A estréia do filme "Turistas" gerou algum rebuliço na mÃdia, inclusive aqui no Overmundo, que vem muito a calhar para mim, já que me permite tocar num assunto que venho desenvolvendo na cabeça a algum tempo. Para os que estão por fora, Turistas fala sobre um grupo de, pasmem, turistas, que em visita ao Brasil são arrastados da cidade direto para a floresta e sofrem o pão que o diabo amassou. As reações brasileiras mais inflamadas falam em boicote, absurdo, ignorância e toda a sorte de besteiras que cercou o episódio dos Simpsons sobre o Brasil.
Nos sentirmos ofendidos pela representação que recebemos de gringos que mal conhecem nosso paÃs imagino ser uma reação natural. Lembro-me de estar em Londres e dar uma aula de geografia a uma alemã que disse: "ah, mas a maior parte é floresta, né?". Dias depois quase explodi quando o dono da casa em que estava hospedado perguntou "mas onde vocês conseguem o café?" ao saber que essa era a bebida nacional - O que eu não havia entendido, e a mulher do sujeito acabou falando para me acalmar, era que ele estava brincando, era uma piada, meus caros.
E no caso especÃfico dos Simpsons é justamente isso. A revolta infantil apresentada diante do famigerado episódio dá a impressão de que essas pessoas jamais assistiram um episódio sequer - parecem estar cometendo o erro do qual acusam os roteiristas: ignorância. E mesmo que conheçam os Simpsons, obviamente o estão cometendo. Ou alguém realmente acha que a Austrália, a China, o Japão, a França, a Inglaterra, o México, ou até mesmo os Estados Unidos são da forma como os Simpsons retrata? Bom, sinto desiludi-los, mas não são. Usar Simpsons como guia de viagens não é recomendado.
"Turistas" provavelmente é um filme bem porcaria. Mas não necessariamente pela forma como retrata o Brasil. É um filme de terror com situações ultra-absurdas. Paremos para pensar nisso um pouco. Faz alguma diferença o lugar onde o filme se passa? A questão é que para os americanos bastava situá-lo em qualquer lugar considerado exótico, e o Brasil é um deles. "O Albergue" se passa na Eslováquia, duvido que sequer uma das pessoas que tanto choraminga por Turistas se importou com o tratamento que o paÃs recebeu no filme. O povo eslovaco provavelmente se importou.
E a questão fica justamente aÃ. Só quem é retratado se impressiona e se revolta, e quem está apenas assistindo a um filme pelo filme está pouco se importando. Eu não tenho pretensões de visitar a Eslováquia, mas "O Albergue" não irá me inibir caso a oportunidade surja.
Quando vemos um filme sobre a China, qual a garantia temos de que o lugar está sendo representado da maneira adequada? Você se importa? O que é a maneira adequada, afinal?
A bem da verdade não há como agradar o público brasileiro nesse sentido. Somos um pais vasto em vários sentidos. O que acontece é que os clichês a nosso respeito é que acabam passando para frente, e é extrapolando-os que esse tipo de ficção é criada.
O que precisamos é combater os clichês, certo? Talvez, mas como? Ir até os Estados Unidos Imperialistas malditos, apontar o dedo na cara deles e dizer: "Você não sabe porra nenhuma do meu paÃs e fica falando merda sobre ele nos seus filmes"? Bem, Lúcia Murat já o fez. Mas a que bem levou? O que isso realmente conquista? Fama de bebê chorão, que junto com a reação do governo frente ao episódio dos Simpsons pode chegar a um novo clichê.
A verdade é que o que se passa para frente sobre qualquer cultura são os clichês. Suecas são um bando de gostosas vadias suicidas; japoneses são workaholic nerds suicidas; americanos são imbecis; franceses são esnobes mal-educados; ingleses são desdentados com péssimo gosto culinário; russos são bêbados; colombianos são tocadores de flauta; cubanos são bebedores de rum enroladores de charutos, e por aà vai. Que atire o primeiro pandeiro quem nunca pensou (ou ainda pensa) assim.
Somos o paÃs das mulatas, do samba e do futebol. Dessas três opções, apenas o futebol não é nascido aqui. Mas não foi da noite para o dia que conquistamos esse clichê, foi ao longo de vários anos dominando com excelência esse esporte. Não havia um bando de chorões falando "vejam nosso futebol, por favooooor", ele foi notado por mérito. Agora temos Gisele, a supermodel, que pode acabar gerando um novo clichê para nós, talvez substituindo as mulatas. O futuro dirá.
Observem que não estou dizendo que essa trÃplice é o que há de melhor no Brasil, mas é o que indubitavelmente há de maior. Não sou fã de nenhum dos três, talvez das mulatas. Não ligo para campeonatos de futebol e fujo durante o carnaval. Se quisermos mudar a imagem que se propaga lá fora temos que mudar a imagem interna inicialmente.
E isso é algo que esbarrei ao ler crÃticas do tal Turistas: como a própria mÃdia nacional ajuda a perpetuar idéias limitadas a nosso respeito. Época de copa é um estardalhaço e durante o carnaval, uma barulheira. Todo mundo quer sempre tirar férias na praia, embora tenhamos tantos destinos continentais fascinantes.
