Imaginem: é véspera de Natal, e falta luz no seu bairro. Será preciso vigiar o forno com uma vela na mão? As bebidas esquentarão nas geladeiras, os pisca-piscas ficarão inúteis, a tevê e o som permanecerão mudos, as crianças em alvoroço e os adultos em desespero? Por favor, chamem os técnicos! Esse é o argumento de "Acende a Luz", um filme de 20 minutos da cineasta Luciana Bezerra, que terá o seu próprio bairro como locação, o Morro do Vidigal, no Rio de Janeiro. Na estória, os técnicos chegam, mas não dão conta do problema. Então, os moradores os mantêm como reféns: não saem do morro enquanto não derem conta do recado. Perguntei se a idéia veio de uma experiência de fato, e Luciana disse: "Veio. Aos 13 anos amanheci 24 de dezembro sem luz e foi uma agonia. Mas não foi nada como está no roteiro, a não ser o nome dos personagens, que emprestei de vários vizinhos. Estou doida para vê-los assistindo ao filme".
Agora, tornem-se crianças. Uma Kombi está passando na porta de suas casas e o alto-falante grita: "Alô, garotada, o carro do troca-troca está passando, garrafa velha, bacia velha, panela velha, o moço troca por picolé, pintinho e pipa". E todos vocês se juntam apressados atrás de garrafas e de tudo mais que acharem que possa ser trocado. Essa é a estória de "Picolé, pintinho e pipa", curta-metragem de 15 minutos, dirigido por Gustavo Melo, realizado neste ano também no Morro do Vidigal, a partir de outra experiência de infância, vivida por André Santinho, que co-roteirizou com Gustavo Melo, e fez a direção de arte. "Ele é um morador aqui do Vidigal, e também morou na Rocinha, onde viveu essa história com os amigos de diversas maneiras, trocando esses objetos por picolés, pintinhos e pipas".
Mudemos então de ambiente para a Vila Margarida, em São Vicente, na baixada Santista, pra conhecermos, na favela México 70, a popular Maria Capacete, uma senhora negra que recebeu esse apelido dos adultos e crianças do local, por conta do penteado estilo "black power" que usava. Nas portas das moradias precárias, ficamos sabendo que ela chama-se Maria Félix, é sergipana e tem uma bela história de vida, na qual inclui-se uma paixão, um filho que lhe foi tirado e o gosto pelo forró. Trata-se do curta-documentário "Maria Capacete", co-dirigido por Victor Luiz dos Santos e Eduardo Bezerra, jovens moradores da México 70. Victor me confessou que ele também mexia com a senhora, quando criança, mas hoje, aos 20 anos, ao ter a oportunidade de realizar um curta-metragem, resolveu falar sobre Maria Félix, "pra mostrar que ela merece respeito".
Luciana Bezerra, Gustavo Melo e André Santinho são do "Nós do Morro", grupo com vinte anos completos na área teatral e que mantém desde 1997 um núcleo independente de formação cinematográfica. Já Victor Luiz e Eduardo Bezerra são das "Oficinas Querô", de Santos, projeto que nasceu em 2006 do longa-metragem "Querô", e que fornece oficinas para jovens sem grana no bolso, mas com talento pra mostrar e se desenvolver. Já no segundo ano, as oficinas mantêm o módulo básico e, no avançado, preparam-se para a criação de uma produtora. Juntam-se a eles mais pelo menos 200 núcleos independentes de formação em cinema, espalhados pelo paÃs, produzindo conteúdo em dramaturgia e documentários, e se organizando em iniciativas como o FEPA (Fórum de Experiências Populares em Audiovisual), que já se reuniu por três vezes com o intuito de pensar a metodologia dos cursos, a continuidade dos núcleos e a distribuição dos produtos.
Um diálogo em primeiro plano.
