Haru e Natsu - As Cartas Que Não Foram Entregues

divulgação
Cartaz do lançamento de Haru e Natsu no Japão
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Roberto Maxwell · Japão , WW
3/3/2008 · 98 · 16
 

A Band colocou no ar no último dia 25 a minissérie Haru e Natsu - As Cartas Que Não Foram Entregues, a primeira superprodução da TV japonesa sobre a questão da migração nipônica para o Brasil. A série conta a saga da família Takakura, que deixa Hokkaido (norte do Japão) para fazer dekassegui no Brasil, ou seja, para migrar de forma temporária, em busca de trabalho. Os Takakura se inscrevem no programa e são levados para Kobe (no centro-sul), para a triagem dos imigrantes e uma das filhas, Natsu, é diagnosticada com uma doença e impedida de viajar. Sem um de seus rebentos, a família parte com destino ao incerto, mas com a promessa de retornar em breve. Cumprindo uma promessa feita antes da partida, as duas irmãs seguem escrevendo cartas uma para a outra. Porém, por uma série de percalços, as missivas não chegam ao seu destino. Os anos se passam e, como ocorreu com boa parte dos japoneses que migraram para o Brasil, os Takakura acabam se alojando definitivamente no Brasil. 70 anos após a partida, Haru volta ao Japão com o objetivo de encontrar a irmã. Com a ajuda do neto Yamato, este um brasileiro vivendo no Japão, ela descobre que Natsu se tornou uma empresária de sucesso. O reencontro das duas é traumático. Natsu é uma mulher amargurada. Alega ter sido abandonada. Porém, muitos anos depois de terem sido enviadas, as cartas chegam às mãos de suas destinatárias e ajudam o espectador a desembrulhar o passado das duas irmãs.

O passado esquecido
A minissérie Haru e Natsu foi produzida em 2005 para a comemoração dos 80 anos da primeira transmissão da NHK - Nippon Hooso Kyookai, a rede de comunicação estatal japonesa - para o Brasil. Mas, também, pode-se dizer que serviu a um outro propósito: justificar a presença de imigrantes brasileiros no país. Muitos japoneses sabem pouco sobre o passado recente de seu país, sobretudo os mais jovens. Um dos grandes problemas da educação na Terra do Sol Nascente é o ensino de História. São poucas as linhas nos livros didáticos sobre temas polêmicos. A diáspora de japoneses durante as eras Meiji, Taisho e Showa é um assunto obscuro nos livros didáticos japoneses. Portanto, a série cumpre o objetivo de mostrar ao grande público esse pedaço desprezado da História.

Estranhos na terra de seus ancestrais
Os imigrantes dos períodos citados são muito mal-vistos na sociedade japonesa. O cientista social Takeyuki Tsuda relata em seu livro Strangers In The Ethnic Homeland como muitos japoneses ainda vêem seus compatriotas que foram para o Brasil, EUA, Peru, Havaí e outros lugares. Para quem ficou, esses imigrantes são gente do "mato" (inaka no hito), que "abandonou o país quando ele mais precisava". Voltando ao Japão dos dias de hoje, os chamados nikkei burajirujin (brasileiros de descendência japonesa) estão na base da pirâmide social. Do mesmo modo que seus antepassados que atravessaram o oceano rumo ao Japão, são conhecidos como dekassegui e desde 1990, quando a Lei de Imigração foi flexibilizada para recebê-los e aliviar a pressão por mão-de-obra desqualificada, vêm aumentando em população. Sua presença é notada de diversas formas. Mas, ultimamente, a mais visível é a relacionada com os problemas sociais.

Brasileiros na mídia japonesa
Crimes envolvendo brasileiros no Japão vem sendo amplamente noticiados pela mídia japonesa, muitas vezes de forma sensacionalista. Esses eventos foram ganhando mais destaque quando vários dos acusados fugiram para o Brasil, anulando as possibilidades de eles serem julgados por uma corte japonesa e provocando a ira de vários grupos locais. Vale lembrar que o Brasil, como muitos países do mundo, não pratica a extradição de nacionais, mesmo que sejam criminosos.