Resolvi por a prova e assisti a alguns capÃtulos da novela "Páginas da Vida"; que aliás é a novela mais cheia de lições de moral que vi até hoje, não é uma novela, é um sermão. Pois bem, nas tomadas aéreas da cidade que aparecem, não há uma sequer que não mostre o mar, e duas entre três mostra uma dessas três opções: Cristo Redentor; BaÃa de Guanabara ou Pão de Açúcar. Para deixar tudo mais embaraçoso no capÃtulo de quinta-feira passada um dos personagens diz: "Puxa, há tantas coisas para se ver no rio: O Pão de Açucar, o Cristo." Como assim, tantas coisas? Foram mencionadas duas! E as duas mais ridiculamente óbvias. Será que só há isso de interessante no Rio? Cariocas manifestem-se! Nas poucas novelas que se passam em São Paulo tudo que vemos nas tomadas aéreas são o Ibirapuera, a Av. Paulista e o MASP (que fica na mesma Av. Paulista - assim eles economizam combustÃvel de helicóptero). Garanto que há muito mais para ver e fazer.
A ambientação das novelas em si é uma afronta. Quase todas se passam no Rio, em SP ou em uma cidade fictÃcia do Nordeste - que quando é o caso sempre gera uma discussão a respeito dos sotaques forçados dos atores. Qual a diferença entre isso e filmes onde falamos português com sotaque espanhol?
Há mais histórias a serem contadas no Brasil do que os dramas da alta-sociedade carioca. Mais expressões do que o samba e o futebol. Mas antes de dar bronca nos outros, temos que descobri-las por nós mesmos. E pessoas estúpidas o suficiente para se revoltarem tanto com um filmeco como Turistas tem a mesma mentalidade da suposta pessoa que deixaria de vir aqui por conta dele, e honestamente, é o tipo de idiota cuja visita não me faz a menor falta.
Não vi o filme, mas a discussão que fizeste a respeito dos estereótipos em filmes está muito boa. Gostei do texto.
Fabinca · Bento Gonçalves, RS 17/12/2006 23:22Bem bacana essa iniciativa de discutir a imagem q nós mesmos fazemos do paÃs. Acho essencial quebrar esses esterótipos que, muitas vezes, colaboram para baixar a auto-estima dos brasileiros.
Leonardo André · São Paulo, SP 18/12/2006 08:52
Oi, Fernando. Excelente colaboração. Fiquei curioso para saber se, afinal, você viu ou não o filme, mas acho que isso importa pouco na discussão que vai ser travada por aqui (na expectativa de novos comentários).
O ponto que você levanta sobre o sotaque nordestino me fez lembrar dos filmes hollywoodianos que generalizam todos os sotaques do mundo entre o turco-árabe-greco-iraquiano-russo e o Ãtalo-galego-hispânico-mexicano. E isso me fez pensar que talvez eu mesmo esteja criando um estereótipo da indústria de Hollywood, com essa minha visão.
Concordo com você, que nós somos chorões demais, e tal. Mas acho que talvez isso faça parte da nossa porção homem-cordial, que não se quer exótico, mas familiar. E acho que essa forma de defesa é legÃtima, porque o exotismo muitas vezes soa pejorativo demais. É claro que o filme é só ficção, que é um filme C, que fazer boicote é coisa de criança, que um monte de coisas mais, mas confesso que ser eternamente exótico é algo que não me apetece. O que você acha?
Estava ruminando na cabeça sobre esses assuntos faz um tempo, e acho que até daria pra fazer dois ou três textos bem melhores que esse pegando diferentes aspectos.
Viktor, Acho que o barulho é sim necessário mas tem que começar de dentro para fora. Enquanto a moda nacional for regida pela glória perez, fica difÃcil. Acho novela um veÃculo interessantÃssimo, mas é porcamente aproveitado com tramas cada vez mais imbecis, queria muito assistir uma novela que me deixa tão satisfeito quanto uma série americana.
Sobre ser ser exótico pode encher mesmo o saco, mas trocar de rótulo é algo que se conquista com o tempo. Japoneses e Chineses por exemplo estão deixando de ser algo curioso para se tornarem a norma em vários aspectos da nossa cultura (influencia na moda, filmes, histórias em quadrinhos); deixaram de ser o estranho para ser mais um estilo, uma fórmula.
Oi, Fernando.
Mais duas discordâncias (amigáveis, claro, sempre amigáveis):
Primeira, muitas séries americanas, muitas mesmo, me deixam satisfeito em assistir a novelas brasileiras. Tem tanto enlatado ruim, que fico achando que eles só têm coisas boas pq têm muitas coisas... Um caso a se pensar.
E ainda sobre o exotismo, concordo com o caso dos Chineses e dos Japoneses, mas ponho um quê relativista aÃ. Veja só: tanto uns quanto os outros ainda têm um estereótipo muito forte, digamos, milenar, de uma cultura oriental, que, ainda que completamente ocidentalizada, os marca externamente. E, se você parar para pensar, o Brasil também ultrapassa essas mesmas barreiras e simultaneamente com chineses e japoneses. A arte contemporânea brasileira, a "world music", a capoeira, as novelas (por que não?), mesmo o samba e o futebol, estão em alta por aÃ, e não por conta dos nossos exotismos. A questão é que o estereótipo é reforçado no Novo Mundo na proporção inversa que o Velho Mundo nos aprecia... E, nesse sentido, reforçar estereótipos pode ser uma arma.
Viktor, antes quero dizer que não devia ter respondido tão rápido seu comentário pois tive que fazer escondido às pressas no escritório e acabei não elaborando bem. Agora continuando...
Só pra encerrar esse debate séries x novelas. Com certeza está cheio de séries porcarias, mas sendo um formato que eu gosto muito tenho acompanhado alguns exemplos fantásticos dos EUA e da Inglaterra. Enquanto que as novelas que mais tive prazer em assistir estão todas em um passado distante, o que pra mim é na verdade uma grande tristeza. A cultura da novela no Brasil também é muito forte e acho que investir na qualidade de roteiro é algo fundamental.
