Há dois tipos de cultura que geram tipos de riquezas importantes: a cultura do cultivo da terra, que garante a nossa alimentação; e a cultura do cultivo do espÃrito, através da arte, que nos humaniza. Esta última também pode, juntamente com a agricultura, principalmente a familiar, se devidamente estimulada nesta perspectiva, ajudar a criar os milhões de empregos de que tanto precisamos.
Alguns exemplos apontam para isso, como o que foi citado pelo produtor cultural “Zé da Flautaâ€, no Fórum do Forró – edição 2004, em Aracaju. Contou a história de um disco de forró que ele produziu e que passou dez anos encalhado. Levado para os Estados Unidos por um americano que esteve de passagem por Recife, tornou-se um sucesso de vendas, sendo, inclusive, indicado para o Grammy, o “Oscar†da música.
Utilizando a história como um bom exemplo de como nossa cultura pode ser um bom produto para exportação, Zé da Flauta lembrou que, se o Presidente LuÃs Inácio Lula da Silva e sua equipe econômica estivessem atentos a isso, teriam levado um pacote cheio de discos de diversos estilos para presentear os chineses.
“A população da China é de um bilhão e trezentos milhões de habitantes. Imagine se o nosso forró cair no gosto de 10% dos chineses? O quanto não venderemos de discos naquele paÃs?†— perguntou Zé da Flauta para a platéia.
As perspectivas não são apenas boas para o mercado externo, mas dentro de nosso paÃs, como lembrou o ministro Gilberto Gil, durante discurso na Câmara dos Deputados: “No Brasil a cultura movimenta muito mais do que 1% do PIB. Apenas na cidade do Rio de Janeiro, para dar um exemplo, as atividades culturais são responsáveis por 7% do PIB, empregam diretamente 600 mil reais e geram nada menos que 2 bilhões de reais apenas em impostos municipais. Um trabalho recente feito pela UFRJ mostra que cada 1 real investido pelo poder público em cinema gera mais três reais para a economia localâ€.
Aqui em Sergipe, um jornal local publicou em junho de 2004 alguns dados interessantes referentes à quantidade de empregos que são gerados pelos 64 grupos que integram a Liga das Quadrilhas Juninas do Estado de Sergipe. Segundo a reportagem, de março até a primeira semana de julho, são gerados quase mil empregos para músicos, cantores, costureiras, maquiadoras, estilistas e muitos outros profissionais.
No entanto, faltam estudos mais completos que incluam toda a cadeia produtiva do forró. Outras capitais brasileiras já realizaram e/ou estão realizando estudos semelhantes. No caso de Recife, foi realizado estudo sobre a cadeia produtiva da música. O Rio de Janeiro, além da pesquisa citada, realizou uma outra, mais especifÃca, sobre o impacto econômico e social do carnaval carioca.
Na mesa temática sobre cultura, no Congresso da Cidade de Aracaju, em 2003, foi apresentada uma sugestão para que a Funcaju, em parceria com o Sebrae e as universidades, fizesse estudos semelhantes, focalizando inicialmente o PRECAJU e o FORROCAJU, para servir de estÃmulo no aumento dos investimentos destinados para a área cultural por parte dos órgãos públicos, da iniciativa privada e do terceiro setor, mas nada até agora foi realizado neste sentido.
No Fórum do Forró, edição 2004, sugerimos que um dos temas a ser apresentado no ano de 2005 fosse a economia do forró, ou na falta de um estudo mais especifico, uma proposta mais abrangente como a pesquisa do Recife sobre a economia da música.
Mas além destes aspectos econômicos, nunca é demais lembrar que a cultura pode contribuir para a nossa saúde, bem estar e felicidade. O problema é expressar essas contribuições por meios que sejam claros, demonstráveis e que contribuam para fazer o máximo possÃvel de cultura e atividade criativa.
O texto “Democracia e o apoio oficial à culturaâ€, disponÃvel no site www.culturaemercado.com.br, mostra a preocupação de alguns intelectuais europeus com esta questão. François Matarasso, por exemplo, não procura negar, mas acrescentar outros aspectos para a avaliação de um projeto artÃstico que vão além do Ãndice no PIB nacional. Saúde, bem-estar, estabilidade, desenvolvimento e felicidade da sociedade britânica são aspectos que, para esse escritor, estariam acima da economia e que a arte poderia influenciar fortemente. Em outras palavras, ao invés do aspecto econômico, o foco é sobre o social.
