O homem sempre foi um ser por natureza gregário e revolucionário.
Com o primeiro qualificativo, talvez todos concordem. Não persiste uma existência sem outra que lhe sirva de testemunha. O homem, em outras palavras, nasceu para presenciar a aventura dos seus iguais. “;;;;O homem é um animal social “;;;; já formulavam os antigos. Não há como se isolar um ser humano dos demais sem destitui-lo de sua essência, qual seja, a sua racionalidade. Não existe , pois, idéia sem que haja uma outra que a contradiga. Nesse ponto Hegel guardava largos méritos. O homem, resumindo, só adota tal elemento descritivo enquanto parte de um todo (mais, ou menos, heterogêneo, mas sempre untado por suas próprias particularidades ).
Por outro lado, o homem vivencia em sociedade uma crescente atualização dos meios materiais disponÃveis para subjugar a natureza, dos quais também faz uso no intento de submeter seus pares. Assim, se de um lado fenece o meio ambiente, também se estruturam mecanismos de dominação cada dia mais vis e que vão de encontro justamente à idéia utópica de convivência societária harmônica e paritária.
Ora, uma vez que a convivência se impõe por sua própria primazia e caráter necessário, é mister que se ajuste a nossa atual realidade de sujeição e servilismo, a uma nova cultura ( ou mais antiga ) revolucionária.
Não compreendamos, todavia, revolução como a tendência à consumação de uma nova ordem através das armas e de meios violentos. Não é o caso. Até porque a própria dominação tem seus alicerces em ideologias muito bem urdidas e estratagemas econômicos, cujo esmero e cuidado disciplinar tornam qualquer ofensiva um acinte à própria noção de ente social e de unidade.
É preciso, outrossim, passarmos, de uma formação baseada na hierarquia impenetrável dos poderes, para uma cultura de movimentos. Entende-se cultura de movimento como a generalizada articulação de entes e entidades da sociedade civil em torno de causas que induzam a formulação de um renovado “;;;; status quo “;;;; naquilo que este lhes parecer injusto e anacrônico.
Não nos apeguemos, porém, por demais, ao conceito. Existe movimento quando determinada comunidade ribeirinha defende-se do descaso estatal e monta uma cooperativa de pescadores. Existe movimento quando uma equipe de jornalistas se utiliza de meios, ainda que eticamente questionáveis, para veicular um abuso de poder ou um tráfico de influências. Há movimento quando a opinião popular deflagra o fim de uma programação e o inÃcio de outra. Há, enfim, inúmeros exemplos de culturas de movimento. Estas fazem parte da própria dinâmica do todo social e são, em última análise, a sua melhor forma de expressão. Todas as formulações advindas do poder dominante são no sentido de mistificá-las e desacreditá-las. Ou na direção oposta, cooptá-las.
É importante ressaltarmos que os movimentos não devem possuir, grosso modo, vÃnculos de intimidade ou parasitários com o poder como autoridade constituÃda. Este não deve compor seus objetivos, muito embora nada impeça que, como cidadãos, uma parcela dos seus membros concorram e façam parte integrante do Estado como dirigentes ou legisladores, desde que o poder, em si mesmo, não lhes seja um mérito mas apenas uma ferramenta. Os cidadãos devem, então, agregar valor à s instituições legalmente constituÃdas, e nunca deixar perderem-se no caminho a sua própria identidade e os laços com as forças que os motivaram inicialmente.
Cultura de movimento é, por assim dizer, a negação do poder como o reconhecemos nos nossos dias. Um poder corporativo, muitas vezes autoritário, e não raro, corrompido. O principal, entretanto, é tratar-se de um poder defasado em relação aos movimentos sociais, dos quais seus integrantes muitas vezes nem fizeram parte, mas utilizaram, à sua maneira, como degrau de sustentação.
Uma cultura de movimento, em certa medida, colocaria em pauta as contradições do próprio organismo social e a sua superação. Culminando, à maneira do velho Marx, na supressão das desigualdades de classe ou, por outra formulação, mais direta, no fim do Estado e criação do paraÃso na Terra. Na nossa visão, a utopia de uma sociedade engajada em sua totalidade continuaria parte de concepções religiosas ou filosóficas. O que terÃamos seriam núcleos esparsos de cidadania, dentro de uma sociedade politicamente madura. O que ensejaria um enriquecimento do conceito de nação, em detrimento da concepção de Estado, em poucas linhas, um Estado culturalmente mais humanizado.
