Sou um ser errante, andante. E quem não é, hoje em dia? Ando todos os dias, de casa para o trabalho, do trabalho para casa, com andadas outras por lugares sem fim. Aos sábados, vou do Arpoador ao final do Leblon e volto. Aos domingos, faço minha caminhada especial: do Leme ao Posto 6 e volto. Sigo à risca, no uso, a medicação extra recomendada pela minha médica. “São dois dos melhores remédios – disse-me ela, com ar de graça. – “Eles são, em certa medida, mais eficazes do que estes que estão aí na receita: andar, andar bastante e beber muita água. Vários quilômetros de caminhada e ingestão de litros e litros de água por dia. Faça isso. Você logo vai sentir os resultados em seu organismo.” Santos remédios lembrados pela minha santa protetora, a doutor Cássia, que Deus a tenha sempre perto de mim. Por isso, neste domingo, aqui estou perto da Ponta do Leme, no calçadão de Copacabana, de tênis, calça e blusa de atleta. Lá vou eu, bem abastecido de água, para a caminhada dominical, com passadas seguras, sem pressa e sem paradas pelo caminho. Sem paradas? Hoje é dia de exceção, para observar coisas e pessoas, para este simples relato.
O panorama, quem sou eu para descrever? Craques supremos da arte de poetar e de escrever já fizeram isso de forma sublime. Mas eis que eu vejo um grupo de turistas do Ceará. Sei disso porque um deles acabava de reclamar com o balconista do quiosque: “Dois reais e 50 por um coco?! O que é isso, meu irmão! Lá em Fortaleza a gente cata coco no chão... Não paga um e 50!” O balconista se defende com o argumento de sempre: “sabe como é, né? O frete... a mão de obra... o coco vem de longe... do sul da Bahia...” O cearense acaba pagando o preço, chupa um pouco da água de coco no canudinho e emenda, fascinado: “praia mais linda, meu Deus!” A companheira dele, certamente a mulher, responde, alegre: “não pensei que tudo fosse tão belo. Olha o morro!... E lá adiante, o Forte de Copacabana!... Toma logo esse coco, Raimundo!... Vamos fotografar...”
Ando. Quem mais belamente cantou Copacabana foi João Carlos Ferreira Braga, o Braguinha, ou João de Barro, um dos maiores nomes da cultura brasileira. Esse compositor de tantos versos divinais fez, em 1946, com seu grande parceiro, Alberto Ribeiro, o samba-canção “Copacabana”. Era uma encomenda do cineasta americano Wallace Downwey, que iria inaugurar uma boate em Nova York, a boate Copacabana, e queria abrir as noitadas com uma música brasileira. A boate não abriu as portas. “Copacabana” ficou um ano na gaveta. Braguinha resolveu, então, entregá-la ao cantor e pianista Dick Farney, para uma gravação. Dick recusou o convite e se mostrou renitente: “não gravo, Braguinha. Não sei cantar samba. Só foxtrote.” Mas a dupla usou de novos argumentos e Dick Farney cedeu: “é um samba suave, romântico... Bem no seu jeito de cantar.” E em 1947 ele gravou o revolucionário samba-canção (!) “Copacabana”, com um genial arranjo do maestro Radamés Gnatalli. Revolucionário, por quê? Porque “Copacabana” e Dick Farney foram precursores da bossa nova.
“Existem praias tão lindas cheias de luz...
Nenhuma tem o encanto que tu possuis
Tuas areias...
Teu céu tão lindo...
Tuas sereias
Sempre sorrindo...
Copacabana, princesinha do mar,
Pelas manhãs tu és a vida a cantar...
E, à tardinha, o sol poente
Deixa sempre uma saudade na gente...
Copacabana, o mar eterno cantor
Ao te beijar, ficou perdido de amor
E hoje vivo a murmurar
Só a ti,Copacabana, eu hei de amar”
Retomo a caminhada. O sol é soberano. Lamento não ter trazido os óculos escuros. Vida que segue. Vou passando pelos quiosques, de decoração e formato duvidosos. São 22 ao todo, até o Posto 6. Olho para um imenso elefante branco. É o agora abandonado hotel Le Meridien, construído em 1975. Dizem que as negociações para a retomada do negócio de hotelaria são difíceis. São poucas as promessas de compra. O preço pedido é alto. Dele os cariocas e turistas se lembram é das cascatas de fogos no reveillon. Eram belas. Passa, a meu lado, uma senhora sessentona. Ela faz continuamente o sinal da cruz e reza. Escuto ela pronunciar a Ave, Maria. Que Deus a acompanhe a guarde. Reparo em mais turistas. Serão mineiros? De onde? Olho a placa de um dos três ônibus que trouxeram de... de... Ribeirão Preto! São meus conterrâneos. Eu, aqui, distante da terra natal, lá pelas barrancas do Rio Paranapanema, quase na divisa do estado de São Paulo com Mato Grosso do Sul e Paraná. São mais de 40 anos nesta cidade querida. E eles? Cumprimento algum? Pergunto pelo chope preto do Bar Pingüim? Pelos times de futebol, o Botafogo e o Comercial?
