Andava o ano de 1972. Quando na idade eles não passam de onze, os anos não correm, passeiam olhando os arredores.
A escola tinha um nome muito belo: Gabriela Mistral. Era uma homenagem à poeta e educadora chilena que recebera o prêmio Nobel de literatura em 1945. O prédio, feito em madeira, com técnicas de pré-fabricação, tinha centenas de iguais espalhados pela capital e interior do estado mais meridional do “paÃs de dimensões continentais†do qual, na quinta série, já se aprendia a geografia encravada na disciplina que então se designava “estudos sociaisâ€. Aliás, o “quinto anoâ€, justamente naquele ano, se fizera feminino e acabara o exame de admissão, mini-vestibular pelo qual meus irmãos mais velhos tiveram que passar para sair do primário e ingressar no ginásio.
- Que bom que não pulei do quarto ano para o primeiro do ginásio!
Assim pensava, depois de entender o que era a “reforma do ensino†que transformara os primeiros oito anos de freqüência escolar em “ensino fundamentalâ€. Até então, dependendo das notas, era possÃvel prestar o exame de admissão ao final do quarto ano de estudos, dispensando-se a revisão de conteúdos que era a caracterÃstica do quinto.
Pois na tal escolinha de madeira vivi algumas inesquecÃveis histórias de guri.
Anos mais tarde aprendi que aquela arquitetura e a intenção de espalhar escolas por todo o lado lá no sul era a primeira e mais modesta edição dos prédios modulados em concreto que se esparramaram pelo Rio de Janeiro depois do fim da ditadura.
A quinta série era a primeira vez em que se tinha mais de um professor na mesma turma. Havia pelo menos uns quatro, que dividiam o conteúdo em disciplinas. Embora não esteja muito seguro, penso que eram algo como: Matemática, LÃngua Portuguesa, Ciências, Estudos Sociais, Artes e Religião.
E lá estavam os filhos da classe média baixa de um bairro de trabalhadores. Era gente pobre, mas que tinha uma renda suficiente para alimentar, vestir e educar suas crianças sem depender de transporte escolar, automóvel ou pagar pela escola. As professoras, e os poucos professores, eram vistos como figuras a se respeitar, já se ultrapassara os tempos em que havia castigos fÃsicos aplicados aos alunos e se estava muito longe dos tempos em que as crianças começaram a deixar de ver os professores como figuras de referência da sociedade que estavam sendo orientadas a se engajar.
Conviviam gentes de todo o tipo: cores, religiões e posses eram diferenças adjetivas. Na hora da escola e da brincadeira aquela heterogeneidade era mais um ingrediente de vivência rica em descobertas e curiosidade. Ficava encantado, por exemplo, com a quantidade de coisas penduradas na parede da casa de um dos meus amigos que era negro. Na casa dele, como na minha e na de outros colegas, as crianças eram tratadas como filhos da comunidade. Não faltavam jamais cuidado e alimentação – que se chamava merenda - para toda a gurizada que estivesse por ali; solidariedade inesquecÃvel!
Já mais para o final do ano, aconteceu um episódio que marcaria para sempre minha memória afetiva como uma abertura de um novo caminho para ver o mundo.
As turmas de quinta série, por terem vários professores, tinham também uma professora regente de classe. A da nossa turma se chamava Lia. A imagem vaga que carrego é de uma mulher esguia, elegante, cabelos claros sempre arrumados; do comportamento, lembro que era exigente e dedicada.
Certo dia, ela me chamou ao final de uma aula e me entregou, por empréstimo, um livro. Identificara em mim, entendo hoje, um potencial leitor que provavelmente teria prazer em ver o mundo por meio de letras, palavras e sentenças.
O livro era uma novela. O número de páginas, isto é, a “grossura†do volume não amedrontariam o pequeno curioso. E, embora já convivesse com a presença de livros em casa, pois a famÃlia, que não tivera oportunidade de muita instrução lá na área rural de onde migrara, ainda assim ou talvez por isso os julgava um valor, considero aquele, até hoje, como o primeiro livro da minha vida.