Em nossa opinião, nenhum aspecto deve deixar de ser levado em conta. Aquilo que for possÃvel quantificar, mensurar, deve ser comprovado. Já as questões subjetivas, que sejam apresentadas através de depoimento pessoal, estudos de caso ou outros meios que as ciências sociais conhecem muito bem.
Quem sabe, com isso consigamos convencer os executivos a ampliar os recursos orçamentários, como também os lÃderes de movimentos sociais, entidades de representação e ONGs para incluÃrem em suas pautas de reivindicações, além de um orçamento digno para a cultura, a participação popular e o controle social, através da convocação de uma Conferência de Cultura e da instalação do Conselho de Cultura.
Necessária também é uma descentralização para facilitar a democratização e o acesso aos meios de criação cultural por parte daqueles que moram em locais mais distantes dos equipamentos culturais, que em sua grande maioria, se concentram nas áreas centrais e nas zonas com populações de alto poder aquisitivo.
Eis uma tarefa urgente para os intelectuais ligados às universidades, às ONGs e aos militantes sociais, considerando que temos prefeitos assumindo em 2009 e disputa para os governos estaduais e mandato do Presidente da República em 2010.
P.S.
Caros (as) over_manos e minas,
Os motivos que nos levaram a reeditar o artigo acima, originalmente publicado no jornal cinform, edição 1130 de 06 a 12 de dezembro de 2004, com o titulo “Cultura para quem precisa de emprego, paz, auto-estima, alegria e saúde†são os seguintes:
A crise nas bolsas de valores, tendo como uma de suas conseqüências na economia real, o agravamento dos Ãndices de desemprego. Diante desse fato, como ampliar as possibilidades do mercado cultural, em especial através dos novos modelos de negócios, para criar mais oportunidades de geração de trabalho e renda?
A necessidade de ampliar e divulgar os estudos e pesquisas que comprovam o argumento de que os investimentos em cultura, melhoram e muuuuuito a qualidade do ensino público, da saúde pública, da segurança pública etc...
E por último a feliz iniciativa do Ministério da Cultura em parceria com o Ministério da Educação, que anunciaram recentemente o edital Pro-Cultura para financiar pesquisas acadêmicas que atende aos reclamos de muitos atores sociais e/ou culturais desde já há algum tempo.
Edital PRÓ-CULTURA Capes/MinC - apoio à pesquisa em cultura
Inscrições até 31 de março de 2009
O Edital nº 7/2008 - Capes/MinC - faz parte do Programa Pró-Cultura e irá conceder 48 bolsas de ensino para estudantes de mestrado (stricto sensu) e para pesquisas na área cultural.
O programa é fruto de um trabalho conjunto entre a Secretaria de PolÃticas Culturais do Ministério da Cultura (SPC/MinC) e a Capes e visa fomentar a pesquisa universitária, bem como o aperfeiçoamento e a formação de pessoal de nÃvel superior em Cultura. O valor das bolsas a serem concedidas é de R$ 1.200,00, cada uma.
As inscrições estão abertas até 31 de março de 2009 e deverão ser feitas por instituições de ensino superior.
A divulgação dos selecionados será realizada a partir de abril de 2009.
As áreas temáticas da Cultura prioritárias para o desenvolvimento das pesquisas são: Cultura, Arte e Novas Tecnologias; Cultura, Manifestações ArtÃsticas e Conhecimentos Tradicionais; Cultura, Memória e Patrimônio; Cultura Populações e Territórios; Cultura, Cidadania e Inclusão Social; Cultura, Estado, Legislação da área de Cultura e PolÃticas Públicas; Cultura, Economia e Desenvolvimento; e Cultura, Globalização e Diversidade.
A preferência para a seleção dos bolsistas, conforme o edital, será dada a projetos que promovam o diálogo e a interação das pesquisas com os conhecimentos da cultura tradicional do paÃs; promovam a articulação das universidades com empresas; realizem a apresentação de conteúdos em formatos audiovisual e/ou digital; façam a divulgação dos resultados em seminários, oficinas e eventos culturais, entre outros aspectos.
