O bom jornalista, em primeiro de tudo, não finge. Tem compromisso com a verdade acima de qualquer coisa, dando preferência a registrar o que viu e não o que alguém viu. Não é aquele que procura textos anônimos na internet pra ter uma “base de comparação†para poder escrever o seu, muito menos o que cria histórias falsas para que pareçam notÃcias fantásticas. É aquele que, ao invés, busca na fonte os elementos necessários para fazer um bom trabalho. Ou seja, ser jornalista, como define Ricardo Kotscho, é a arte de ser repórter. Em suas palavras: “Não basta saber – ou pensar que sabe – escrever. Ser repórter é bem mais do que simplesmente cultivar belas-letras, (...) sua tarefa não se limita a produzir notÃcias (...) mas é a arte de informar para transformar.â€
Pensando assim, vemos que não é fácil essa arte. Diferentemente do que se pensava anos atrás, quando o diploma para essa profissão não era exigido, não é qualquer médico, advogado, músico ou diretor de cinema que possui propriedades suficientes para fazer as vezes de um bom repórter. Não que esses profissionais não possam contribuir ao jornalismo, muito pelo contrário. Mas um profissional de outra área que tenha apenas vontade de escrever e não entenda das ferramentas jornalÃsticas se limita a um colaborador. Observar, entrevistar, pesquisar, checar, não acreditar, apurar, reavaliar, ponderar, editar, relatar são verbos constantes na vida do bom repórter, que fazem de seu ofÃcio um verdadeiro sacerdócio.
O bom jornalista também não é competidor. Ele possui a completa noção de que não é um messias, ou mesmo um manipulador barato. Seu trabalho serve para contribuir, para somar. Por isso ele não busca prestÃgio de imediato – ele optou pela profissão porque é naturalmente o que sabe fazer de melhor, senão com certeza qualquer outra coisa pra fazê-lo brilhar nessa era de efemeridades seria mais eficiente. Afinal, quando pensamos em escrever pensamos diretamente em informar. Por isso o que o bom jornalista terá em sua vida não são as glórias, mas o reconhecimento do seu bom trabalho.
Ao contrário do bom jornalista há o jornalista que é apenas... jornalista. Ele se forma, ou nem se forma, para escrever uma colunazinha sobre alguma coisinha toda semana ou todo mês. Ele tem “padrinhosâ€, poderosos anunciantes, que definem qual vai ser a pauta da vez, ou é aquele que escreve apenas pra pôr “os bofes pra foraâ€, sempre fazendo grandes crÃticas vazias à um tema qualquer. Oposto a esse, o bom jornalista, esse sim, possui dimensão de seu poder criativo e de transformação, mas sobretudo não esquece jamais de seus limites. Portanto, o bom jornalista não é um formador de opinião, e sim um mediador. Ele não interfere diretamente na opinião dos outros, diferente do que muitos pensam, e sim dá margem para discussão e reflexão acerca de um assunto. O bom jornalista não tem convicções nem orgulho. Justamente porque sabe buscar não os dois mas os vários lados de um fato que o bom jornalista sabe que não existe uma verdade única e imaculada. Ele não se contenta nunca, é senhor de todas as verdades do mundo.
Querida Amanda:
Desculpe, meu bem, mas não gostei, nem um pouquinho, do tom do seu postado.
O que você quis dizer com ele?
1 Que sabe o que é um bom jornalista?
2 Que é uma boa jornalista?
3 As duas coisas?
E eu te afirmo que o que você escreveu não é indÃcio de nenhuma delas.
Paro, no entanto, por aqui, pois não sei se você quer ouvir o resto que eu tenho a dizer.
beijos e abraços
do Joca Oeiras, o anjo andarilho
Em tempo:
O JOGO É JOGADO, NÃO É PERUADO.
beijos e abraços
do Joca Oeiras, o anjo andarilho
Oi Joca! Quem pede desculpa sou eu: quem é vc??? Se eu ao menos soubesse quem é a vossa figura poderia desculpar seu mal-educado comentário - eu tb não gostei do seu tom - a respeito do meu humilde texto. Não sei se vc é um ás da literatura, mas a pergunta que não quer calar aqui é outra: VOCÊ É JORNALISTA????? Se for, mto bem, está no seu direito de resposta. Se não for, eu ao invés das desculpas lhe dou meus sinceros pêsames por um julgamento tão sem valor. Em qualquer um dos casos vale aqui uma premissa a qual meu pai sempre repete: "Não gostou? Então faça melhor". Meu querido Joca, eu lhe pergunto mais uma vez: vc sabe fazer melhor?? Se souber, que bom pra vc, meus parabéns, ganhou uma estrelinha no seu caderno, já pode mostrar para a mamãe... Respondendo à s suas indagações, com uma informação antes de mais nada: SIM, CARO JOCA, EU SOU JORNALISTA! Escrevi esse texto sem pretenção alguma, apenas expressei minha humilde opinião, com tudo de sábio que aprendi com meus mestres e dentro das redações. Não sei se sou boa jornalista, mas prefiro ficar com a opinião de quem tem gabarito o suficiente para expressá-la. Não se deve julgar o profissionalismo de alguém por um único trabalho ou sem ao menos saber de quem estamos falando. E sobre essa sua frase complementar, eu não a entendi pq na minha terra eu nunca a ouvi, deve ser tÃpica da sua (sou de SP). Eu prefiro essa: "Durma com um barulho desses" ou "Quem fala o quer escuta o que não quer", ou ainda "Quem não tem teto de vidro que atire a primeira pedra". Tem várias... Mande abraços para o Vladimir Herzog.