Este ano, encontrei um exemplar em ótimo estado em um sebo. Comprei e presenteei-o à minha filha, de onze anos. Ela, que já tem a leitura com hábito há algum tempo, não gostou do final da história. Quando, ao conversarmos sobre o enredo, me veio à mente o nome “Salvadorâ€, ela ajudou-me a lembrar o nome do personagem principal: Santiago.
A novela que a professora Lia me apresentou no ano de 1972 foi “O Velho e o Marâ€, publicado pela primeira vez exatos vinte anos antes por Ernest Hemingway.
Aldo, esse seu relato de escola me deu uma emoção que vc não imagina. Eu, talvez uns dez anos antes de você, recebi um prêmio na escola em que estudava aqui no Rio, muito diferente da sua (se vc tiver interesse escrevi um texto sob o tÃtulo "O Inferno existe?), extamente por causa da redação que escrevi sobre O velho e o mar. Que coincidência, não é?
Mas não é essa a única coincidência: minha mãe, quando pequena, morava em Petrópolis, cidadezinha serrana, e quem era sua vizinha? Gabriela Mistral. Foi ela que iniciou meu Tio Carlinhos no amor pela literatura.
Esse projeto do Joca está prometendo.
Seu texto é primoroso.
Parabéns!!!
CarÃssima Ize,
Que sensação boa este encontro pela coincidência de histórias e personagens reais e fictÃcios!
Valeu a iniciativa do Joca, valeu o teu comentário e valeu a nossa emoção.
Abraço caloroso,
Aldo
P.S.: Vou lá dar uma olhada no teu texto.
P.S.2: Por curiosidade: teu "Tio Carlinhos" era o falecido José Carlos Oliveira [puro palpite que me deu]?
Oi Aldo, meu Tio Carlinhos não era o José caros de Oliveira. Mas, como este, era um bon vivant e adorava uma birita. Tenho boas recordações desse tio - irmão de minha mãe - e o único, dentre os muitos, que eu chamva de titio.
O Joca pediu pra eu vir aqui solicitar a vc que registre este texto sob a tag "reminiscências-de-escola". Precisamos fazer isso pra facilitar a reunião dos artigos sobre o tema que pintarem por aqui. Como dos quatro ou cinco textos já postados (não tenho certeza do nº) o seu é o único que ainda está na fila de edição, começamos por vc. Está bem assim?
Abraço forte
Ize
Digo José Carlos de Oliveira
Ize · Rio de Janeiro, RJ 10/9/2007 20:00
Gostei bastante Aldo.
Muito obrigado por trazer esta bela hstória.
Cara Ize,
Aà está o texto na edição mais recente, em que consegui resgatar uma foto de época e inseri a 'tag' "reminiscências-de-escola" conforme solicitação do Joca.
Abração,
Aldo
-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-
Caro Higor,
Beleza tua presença e beleza que a história te agradou!!!
Um grande abraço,
Aldo
Aldo, a foto é linda e diz muito. É inacreditável o uniforme do Gabriela Mistral em 1972, qdo a escola pública já vinha passando por um processo de "pauperização" . Me chamou atenção também as cortinas dando a impressão de escola bem cuidada e, claro, a quase ausência de crianças negras.
Parabéns mais uma vez pelo texto, enriquecido pela foto.
Abrçs
Querido Aldo:
Linda a foto! Crianças todas elas muito bem tratadas e um grupo bastante homogeneo. Não sei se viu a foto que postei no "reminiscência escolar: os primórdios" , de 1955 : crianças mais pobres e um grupo mais heterogeneo.
Aldo, essa idéia do Joca foi muito bacana e tá dando resultados não é mesmo? Que história bacana essa sua. Um abraço.
FILIPE MAMEDE · Natal, RN 12/9/2007 10:08
Aldo sortudo,
Eu fiz o "admissão", ralei pra caramba e nop final a pirralhada d
o terceiro ano estava junto comigo...DevÃamos ter ganhado um ano também! Pena que não tÃnhamos idade para fazer um piquete!
BJS
CRIS
O meu já está em edição, amanhã estará "na área"!