Não acho um crime nossos esteriótipos serem esses que mencionei, e eles acabaram chegando nessa posição por mérito. Tive a idéia para esse texto na verdade justamente para defender os clichês, mas ele evoluiu para um outro lado (que me deixou satisfeito também, não tento brigar comigo mesmo pelo que escrevo ;).
O mote surgiu em um cÃrculo de palestras de Design que visitei com alguns colegas de trabalho, e um deles ficou absurdamente revoltado com o trabalho de um fulano que consistia de um painel sobre o Brasil em uma loja européia de produtos brasileiros. O tal painél era super colorido, com desenhos de praias, do cristo, de araras e coqueiros. Meu amigo achou um absurdo porque reforçava esteriótipos de preconceitos e essa coisa toda. Eu achei a reação dele completamente irracional. Se me pedissem para fazer um trabalho representando o Brasil lá fora, especialmente um trabalho comercial e nada puramente artÃstico, eu acabaria trabalhando com alguns ou todos esses elementos; para resumir o Brasil de hoje em imagens, o caminho não pode ser longe disso.
Mas eu acho que a qualidade interna desses clichês tem caÃdo muito, como falei das novelas, e falo agora também da música. Não estou querendo entrar num debate de preferência de gêneros, por favor. O que digo é que por mim pode ser qualquer coisa, desde que seja bem feito.
O que me parece que ocorre é que depois que atingimos certo patamar de qualidade e por consequencia reconhecimento, a mÃdia nacional caà em cima desses sÃmbolos e os reforçam por pura imagem. E nós como povo caÃmos direitinho, depois que a primeira geração de inovadores se vai, a qualidade cai mas o status continua sendo alimentado por puro hábito.
E o que tento propor também é que se estamos infelizes com a imagem externa, temos que mudar a imagem interna. Se eu acho que o Samba não deve ser sÃmbolo do Brasil (o que eu consideraria um erro tremendo), há de se fazer algum esforço para encontrarmos outro sÃmbolo, mas um que preste por favor ;)
Li um livro que afirmava que o primeiro momento de contato com uma pessoa é o único até então...e que ele definirá naquela ocasião e em grande parte das próximas ocasiões o quê você é na visão alheia...
DaÃ, se a pessoa só tem contato com o clichê, seremos vistos pela óptica dele...
Acho que o Cristo, o Pão-de-açúcar podem até ser óbvios para pessoas de certo nÃvel cultural...mas não para todo o Brasil! Nem para os estrangeiros...
Sem falar que não vi a cena, mas imagino que o comentário pode ter sido apenas "jogação de conversa fora", conversa com intuito de "puxar assunto", ...
Pode ter sido também uma conversa casual, deslumbrada de um daqueles personagens que moravam em uma fazenda e que viram um panorama totalmente diferente do que estavam acostumados.
Sou da opinião de que o essencial nunca pode deixar de ser dito e de que o restante deve ser moderado. Óbvio é relativo... Óbvio para quem?
apple · Juiz de Fora, MG 19/12/2006 20:27
Há tantos jovens, até universitários, que você vê terem filhos não planejados. Já vi vários pais de jovens nessa situação falando que não conversaram nada sobre o assunto com os filhos porque acharam desnecessário, óbvio, constrangedor, ...
Muito bom texto e argumento. Voto!
DiogoFC · Criciúma, SC 20/12/2006 13:08Não, votar tudo bem...o texto tem muitas qualidades! Também votei, independente de qualquer coisa...
apple · Juiz de Fora, MG 20/12/2006 18:33
Querido Fernando:
Finalmemnte pude ler algo inteligente sobre "Turistas". Já me convidaram para participar de boicotes, já ouvi gente indignada (por nada).E eu acho de uma lucidez especial a sua colocação "qual a importância de saber onde se paasa uma merda de filme como este?" Estão fazendo é propaganda dele. Sinceramente sou co9ntra o boicote mas nunca me sujeitaria a assistir um filme B (de bosta) destes!
beijos e abraços
do Joca Oeiras, o anjo andarilho
Não tenho interesse em ver o filme, por sinal são pouquissimos os filmes americanos que me despertam a curiosidade. Mas gostei do seu texto, o modo de abordar, seu ponto de vista. Parabens!!!
Dedea · Recife, PE 20/12/2006 22:46
Puxa, muito bom o texto, rapa! Guardadas as devidas diferenças artistas, lembrei-me do caso de "A Última Tentação de Cristo". A Igreja meteu tanto o pau, que fui correndo assistir e me deliciar com a tal "heresia" cinematográfica. E ainda fiz a maior propaganda entre meus outros amigos excomungados e pagões!
E sobre os clichês sobre o Nordeste, "copio e colo", um causo postado em outras paragens....
Lembro de um caso engraçado no qual participei, aqui em Sampa. Uma vez um técnico de som de um grupo de forró pop (ave!!) veio me perguntar - falando sério mesmo - como é que as bandas de Recife conseguiam ensaiar, fazer shows e tal, com "toda aquela seca e falta de estrutura"... hahaha... Pensei comigo mesmo: "Perco o contato, mas não a piada". E respondi ao nobre rapaz:
"Olha, é difÃcil mesmo, viu... Para você ter uma idéia da dificuldade de se ensaiar por lá, é preciso juntar todos os instrumentos, carregar tudo num jegue e enfrentar aquele sol brabo, que racha nossas cabeças!!" hohohoho
Com cara de pena e espanto o cara comentou: "Puxa, como é dura a vida de vocês no "NORTE"!"
hahahaha
Ah... Ontem, no "Intercine" da Globo, passou o sensacional "Lambada, A Dança Proibida". Impágaveis as cenas iniciais nas quais Ãndios da Amazônia jogam capoeira (???) e dançam lascivamente com a "princesa" da tribo. Festival de risos na madrugada... hahaha
AD Luna · São Paulo, SP 21/12/2006 01:05
Fernando disse: "Se eu acho que o Samba não deve ser sÃmbolo do Brasil (o que eu consideraria um erro tremendo), há de se fazer algum esforço para encontrarmos outro sÃmbolo, mas um que preste por favor".