"Queremos trampo" é um dos tópicos do site das Oficinas Querô. E foi pensando nele que fui assistir à aula "Economia do Audiovisual: Impactos do Digital", com Manoel Rangel, Diretor-presidente da ANCINE (Agência Nacional de Cinema), no Departamento de Cinema, Rádio e TV da USP, no último dia 06 (que pode ser buscada aqui). De forma inteligente, Manoel Rangel pulou o assunto "meio digital" e apresentou a finalidade da ANCINE: criar ambiente para a expansão do audiovisual brasileiro, que está aquém de seu real poder, tanto em cinema quanto em televisão, esta última, a parte mais rentável do mercado, com um filão pouco explorado: a tevê por assinatura. Passando por assuntos como regulação, fiscalização e medidas de incentivo ao mercado (com cobranças de retorno), Manoel Rangel disse também que é preciso desenvolver dois aspectos para o crescimento do Brasil na área: aprimorar a dramaturgia, que deve buscar o conteúdo que o público brasileiro quer ver, sem que isso implique erroneamente em menor qualidade; e otimizar as estratégias de produção e distribuição desses conteúdos brasileiros.
A aula foi aberta para debates e, no final, o professor Gilson Schwartz colocou: pode o Brasil, com sua produção independente nas periferias, equiparar-se à Ãndia e à Nigéria, que ultrapassam a produção dos EUA? E Manoel Rangel explanou que a Ãndia é um mercado especÃfico, em que o forte sempre foi a veiculação audiovisual pelo cinema, e com uma proposta diferente, da Ãndia para a Ãndia, interrompendo-se as exibições, por exemplo, para a apresentação de uma dança ou um show; enquanto que, na precariedade da indústria da Nigéria o que aconteceu foi o florescimento de uma indústria de produção de vÃdeos para consumo local. Mas "aqui no Brasil, nós temos um grau de consolidação da indústria cultural, de [maneira] que não existe um caminho da margem, eu acho, o caminho da margem é um caminho possÃvel como margem, será margem o tempo inteiro. O nosso problema é o centro da via principal, o centro da via deve ser ocupado com medidas de fomento, com medidas regulatórias, com medidas de desenvolvimento. É esse o arranjo que a gente vai procurar fazer".
Coloco a fala de Manoel Rangel acima apenas para ajustar nosso pensamento, pois como não entendo de mercado e finanças, retorno a outro aspecto pontuado na aula como importante para o desenvolvimento do audiovisual brasileiro, e com qual os núcleos independentes podem contribuir: o diálogo com o público, trazendo conteúdo brasileiro. Contribuição que deverá ser, penso eu, não de forma oposicional – "nós podemos falar o que vocês não podem" - mas de forma dialógica – "nós temos uma ampla gama de estórias que necessitam ser contadas". E elas têm forte empatia com o público.
Segundo Gustavo Melo, depois do filminho pronto "descobrimos por aà que esse carro atravessa o Brasil, com o troca-troca de outros objetos" e também eu notei isso assistindo ao curta com moradores do Capão Redondo e Cotia, em São Paulo, e também em Campo Belo, Minas: o espectador sempre relembra suas travessuras, de quando trocaram a grade do forno da mãe por um pintinho, ou o motor velho da geladeira, ou que os pintinhos sempre morriam. Com imagens que se alternam em grande-angulares das ruas e becos do Vidigal e primeiros planos das crianças protagonistas, como se dissessem "abram os olhos para essa estória", o curta também opera um jogo simbólico de retirada das garrafas de bebidas do bairro, mas o moço da Kombi sabe que na próxima semana encontrará outras. Após uma das exibições domésticas que fiz, o filho de um amigo me disse: "Tio Rinaldo, sabe aqueles chicletes pra parar de fumar, não tem deles pra parar de beber?" E eu perguntei: mas por quê? E ele: "pra vocês três". No caso: a mãe dele, o pai, e eu.