OOOPS DevÃamos ter ganho....Corrigindo!
crispinga · Nova Friburgo, RJ 12/9/2007 19:17
Aldo,
Tenho observado que as escolas, as lemb ranças de escola, notadamene a primária que tem cido o relato comum, são bem democráticas. As tuas, do sul, o "feitio" das crianças mudam
claro, e as fardas com gravata. No meu lugar era mais militarizada, quaque amarelo, sem gravata, gostei e rememorei,
andre.
Querida Cris:
Acho que DevÃamos ter ganhado um ano também não está errado.
beijos e abraços
do Joca Oeiras, o anjo andarilho
Nossa, até que enfim acertei uma! É que me soou estranho!
Bjoca
Um Trabalho extraordinário que encanta e estimula os alunos e Grupos Organizados Populares, para a confecção de outros Trabalhos, sobre a própria fam[ilia e sobre os esforços da Comunidade para resolver as suas questões e exaltar os seus amores.
azuirfilho · Campinas, SP 13/9/2007 11:58
Ize e Joca, caros
Muito legal participar desta iniciativa. Pude compartilhar alguns dos outros textos e ainda pretendo ver um ou dois que faltaram.
Parabéns pela idéia e pela disposição de organizar e dar acabamento às colaborações.
Dois abraços,
Aldo
Caro Filipe,
Obrigado pela presença e pelo incentivo a esta idéia de criação coletiva.
Abração,
Aldo
Cara Cris,
Pois é... nesta os 'pirralhos' se deram bem!!!
Mas depois disso a "coisa" foi decaindo... a imagem que me vem à cabeça é uma famosa cena da primeira aventura do Indiana Jones: ele correndo desesperado para escapar de uma pedra redonda que despencva na direção dele...
Ainda consegui fazer todos os estudos no ensino público sem grandes solavancos, mas as turmas que vieram depois da gente...
Um abração,
Aldo
Grande André!
Valeu a presença e valeu o artigo que te fez rememorar e gostar!!!
Um abraço,
Aldo
Valeu Azuir!
Esperamos que a idéia se multiplique mesmo!!!
Obrigado pela presença e pelo comentário.
Saudações,
Aldo
Querido Aldo:
O meu texto Reminiscência Escolar: os primórdios esta na sala de votação do overblog
beijos e abraços
do Joca Oeiras, o anjo andarilho
Alguns esclarecimentos sobre o Projeto "Reminiscências de escola":
Já há algum tempo, alguns overmanos e overminas são testemunhas disto, eu vinha pensando no aproveitamento mais a fundo do caráter colaborativo do Overmundo. Tendo pensado uma vez alto (num tópico do observatório) fui esclarecido de que tentativas anteriores tinham se frustrado por não haver quem se responsabilizasse por juntar os fios e tecer a malha.
Foi o que resolvi fazer: propor um mote que tivesse o condão de ser comum a todos (ou quase todos) e chamar para mim a responsabilidade de dar um formato final a um livro sobre reminiscências de escola resultante das contribuições individuais de cada um. A Ize não apenas me estimulou a prosseguir (quando eu estava a ponto de jogar a toalha), como se dispôs a assumir uma parcela da responsabilidade o que, sem dúvida, teve o efeito imediato de devolver-me o entusiasmo e conferir maior credibilidade ao projeto.
A partir deste momento só temos visto crescer o interesse pelo plano, que recebeu incentivo de muitos overmanos e minas – inclusive do Hermano Viana, muito importante para nós! – o que, de um lado, nos empolgou ainda mais e, de outro, conferiu ainda maior confiabilidade à proposta. Estou repisando estas teclas, o binômio entusiasmo-credibilidade, porque dele é que vai depender, basicamente, o sucesso da empreitada.
GostarÃa de ressaltar, ainda, que o apoio de todos, seja através da postagem de textos e fotos, seja através do valioso auxÃlio à edição por intermédio dos comentários, é imprescindÃvel para que o livro de fato saia. A quantidade e a qualidade dos textos já enviados mostra, felizmente, que a fase do "será que pega" passou. O carro saiu, ainda em primeira, mas já, nesta altura, pedindo a segunda.