Acreditem que é verdade! Há cocô! Cocô, não coco, no calçadão! O índice de fifis, lulus, duques e luques em Copacabana é invejável. E a produção de cocô feita por eles, sem a maior cerimônia, é uma grandeza. Quase pisei numa dessas granadas intestinais. Como? É isso mesmo. E as madames e compadres que os levam por coleiras pouco se lixam para os passantes. Logo avisto uma senhora, entrada nos oitenta, que costuma conversar com sua cachorrinha. “Mas eu não disse para você não dar bola para esse buldogue? Ele é horroroso e muito maior do que você. Você é uma cadelinha delicada e não nasceu para brutamontes como ele...” A cadelinha, ao que parece, não dá mesmo a menor bola... à dona. Late e late sem parar, amedrontando até o cachorrão que é puxado pela outra caminhante dominical. Parece que este ponto do calçadão é dos caninos. Outros se aproximam, cruzando-se na pista. Latem. Na verdade, parece que se dão bom dia, como vai, como está passando?... Ando e reparo mais nos idosos. Homens e mulheres. Ou melhor, nas pessoas da terceira idade. Elas gostam de assim serem classificadas. É lógico isso. Copacabana tem uma alta concentração de gente com mais de 60 anos. Aspecto de quem é feliz. Muitos se conhecem, trocam palavras amigas, sorriem.
Por onde caminho fica a estátua do soldado mortalmente ferido. É a esquina da Rua Siqueira Campos com a Avenida Atlântica. A estátua, que alguns consideram de mau gosto, mostra um homem dobrando as pernas, antingido por balas disparadas pelas forças legalistas. Ele ainda segura o fuzil com a baioneta calada. Quando esse fato histórico aconteceu? Foi no dia 5 de julho de 1922. Uma rebelião contra a posse do presidente Artur Bernardes, eleito pelas elites de então, paulistas e mineiros (os representantes da política “café com leite”) levou oficiais e soldados a deixarem o Forte de Copacabana, para se oporem, em armas, à ordem estabelecida. Esse pelotão suicida, inicialmente de 28 militares, escreveu um capítulo heróico e dramático da vida brasileira da primeira metade do século passado. Antes de deixarem o forte eles arriaram a bandeira nacional, a rasgaram em 28 pedaços iguais, um para cada um, e saíram pela Avenida Atlântica. Dez se perderam no caminho, em meio ao tiroteio. Alguns tombaram no asfalto, outros na areia da praia. Dois saíram com ferimentos graves, Siqueira Campos e Eduardo Gomes, este mais tarde ministro da Aeronáutica. Os cariocas que, como de resto todos os brasileiros conhecem pouco da história nacional, passam “batidos” pela estátua. Turistas a observam, sempre com vagar, certamente honrando a memória do soldado atingido por balas de fuzis.
Lá vou eu pelo calçadão. No sentido inverso caminha um simpático senhor que vai falando alto, dirigindo-se a um e outro passante como ele. No andar ele mostra seqüelas de um derrame cerebral. É simpático. Sempre se refere de maneira jocosa a um time de futebol que ainda não consegui identificar. Será o Fluminense? Vasco da Gama? Flamengo? Penso, como já se notou, que ele torce pelo Botafogo. Diz sempre que a “molambada” vai se dar mal... Passo por ele e o cumprimento: como vai? Tudo bem? Ele sorri e mais uma vez se refere à “molambada”. Sigo e reparo num grupo de corredores que vestem a camisa de Furnas Centrais Elétricas. Eles agora caminham, por certo com o intuito de descansar um pouco e trocar idéias. Esses corredores de equipes organizadas são cada vez mais freqüentes no calçadão. Agora passam vários turistas, alguns estrangeiros, que vêm ao calçadão com suas bermudas enormes, camisas berrantes e... calçando sapatos! Serão do Texas? Da Flórida? Da Flórida não que lá tem praia. São alemães e italianos. Médicos que vieram para um congresso.