Amanda Padillha · Ribeirão Preto, SP 25/3/2008 02:36
Querida Amanda:
Como eu temia, você não quer ouvir o que tenho a dizer. E, a propósito, não sou jornalista.
beijos e abraços
do Joca Oeiras, o anjo andarilho
Para quem acha que eu não quero ouvir o que vc tem a dizer, vc foi bastante explicativo na sua mensagem-resposta em minha caixa postal. Se vc tem vergonha de parecer mal-educado aqui tb, deixa que eu mesma publico pra vc o que vc fez questão de dizer somente pra mim:
"E o que foi que você escreveu? Que um bom jornalista faz isso, não faz aquilo, enfim, desfiou um rosário de máximas mais ou menos requentadas ( só faltou dizer que o bom jornalista não faz xixi na cama). Então, é o que eu digo: parece um texto de quem decorou bem a lição e não um texto de um bom jornalista.
Eu não disse, portanto, em nenhum minuto, que você não é uma boa jornalista nem sequer que não sabe o que é ser um bom jornalista. Acho agora, no entanto, que você precisa melhorar a sua interpretação de texto.
Você diz que fez um texto despretensioso, (se escreve com s e não com c), mas fez um texto a bem dizer, cagando regra baseada, parece, em alguns luminares que vc não cita, a tal "gente gabaritada". Mas Amanda, você parece achar que só os médicos podem julgar um bom médico, os dentistas, um bom dentista, e os jornalistas são os únicos que podem avaliar um bom jornalista o que, meu bem, me desculpe, mas não é sensato. Então é isso, não acho que você não seja uma boa jornalista nem acho que você não saiba o que é ser um bom jornalista, apenas modestamente acho que você não demonstrou isto naquele "despretensioso" texto. No mais, a gente não deve deixar que o ego da gente nos cegue, nem deixar que o ódio tome conta do nosso coração.
Quanto à frase do segundo comentário achei que era de fácil entendimento: o bom jornalista joga o jogo, não fica teorizando sobre ele.
Uma última coisa: seja como for você terá que aprender a receber crÃticas, ou vai sofrer muito na vida.
beijos e abraços
do Joca Oeiras, o anjo andarilho"
Estou smepre disposta a ouvir pessoas com bom senso (que se escreve com s). Este não é o seu caso. Passar bem.
Querida Amanda:
O Tempo é o Senhor da Razão.
beijos e abraços
do Joca Oeiras, o anjo andarilho
Caro Joca:
Se eu tenho problemas de interpretação, vc tem problemas para se expressar quando escreve. Se vc julga POR MEIO do meu texto que não sou boa jornalista, de uma forma ou de outra está me julgando. Podia não ser sua intenção, mas assim o fez. Quando vc escreve "E eu te afirmo que o que você escreveu não é indÃcio de nenhuma delas", vc se refere à s suas três premissas anteriores "1 Que sabe o que é um bom jornalista? 2 Que é uma boa jornalista? 3 As duas coisas?" Ou seja, por meio do meu texto vc não me considera boa jornalista. Não descrevi isso no meu texto, vc foi quem achou. Por esse motivo, repito: Vc está julgando meu profissionalismo, sem me conhecer e devido a um único texto. Meu caro Joca, como jornalista ou não, vc devia saber que todo mundo erra nessa vida. Até o Vladimir Herzog (cito ele novamente pq com certeza vc ficou "boiando" quando eu o citei, já que "boiou" totalmente quando disse que eu não expressei pensamento de gente gabaritada e lá no texto está Ricardo Kotscho, que vc não deve conhecer ou se lembrar quem é pq deve perder mto tempo admirando o próprio umbigo) com certeza já escreveu mta coisa que não agradou ninguém até virar mártir do jornalismo. Claro que eu aceito crÃticas meu amor. Adoro recbê-las, as crÃticas construtivas me fizeram crescer mto e ser quem eu sou hj. As crÃticas construtivas me fizeram ficar assim, 'topetuda' o suficiente pra responder a altura de gente petulante como vc. Caso contrário faria o que mta gente faz, enfiaria o meu rabinho entre as pernas e deixaria que um qualquer esculhambasse meu trabalho. Sabe Joquinha, vc é quem deve ter mto ódio no coração. Se não, vc conseguiria enxergar que são as pequenas coisas que fazem diferença nessa vida. E foram as pequenas expressões tolas nos seus comentários que demonstraram a sua soberba em comentar o trabalho de alguém - repito, alguém que vc não tem a menor idéia da história pessoal. Tb são as pequenas delicadezas, que não se encontram em nenhum momento no seu comentário, que fariam vc desenvolver aquela crÃtica construtiva que eu tanto repito aqui, e que dessa forma faria com que eu não precisasse