Sobre este aspecto, penso que nossa maneira de ver o carnaval, o samba e todas as caracterÃsticas mais marcantes do Brasil, é demasiadamente deturbada. Pois, junto a elas, agregam-se os fatos e notÃcias do cotidiano que nos causam péssima impressão sobre a cultura brasileira. A corrupção, os desequilÃbrios sociais e mazelas de todo tipo, juntam-se a essa visão da cultura brasileira.
Comumente nos telejornais, há notÃcias que nos causam espanto e indignação e logo após, seguem-se as notÃcias do futebol, do samba, do carnaval, etc.. Sendo assim, mesmo sem perceber, acabamos criando um contraste entre cultura e "podridão social". No fim, vemos a cultura brasileira como o ópio do povo, agindo como atenuante e servindo de desculpa para a medÃcridade e hipocrisia. Há cerveja, futebol e samba enquanto os impostos aumentam, os governos roubam os ricos enriquecem e os pobres viram miseráveis.
Falta identidade, e voltando ao exposto pelo Fernando, não importa qual seja o sÃmbolo, ele deve ter caráter e raÃzes. O samba tem raÃzes puramente brasileiras, o futebol, as mulatas e tudo o mais compõe a cara do Brasil. Tá na hora de tomar um banho de água fria e ver que tudo depende do tratamento que damos a tudo quanto existe e que precisa ser visto de uma perspectiva diferente. Pois, há quem negue sua cultura por vergonha do que há de ruim, feio e negativo. No entanto, nossa cultura é uma bandeira que precisa ser reciclada e não alterada.
O brasileiro precisa lutar para fortalecer sua identidade e seus conceitos e convicções, se é que eles algum dia existiram.
Concordo plenamente com você.
Quanto ao filme..talvez seja essa a hora certa pra nós aprendermos a dar valor ao que é produzido por aqui.
Quem melhor para retratar nosso paÃs senão nós mesmos???
++ Os Simpsons são meu guia de RISO.
Corrupção, mazelas?
É mesmo acontece cada coisa nesse paÃs... Imagina o aumento e a forma como se deu o tal aumento para 24mil dos congressistas... Simplesmente nem levaram o tema a plenário e foram aumentando!
Enquanto isso, ficou-se brigando por migalhas para o salário mÃnimo.
É indignador!
Quando estava fazendo cursinho para fiscal da Receita Federal, um colega me perguntou se aceitaria algumas desonestidades para levar uma certa vantagem.
Não sei se ele perguntou por perguntar, mas não gostei. Imagina! Roubar o dinheiro do paÃs...nem pensar!
É por essas e por outras que as coisas "andam" como estão...
Acho que a novela Páginas da Vida deve ser tão idiota quanto o filme Turistas. E se a trÃade Carnaval, Mulatas e Futebol é o que expressam a imagem do Brasil, definitivamente eu não sou brasileiro.
Sou contra clichês, sejam eles produzidos por nós mesmo (em época de Carnaval e Copa do Mundo) ou por estrangeiros que não conhecem nada da nossa cultura.
Fiz a minha análise sobre Turistas. Quem quiser ver:
http://www.overmundo.com.br/overblog/turistas-e-seu-contexto-historico
Fernando, ninguém precisa me convidar pra boicotar esse filme, porque é o tipo de cinema que só vejo na tv, se estiver de bobeira. Lendo seu texto, lembrei de um filme desses que vi na tv chamado Euro Trip, acho, que tinha os mesmos preconceitos ignorantes sobre, pasmem, a Europa (tipo Suécia ser um paÃs de ninfomanÃacas, todo mundo na Holanda usar haxixe e a Alemanha ser o paÃs dos nazistas. Realmente, a ignorância do cinema fast food não escolhe só a nós, do terceiro mundo. Muito boas suas colocações.
Ilhandarilha · Vitória, ES 21/12/2006 11:46
GENIAL! Falou tudo que eu queria falar, é só um filme de terror, não quer retratar realidade alguma, crianças a partir de 4 anos sabem distinguir ficção de realidade, por favor.
Outra coisa, adoro filme de terror B que não serve pra nada a não ser ver umas nojeiras absurdas e engraçadas, vou ver o filme e acho que é só um entretenimento barato, não precisa condenar, se não gosta, não assista.
Imagina o Homer Simpson chegando aqui se comportando como um politicamente correto agente de turismo, falando do samba, do futebol, das mulheres bonitas, e de como o Brasil é bacana.
hehe
Não existe né?
Outra coisa, entrei nas comunidades contra o filme no Orkut (várias) e deixei tópicos com uma mensagem semelhante ao do texto de Fernando Mafra, que em poucas horas gerou uma grande discussão com muita gente do tipo concordo/discordo.
Simplesmente fui expulso de todas as comunidades e meus tópicos apagados após varias manifestações de ódio e acusações de que não sou um bom brasileiro.
Censura? Fascismo na democracia do futebol?
Além de ridÃculo e infantil, esse tipo de reação me assusta um pouco, e falando em estereótipos, depois dizem que os povos árabes são radicais...