– “Como vai, seu Rodrigues?” – saúdo um senhor parado junto ao meio fio.
– “Tudo bem? Caminhando, hein? Não pára, não. Segue seu destino. Pense na saúde em primeiro lugar.”
Eu aceno e vou em frente. O seu Rodrigues é um militar reformado. Oficial general do Exército, serviu durante décadas na Amazônia, região que conhece tanto quanto o calçadão de Copacabana. Conversamos pela primeira vez durante a última meia maratona, corrida que assistimos como espectadores privilegiados. Os corredores passavam diante dos nossos narizes. Foi ele quem me contou um pouco da história do bairro e revelou a origem do nome Copacabana. Há duas versões para esta última. Uma nasceu da devoção de católicos por uma imagem de Nossa Senhora Morena de Copacabana, a santa da devoção dos bolivianos. No século XIX foi construída uma capela perto do Arpoador e nela colocada uma imagem trazida de La Paz. Copacabana, segundo o idioma quéchua, que foi lingua geral do antigo Império Inca, vem de copa e caguana, que quer dizer lugar luminoso, resplandecente. A segunda versão dá como origem do nome o encontro, na praia, de uma imagem da santa peruana Kjopac Kahuana.
Já me aproximo do Posto 6. Turistas daqui e de fora estão ao redor da estátua de Carlos Drummond de Andrade. Inaugurada em 2002, quando do centenário de nascimento do poeta maior, ela tem sido muito maltratada. Vândalos arrancaram cinco vezes os seus óculos. Se energúmenos causam danos lamentáveis a esse patrimônio, centenas e centenas de pessoas o reverenciam todos os dias. Eu, que tive a honra de conhecer o poeta em vida, numa assembléia da ABI, Associação Brasileira de Imprensa, vejo que o artista que a modelou foi extremamente feliz em seu trabalho. Drummond está sentado com seu jeito simples, de costas para o mar e olhando a calçada. Mas eis que chega um senhor que pára diante dele. Aparenta ter idade superior a 70 anos, ainda é esbelto e simpático com seus cabelos inteiramente brancos. O homem não se dirige às pessoas e sim ao poeta:
– Você é brilhante, Carlos Drummond de Andrade! Brilhante! Mas Vinícius de Moraes é maior, maior do que você!
Ele olha para as pessoas, como que num desafio.
- Vininha (tratamento íntimo de Vinícius. Só uns poucos o tratavam assim) não foi maior? Hein? Hein? Digam lá, diga lá, Drummond!
E ele recita, em gesto condoreiro, para o grupo admirado.
“Meu Deus, eu quero a mulher que passa
Seu dorso frio é um campo de lírios
Tem sete cores nos seus cabelos
Sete esperanças na boca fresca!
Oh! como és linda, mulher que passas
Que me sacias e suplicias
Dentro das noites, dentro dos dias!
Teus sentimentos são poesia
Teus sofrimentos, melancolia.
Teus pelos leves são relva boa
Fresca e macia.
Teus belos braços são cisnes mansos
Longe das vozes da ventania.
Meu Deus, eu quero a mulher que passa!”
Aplausos. Um grito de bravo! Uma bela jovem se sente homenageada. Suspira. O homem sai, dando adeusinho.
Vou na direção da peixaria do Posto 6, fim da primeira parte da minha caminhada no calçadão de Copacabana, naquele domingo. Nem paro. Só dou meia volta e ando. Recordo então as palavras de um de meus mestres, Rubem Braga, deixadas numa crônica imortal: “Ai de ti, Copacabana”, escrita e publicada em janeiro de 1958: “Ai de ti, Copacabana, porque eu já fiz o sinal bem claro de que é chegada a véspera de teu dia, e tu não viste; porém minha voz te abalará até as entranhas. Ai de ti, Copacabana, porque a ti chamaram Princesa do Mar, e cingiram tua fronte com uma coroa de mentiras; e deste risadas ébrias e vãs no seio da noite. Já movi o mar de uma parte e de outra parte, e suas ondas tomaram o Leme e o Arpoador, e tu não viste este sinal; estás perdida e cega no meio de tuas iniqüidades e de tua malícia.” Ao longe um carro de som toca o hino do Rio de Janeiro, Cidade Maravilhosa, de André Filho, escrita e musicada em 1934, e cantada por Aurora Miranda como marchinha de carnaval.