O "manual" abaixo, assinado por mim e pela Ize, traz algumas diretrizes que podem auxiliar a produção dos textos que integrarão o livro, cujo objetivo é mapear as experiências escolares de overmanos e minas.
Vamos a ele
Beijos e abraços,
Do Joca Oeiras, o anjo andarilho
“Reminiscências de Escola†(tÃtulo provisório): Diretrizes Editoriais
1- O livro em tela, fruto do trabalho de overmanos e overminas não pertence a A ou B mas ao Overmundo. Se vier a ser publicado em papel, independentemente da remuneração pelo trabalho autoral e editorial, o site deverá ser destacado como seu produtor coletivo.
Por isto mesmo é condição sine-qua-nom para figurar no livro que cada colaboração individual venha a ser publicada – isto é, obtenha mais de 60 votos– no Overblog.
Algumas pessoas ponderaram, e delas não tiramos a razão, que este tipo de texto caberia melhor como “não ficção†no Banco de Cultura. GostarÃamos de obter a compreensão de todos para o fato de que o overblog, com a possibilidade de postagem iconográfica, é muito mais cômodo para o trabalho editorial.
2- O projeto editorial em tela terá tanto maior sucesso, e disto os editores estão cientes, quanto maior for a diversidade (em todos os sentidos que se possa entender) das contribuições recebidas.
Por outro lado, quanto maior for a capacidade dos editores de agrupar as semelhanças, isto é, quanto maior (ou mais evidente) for a lógica interna do livro, maior será o sucesso dos editores.
Por isto estamos pedindo aos colaboradores, sempre na estrita medida do possÃvel, é claro, que procurem nos fornecer os seguintes dados que nos permitam balizar as contribuições:
a) Ano em que a experiência ocorreu;
b) Espaço geográfico em que a experiência ocorreu: estado/municÃpio;
c) Informações sobre se a escola era da rede pública ou privada; se da rede privada, se era laica ou religiosa;
d) Informações sobre os prédios escolares;
e) Composição social do alunado;
f) Serão benvindas informações que contribuam para a contextualização da experiência, como por exemplo, dados do municÃpio no que se refere ao tamanho, à economia, à s polÃticas de educação...
Com relação à s temáticas, como não podia deixar de ser num projeto que trabalha com reminiscências, fica a cargo do(a) colaborador(a) discorrer sobre as experiências que mais lhe marcaram, como por exemplo: grade curricular, metodologias de ensino, relação professor/aluno, disciplina, avaliação, relação escola/comunidade, relação escola/famÃlias, orientação religiosa da escola, amizade entre alunos, o que mais houver.
3- Com relação à iconografia, quanto mais rica e pertinente ela for, tanto melhor, sendo ideal, quando possÃvel, que ela seja digitalizada num CD. O acesso ao maior número possÃvel de fotos facilita a escolha das melhores e das mais significativas. As fotos antigas, nem é preciso dizer, enriquecem sobremodo um livro de memórias.
4- Ainda não temos, no momento, previsão exata de data para o fechamento do livro, uma vez que isso depende do fluxo de envio dos textos. Mas pensamos em duas possibilidades: 15 de novembro próximo, caso se decida pelo lançamento no Natal ou 15 de janeiro, se decidirmos, o que é mais provável, lançá-lo no inÃcio do perÃodo escolar de 2008. A data será comunicada no inÃcio de outubro.
5- Por ter crescido a nossa responsabilidade – temos que ver cada parte pensando no todo – pedimos paciência conosco se nossos comentários forem muito minuciosos e não propriamente amenos: editor nunca foi flor que se cheire!
6- As contribuições até agora recebidas muito nos alegraram e reforçaram a nossa esperança de que haja ainda muita coisa muito boa por vir.
Mãos à obra!
Overmundo, 16 de setembro de 2007
Joca Oeiras, o anjo andarilho e Ize
Aldo, parabéns pelo texto. É muito gostoso ler essas lembranças que cutucam as nossas...
O Velho e o Mar foi quase um Harry Potter para os jovens daquela época, não? Um grande abraço.