E isso sim, queima nossa imagem lá fora, os chorões da censura.
LUNA – Muito bom o caso que você contou do cara que não sabia como as bandas do Nordeste (ou Norte né?) ensaiavam com toda a seca. Hehehehe muito bom mesmo!
Uma moça uma vez me falou que antes de começar a dividir apartamento com uma amiga minha aqui de Maceió em Porto Alegre, ela achava que o nordeste “era ali onde tem a seca, como chama?†eu respondi “sertão fia†ao que ela disse “ISSO! E que o norte era onde tinha aquelas praias bonitas com coqueiros†(estudante de relações exteriores na época). Sem contar as tantas e tantas vezes em que “sudestinos†cheios de tÃtulos e diplomas me perguntaram se a capital de Maceió é Aracaju ou outra atrocidade do tipo.
Sobre os estereótipos e generalizações nordestinas escrevi um texto chamado “Pelo fim do nordestino†na minha coluna “Deixa dessa†da revista gaúcha O Dilúvio.
Opa!! Beleza, Marcelo. Muito legal o texto na Dilúvio. É isso aÃ, "acabem com os nordestinos"... hehehe . Vamos nos peixerar! haha
AD Luna · São Paulo, SP 21/12/2006 17:07
É tanto coisa... Só acho que se organizar em algum tipo de ação polÃtica sempre é legal, então o boicote em si não pode ser condenado. O que tem que se fazer, e o fez o Fernando, é aproveitar essas discussões para se ir além.
Agora, acho a imagem não é apenas (não apenas!) "conquistada", como se dependesse somente do mérito do paÃs as representações que farão dele lá fora. Acho que as relações de dominação são causa e consequência ao mesmo tempo das representações imagéticas. E isso se dá em vários nÃveis: paÃses mais ricos não fazem mais filmes, mas distribuem e divulgam muito mais; a classe média e rica é sempre a mais representada em novelas e quase tudo é posto sob seu ponto de vista; representações do amor como heterossexual é quase avassalador... Isso não é coisa nova.
Eu acho que o legal realmente do texto do Fernando e justamente passar de um estágio impulsivo de "patriotismo" - sei lá como se chama esse momento em que muitos que se engalfinham no dia-a-dia se juntam pela defesa de sua terra -, chegar a uma posição que refuta as, até então, crÃticas consensuais e depois a autocrÃtica.
valeu
Bem, quando a gente é "maioral" ou quando a gente está conversando com "qualquer um ", a gente pode se dar ao luxo de falar qualquer besteira... Caso a situação seja diferente, "queima o filme" mesmo.
apple · Juiz de Fora, MG 21/12/2006 18:34
oh, pessoal, vivemos numa Era globalizada( com duplo sentido ). concordo com muitos pontos do texto, mas temos que lembrar que não há lugar para estereótipos e clichês, não mais. temos que pensar grande, mundializar nossos pontos de vista. se os yankees não conhecem nada além do que é difundido de modo midiático, a limitação é deles, são alienados. mas temos que ver , presenciar e reverenciar todo tipo de filme, todo tipo de experiência do novo, do diferente, culturalmente falando. se o pão de açucar e o corcovado são lugares comuns para outros brasileiros, a miséria e a exclusão social provam que o brasil foi engolido pela colonização ideológica, são reproduções do que fazem conosco.
ao mesmo tempo que o resto do mundo se aliena sobre as caracterÃsticas e peculiaridades da nossa cultura, nós realizamos o mesmo trajeto quando nos omitimos em aspectos importantes como o viver e o realizar dentro de uma favela, por exemplo. da mesma forma que aqui fora existem todos esses referenciais deturpados, nos grande bolsões de pobreza por esse paÃs afora os lugares comuns são outros, as formas de resistência são singulares. é preciso ter em mente que as culturas estão se acomodando entre si, mas não apenas nas relações a nÃvel mundial , também dentro de um mesmo paÃs, aparentemente homogêneo. todavia, com grandes e expressivas desigualdades internas. para aprofundar essa discussão eu sugiro a leitura do livro As veias abertas da américa latina, de Eduardo Galeano. quem não leu deve ler. construir uma pseudo-identidade é uma tentativa que vem desde sempre mas que não passa de uma utopia, pois somos "rizomaticamente" estrangeiros cada qual no seu paÃs.
grande abraço e gostei muito do texto!
A droga disso tudo é que vai ter muito babaca que vai ver o filme a titulo de conferir a m......da que é,
Parabéns pelo texto um grande abraço
Querido J Alves;
Não sei não, mas acho que entendi que vc está preocupado com quem vai ver ou deixar de ver o filme. Sem ironia, tenho certeza que você tem coisa muuuuito mais interessante para se preocupar. Inclusive porque os qu vc chaama de "babacas" não necessitam de muito estÃmulo para assistir filmes, posso apostar, até muito pioras do que este.
Desculpe, mais a droga é mais embaixo (ou em cima?)
beijos e abraços
do Joca Oeiras, o anjo andarilho
Concordo plenamente com voce caro Joca, e o comentario com excessao do autor, foi só um sarcasmo e relaçao ao que sempre acontece com esses produtos que causam polemica, que geralmente vira sucesso pois tem um grande numero de aculturados, em cima , embaixo e no meio. grande abraço a voce e sua cidade onde ja fui bem recebido.
j.alves · São Paulo, SP 21/12/2006 22:53achei muito bom o texto e concordo que essa ideia de boicote que tentaram fazer até aqui é mesmo absurda. acho que tudo que tem pra ser dito sobre o filme está aà muito bem colocado. mais que isso só depois que sair talvez. (se alguem aqui chegar a ver, alias, o que acho dificil).
mariana s · Barueri, SP 22/12/2006 01:08Não que eu vá me abalar da minha casa até o cinema para assistir, mas se estiver passando em frente quando uma sessão estiver quase começando...
apple · Juiz de Fora, MG 22/12/2006 06:57
Querida Criss
Não se deve julgar ninguém pelos filmes que assiste!
saudades! beijos e abraços
do Joca Oeiras,o anjo andarilho
Estou boicotando o filme "Turistas", assim como boicotei "Dead or Alive", "Almas Reencarnadas" e "Premonição". Não que estes possuÃssem nenhuma mensagem contra o Brasil, mas porque meu dinheiro merece destinação melhor que essa.