“...Berço do samba e das lindas canções
Que vivem n'alma da gente
És o altar dos nossos corações
Que cantam alegremente”
Eloy,
Belo texto sobre o Rio e Copacabana. O Gil também tem uma música interessante sobre a praia: "Mar de Copacabana". Vale a pena ouvir. Infelizmente não encontrei na web ainda. Se achar, te mando o link.
Eloy,
Grande e elucidativo texto.
inesquecíveis músicas.
Estive no Rio ano passado e adorei. Aproveitei para conhecer Copacabana, Ipanema, Cristo Redentor, Pão de Acuçar e um tanto da cidade Histórica. Gostei demais.
Ah, as senhoras com os cachorros são uma realidade mesmo, mas perto do hotel onde ficamos estava tudo limpinho.
E vamos caminhar e beber muita água, a saúde agradece.
bjs
Ótimo texto! Penso que informações como estas são fundamentais para todos nós. Acho que devemos agradecer por este presente.
Hideraldo Montenegro · Recife, PE 9/11/2008 10:51
"A vida seria um pão de açucar
Se você morasse na Tijuca
Pertinho do meu bangalô
Verias o corcovado de perto
Jesus de braços abertos
Abençoando nosso amor
Mas tu moras em Copacabana
Essa praia bacana
De areia colorida
Mas se um dia tiveres em sinuca
Lembra de alguém la Tijuca
Que muito te amou nessa vida."
Eloy,
Essa maravilha faço questão de enviar para meu melhor amigo, José Carlos Gomes, maestro, escritor, 73 anos de idade, cearense, morador do posto 6 a mais de 50 anos, ele com certeza vai gostar muito.
Abraços cariocas,
GRANDE "ELOY"
Textos magníficos(como sempre)
Sentimos as ondas,tocando a alma...
A presença do criador,a cada passo!
Olhares perdidos,em busca de tudo.
"No tempo que passa,vamos nele
sentindo as mutações da natureza
e acumulando cinzas para o outono.
Quando o sol se põe para os instintos,
das fogueiras que antes foram acesas,
restam somente cinzas e saudades.
(fragmentos do poema de José Moreira)
PORTO ALEGRE-RS.
(domingo escaldante)
Caro overmano, nobre jornalista. Lê-lo foi como está meio que discretamente sem vc saber, o acompanhando na sua caminhada cotidiana á beira-mar(no calçadão). Mais que isso: ouvindo vc narrar coisas interessantes sobre esta parte realmente maravilhosa do Rio. Notadamente se levarmos em conta que só estive uma vez 2001 e só conheci praticamente a Barra onde fiquei hospedado. Muito bom seu texto, digno de um 'periodista' do seu quilate. A fotografia ilustrativa também está formidável.Valeu.
de passagem,
não resistí ao calçadão...
abraço,
"Rio de Janeiro, gosto de você!
Gosto de quem gosta...
Deste céu, deste mar, desta gente feliz..."
Eloy, querido
Quantas revelações no seu texto!
Que Dick Farney, com a canção "copacabana, lançou o estilo samba camção, precursor do samba jazz, a Bossa Nova!
Que você é paulista de Ribeirão Preto mas depois de 40 anos de Rio de Janeiro, está mais para carioca!
Conheceu pessoalmente Carlos Drummond, o poeta mineiro mais querido, imortalizado naquele banco de pedra. Quantas histórias já presenciei, depois te mando!
Nascí em Copacabana, na rua Dias da Rocha. Minha avó materna morou lá por mais de 40 anos. Ia à praia em frente ao Cine Ryan, lembra?
Lembra da praia antes da construção do Aterro?
Era branquinha e catávamos tatuí na areia...
Obrigada pelo belo relato e pelo doce olhar sob Copacabana. Nem todos têm esta sensibilidade e só gostam de apontar o lado feio.
Uma dica: Tomar chá na Colombo do Forte Copacabana ou andar na Roda Gigante que vai ser instalada por lá, neste verão!
Um beijinho na testa do seu amigo Drummond e um abraço bem apertado em você!
Um verdadeiro retrato de uma beleza concreta. Votado
Nels Belo · Feira de Santana, BA 11/11/2008 13:01
Excelente, meu caro e competente memorialista!
