mim, eu apenas citei, e aí tenho certeza que posso, mas a íntegra realmente é um caso à parte. valeu a preocupação.

Henry Burnett · São José dos Campos, SP 3/4/2007 15:31
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Felipe Obrer
 

Valeu, abraço.

Felipe Obrer · Florianópolis, SC 3/4/2007 15:34
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Tiago C. Alves
 

Fala Henry! Pode não ter sido sua intenção, mas foi o que pareceu (Ou o que me pareceu?). Bom, o que eu quiz dizer é que perde-se tempo demais discutindo essas polemicas, que ao meu ver, só servem pra capa de revista de fofoca. Não acha que seria muito mais útil um texto analizando o show que vc foi? Ou analizando o trampo que ele teve pra adptar a música dele pro formato Acustico?

Tiago C. Alves · Santa Luzia, MG 3/4/2007 15:53
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Henry Burnett
 

Olha, eu entendo bem você (eu também sou compositor...), mas não acho que seja perda de tempo, senão o Overmundo aqui seria o que? discutir a história do Lobão, suas conquistas, suas canções é matéria de discussão sim; e pode ser que o título "Cordeirão" da Folha venda jornal, mas o tema não é descartável. trata-se de uma mudança profunda no modo de ação dele, e meu texto - escrito às pressas na ânsia de dizer alguma coisa rápida - pode ser remexido e corrigido à vontade, mas não desistamos da conversa. Eu não posso fazer crítica musical, há quem faça com propriedade, meu texto é pessoal e confessional. quanto ao trampo dele, me parece facílimo pra quem toca violão de aço a vida inteira, as mudanças serão mínimas nesse ponto, talvez o instrumental todo seja diferenciado, não sei, mas crio que vai ser na veia, senão ele é que será o cordeiro assumido. abs

Henry Burnett · São José dos Campos, SP 3/4/2007 16:04
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Tiago C. Alves
 

Eu acho perda de tempo sim cara. Essa mudança de rumo do lobão, so dis respeito a ele. Se a qualidade da música dele tivesse caido, ai sim, seria valido discutir toda essa "mudança profunda no modo de ação", mas parece que esse não é o caso.

Não me leve a mau. É que eu ja estou cançado de textos polemicos e acabei criando uma defesa natural. Ja percebeu que a maioria dos blogs de música (que se dizem ser), estão saturados de textos do tipo "Los Hermanos é Erasmo Carlo", "indie é modismo sim", ou ate mesmo "lobão traidor" e poucos falando realmente sobre música? Chega um hora que cansa.

Ha! Eu sou baterista e para um baterista é realmente trabalhoso mudar das distorções pro acustico (Ou será que é so pra mim?). Por isso achei que seria trabalhoso pra ele adapitar a música dele pro formato acustico.

Tiago C. Alves · Santa Luzia, MG 3/4/2007 16:42
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Andre  Intruso
 

Raul Seixas ja dizia que se vc quer viver com rato de rato voce tem que transar...e de Lobo tbem!!
Eu so sei que sera um grande disco e que essa atitude do Lobao nao apaga o grande musico e compositor que ele é.
Em tempos de apagao cultural, como diria o outro baiano Marcelo Nova, nada melhor do que que sabe compor e faz um som honesto!

Andre Intruso · Jaboatão dos Guararapes, PE 3/4/2007 19:47
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Bruno Rabelo
 

Lobo esperto. Sabe que essas entrevistas repercutem.

Bruno Rabelo · Ananindeua, PA 3/4/2007 20:42
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