Conheça o edital:
Edital PRÓ-CULTURA Capes/MinC
Mais informações:
CAPES - Coordenação de Programas de Indução e Inovação - CII
E-mail: cii@capes.gov.br
Telefone: (61) 2104-8944
Secretaria de PolÃticas Culturais
E-mail: pablo.martins@cultura.gov.br
Telefone: (61) 3316-2358
Zezito de Oliveira · Aracaju (SE)
Cultura para quem precisa de cultura.
Todos precisamos de cultura e vocés tem feito um Trabalho de usar a culktura como instrumento de elevacáo e de libertacáo do Povo de conformidade com seus costumes e tradicóes.
Um Trabalho Gracioso e agradável de ver e de participar incorporando com a nossa gente.
O Gonzagáo cada vez mais se torna náo só um poderoso Polo de Desenvolvimento Cultural mas, também uma espera'ca de formar a consciéncia para a fraternidade e o respeito mútuo aos direitos de todos no desfrute dos bens que todos criam com o trabalho. Náo pode ter cidadáo abandonado nas suas dificuldades, somos todos irmáos, filhos da mesma Nacáo.
Parabéns.
Abracáo Amigo
Parabéns
Abracáo Amigo
E vamos continuar neste desafio. A Arte é alimento para o EspÃrito. Através da arte nos humanizamos e com certeza só assim teremos um mundo mais equilibrado.
Luz e Paz. jbconrado.
Estamos juntos nessa luta. obg pelas informações...
Maris Stella · Vitória da Conquista, BA 3/12/2008 16:39
extraordinária iniciativa, estou com você, parabéns.
votado.
Estou contigo.
Aliás, que é cultura?
Boa pergunta.
Zezito, essa matéria é da mais alta importância. Concordo plenamente com vc que o investimento em cultura melhoraria em muuuuito o ensino público, campo que me diz respeito. No curso de Pedagogia em que atuo, numa Universidade Pública, já temos consciência disso em relação à formação de professores, tanto que incluÃmos no currÃculo a disciplina Atividades Culturais que percorre os seis últimos semestres do Curso. O objetivo é incentivar os alunos (futuros professores) a frequentarem cinema, teatro, espetáculos de dança e música, circo, museus, manifestações de cultura popular etc, etc. Sou uma das professoras responsáveis por essa disciplina e tenho podido constatar o quanto a formação para o magistério se enriquece e fortalece com a parceria da cultura. A dificuldade que temos tido é justamente com a falta de equipamentos culturais que atendam aos alunos que moram longe do centro e da zona sul, onde estão concentrados estes equipamentos. A alternativa que usei com minha turma neste último semestre foi a de me inscrever junto com alunos e alunas na Oficina Musikfabrik, coordenada pelo Spirito Santo. Vc nem imagina a beleza que foi ver os alunos envolvidos na fabricação de instrumentos musicais. Ganharam eles e seus futuros alunos, com toda certeza. Hoje, tivemos uma espécie de fechamento da Oficina com o grupo, comandado pelo Mestre SpÃrito, se apresentando para o público da Uerj. Vc não imagina como fiquei emocionada de vê-los tocando, lindos, livres, leves e soltos, que é o que o envolvimento com a arte e a cultura permite. E como em extasiei em assistir nosso amigo SpÃrito regendo, tocando e cantando junto com a meninada. Uma das alunas me disse ao final: "Professora, nada melhor do que uma injeção de música no sangue pra gente aprender a fazer da sala de aula um espaço onde as crianças posam ser felizes".
Puxa Zezito,eu já estava tão satisfeita, e ainda me deparo aqui com esse presente que é o seu texto. Muito obrigada por me avisar e muito obrigada tb por socializar este Edital do MInc/Capes. A chance de ser contemplada é mÃnima (apenas 16 projetos para todo o Brasil) mas não custa tentar.
Valeu querido. Por favor, da proxima vez que vc vier ao Rio não vai esquecer de me contatar. Temos muitas afinidades e muito pra conversar.