Boicoto as novelas da Globo. Boicoto o teatro pastelão nacional (nacionalismo oculta mau gosto?). Boicoto restaurantes junk-food (onde se paga 13 reais por comida de hospital). Não boicoto estadunidenses, pois assisto Scorcese, Coppolla, Kubrick e outros. Boicoto o que não gosto. E não gosto de filmes Trash.
Daà dizer que o filme parará-pororô, como tanto se diz, não concordo. É um filme de segunda, sendo alavancado por debates fúteis.
Moro em uma cidade de médio porte, violenta (e nem tanto como outras, mais turÃsticas), que não sabe explorar seus potenciais turÃsticos (Lagoa da Pampulha como celeiro turÃstico??? Praça Sete???) e transporte deficitário.
Frequentemente viajo ao Rio, e sei, como turista, que escapamos da insegurança reinante, da burocracia e das intermináveis filas no transporte.
Acho que um documentário sobre a crise dos aeroportos talvez fosse muito mais prejudicial ao paÃs que o filme.
Quantas pessoas trocaram Nova York por Paris, após o 11 de Setembro, como roteiro turÃstico. A maioria dos destinatários aos EUA, hoje, vai por trabalho ou estudos. A Disney vive uma crise sem igual.
Tudo bem que o governo estadunidense faz campanha contra filmes como "Nova York sitiada". Mas, o público está lá. Inevitável.
Novelas? Por favor, tenho tantos livros fantásticos para ler.
Quer assistir "Páginas da Vida"? Abra um livro.
Quer assistir "Pé na Jaca"? Abra um livro.
E não porque eu seja escritor amador.
No mais, eu quiria desejá a todos um bão natar, minêro isterôtipado que sô. Aos que num gosta de natar, um bão fim de ano. Inté mais, uai.
Abraços,
Resumindo Felipe, você assiste e come o que gosta né?
Acho que todo mundo faz isso... Mas como se diz aqui em Alagoas "cada qual com suas crasse"
Pra mim é esquisito isso de "leia um livro, assista tal coisa", cada um sabe o que gosta e que quer. Na real, você não boicota nada, só não assiste o que não gosta, isso não é boicote, é livre arbÃtrio.
Eu sei, só estava entrando no clima dos boicotes.
Quanto ao "leia um livro", é porque o camarada assiste a novela e depois vem metendo o pau, xingando. Se assistiu, não me diga que não gostou.
Eu gosto de música caipira, e da� NÃo reclamo com ninguém.
Adorei seu texto no Blog, Marcelo. Você é de inteligência incrÃvel, essencial em quem precisa utilizar-se da crÃtica.
Meus parabéns!
Acessem (http://www.odiluvio.com.br/colunistas/2006/marcelo_cabral/deixadessa_2006_08_01.htm), é imprescindÃvel!!!!
concordo com o felipe, não sei se meu primeiro comentário foi compreendido. mas entre outras coisas eu quis dizer que tem tantas outras coisas interessantes para se escrever/pensar sobre. o brasil é muito vasto, as diferenças são enormes, a corrupção impera e nós aqui preocupados com um filme trash.( digo nós , pois eu também mergulhei nessa). pelo que eu entendi o artigo é bem mais do que uma crÃtica de cinema, é uma auto-crÃtica do brasil, do mundo e seus mecanismos de "estrangeirização" dos nacionais, a sua sanha autofágica de consumo. é a" ideologização"
das consciências, tomadas de assalto por clichês e estereótipos que visam apenas vender aquilo que não vale, a não-arte. não sei se interpretei corretamente: foram tantos comentários!! confesso que me perdi um pouco no rumo da conversa.
um grande abraço a todos, feliz natal e é isso.
Ops, você já tinha postado o link. Foi mals...
zepereiranoticias.blogspot.com · Belo Horizonte, MG 22/12/2006 12:38
Obrigado Felipe, valeu mesmo.
Então pessoal, acho que a gente tem que conhecer um pouquinho uma coisa pra criticar, a novela, por exemplo, nunca vejo, vi uma vez ou outra, passando em frente a tv e parece um sermão mesmo, como disseram acima.
Tenho medo de que a gente caia em generalizações/preconceitos a ponto de, por exemplo, estar passando uma novela boa e não vermos porque "novela não presta" ou algo do tipo.
Tem também o fator gostar/não gostar de um estilo de filme, música, etc. Filme de terror B americano barato não é todo mundo que gosta, mas não vejo porque condenar. Eu por exemplo não gosto dos filmes do Godard, que o cara vai com a câmera pro lado e pro outro bem devagar achando aquilo genial, acho chato, vi dois e não gostei, mas quem gosta, gosta e pronto.
Precisamos ver e ouvir pra falar bem ou mal, ou não faz muito sentido.
Abraços e feliz natal pra todo mundo.
