Conversei com Iuri Rubim, da Secretaria de Cultura da Bahia, hoje a tarde e descobri que o objetivo final do “Encontro de Cultura Colaborativa†é a criação do Plano Estadual de Cultura Livre. Interessante a iniciativa, espera-se que não seja apenas mais um dos vários fóruns de debates que marca o inÃcio de um novo governo e perca-se, posteriormente, na burocracia estatal.
O evento acontece em paralelo no Sesc Piatã (restrito a convidados) e no Teatro Gregório de Mattos, aberto ao público. Por falar em público, este não compareceu. Cerca de 15 pessoas integraram os debates do primeiro dia (para aqueles não convidados ao evento oficial) e o papo foi sobre “Licenças, Generosidade Intelectual e Pensamento Livreâ€. (veja aqui os participantes)
Devido ao (baixo) número, a discussão ganhou uma nova roupagem. No lugar dos tradicionais data-shows, palestrantes distantes do público, uma roda foi composta e os conhecimentos puderam ocorrer livremente e as intervenções também.
O fato positivo é que mesmo em pequena quantidade, qualitativamente o diálogo está bem representado: músicos, filósofo, pesquisadores, acadêmicos, advogados, fotógrafo e amigos refletindo sobre a temática proposta.
Em resumo, resgatou-se a história da formação do conceito de propriedade intelectual e direitos do autor que teve inÃcio no século XVII no ocidente. Com a indústria cultural este processo tornou-se mais predatório e escroto tanto para os autores que depende da indústria para publicar suas criações e o público que, mediante, pagamento, e só assim, poderá ter contato com a obra. O que por si só explica os motivos da pirataria e fica como dica para os que defendem o fim de tal prática de acesso ao conhecimento/lazer/cultura:
o primeiro passo para acabar com a pirataria é criar alternativa de compra e relacionamento para os mercados consumidores.
Foi consensual que a própria indústria cultural não aproveita a potencialidade que a internet pode proporcionar, inclusive as empresas culturais. Além disso, foram comentados alguns exemplos de licenças e o seu funcionamento (Creative Commons) que possuem valor jurÃdico, não tratando-se apenas de uma questão alternativa ao Copyright, exemplos de comunidades eletrônicas livres, tanto de produção/publicação e acesso (Overmundo) e por fim, um desafio fora lançado tanto aos artistas que precisam enxergar as novas tecnologias como mecanismos de potência para sua “arte†e aos usuários da rede cabe criar novas dinâmicas de pensamento, desenvolvimento e apropriação da Web, preferencialmente com qualidade, coletivamente e o melhor, livre.
Amanhã os assuntos serão “Produção de Conteúdo: Software Livre e Software Proprietário†e “PolÃticas Públicas para Cultura Digital e Acesso ao Ciberespaçoâ€. Começando as 14h, no Teatro Gregório de Mattos. De grátis!
Teatro Gregório de Mattos
Praça Castro Alves, s/nº - Centro
Salvador - Bahia
71 3322-2646
Yuri, muito importante esta informação que você colocou. Estarei reproduzindo na Ãntegra em outros espaços também.
Alê Barreto · Rio de Janeiro, RJ 17/6/2007 12:46
Assunto similar: no próximo dia 20 o Goethe-Institut Salvador e a Universidade Federal da Bahia promovem o ciclo de debates CIBERCULTURA REMIX – CULTURA LIVRE NO SÉCULO XXI. Mais infos:
http://itaulab.blogspot.com/2007/06/salvador-or-bust.html
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