A noite do dia 10 de setembro de 2010 começou com uma efervescência bem interessante pra quem estava ligado na programação do Garagem Universitária ou até mesmo aqueles que estavam saindo ou entrando do Campus Marco Zero do Equador da Unifap, onde puderam se deparar, no Hall de entrada, com a primeira edição do projeto, que não só tem o intuito de valorizar o trabalho autoral, mas também todo e qualquer musico e público da cadeia produtiva e de idade universitária.
A partir das 18h teve o Workshop de guitarra com Ronilson Mendes, que deu algumas dicas a respeito de Blues, e com Marcos Moura, proprietário da Oficina de Rock, que veio dar algumas informações preciosas pra galera presente a respeito de alguns estilos. Desde então a movimentação incomum começou a chamar a atenção dos que transitavam pelo local.
Apesar de muito interessante e produtiva, a conversa foi deixada de lado e partimos para as apresentações musicais. Felipe deu a largada inicial chamando o povo para o sorteio da primeira camisa da noite, que era constituÃda de um chamativo transfer com a arte colorida do evento, feita pelo nosso amigo Robert do UniverCinema. Feita a entrega chegou a hora da primeira banda entrar no palco. A iniciante Blue House, que também conta com Marcos Moura na guitarra e com um interessante vocal feminino (a mesma que ganhou a camisa, mas não foi marmelada!). Em seguida foi a vez de Velho Jhony, que entrou na programação na última hora e não decepcionou. Com a boa, velha, nem tanto comum e jamais despercebida influência de The Smiths e Interpol a banda mostrou uma boa personalidade e um curto, mas ótimo repertório de musicas autoral.
No dia em que a notÃcia da Operação Mãos Limpas se disseminou, e pelo fato do evento estar acontecendo na frente de uma universidade federal (palco e fonte de diversos atos sociais), não faltou pessoas se manifestando nos intervalos. Nesse clima que o pessoal da No Control entrou. Com um estilo agressivo Marcos comandou o grupo, que revezava com Júnior Bracinho, o eterno RamonesManÃaco, no vocal. Alguém colocou no rodapé a frase “já chega de notas, Kd a alegria do Rock?†escrita em uma folha de caderno.
Outra apresentação que mandou ver foi a da Hidrah, onde Hanna e Cia tocaram verdadeiros clássicos do metal. A nossa amiga não decepcionou no desempenho e agradou muito ao público presente, principalmente o masculino. Algumas manifestações,vistas de baixo e de cima, foram feitas ali mesmo, a exemplo de convites para sexo e/ou casamento, assim como gritos frenéticos de “gostosaâ€. A banda também fez uma homenagem ao Tosco, figura clássica do metal, cujo corpo foi misteriosamente encontrado na Lagoa dos Ãndios. A música oferecida foi Power do Helloween.
Depois de acalmados os ânimos e do sorteio de mais uma bajulada camisa do GU, chegou a vez da Beatle George: uma das revelações da cena local. Formada por um dedicado quinteto os garotos mandam ver nas influências de blues e Júpiter Maçã (eu sei, Júpiter é um cara e não um estilo, mas se juntarmos a fase "Apple" dele o recorte fica bem extenso) fazendo uma junção do clássico e do contemporâneo, envolvendo o público em uma chamativa sonoridade. O show da banda em si é bem interessante. Destaque para vocal e guitarra, sem menosprezar o conjunto, é claro. Os mesmos estão em processo de gravação em estúdio. É interessante aguardar pra ver o material.
Quem ainda não viu um show da Nova Ordem? Se a resposta é não então você realmente está por fora do que ta rolando. Os caras simplesmente mandam ver. Com um público hiper empolgado, a principal banda Anarco-Punk de Macapá vem mostrando que está em processo de ascensão e de aglutinação de adeptos. É muito divertido ver o pessoal acompanhando o vocal do Diego e dançando. Letras de incentivam ao voto nulo e criticam estruturas de nossa sociedade fazem a galera pirar. Massa mesmo é ver o crescimento da banda de uns tempos pra cá. Join it!
Com isso encerramos mais uma etapa do projeto. Depois de um descanso o Pró-Estudante Cultura e o DCE da Unifap aproveitam a oportunidade para agradecer ao apoio da Reitoria, da Proeac e principalmente das bandas e do público, que quebraram sua rotina pra ver o que tava rolando e não se arrependeram. Somos gratos por mais uma oportunidade de fazer com que novas e velhas figuras se reunissem em um momento alternativo, sem pretensões e recheado de celebrações, onde pessoas e as coisas passam, mas o movimento continua. Até mês que vem.
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