Tudo isso, contudo, depende de uma única e absoluta palavra: educação. Educação que não se restringe aos bancos escolares, mas uma educação para a vida. Nesse ponto em particular, os exemplos que vêm da nossa conjuntura histórica são desestimuladores. A supremacia do mais forte sobre o mais fraco parece refutar qualquer idealização de uma cultura de movimentos. Cabe à s mÃdias difundir as iniciativas positivas do Brasil que se movimenta e consegue bons resultados. Cabe a todos os brasileiros perseguir um ideal aglutinador já explÃcito na doutrina do Cristo e racionalmente elaborado no imaginário marxista.
Marcos,
Lendo seu texto lembrei-me imediatamente de uma frase de MV Bill contrapondo-se aos que cobravam de sua parte um engajamento maior no "movimento negro'. Ele respondeu mais ou menos:
mais que fazer parte do Movimento Negro quero ser um "negro em movimento".
Vocie conhece o projeto de educação da Escola da Ponte de José Pacheco?
Sobre movimento recomendo também o livro A Natureza das Economias de Jane Jacobs recentemente falecida, autora do clássico Morte e vida das Grandes Cidades.
Abraço!
muito bem colocado, Egeu. pertencer a um movimento não tolhe a faculdade de ser o próprio movimento, ou seja, o movimento é um passo gigantesco no sentido "sócio-motor" mas não esgota , em si mesmo, a participação, o engajamento e a construção de perspectivas individuais. primeiro há se estar em permanente movimento para a partir daÃ, juntar-se, agregar-se em movimentos "macro-polÃticos". cada ser humano é um referencial a ser respeitado enquanto potencial de propagação de idéias, ações e atitudes. onde fica a escola da ponte? nunca ouvi nada sobre ela,
se você quiser me informar...sobre o livro, também não o li, mas tentarei fazê-lo assim que possÃvel. obrigado pelo comentário tão pertinente.
abraço,
Ótimas colocações e apenas um reparo: A frase atribuÃda ao MV Bill é de domÃnio público. Alguém a cunhou sabe lá quando, talvez ali pelos anos 70, nem sei sei se aqui no Brasil ou na América. É uma tirada ótima para ocasiões como a que o MV enfrentou.
SpÃrito Santo · Rio de Janeiro, RJ 11/2/2007 22:30
obrigado, pelo comentário e pela informação.
abraço,
Muito bom, Marcos!!!
Jesus e Marx, a ideologia perfeita!!!!
Parabéns!!!
obrigado, Osvaldo.
grande abraço,
Marcos,
Clica nos links que já deixei no meu comentário. Tem subsÃdios tanto para o livro da Jane Jacobs quanto para a Escola da Ponte.
Abraço!
Marcos,
Uma correçãozinha: o titulo repetido na matéria acho que é desnecessário, posto que parece em destaque.
abraços!
Uma outra besteirinha: valia a pena uma linha em branco entre alguns parágrafos pra arejar a matéria...
Egeu Laus · Rio de Janeiro, RJ 12/2/2007 14:56
obrigado, Egeu. sobre o livro: me parece muito fucional comparar a economia com a natureza. por mais que me esforce não consigo ver de modo natural as desigualdades sociais. bem, não li o livro ainda, de maneira que posso estar a me precipitar.
sobre a escola: me parece curioso dar à crianças uma autonomia além do direito de serem crianças, de agirem como crianças. penso que as crianças possuem até maturidade para tanto, umas mais outras menos, mas acho que uma aprendizagem que parta deste postulado, a criança como alvo de direitos e deveres, mesmo respeitando-se as devidas proporções, é complicado numa sociedade que não ratifica tais comportamentos. a nossa sociedade tende a excluir mais do que incluir, e haveria certamente um inegável descompasso entre o aprendizado escolar inclusivo e as normas costumeiras vigentes na sociedade. em paÃses com menor grau de desenvolvimento(em relação a Portugal) essa dicotomia entre as expectativas da famÃlia, amparadas nos valores da sociedade, e uma educação dessa natureza torna-se alarmante e projeta um prazo efêmero à s entidades com fins análogos à escola da ponte. o que mais me chamou a atenção, entretanto, foi a questão da participação do pais como um conselho exemplar e significativo. isso ocorre também no Brasil de um tempo para cá, embora não de maneira igual, mas nem por isso menos importante.
penso que a colaboração crianças/mestres/famÃlia é fundamental para o processo de aprendizado de vida dos pequenos cidadãos.
seria péssimo um pai tendo de corrigir uma conduta do filho fruto da assimilação de conteúdos apresentados na escola. assim sendo, concluo que uma escola como a escola da ponte em paÃses de terceiro mundo ainda encontra-se longe da realidade( embora deva ser objetivo primevo dos movimentos sociais mudar esta realidade ). uma realidade que privilegia a exclusão social. um expoente nesse sentido é Paulo Freire quando afirma que os homens se educam entre si , mediados pelo mundo. o mundo tem de criar os alicerces necessários à intituições dessa natureza, e ainda acho que estamos caminhando nessa direção.
muitÃssimo obrigado pelos links e pela ajuda,
grande abraço,
Jane Jacobs e' maravilhosa. Leia que voce vai gostar.