Assim como "Picolé..." que em junho último recebeu no "Festival Visões Periféricas" o prêmio da Associação Brasileira de Documentaristas e Curta-metragistas do Rio de Janeiro, "Maria Capacete" também saiu do "3° Festival de Jovens Realizadores de Audiovisual do Mercosul", no mês nove, em Vitória, com o Troféu Caleidoscópio, mais um prêmio em dinheiro por ter sido o preferido do Júri popular. E segundo Joaquim Eduardo Teixeira, um dos produtores das Oficinas Querô, o curta "ganhou quatro prêmios em cinco festivais em que foi inscrito. E um ótimo termômetro da receptividade do público em geral, é que logo após a exibição, as pessoas vão atrás de Victor Luiz e Eduardo Bezerra para parabenizá-los, questioná-los e pedir cópias do filme".
Mesclando as falas de Lizete, D. Carmem, Sr. Bolinha e de outros moradores com as de Maria Félix, como se ela os tivesse respondendo ("o quê cês tão cochichando aÃ, eu não gosto de cochicho, não"), o "Maria Capacete" tem similaridade com várias outras comunidades do Brasil, onde uma pessoa tida como desigual torna-se alvo de chacotas. Portanto, essa identificação torna a obra também um material de reflexão, sendo esta a diretriz da própria produtora que idealizou o "Oficinas Querô", a Gullane Filmes, que já emplacou os sucessos "O ano em que meus pais saÃram de férias", "Carandiru", e "Bicho de sete cabeças", por seguir o desafio de "agregar à s suas produções a máxima qualidade artÃstica... em filmes que, além do entretenimento, levam ao público reflexões sociais relevantes"
Luciana Bezerra, que já foi premiada com o curta "Mina de Fé" (no Festival de BrasÃlia de 2004), com "Acende a luz" fará parte da aposta de Cacá Diegues na auto-representação dos núcleos independentes. O curta será um dos cinco episódios do longa-metragem "Cinco vezes favela – agora por eles mesmos", projeto supervisionado pelo cineasta, que foi revelado pelo "Cinco vezes favela" de 1961, um dos clássicos do Cinema Novo. Segundo ele, em seu blog, "esse interesse pela cultura popular e seus modos de fabricação sempre esteve, em várias ocasiões, presente em nossa cultura oficial, desde a produção erudita do modernismo até a mais recente politização de nossos teatro, literatura, música e cinema. Mas a novidade é que agora as 'periferias' não desejam mais serem representadas e pretendem se tornar porta-vozes delas mesmas." E diz mais: "O novo cinema que vai nascer disso será certamente a grande próxima novidade do cinema brasileiro". Os outros quatro episódios do longa virão da Cidade de Deus, com o apoio da CUFA (Central Única das Favelas); da Maré, com o Observatório de Favelas; da Parada de Lucas, com o AfroReggae; e da Lapa, com o Cinemaneiro.
Uma visão do meu quintal
"Acende a Luz", "Picolé..." e "Maria Capacete" nascem das experiências de vida dos próprios realizadores. E assim também percebeu Marina Grau, de Buenos Aires, dos curtas que assistiu no "Festival de Jovens Realizadores de Audiovisual do Mercosul", deixando no blog do evento a sua fala registrada: "...Todos têm algo para contar e são influenciados pelo meio em que vivem: famÃlia, amigos, o bairro..." . E vêm pensando nisto os próprios professores dos núcleos, como Luciano Coelho, do Projeto Olho Vivo, de Curitiba (PR), que diz: "No inÃcio a gente sentia falta de um referencial teórico, mas com o estÃmulo de ver como as coisas funcionavam na prática, preservamos o que achamos mais importante: não desvincular o aprendizado do repertório de vida das próprias pessoas" (em reportagem do tablóide "Kinooikos", destinado à produção dos grupos, no "18° Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo"). Perguntei então para Luciana Bezerra se para ela criação e experiência de vida estão ligados. Ela disse que sim, "mas isso não quer dizer que se tenha sempre de falar do próprio universo. Acredito que todos os roteiristas ou escritores com talento imaginativo podem desenvolver estórias que tenham vivido ou não".