Bons tempos, quando vivia nas Laranjeiras e
caminhar no calçadão de Copa, cortar cabelo perto do posto 6
tomar água de côco.
"Bela Guanabara, quem te viu primeiro pirou".
Eloy,
coloque sempre para fora essas coisas belas que você tem nessa cuca privilegiada.
Abraços.
Maravilha de trabalho, Eloy, e uma linda Copacabana que nos trouxe de volta, com personagens imortáis.
abraço.
Eloy...
Adorei seu texto, conheci um pouco do Rio através das suas letras.
Beijo
Eloy, morei no Rio nos anos 80...sempre que queria resolver alguma coisa, problema ia caminhar e aí os problemas voavam, rs
Ficava a imaginar as pessoas que viveram, escreveram, cantaram
essas maravilhas, o tempo dels...quanto amor, quanta beleza...
Um privilégio! Perfeito Eloy...dá saudade, pois o Rio vale a pena.
Uma caminhada...Depois um chop...
Como Copacabana já serviu de inspiração
Adorei o texto Eloy
Beijs
Grande Eloy,
Belo texto,
De Copacabana... até onde a vista alcança.
Beijos,
Regina
RJ, 12/11/08
Nobre pesquisador e amigo Eloy, teu texto instiga até aquele que nunca esteve por este calçadão. Parabéns por mais uma bela colaboração, traga mais e mais...
Higor Assis · São Paulo, SP 12/11/2008 08:09
É sempre bom rever, mesmo em retrato, essa cidade
abraço
andre.
Ah, que delícia de texto. Caminhei com vc . Seu texto faz sentir o chão, a luz e a beleza do Rio. Lembro de quando passava longas tepoadas aí, aparti de 64 até metade dos anos 70!!! Foi uma época de sonho. Ipanema era um brinco. A praça General Osório tinha chão de areia, sem grades. Fui muito feliz, foi muito inspirador tudo aí nesse tempo. Hoje, tudo mudou. E ainda é lindo.
Obrigada, Eloy!
Adorei.
Qdo postar, por favor, avise? Se não fosse esse primeiro ugar na página eu nem teria tido o prazer deste texto.
Um beijo
Texto que enobrece não só a Literatura, mas também nossas raízes... Testemunho dum Rio de Janeiro livre das ameaças bandidas anônimas ou organizadas... O Rio merece todo elogio que se faça, inda que prevaleça essa aura de insegurança... Esse mergulho no dia-a-dia carioca nos faz mais brasileiro à medida que há uma conjunção de pensamentos e ações (por mais virtuais que sejam) que materializem no imaginário das pessoas que, sim, existir/resistir, sim, é possível... Belo texto... Deixo meu voto e convite para ler minhas Marcas... Abraços...
Pepê Mattos · Macapá, AP 12/11/2008 10:06
Eloy Santos · Rio de Janeiro (RJ)
Domingo, no calçadão de Copacabana
Uma Leitura fascinante que com todo respeito faz um bem a gente igual aos seus remédios sagrados.
Na Leitura a gente viveu a sua caminhada, em tudo de sublime que ela encerra.
Chega até a nos emocionar. Lembrei muito de meus pais que moravam com meu irmáo no Posto 6 e ficavamos admirando o Forte e lembrando a saga da Turma com o Siqueira Campos das potreadas que Jorge Amado táo bem descreve na Vida do Cavalheiro da Esperanca..
Parabéns por este Trabalho divino.
Abracáo Amigo
Deixando meu voto e admirações pelo belo trabalho . Abraços...
delen · Cotia, SP 12/11/2008 12:10
Elói, a beleza do seu texto está além das palavras. Todos aplausos do mundo, colega. Parabéns!
Abraço
Eloy,
Quando morei no Rio de Janeiro, fins dos anos 60 até 1982. Lembro ao descobrir, ainda adolescente, que a noite de Copacabana era bastante semelhante ao dia, em função da iluminação e do movimento da vida noturna.
Fiquei surpreso por que era um garoto que morava em São João de Meriti/Pavuna e não estava acostumado com aquilo.
Enfim, é uma lembrança que me marcou.
Abrs,
Realmente, Eloy
Viagei um monte de vezes por causa do e no seu texto.
Teu currículo diz mesmo quem tu és.
Esse misto de crônica e conto. Sensacional.
Rapaz, você sabe que até o grande radamés partir, eu sonhava com um arranjo dele para qualquer uma de minhas músicas, sonhava, sonhava mesmo. Bem, é isso.