Procure mais também sobre a Escola da Ponte. Há uma escola em São Paulo que pretende implantar o projeto.
José Pacheco vem sempre ao Brasil.
Jane Jacobs e' maravilhosa. Leia que voce vai gostar.
Procure mais também sobre a Escola da Ponte. Há uma escola em São Paulo que pretende implantar o projeto.
José Pacheco vem sempre ao Brasil.
vou fazer isso, Egeu.
abraço,
Caro Marcos.
Muito bacana o texto e o seu pensamento também, em outro post aqui no Overmundo eu também escrevo sobre o engajamento das pessoas, mas faço mais por aqui sobre todos nós que escrevemos por aqui.
E justamente você esta com seu texto falando sobre o que eu pedia, na hora exata com palavras e escritas simples e ao mesmo tempo profundo atingindo a todos que as lê.
Se quiser dar uma lida no texto que coloquei segue o link POr um Overmundo mais Politizado
Um abraço caro amigo.
higor,
já li e comentei seu texto. gostei muito e acho que pensamos parecido. deixei lá o endereço do meu blog , se você quiser
publicar lá qualquer forma de explicitação maior do seu
pensamento , fique a vontade( basta manifestar esse intuito num
dos espaços para comentários e entraremos em contato, penso
ser muito interessante a união , através de qualquer meio, de
opiniões convergentes).
forte abraço,
O homem é um animal que institucionalizou o coletivo, reprimiu o revolucionário, tornou-se uma pandemia cancerÃgena e hoje se encontra em processo de metástase. O animal homem natural não mais existe, perdeu-se entre sombras e duplos...
O movimento pode ser uma ponte para cooperar na construção do novo... Um resgate... Acredito!
Agradecido, José
também acredito!!!
obrigado, josé.
abraço,
Bom argumento. Os costumes que ficam parados tornam-se presa fácil para grupos nacionalistas, que os apropriam e os transformam em "tradições" nacionais.
Kuja · São Paulo, SP 14/2/2007 12:31
E não basta apenas "fazer parte do movimento" (qualquer q seja)... Vejo isso a toda hora: muitos dos q fazem parte de movimentos/partidos/manifestações ainda não se "revolucionaram" e continuam repetindo os mesmos vÃcios q combatem. A combinação Jesus + Marx é explosiva! O primeiro eu vejo como um revolucionário do espÃrito, q nos fala q tudo a nossa volta é ilusão, q quanto mais apego tivermos ao material é pior e q temos q nos preparar pra existência depois da morte... E o segundo é o critico da realidade, q pode ser adorado ou odiado mas nunca ignorado pq fala sobre a dominação do capital. Lembrei agora de ter lido em algum lugar q Marx imaginou um capitalismo "humanitário", ou seja, chegaria uma época na história em q o próprio sistema seria responsável pela inclusão social, o sistema não teria mais pra onde se expandir e colocaria os excluidos no mercado de consumo... Infelizmente não dá pra esperar!
A educação hoje não está nem 0,00001% do ideal... Os desafios pras almas q nascem hoje são inacreditáveis: desde a infância bombardeados com a cultura da posse, do "eu tenho você não tem". Crescem iludidos e ficam viciados na "satisfação do agora" sem medir a consequencia dos atos, colecionando de tudo: coisas e pessoas. Uma grande corrida para ser melhor nos olhos dos outros: a beleza, a fama, a influência... Não basta mais viver em sociedade, é preciso ter toda a sociedade em sua função!
Sim, a educação tem q falar de consumo, questionar a cultura materialista q destrói. Entende como "educação para a vida" isso: saber do passado, saber fazer contas (o primeiro passaporte pro maravilhoso mundinho do capital), preservar e não destruir ainda mais nosso planetinha, e falar do CONCRETO e do ESPIRITUAL. O concreto é isso q tá aÃ: uma sociedade q não se entende, q estimula o consumo desenfredo e depois reclama quando um moleque de rua leva na mão grande seus tênis importado, q se vicia e depois reclama da violência patrocinada por ela própria... Q grita contra a corrupção politica mas paga a cafezinho do "poliça"... Mas aqui não é lugar de felicidade e sim de provações... E aà entra a educação espiritual, não confundir com religiosa... Se fossem difundidas idéias de q o material não importa, a não ser a evolução do espirito acho q a realidade seria diferente... Pessoas conscientes de seus atos, encarando o outro como célula de DEUS. E ao mesmo tempo exigindo melhores condições de vida!