Fiz a mesma pergunta para Gustavo, que certa vez havia dito que o importante da profissão audiovisual é poder "dar a visão do meu quintal", e ele respondeu: "vejo e acredito que a experiência de vida precisa ser a sua criação. Eu acho que o 'pulo do gato' de cada um está nessa descoberta, olhar para a sua rua, para o seu vizinho e para o seu bairro e perguntar para si: quem sou eu, onde eu me encaixo e como posso usar tudo isso para o bem da minha vida, do meu trabalho ou da nossa produção artÃstica. Independente do entorno ser pobre ou rico, você precisa pegar aquilo e transformar".
E também questionei Joaquim Eduardo, das "Oficinas Querô", se essa junção, vida e criação, também lá é presente: "Sim, muito. Vários dos roteiros elaborados pelos jovens acabam surgindo das idéias, acontecimentos e/ou questionamentos da infância. Os mais recorrentes são os do cotidiano... do dia-a-dia das comunidades, da violência etc... Nossa função é apenas dar informações, que no caso são as ferramentas para a criação. No primeiro momento, os textos dos jovens carregam muitos ressentimentos com a sociedade, injustiças entre outros, são pesados, mas logo após as primeiras semanas, naturalmente os textos vão mudando e um novo mundo vai descortinando. Mais alegre ou consciente, na maioria das vezes. No final do módulo de roteiro, os textos são escolhidos de forma democrática por eles para dar continuidade às suas produções. Mas já na votação, os mais violentos quase não são votados".
Mas com palavras não sei dizer.
Mas e os outros núcleos dos duzentos que se espalham pelo Brasil? Continuarão na margem? Essa é a preocupação do FEPA, que na sua primeira reunião, em junho, no "Festival de Visões Periféricas", elaborou a Carta da Maré, que reivindicando medidas de apoio aos grupos e de distribuição das produções, foi dirigida ao Ministério da Cultura, e já conquistou junto ao órgão um edital de fomento de produção digital, destinado exclusivamente aos alunos integrantes ou egressos de projetos sociais. Têm ainda como aliados: o site "Kinooikos" elaborado pela Associação Cultural Kinoforum como espaço para exibição das obras na internet; o já citado "Festival de Jovens Realizadores de Audiovisual do Mercosul"; o Canal Futura, que, de semestre em semestre, recebe turmas de jovens para o projeto "Geração Futura", dando-lhes oportunidade de aprenderem sobre o universo da produção televisiva; e por aà se vai...
Porém, encontrei no texto "Acabou a oficina, e agora?", do site Kinooikos, a preocupação de Christian Saghaard (coordenador das "Oficinas Kinoforum de Realização Audiovisual") com a inserção dos alunos no mercado de trabalho. Diz ele que "Para os jovens participantes de oficinas audiovisuais que decidem continuar o processo de aprendizado e se inserir no mercado profissional audiovisual, muitas vezes a questão da expressão é o maior problema. A maioria dos jovens que participaram dessas oficinas estudaram em escolas públicas, que muitas vezes não oferecem um ensino de qualidade. Outros abandonaram os estudos muito antes de completar o ensino médio. Não é somente para ler e escrever que muitos desses jovens sentem dificuldade, mas também para conseguir uma boa expressão oral, que é de extrema importância nos procedimentos da produção audiovisual". E Luciana Bezerra, que hoje ministra no "Nós do Morro", em turmas que recebem 120 jovens a cada novo ano, a oficina "Entrega ao olhar cinematográfico", diz que a criação poderia ser melhorada, caso a maioria dos alunos tivesse o hábito da leitura.