Felipe, como disse o Marcelo, resolvi conhecer antes de criticar. Não assisto novelas pois como já falei as acho uma droga. Mas como ia escrever esse texto e falar sobre elas, achei por bem assistir alguns capÃtulos (e partilhar um momento familiar já que sou o único que abomino da casa que abomino essa forma de entretenimento).
Gostaria muito de dizer que novelas tem qualidade, mas não posso em sã consciência fazer isso.
Em paralelo, existem também várias coisas que eu adoro que me desapontam, e é aà que eu meto pau mesmo. Queda vertiginosa de qualidade é revoltante.
Existe uma diferença entre "nao gostar" e "nao estar interessado". Há muitas coisas que não me julgo capaz de avaliar porque elas não são do meu interesse e não acho justo a partir daà falar que são uma bosta. Já outras, bem, por serem uma droga acabam ficando fora do meu interesse ;)
Fernando, minha crÃtica não era a você. Mas a toda uma camada que se intitula "anti-globalização de massa", que simplesmente repete paradigmas "anti-globalizados". Não era você. Inclusive, sei que você criticou a novela por um cunho inteligente, sem a banalização da execração, como é de se notar ultimamente.
Abraços, e parabéns pelo texto novamente.
Pretendo esclarecer: eu não estou dogmatizando o discurso da crÃtica. Pelo contrário. Eu não me sinto confortável com a dogmatização do "péssimo gosto", geralmente associado ao popular.
Não entrei no mérito da sua análise, mas, considerando as opiniões vigentes sobre o conceito de 'artÃstico', tanto o convencimento quanto a negação do que é arte, encontro-me diante de concretas barreiras à criatividade e espontaneidade.
Reafirmo que não me indispus à s crÃticas apenas do nÃvel das novelas. Já participei de debates na FAFICH-UFMG sobre as ideologias existentes nas mesmas. O que não me apetece é a crÃtica enquanto válvula de escape aos preconceitos de classe, existentes entre a sociedade diretamente conectada aos meios da 'primazia da arte'. Só isso...
Reitero que a crÃtica não é ao texto, mas ao contexto. Abraços,
Realmente, meu segundo comentário ficou pouco esclarecedor. Retifico.
zepereiranoticias.blogspot.com · Belo Horizonte, MG 22/12/2006 15:03É como aquela discussão de Marcuse sobre a arte estética e ideológica, suas intrÃnsecas relações e a discussão no âmbito dos paradigmas. A arte estética (o famoso 'gosto não se discute'). Aqui, temos no texto a abordagem ideológica da arte, e, por isso, seu texto é irretocável, em minha opinião.
zepereiranoticias.blogspot.com · Belo Horizonte, MG 22/12/2006 15:23
Muito inteligente o seu ponto de vista seu Mafra. Na realidade,
acho que essa noção de clichê começa aqui mesmo, com os regionalismos, provincianismos e uns imaginando como devem ser as pessoas que moram em outro lugar e como são esses lugares.
Tá bom...só não vou concordar que em BH só exista a Praça Sete e a Lagoa da Pampulha... Humpf!
Escreverei sobre Belo Horizonte!
Olha, não vou nem entrar no mérito de 'Turistas', já que nem assisti ainda - mas o assunto "estereótipos e clichês de brasil no cinema estrangeiro" me é bem caro (por osmose - meu pai é o roteirista do filme da Lucia Murat, passou alguns anos pesquisando o assunto para escrever sua tese de doutorado, que virou livro e, não por coincidência, base do roteiro do filme).
O problema não é nem a maneira como retratam o Brasil - o problema é que, se o clichê existe, alguma coisa nós fazemos pra manter. Então você senta na praia de Copacabana e um grupo de sambistas vem tocar no teu ouvido por uns trocados; moleques fazendo malabarismo no sinal; as meninas aqui realmente andam de biquÃni e micro shorts nas ruas; então mais um grupo de turistas estrangeiros é assaltado saindo do Galeão; e depois brasileiro (em especial carioca) ainda quer reclamar que é retratado como 'samba, mulatas, caipirinha' e, agora, violência? Mas não é EXATAMENTE assim que a gente se apresenta?
O que não entendo é como esse retrato do Brasil por quem está de fora (e aà nem falo dos 'americanos imperialistas malditos' não porque tá cheio de europeu retratando brasileiro como gente exótica e selvagem) incomoda, e o que acontece no paÃs não. Aliás: incomoda, sim - e aÃ, Fernando, concordo muito contigo: a gente só sabe reclamar - FAZER algo pra mudar a realidade e, quem sabe, construir um 'novo estereótipo', que é bom, nada.
Belo Horizonte é mais que isso, mas considero a infra-estrutura em turismo e a divulgação dos potenciais ecológicos e históricos. ao invés de disputar o turismo com as cidades da região, cooperar.
Abraços, do belohorizonte apaixonado pela cidade dele.
muito bom seu texto fernando adorei mesmo , seu texto é realmente digno de ficar no home ... abrçs
JuNiN · Ribeirão Preto, SP 22/12/2006 20:21O texto é impecável. E a discussão é boa e divertida. Massa.
Felipe Gurgel · Fortaleza, CE 22/12/2006 23:58
È isso aÃ, Felipe! Aqui serve como ponto de partida para outras cidades.
BH é dividida em 5 circuitos de acordo com o "Caminho da Estrada Real": Pampulha, Praça da Liberdade, Praça da Estação, Mangabeiras, Centro-Sul.
Acho que com 2 dias dá para visitar BH, né?
DaÃ, quem vem para esses lados, pode "jogar" mais um dia em Ouro Preto, um dia em Congonhas, e assim por diante.
Um abraço, Fê
Quase perfeito o texto.