Querido Aldo:
O texto do Agenor já está sendo votado
http://www.overmundo.com.br/overblog/meus-doces-anos-de-agricolinoreminiscencia
beijos e abraços
do Joca Oeiras, o anjo andarilho
Aldo,
gostei muito do teu texto!
Um abraço,
Cara LetÃcia,
Obrigadão pelo comentário. Fiquei contente que gostaste de uma das histórias do "Gabrielinha". Como és de Porto Alegre, por curiosidade, ele se localizava no bairro Santana, onde tempos depois se instalou uma repartição municipal: o DEMHAB.
Abração,
Aldo
As escolas e os correios são duas intituições que eu costumava respeitar. Ambas fazem papéis muito bonitos na sociedade. Infelizmente ambas estão com as bases velhas e em alguns caso até mesmo podres. É preciso reforça-las, ou até melhor, recria-las.
Jornalista81 · BrasÃlia, DF 7/10/2007 17:16
Aldo que bom viajar com você nessas lembranças, parabens
sinvaline
Caros Jornalista81 e Sinvaline,
Obrigado pela presenças e comentários!
Abraços,
Aldo
Tem já uns vinte dias que o nome Gabriela Mistral me "ronda" como vira-lata faminto atrás do ´dono. Decidi ler, agora que me sobram 20 minutos no computador.
Muito bem escrito, MUITO BEM DESCRITO... só discordo numa coisa, seu Aldo: o ADMISSÃO era o terror dos maus alunos, era uma espécie de RECUPERAÇÃO a que eram obrigados os que ficavam em algumas matérias ou tiravam menos de SEIS E MEIO (a média mÃnima, pelo menos no meu colégio interno) na prova final.
Agora, te vejo declarar que o Admissão era um degrau a mais na rotina escolar? Será que de 66 para 1972 a coisa mudou tanto assim?
De qualquer forma, um belo texto. Parabéns!
Caro Nato,
Muito obrigado pela presença e pelo incentivo.
Quanto à tua discordância sobre o exame de admissão ao ginásio, acato-a integralmente pela razão simples de não poder discuti-la. Descrevi-o como o vi - um trampolim do 4º ano para o primeiro ginasial, do qual não me utilizei - e não como o vivi, pois de moribundo, sem que eu soubesse, no ano da minha decisão, foi à óbito no ano seguinte...
Sou obrigado a deixar apenas para os comentaristas que tiveram esta experiência a chance de compartilharem ou não o teu entendimento.
Um grande abraço,
Aldo
Belo e substancioso relato, Aldo.
Aproveito para agradecer-te a visita em meu Naqueles tempos de Dolores dessa volta ao passado a que nos convocaram Joca e Ize.
Quanto ao Admissão, comentado pelo Nato, recordo que, pelo menos até 65', quando o fiz para o Colégio Estadual Júlio de Castilhos, era a forma de triar os candidatos que haviam em maior quantidade de vagas para as escolas secundárias de reconhecida mais qualidade.
Recordo que fizera inscrição também para a Escola Técnica Parobé e que meu pai inscrevera-me no Colégio Militar.
Nem era ainda o quinto ano de recuperação, como relatas, nem o recurso das médias baixas como diz o Nato. Era peneira mesmo.
O colégio Estadual Júlio de Castilhos tinha o conceito de Padrão do Estado naquela época. E, em conseqüência, muito mais isncritos que vagas.
Salve Aldo!
Comecei a ler estes relatos e gostei muito - Nivaldo Lemos, Adroaldo Bauer. Curioso foi porque o nome Gabriela Mistral me chamou atenção - lembrei da poestisa chilena, prêmio nobel de literatura, embaixatriz no Brasil e que tinha um nome exótico e longo. (ela foi a primeira escritora, latina a ganhar tal prêmio).
Bem, o fato é que teu escrito está perfeito - viajei na narrativa
saudações pantaneiras
Caros Adroaldo e Arlindo,
Obrigado pela presença incentivadora e pelos comentários estimulantes.
Abraço duplo,
Aldo
P.S.: por curiosidade, o nome verdadeiro de Gabriela Mistral era Lucila de MarÃa del Perpetuo Socorro Godoy Alcayaga.
Aldo!