Bj grande
Da Ize
Meu voto e meu aplauso ao projeto meu caro Zezito! De prima a matéria. E viva o pesoal de Sergipe! Parabéns.
raphaelreys · Montes Claros, MG 4/12/2008 04:45
Pois é Zezito, esta é a nossa prática a 35 anos! Vamos ter que manter os "piquetes", insistir, pressionar, aprimorar, criar estratégias... revolucionar para reverter os quadros que não são nada otimistas! Ainda há muita gente se mantendo e não querendo abandonar as atitudes de assistencialismo do pessoal do seu "gueto", métier, parquet com clientalismos, bairrismos, escrotiações e escambaus mais!!! O Gilberto Gil e o Juca Ferreira fizeram e ainda fazem um trabalho de grande fôlego e profundas alcances e ressonâncias sociais...mas, avisemos aos "formigueiros que ainda há muitos tamanduás"..
Abraço e parabéns!!!
O potencial artÃstico-cultural brasileiro como fonte de emprego e renda é incalculável. Da culinária à música erudita, do artesanato de barro à movelaria de madeira, das garrafas de areia colorida à s músicas regionais,... Há um universo a ser explorado. Ainda faltam polÃticas sérias, mas existe muito boa vontade e criatividade.
Marcos Pontes · Eunápolis, BA 4/12/2008 13:35Meu amigo Zezito, grande prêmio este que nos concede. Cultura como inclusão social é um assunto que devemos sempre discutir e não só na academia. Exemplo para se seguir...
Higor Assis · São Paulo, SP 4/12/2008 16:39Sem dúvida nenhuma "as culturas" mencionadas devem ter maior incentivo! Obrigado pelas informações!
Paulo Esdras · Brumado, BA 5/12/2008 10:59É sem dúvida um belo artigo, e uma oportunidade Ãmpar para queles que ainda não compreendem quão grande e importante é o papel de cada um nesse processo de conscientização sócio-polÃtica e cultural, não apenas em nosso Estado, mas em todo o paÃs, para acreditar e fazer acontecer! Parabéns a Zezito e a todos que comungam dos mesmos ideais e/ou buscam dias melhores para toda a "comunidade cultural"!
Maxi Ferreira · Aracaju, SE 5/12/2008 11:46
Zezito
Maravilha de texto
Cultura da terra e cultura de espirito.
Os dois juntos para formar um todo
Bela iniciativa e maravilhoso texto de um universo a ser explorado que pode pode alavancar o processo socio educativo e cultural
e gerar dividendos.
É importante a divulgação.
Parabéns,
bjs
Brilhante,Zezito!
É este o caminho para uma revolução na educação!!!
Não vejo outra saÃda, se quisermos de fato transforma_ações!!!
Eu, como professora, sigo essa linha, apesar da falta de recursos, aliás,basta falar em cultura e educação, que nunca se tem verba!
Mas persistimos certos dos nossos passos em prol dos nossos sonhos!!!Sonhos que não são só nossos,mas de toda a humanidade!
Super parabéns pela iniciativa e pelo grandioso texto!!!
bluebeijinhos
Blue
arte e cultura (além de todos os seus ja muito propalados atributos) tb podem ser vistos como "uma mercadoria" qualquer, quando se trata de comércialização. E por que não ?
Pois que sejam dados valores reais, efetivos e monetários às obras e ensinamentos que advem com as mesmas.Arte e Cultura é arroz com feijão, SIM !
OportunÃssima matéria , Zezito !...
abraço
Cultura para quem precisa de cultura.
Zezito de Oliveira · Aracaju (SE)
Com carinho renovando a mensagem de valorizacáo da Cultura como instrumento de tornar a vida melhor e libertar os humanos da ignoráncia.
Também elogiando a elevacáo do Trabalho feito pelo Amigo Zezito e sua Turma de Guerreiroa do Gonzagáo.
Parabéns e,
Abracáo Amigo
Queridos (as),
Quero deixar registrado o meu agradecimento a todos (as) que postaram os seus comentários a propósito deste artigo, enriquecendo-o com alguns “toques†importantes. Mais adiante responderei a cada um individualmente.
O motivo se deve a correria para fechar alguns projetos, neste final de ano.
Um grande abraço a todos (as).
Meu amigo Zezito
Só hoje pude ler seu postado. Realmente, a cultura como forma de inclusão, de geração de trablaho é muito interessante. Uma iniciativa muito louvável.
Parabéns!
Para não amargar a crise mundial, use cultura nacional
12/12/08
O mundo mudou e veremos nas próximas semanas o desdobrar da crise financeira. É difÃcil dizer se a situação vai melhorar após as inúmeras reuniões dos paÃses ricos, dos emergentes e dos outros.