Muito bom.
Concordo com quase tudo que foi escrito.
Parabens.
Pensei que ninguém mais tinha essa opinião, é bom ver várias pessoas pensam assim, é bom saber que não estou isolado.
Pô Fernando muito boa tua critica, me abriu os olhos para este determinado assunto "Turistas", du caralho !!
Que possamos continuar tendo a "visão além do alcance", rsrs...
Abrzz !
Adorei seu ponto de vista e concordo com vc. Muito bom!!!!!
Marcelo Uchoa · Aracaju, SE 24/12/2006 20:59Muito bom o texto essa idéia de clichê é realmente algo meio que abominável, mas que é muito útil em cinema ou em algos baseado em clichês. Não se pode muito tar controlando esse tipo de fama de mulatas, futebol e rio de janeiro é algo quase que uma associação natural que se propagou a uns 50 anos atrás, mas aos pouquinhos novos clichês bons ou ruin serão acrescentados com certeza ao Brasil. Refletindo ou não a realidade atual.
Arpen Pernambuco · Recife, PE 27/12/2006 16:01é o lance do explorado e do explorador...tem muito explorado q
Helder Dutra · Rio de Janeiro, RJ 11/1/2007 11:39É o lance do explorado e do explorador...tem muito explorado que faria o mesmo se tivesse a chance e quando tem o faz mesmo.
Helder Dutra · Rio de Janeiro, RJ 11/1/2007 11:40Tenta imaginar o meu caso, que moro em Curitiba, onde é frio, onde os Ãndices de suicÃdios são grandes, onde as pessoas são pálidas e a policia ainda resolve alguma coisa. É como um paÃs isolado dentro de outro paÃs que na coleção outono-inverno esquecem que realmente há frio em alguns lugares na ponta do mapa e não criam nada que realmente seja para frio. Que sair para tomar café é ato que substitui o de sair para tomar cerveja de bermuda. Imagine então quando um curitibano vai pro exterior e perguntam como é o carnaval? o maior evento que temos aqui é o coral do HSBC no natal e o festival de teatro, mil cafés espalhados por todos os cantos, e mais um monte de referências que fogem do clichê Brasil, calor, carnaval, mulatas etc.
tita blister · Curitiba, PR 11/1/2007 18:44Demorei a ler esse texto e foi a unica coisa escrita sobre "Turistas" com uma visao ponderada. Ateh porque nao creio que nos sejamos exemplo de como retratar estrangeiros na nossa producao video/cinematografica. Alias, mesmo no retrato aos brasileiros os estereotipos prevalecem.
Roberto Maxwell · Japão , WW 15/1/2007 08:19miami deve ser pior que bagdá, se visto pela ótica CSI.
André Gonçalves · Teresina, PI 23/3/2007 13:52Não assisti ao filme Turistas, mas antes de o criticarmos ou falarmos sobre o tal episódio de Os Simpsons, é preciso analisar que são os próprios brasileiros que formam a imagem do paÃs; nós é que, na maioria das vezes, colocamos rótulos e estereótipos, e quando isso é utilizado em produtos estrangeiros, acabamos nos revoltando com os clichês criados por nós mesmos... É essa a reflexão mais interessante que o seu texto, que é ótimo, propõe. Parabéns!
Oliv Bepe · Ribeirão Preto, SP 13/4/2007 20:52
ótimo texto fernando! tenho certeza que os holandeses ficaram indignados com o "albergue"; e que os chineses ficaram paus-da-vida com "o tigre e o dragão"; que os vietnamitas devem se injuriar com todos os filmes que os americanos fizeram... enfim, o problema aà é o da representação / interpretação estrangeira... é um pouco o que acontece quando alguma novela enfoca a zona norte do rio de janeiro, ou a periferia de são paulo: resvala na caricatura. e isso, dependendo do ponto de vista, ofende...
abs
Muito bom, Fernando, e fico feliz por ler este teu belo texto. Abraço.
Remisson Aniceto · São Paulo, SP 3/8/2007 08:12
Alô, Fernando!
Cheguei, li, gostei e votei. Parabéns!
Vou indicar para meus amigos. Vale a pena saber a opinião deles. Se possÃvel, votaria mais vezes.
Remisson Aniceto · São Paulo, SP 9/10/2007 10:30Rapaz! O texto deu pano pra manga hein! Parabéns. www.ovisnigra.org/mangabeira@ovisnigra.org
Mangabeira · Natal, RN 10/1/2008 18:30po, tem seculos este texto, né? mas olha... amei vc! vou ler mais! bj
andrea dutra · Rio de Janeiro, RJ 15/2/2008 03:45
E Fernando, incrÃvelmente nós, os brasileiros, tomamos a postura do que os turistas pensam do que somos e de como agimos.
Continuamos com os hábitos macunaÃmas.
O sermão da nossa teledramartugia e dos reclames nos condiciona a tais comportamentos: povo passivo, contente, "criativo na miséria" e público-alvo, afinal, qualquer espelho a venda já é uma tremenda novidade que acabamos comprando.
Gostei muito do texto - e dos comentários!!!
Aliás, vi o filme Turistas há alguns anos na TV (talvez na época do post). Cheio de cliches, verdade, mas vamos combinar: a cena do ônibus é muito engraçada. Parece feito por alguém que realmente morou no Rio, com pessoas dormindo ou falando alto o tempo todo, em estado precário e um motorista dirigindo ensandecido, inclinando o ônibus a 60º nas curvas. Não sei se isso mudou, mas há uns anos atrás era como retratado no filme. Hoje, parece que é preciso adicionar o cidadão ouvindo sua música aos berros...
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