Muito feliz a união de Jesus e Marx, sem levar em consideração o q meus irmãos humanos fizeram com suas idéias depois, e sim consideram a mensagem básica: exigir um mundo melhor hoje mas não esquecer q tudo é passageiro, e q ainda temos q fazer a grande travessia...
kuja, obrigado pelo comentário. concordo com sua colocação.
LG, é uma pena realmente que muitos ainda não se "revolucionaram" embora façam parte de um movimento. mas
eu prefiro a companhia daqueles que procuram movimentar-se, internamente, para a partir daà , corroborar suas ações e atitudes
no mundo externo.penso muito parecido com você, a dualidade
concreto/espiritual tende a ser suprimida, e é útil apenas no
sentido de uma busca pela unidade espiritual.( ver meus comentários acima ). convido você a ler minha poesia do banco de cultura "sonâmbulos" que leva as coisas bem pra esses seus exemplos supra-citados.( procure pela tag marcos). também convido você a visitar meu blog:
http://venezadebrasileiros.blogspot.com
( e não deixe de ver o espaço de vÃdeos)
obrigado pelo comentário tão pertinente.
abraço a ambos,
Marcos, li sua poesia e é exatamente isso: muitos dos q roubam hoje foram roubados ontem. Mas infelizmente só é considerado roubo o q é material. Educação, saúde, felicidade, futuro? Nada tem valor diante de um relógio... Isso me fez lembrar o caso do menino João Hélio, assassinado por 5 jovens aqui no Rio... Tb caà no erro de chamá-los de "animais sem coração", "desumanos", mas não... Eles tem coração sim, são humanos sim, já amaram, amam e vão amar sim, são carinhosos sim... São iguais a todos nós, mas com um item adicional: aprenderam a desvalorivar a vida humana, só isso...
E isso já é o bastante pra matar de forma cruel qualquer pessoa em troca de um bem de consumo, dinheiro... Fazem o q eu, vc e todos do OVERMUNDO (assim espero...) não seriam capazes de fazer: trocar "vida" por "coisa". Seria mais fácil q fossem bestas humanas (coisas), mas são vidas (vidas)... E a pergunta q não quer calar: “Como eles aprenderam a desvalorizar a vida? Será q algum ET, espÃrito ou santo baixou na Terra e transmitiu a eles essas pérolas do materialismo?†Não, eles apenas observaram...
Escutaram, aprenderam e ensinaram as mensagens q são repetidas a toda hora: “Dinheiro vale mais q a vida†A frase é simples e pode ser encontrada em todo lugar... Se não tivéssemos faltado essa aula, hoje estarÃamos na mesma condição deles e de milhões de outras vidas. Mas não... Alguma coisa deu errado e não passamos na prova... Talvez destino, ou quem sabe EDUCAÇÃO?
Tb te convido a entrar na minha pg e baixar a musica “PAZ, SAÚDE E LIBERDADEâ€, ela fala ou pouco disso tudo.
O bom é q estamos usando esse espaço pra pensar, acho q a maioria dos Overmanos tem alguma simpatia com idéias socialistas/comunistas/anárquicas e são as suas filosofias básicas q podem nos ajudar nesse momento. Compartilhar experiências, idéias, criatividades (Olha o Creative Commons aà gente!!!) são o começo, e mesmo q não revolucionem tudo da noite pro dia, já nos “revolucionaramâ€.
Olá!!
Sobre educação faço minhas as palavras e indagações que segue para reflexão:
Grato, José
Rubem Alves: “os corruptos são homens que passaram pelas escolas, são portadores de muitos saberes. Tendo tantos saberes, o que lhes falta? Falta-lhes compaixãoâ€.
Pablo Neruda:"Por que ensina o professor
a geografia da morte? (Livro das Perguntas)"
"A sociedade brasileira é uma fábrica de bandidos, desde o corrupto do Congresso até menores que arrastam crianças no carro."