Também não se sabe se as indefectÃveis profecias dos economistas de sempre serão melhores ou piores que as de hoje. Mas, está claro que a cultura brasileira e o novo ministro da Cultura têm uma oportunidade espetacular de ajudar o Brasil a manter o seu crescimento e, especialmente, o processo de ascensão social de camadas significativas da população.
Por esse motivo, desprezando-se por hipótese todos os elevados benefÃcios que a cultura proporciona ao PaÃs, a classe cultural deveria dar ao novo ministro apoio e suporte para suas ações. E toda a sociedade pode e deve se envolver com essa questão. Quando o ministro vai ao Congresso e aos seus colegas de ministério solicitar reforço de orçamento, está na verdade buscando recursos de investimento, e não autorização para gastar mais. As razões e os números são claros e exuberantes:
Em uma crise sem precedentes nas finanças, no sistema bancário e com as mudanças radicais no clima do planeta, o Brasil tem a riqueza cultural, das artes, da produção artÃstica. É como os economistas chamam os bens, os assets.
As últimas pesquisas do IBGE mostram que a cultura no PaÃs assumiu uma importância de 6% a 7% do PIB. O PIB nacional está hoje em torno de R$ 2,3 trilhões e precisa crescer em torno de R$ 110 bilhões para manter o ritmo, as polÃticas sociais, a confiança no governo e nas suas instituições. Algumas medidas para manter o crescimento podem ser tomadas no âmbito do Ministério da Cultura:
1) Criar fomento regular no mesmo valor da Lei Rouanet. Portanto, abrir editais para que as empresas de produção cultural se candidatem a captar R$ 1 bilhão em 2009 nas áreas de cinema, teatro, dança, museus, artes plásticas, novos valores, pesquisa de linguagem, música, literatura, etc.
2) Desburocratizar os mecanismos de aprovação de projetos na Lei Rouanet (vale lembrar que a Lei Rouanet deu uma contribuição imensa para a formalização do setor. Inúmeros profissionais abriram empresas e hoje operam de maneira regular, pagando seus impostos e sentindo-se cidadãos).
3) Liberar o dinheiro do Mais Cultura para deixar os equipamentos estaduais e municipais em condições de receber os espetáculos e seus patrocÃnios.
4) Ampliar o projeto "Ponto de Cultura" em pelo menos 10% para fomento em regiões com pouco investimento e/ou com dificuldade para receber investimentos da Lei Rouanet.
5) Fomentar as exportações brasileiras no ramo do entretenimento com maior controle da arrecadação de música no exterior, fomentar as exportações do audiovisual, estudar a redução de impostos para exportação e desburocratizar a exportação das artes plásticas.
6) Investir no Patrimônio Histórico e Cultural para incentivar o turismo local e internacional.
7) Investir nos museus do PaÃs para melhor cuidado do acervo e funcionamento aos sábados, domingos e feriados.
8) Reduzir ainda mais a burocracia e os impostos para editoras de livros e gravadoras de CDs e DVDs.
9) Introduzir o mais rapidamente possÃvel o ensino de música nas escolas primárias para a melhoria e aprimoramento do desenvolvimento escolar e, conseqüentemente, da educação no Brasil.
10) Continuar lutando para que o orçamento da cultura chegue a R$ 1 bilhão, para poder implementar e fomentar a polÃtica pública desejada pelo presidente, ministros e governos estaduais.
Estas medidas podem contribuir para um crescimento do PIB da cultura em mais de 5%, dando uma contribuição imediata para a manutenção do crescimento e do PIB nacional. A cultura e a construção civil são dois setores intensivos em mão-de-obra e serviços, permitem contratar trabalhadores com todos os nÃveis de qualificação e gerar renda imediata.
Esta é uma pauta sobre a qual todos nós, lutadores da cultura, lutadores por um Brasil melhor, interessados na promoção social e no bem-estar do povo brasileiro, deverÃamos refletir. Dar apoio ao novo titular da pasta da Cultura é dar apoio ao Brasil, é pensar em soluções no lugar de amargar a crise. É procurar caminhos e trilhá-los. Afinal, como disse Emily Dickinson, a grande poetisa americana, "sem saber quando virá o amanhecer, eu abro todas as portas".
Fonte: Gazeta Mercantil
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