Estarei votando. Parabésn é pouco para o bom jornalista como poucos.
Abs
Grande Eloy, grande copacabana,ah meu rio de Janeiro e meu Fluminense querido!!!! Texto fantástico que me faz pensar: Porque não escrever sobre o aprazível e simpático bairro das Laranjeiras.talvez o poeta errante venha nos brindar um dia, quem sabe!!!!
Abraços e parabéns!
Amigo Caminheiro faço diariamente 4 horas de caminhada, antes me cansava, me dava fadiga. e muita raiva, pois em sendo obrigado, dado as veias entupidas no meu coração, pensava ou faço a caminhada ou morro, era um maniqueismo atemorizonte, porém agora, fico feliz, pois sei que tenho um grande companheiro de caminahda o mestre Eloy Santos, fico feliz, pois nas minha caminhadas e nas meditaçãoes que faço duante as mesmas vou incluir o mestre Eloy Santos nesta luta diária pela vida que some, e vida que reapareca a cada aurora. Parabéns grande amigo e caminheiro.
Coluna do Domingos · Aurora, CE 13/11/2008 10:47
Eloy,
Muito bom aqui tudo reside!Parabéns
Copacabana, o mar, eterno cantor
Ao te beijar ficou perdido de amor
POESIA PURA SEU TEXTO !...VIAJEI DE CHORAR !...
bravo !
abraço !
O calçadão é um estado de espírito carioca! Uma mísitca a beira mar! Yemanjá lança suas ondinas e seres das águas a abençoar os passantes! Beleza meu caro Eloy! Abraços.
raphaelreys · Montes Claros, MG 14/11/2008 19:11
Eloy Santos, excelência!
Outro dia respondi uma observação da Crispinga, a respeito de um postado meu, com uma impressão que tirei do Rio de Janeiro numa breve viagem que fiz agora em 2008. Agora peço-lhe a honra de dividir comigo essa impressão...de quem olha por um viés...um viés...um viés que se pode enxergar sim:
O Rio de Janeiro me fez sentir como se há séculos a liberdade não soprasse os meus cabelos... e agora ali... batendo em minha cara. Ao contrário da Tristeresina, onde o povo se acotovela na passagem do sinal, lá na Avenida Central parecia que o Tempo inimigo dos homens não acompanhava os seus passos. O cárcere da minha alma fincada num pelourinho da Terra Natal, rompeu-se em possibilidades de outras vidas fora de mim. A Lapa redesenhou meu rosto, pintou de luzes, com nuances dosadas de penumbra, os becos da minha existência. A música do “Carioca da Gema” desceu do morro e me fez olhar de peito aberto a guerra incessante da humanidade que não se mistura em preto e verde. Nenhuma bala atingiu o espírito das coisas escritas no bronze da estátua de Drumond. A geografia, as encostas, escudavam a sensação do perigo, e eu me derreti displicente diante da poesia dos poetas, que não cantam senão a verdade: "O Rio de Janeiro continua lindo". Rendi-me ao gigante abraço do redentor.
Abraço meu querido!
Veja lá no overblog a matéria vereda adentro, e olhe um viés da caatinga. E tente adentrar essa vereda.
Votado!
Da uma olhada no meu também! Abraço
Eloy,
Demorei, mas cheguei aqui e, lendo o seu maravilhoso texto,
fiquei revivendo as belezas do seu passeio matinal.
Muitas mazelas no Rio de Janeiro. Mas, muitos encantos contagiantes.
Vez em quando chego aí para esse mesmo passeio. Sem copiar você na longa caminhada. Sou um tanto sedentária, apesar dos alertas.
Parabéns. Votado.
Um abraço
Nos trouxe a poética da Cidade Maravilhosa...amei!! Bjos
Iva Tai · Manaus, AM 21/11/2008 00:13
Ah! Poeta, quisera poder canta o Rio de Janeiro como tua poesia, sem as mazelas que nos assusta cada vez mais.
fraterno abraço aqui de um Carioca, agora morando depois da poça. e como um representante da gema, sempre darei um voto ao Rio, outro ao texto.
SIlveira
copacabana e você merecem o meu voto, principalmente esta copacabana que vc tão bem nos mostrou
valdezz · Arraial do Cabo, RJ 30/1/2009 20:23Para comentar é preciso estar logado no site. Faa primeiro seu login ou registre-se no Overmundo, e adicione seus comentários em seguida.
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