Palavras de Cristovam Buarque no site do Noblat
http://oglobo.globo.com/pais/noblat/#48397
salvo engano eu já baixei sua música LG, na fila de edição ou de votação, coincidência ou não, gostei muito dela.( é tipo um hip hop ou algo parecido) deve ter um comentário meu nela.
quanto a corrupção: josé colocou muito bem, falta compaixão,
mas falta também educação que leva inevitavelmente ao fenômeno
do interesse pelo próximo, pela comunidade e pelo mundo.
falta uma consciência de unidade social , de justiça social,
das leis de newton: a toda ação corresponde uma reação em
sentido contrário. há enfim ausência de uma visão do todo social
como formado não só pelos que ganham dinheiro mas principalmente pelos que fazem dinheiro com seu suor, trabalho
e sangue. acho que muitos pensam ainda estarem nos tempos
da escravidão, onde os seres eram comparados a coisas, transitavam como bens comerciais e eram domesticados como
animais. falta-nos principalmente nos movimentar: a arte é um
grande promotor de transformação, temos que alojá-la nos
corações dos seres, temos de partir para uma cultura de movimentos.
abraço LG e José,
obrigado pelo comentário,
Nos horizontes do mundo
Nos movimentos do mundo
cada um tem seu momento
todos têm um pensamento
de vencer a solidão
e quem pensar um minuto
saberá tudo dos ventos
e se tiver sentimento
estenderá sua mão
Nos movimentos do mundo
quem não teve um sofrimento
e não guardou na lembrança
os restos de uma paixão
coração, recolha tudo
essas coisas são do mundo
só não guarde mais o medo
de viver a vida, não
Nos movimentos do mundo
requerer perdas e danos
é abrigar desenganos
sem amor e sem perdão
nos horizontes do mundo
não haverá movimento
se o botão do sentimento
não abrir no coração
Paulinho da Viola
assino embaixo!!!
obrigado pelo adendo!!
abraço, Egeu.
Grande texto! Sem duvidas só conseguiremos romper as correntes da dominação através da mobilização social em movimentos reacionários, e sobretudo humanitários em sua concepção ideológica. Me agrada imensamente a utilização de Cristo associado a Marx. Cristo corporifica para mim o aspecto da revolução pessoal, do engajamento absoluto a despeito das pressões da realidade corrompida. E nisso consiste o movimento para mim. Valeu Marcos!
Pedro Vianna · Belém, PA 15/2/2007 09:33
obrigado, pedro. muito obrigado pelo comentário!!
abraço,
Rapaz, você disse tudo aquilo que sempre quis dizer e não sabia como colocar no papel! Paráqbens!!!
Zéduardo Calegari Paulino · Campo Grande, MS 15/2/2007 12:26
agora só falta colocarmos em prática!!(o que é mais complicado )
abraço e obrigado pelo comentário!!
É a pratica é bem mais ardua, mas com este pouco que começamos fazeno já cabe a indagar os que leram seu texto e ficaram pronto a querer ler mais a respeito, rumbora amigo...
Tem mais prosa desta para fazermos...
vambora sacudir as estruturas!!!
valeu a força!!
abs.
Sei não se a prática é mais árduá que este deserto de inanição que vários de nós outros brasileiros estão. Tão mais fácil e bela é a ação!
Zéduardo Calegari Paulino · Campo Grande, MS 15/2/2007 17:08
então vamos agir, de acordo com nossas possibilidades!!
abraço,
Gostei do texto, Marcos!
Você coloca uma questão bastante interessante, que é o anacronismo entre os movimentos sociais e a sociedade. Ao meu ver muitos destes movimentos defendem causas e lutam por objetivos que interessam única e exclusivamente à eles. Algumas/ns causas/movimentos deveriam ser repensadas/os para que obtivessem com maior êxito a participação e conscientização de todos da sociedade.
Um abraço.
concordo contigo,alguns movimentos se comprometem consigo mesmos mais do que com a sociedade. cabe, entretanto, a cada um de nós fazermos nossa parte. esse anacronismo deve ser policiado e questionado, mas não é hora mais de pensar apenas mas agir!!!repensar os movimentos e se possÃvel criar outros!!! uma sociedade saudável é aquela que se movimente e não estagna em si mesma e nos seus gerentes. temos que aperfeiçoar o que já existe e contribuir para uma reflexão mais global, criando novas saÃdas e novos parâmetros para a sociedade. O voto não esgota a cidadania!!
abraços e obrigado!!
Gostei do Cultura de movimento! Só substituiria o nome "Marx" por "Proudhon", pois ele era verdadeiramente libertário em suas idéias, revolucionário pacifista e um idealizador em Movimento. http://pt.wikipedia.org/wiki/Pierre-Joseph_Proudhon
concordo, a educação tem que ser mais do que um plano secundario,tem que ser revolucionariamente eficaz!!!
abç.
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