Assim, termino sugerindo aos grupos, para o melhor entendimento dos problemas com a escrita e a aquisição do gosto da leitura: o livro de SÃrio Possenti: "Porque (não) ensinar gramática na escola", que diz, em certa altura, que nenhum escritor escreve um texto pensando em gramáticas, e sim em outros textos; também o "Gramática da fantasia", do italiano Gianni Rodari, em que o autor propõe e analisa modos de inventar estórias; e, finalmente, "A norma oculta", de Marcos Bagno, do qual trago abaixo um trecho, por ser revelador e conciso:
"O conhecimento eficaz do 'bom português' não vai garantir que um indivÃduo deixe de ser discriminado por outros critérios de avaliação, que compõem uma 'gramática normativa não escrita': a cor da pele, o sexo ou a orientação sexual (assumida ou presumida), o modo de se vestir, a compleição fÃsica, a procedência geográfica (explicitada ou suposta), a zona de residência, a opção religiosa, a impostação de voz em sua correlação com os papéis sociais atribuÃdos aos gêneros masculino e feminino (ao homem cabe falar 'grosso' e impositivamente; à mulher, ser delicada e condescendente), os sinais exteriores de filiação do falante a conjuntos de atitudes não convencionais (e, portanto, não 'cultos': muitos brincos na orelha, barba comprida, piercings, tatuagens, cabeça raspada, cabelos e/ou unhas pintadas de cores 'extravagantes' etc.), o ter ou não ter automóvel (e a marca do automóvel), entre tantas outras coisas..."
"Conhecer a 'norma culta' não poupará o/a falante de ser avaliado/a também (e à s vezes até principalmente) por essa grade de critérios quando ele/ela se encontrar em situação de assimetria de poder social, cultural e econômico." E " A própria negação do preconceito lingüÃstico – que qualquer criança pobre sente na pele e na alma ao abrir a boca numa sala de aula – é a prova mais do que eloqüente de que, para tais pessoas, as coisas têm de ficar mesmo como estão."
essa iniciativa do protagonismo é a melhor, muitas vezs o que acaba aconbtecendo em documentários desse tipo é uma reprodução da visão da elite.
quanto à formação para o mercado de trabalho, tudo acaba recaindo na educação mesmo, que infelizmente, é o câncer do paÃs.
é fio... vai vendo o que tamo vivendo: incentivo do governo à margem?! é que os outros têm uma produção deles pra eles, como se nóis não! sorte!
preinh · São Paulo, SP 20/12/2007 14:24Conheci o Victor, de "Maria Capacete", no Festival de Jovens Realizadores do Audiovisual de Vitória. Foi um barato ver o momento da premiação, os jovens estavam tão integrados ao fim do festival que todos se abraçaram como se o prêmio fosse compartilhado, de todos. Legal ver como ele e seus colegas de Santos estão conseguindo tomar um rumo com produtora própria, um exemplo para um dos problemas que você aborda neste texto: a inclusão desses novos realizadores no mercado de trabalho. Tomara que muitos outros consigam fazer um caminho semelhante. Abraço!
Helena Aragão · Rio de Janeiro, RJ 20/12/2007 14:37Oi, Manu, realmente, se o Victor e o Eduardo no primeiro curta deles mostram uma outra visão de um bairro carente (sem que ela seja uma visão positiva, inclusive, mas bem auto-crÃtica) essa iniciativa é contrária a qualquer ponto de vista (im)posto. Na educação, também o MEC tem feito bastante coisa legal como o Literatura para Todos, só que propositalmente isso é pouco divulgado, e infelizmente o buraco é fundo e o cachimbo é de ouro, como você disse.
Rinaldo Santos Teixeira · Campo Belo, MG 20/12/2007 19:35Preinh, espero que um dia a diferença cultura popular e cultura elevada vá pras cucuias, porque isso é tentar diminuir também, né não? E é modo de pensar da cultura européia que já deu lugar pra norte-americana em que tudo é popular: principalmente o cinema. Fala aÃ.
Rinaldo Santos Teixeira · Campo Belo, MG 20/12/2007 19:43Oi, Helena. que bom ver tu, tomara que um dia um bastantes desses jovens cheguem em posições de comando no cinema brasileiro, assim problemas como o que SpÃrito Santo vem mostrando em seus takes talvez diminuam ou tenham uma resposta. Porque isso é um direito. Beijo.