Justo, o nome da moça era este mesmo - sei porque estive numa jornada, a procura de buraco-negro, pode verificar.
saudações pantaneiras
São as lembranças que ainda mantém as esperanças.
Lindo e saudoso texto.maravilhoso de fato.
Cara Clara,
Obrigado pelas palavras estimulantes e gentis. Sobre a saudade há um outro texto no meu arquivo, caso tenhas curiosidade.
Abraço,
Aldo
Bom saber lembrar a Poeta Mistral, e o romance " O Velho e o Mar" que li aos 18 anos. Presente da minha mãe. Como é importante todos os pais lerem para os filhos, incentiarem a leitura dando o exemplo. O papel não é somente da escola, é da sociedade toda.
Bjs
votos atrasados.
Mas valendo a leitura ótima!
Tânia do Rio de Janeiro que continua lindo,
Obrigado pela presença e pelos votos que são bem-vindos a qualquer tempo, pois dão idéia de que o texto foi mais que uma fala, um diálogo!
Abraço,
Aldo
Gente, perdão a ausência, o atraso as babaquices todas que fiz, que fiquei de dizer e não disse e as que disse também.
Papá Bauer fez um enfarte no dia 8.4 e só agora consegui chegar mais pertinho do que aconteceu e dizer aqui pra vocês.
Perdão, mesmo, não é descaso com esse meu maior de todos os amigos, é minha ocupação no momento que não me permitia abandonar o que fazia e a atenção/tensão na evolução do caso.
Eu sabia que ele estava com a Aninha, a Cristiniha, a Loló, as filhotinhas Helena, Ana Laura e Ana amélia e que já escapara do risco de morrer.
Tá de volta pra casa hoje.
Vai ficar meio fora do ar uns 80 dias, se der ouvidos aos médicos.
Sei que parou de fumar, que já fumava pouquinho. E pode falar, andar e pensar como qualquer doidinho feito nóis aqui, só não se pode cansar que fez um catéter que não queria parar de sangrar mas já parou e e tá.
E ele tá bem coradinho e diz as coisinhas todas com aparente muita lógica e razão.
Até continua xingando a globo, sei lá porque.
Ele recebe mas só ponderá e-mails na próxima semana, se quiserem falar com ele assim.
telefeno e tá proibido de chegar perto.
Só vai ao banheiro e à cama.
E vai sozinho, já o rebelde.
Beijin.
Querida Juliaura:
Sem dúvida notável a ausência de ambos no overmundo. Bom que, aparentemente, as coisas estão voltando a seus lugares. Por favor diga ao Adroaldo que tenho plena convicção de que saÃra desta inteiro, já que Ãntegro, sei disso há muito tempo, ele será até o fim da sua vida, que eu espero que demore muito a chegar.
beijos e abraços
do Joca Oeiras, o anjo andarilho
Ops! Receber a notÃcia por aqui, infelizmente, não foi uma boa surpresa. Nossos corações com o do mestre Adroaldo para uma recuperação o mais pronta possÃvel!
Abraços Juli e Joca.
Aldo
Lindo... como sinto saudades da minha escolinha; ah, esse saudosismo.
Parabéns!
forte abraço,
Cara Iza,
Obrigado pela visita gentil! A respeito da saudade, caso tenhas interesse, há um um outro texto no meu arquivo.
Abraços,
Aldo
O nome da poeta chamou-me ao texto belÃssimo.
Parabéns!
Cara Vera,
Obrigado pela visita superlativa!!
Abraço,
Aldo
Aldo, apenas hoje conheço seu excelente texto. Como educadora posso lhe dizer que é extremamante belo e orgânico, instigante. E que linda foto! Parabéns!
Veja o link, se tiver tempo
http://www.overmundo.com.br/overblog/entrevista-maria-da-conceicao-paranhos
Cara Brida,
Obrigado pela mensagem gentil e calorosa. Como talvez tenhas percebido, este texto faz parte de uma inciativa de criação coletiva no Overmundo, concebida e coordenada pelo caro Joca Oeiras.
Este post tem uma espécie de continuação. Caso tenhas curiosidade basta ativar o link.
bjs&abçs
Aldo
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