perder meu tempo com alguém tão pequeno como vc. Não caro Joca, não estou brava, escrevo td isso, desde o primeiro comentário, rindo de td q vc me escreveu (eu olhei pro meu amigo aqui do lado e disse "Olha só! Ouvir esporro do Joca! Quem é o Joca? rsrsrsrsrs - caà na gargalhada com ele). Não é a primeira vez que falhei com algum texto, afinal, não sou perfeita. A diferença é que as pessoas aqui no site se saÃram mto melhor do que vc quando se dirigiram a mim. Não preciso de confete, e mto menos alguém que venha fazer bagunça de graça. Como vc disse, claro que não, não é preciso ser da área pra julgar alguém. MAS PRA JULGAR COM PETULÂNCIA PRECISA SIM!!! É o mÃnimo de requisito, já que fazer isso já é mta pobreza de espÃrito. Pode falar sim. Acontece Joca que falar é fácil, todo mundo fala. De boas intenções o inferno tá cheio. Se vc acha q eu falei bobagem vc falou bobagem e meia. Estamos quites. A diferença é que eu não preciso ir até a página que teu texto tá publicado pra me sentir melhor, ou vencedora. Eu estou além disso. Se vc diz que "a gente não deve deixar que o ego da gente nos cegue", recomendo então vc ir urgente ao oculista. E o Overmundo ainda está aqui esperando vc contribuir com a sua colaboração miraculosa do que VOCÊ acha que é um bom jornalista. Será que é aquele tipo funionário-público, que tem de ouvir reclamação calado? Acho que não, jornalista foi estudar COMUNIÇÃO pra expor idéias e fatos. E agora, caro Joca, mesmo sem dever, explico o motivo e intenções do meu texto: nos 4 anos de jornalismo estudei com gente arrogante como vc deve conhecer, que se julga intelectual e foi fazer jornalismo justamente pra isso, pq acha que o mundo precisa ter a honra de conhecer alguém tão fantástico como ele. Pq ele precisa, assim como descrevi no meu texto tão enfadonho, "botar os bofes pra fora" do que ele, no alto de seu conhecimento vazio, acha ser bom ou ruim. 80% dos estudantes da minha sala queriam no fundo ser jornalistas para serem crÃticos. Já imaginou? Mais uns 200 'Diogo Mainard' por ano sendo produzidos em massa? Deus me livre! ; E o engraçado é que se vc, e mtos, tivessem lido algo parecido na coluna do Mainardi iam achar lindo, só pq tá na Veja... Deve ser por isso que vc achou que meus dizeres têm tom agressivo ou esnobe, mas não foi a intenção... Escrevi esse texto por escrever, durou uns 5 minutos, mtos gostaram e publicaram no jornal da faculdade... Publiquei ele aqui tb por publicar, nunca imaginei que ele teria todo esse poder como vc o fez ter (as vezes o feitiço vira contra o feiticeiro). Vamos combinar então, vc não foi com a minha cara e eu ainda não entendi qual é a sua por aqui, então não insiste mais em comentar meus textos, ok? Deixa pros outros... felicidades pra vc nas suas andanças.
Querida Amanda:
Você está me dando uma importância que eu não tenho, mas, mais uma vez, eu sou obrigado a dizer que não está interpretando corretamente os meus textos:
eu NÃO DISSE que você NÃO É UMA BOA JORNALISTA, não te julguei por um único texto, aliás não julgo ninguém sumariamente desse jeito. Apenas disse que, pelo texto que você publicou no overmundo, e só por ele, vc não provou ser uma boa jornalista. EXATAMENTE o contrário do que vc interpretou, isto é, o que eu disse foi que, PELO TEXTO QUE VC POSTOU, não é possÃvel saber se você é o não uma boa jornalista, isto é, que eu PRECISO DE MAIS elementos para julgar.
Então eu me sinto a cavaleiro parta citá-la: (o bom jornalista) ...tem compromisso com a verdade acima de qualquer coisa. Suponho que, pra você, isto não seja uma frase vazia, só pra inglês ver.
beijos e abraços
do Joca Oeiras, o anjo andarilho
PS Sinceramente, no entanto, eu acho que você poderia dar um tempo na nossa conversa . Nada o que a gente diz com raiva acaba prestando pra nada. Ops, desculpe. Esqueci que vc está morrendo de rir com as minhas baboseiras.
Repito, não estou com raiva e por isso tb torno a dizer que o tempo deve ser eterno. Não quero mais papo contigo pq vc nao sabe conversar e nao preciso de vc aqui, como vc tb nao precisa de mim. Caso vc insista eu irei sim começar a me aborrecer.
Amanda Padillha · Ribeirão Preto, SP 25/3/2008 18:31
Querida Amanda:
Insistente tem sido vc, sinto informar-lhe.
beijos e abraços
do Joca Oeiras
PS Não retorno a este post nem que vc me chame de fdp.
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