Rinaldo Santos Teixeira · Campo Belo, MG 20/12/2007 19:47
Rinaldo, importante colaboração. Sou bastante interessada na produção audiovisual que vem da periferia e sua matéria me ajudou muito a conhecer quem está produzindo agora. Creio que existem muitas iniciativas e projetos incentivando principalmente a moçadinha a fazer vÃdeos. Seria bastante interessante se houvesse uma rede consolidada de intercâmbio entre eles, não é? Você tem conhecimento de alguma coisa assim?
Abraço!
Rinaldo,
eu também tenho tanto pra falar, vou deixar prá lá.
Mas não vou deixar antes de nos perguntar, a nós, do lado de cá: Onde estão os personagens temas e os personagens participantes?
- Nós, os do lado de cá, nos vangloriamos de cada feito, feito de que?
- Somos, nós, os do lado de cá - vou dar um exemplo - os Irmãos Milionários Salles, cada vez milionários, com favores e verbas na rubrica dos incentivos.
- Vou dar outro exemplo, na minha praia - o teatro, vou citar
"O Fantasma da Ópera", uma tolice, acho uma tolice, arrecadou
mais no mesmo perÃodo que todas as iniciativas Brasil a fora.
Não vamos louvar, nós os do lado de cá, os cemitérios entupidos de PIXOTES.
Deve haver inciativas assim, deve, com outra conotação.
Adorei o teu texto, tinha informações de alguns dos temas abordados, voce ajudou muito a me esclarecer. Mas é isto.
um abraço, Feliz Natal, Prospero Ano Novo.
andre
Ilha, consolidada ou que vem se consolidando pelos festivais de curtas (que sempre foram locais de encontro informal) creio que o Fepa, o Fórum de Experiências Populares em Audiovisual, que inclusive fez a última reunião aà em Vitória, mas deve ter iniciativas que não conheço, e assim que souber te repasso. Bj.
Rinaldo Santos Teixeira · Campo Belo, MG 21/12/2007 19:59
Valeu Higor.,
Valeu André: queria prosear um dia contigo, pra saber saber mais do que tu tem deixado pra lá.
essa imagem da kombi do picolé, pintinho e pipa é um mergulho na minha infância.
a 18 anos atras era eu correndo atrás da kombi, sonhando com um picolé e não entendendo porque os pintinhos desapareciam quando cresciam e viravam frangos...
o filme é ótimo, e o nós do morro tem outras boas produções que valem a pena conferir.
Rinaldo,
Conheço o pessoal do Cinemaneiro (já cedi espaço para lacações) Estou ansissÃssimo para assistir a este remake do "Cinco vezes favela' (agora por ela mesmo). Como parece que os realizadores terão apoio técnico substancial - ou, pelo menos, adequado- o filme pode ser mesmo um divisor de águas estético em nosso cinema, ainda um tanto elitista estéticamente.
Beto Moreira um amigo meu coordena atualmente um excelente curso de formação jovens técnicos e equipamentos cinematográficos (o cineasta Walter Lima Júnior é um dos professores). O curso, bancado pelo FNDE/MEC, vai representar também um grande impulso a mudanças no olhar e no fazer cinema, pelo menos aqui no Rio.
Abs
Oh, João Xavi, massa tua lembrança de menino. Oh, nós junto aqui, velhinho!
Rinaldo Santos Teixeira · Campo Belo, MG 22/12/2007 14:02Oh, Spirito, sempre somando, valeu de novo.
Rinaldo Santos Teixeira · Campo Belo, MG 22/12/2007 14:03
Hey man!
só hoje consegui loggar aqui. já parabenizei via mail, mas vai lá mais uma vez... ótimo texto, de verdade. Parabéns! Garotada com as antenas viradas pro mesmo satélite.
Muita força aÃ. Paz, saúde e amor nessa vida.
um abraço!
JOCA
Hey, brother, seu comentário chegou a tempo pra fechar a matéria, mas não o assunto, essa discussão não pode findar. Abração, Joca.
Rinaldo Santos Teixeira · Campo Belo, MG 15/1/2008 11:57Para comentar é preciso estar logado no site. Faça primeiro seu login ou registre-se no Overmundo, e adicione seus comentários em seguida.
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