Um dos eventos que mais teve repercussão foi a morte de uma menina japonesa na província de Shizuoka. Uma motorista brasileira foi acusada de avançar o sinal vermelho, provocando a batida que arremessou a menina para fora do carro dos pais e a matou. Poucos dias depois, a acusada e toda sua família fugiu para o Brasil. Grupos nacionalistas iniciaram movimentos pressionando o governo japonês a tomar atitudes contra aquilo que chamam de "escalada dos crimes cometidos por estrangeiros". Aqui cabe um parênteses: a criminalidade no Japão vêm aumentando nos últimos anos. Casos envolvendo nacionais estão incluídos no pacote. As autoridades, porém, voltam seus olhos para os delitos cometidos por estrangeiros. Alegam que há desproporcionalidade na participação de estrangeiros em atividades criminosas. Porém, esquecem-se da forma desproporcional com que estes são achatados no topo da pirâmide social. Além disso, grupos contrários à entrada de migrantes aproveitam-se dos eventos para mobilizar a opinião pública e gerar pressão social. Casos envolvendo brasileiros acabam gerando problemas para a comunidade brasileira, principalmente em cidades onde há alta concentração destes imigrantes. Por isso, movimentos sociais de brasileiros uniram-se aos japoneses para mostrar que a grande maioria dos imigrantes não está de acordo com a criminalidade. Ambos iniciaram um movimento para obrigar os governos dos países a criar um acordo de cooperação jurídica que permitisse a aplicação da lei aos que cometessem crimes e fugissem do Japão (ou vice-versa).

Com tanta promoção negativa em cima dos brasileiros imigrantes, a produção de uma série como Haru e Natsu tem a função de mostrar os nikkei à sociedade japonesa de uma forma positiva. Além disso, a repercussão entre os nipo-brasileiros também seria um meio de mostrar que o governo japonês está sensível aos problemas que ocorreram no Brasil, no passado, e aos que ocorrem atualmente com os dekassegui no Japão.

Personagens cheios de representações
Na série, Natsu (cujo nome significa ¨verão¨) representa o Japão atual. Ela se sente abandonada e rejeita o contato com a irmã. No primeiro encontro, trata Haru (cujo nome significa ¨primavera¨) com desprezo. ¨Vocês vieram aqui como dekassegui?¨, pergunta ela à irmã e ao sobrinho-neto Yamato (que é o antigo nome do Japão). Neste caso, ir para o Japão como dekassegui quer dizer "falhou como trabalhador no Brasil". Ao redescobrir as cartas enviadas pela irmã (ou seja, a História), Natsu vê não apenas o que lhe foi escondido durante anos mas, também, que sua irmã sofreu dificuldades na terra para onde emigrou e lhe enviara, com frequência, uma parte do pouco dinheiro que recebia. Muitos historiadores revelam que os migrantes japoneses no Brasil não apenas faziam remessas de dinheiro para o Japão como vendiam o excedente da produção agrícola a preços baixos para o país de onde vieram. As cartas seriam, portanto, o meio que desfaz os mal-entendidos entre os que se foram e os que ficaram.

1 litro de lágrimas
A escolha estética, como vale para qualquer drama televisivo japonês, é a do dramalhão, com direito a muitas lágrimas, em especial no primeiro capítulo. "As novelas japonesas têm que fazer o público chorar, senão são consideradas ruins", explicou pesquisadora Mii Saki Tanaka ao jornal fluminense O Globo. Talvez, isso afaste um pouco parte do público brasileiro, não muito afeito ao estilo. As atrizes que vivem Haru e Natsu na infância são lindas e fazem um trabalho bastante digno.

Os personagens porém são arquétipos bastante conhecidos do público. Não faltam a ¨madrasta¨ má (no caso, a tia que fica com Natsu no Japão), o desconhecido que ajuda a mocinha... Como estamos falando, também, de Brasil, destaque para o capitão-do-mato, personagem que já está no imaginário brasileiro por conta das novelas de escravidão. Também há mortes, conflitos de gerações, questões de identidade, tudo bem ao gosto dos amantes do gênero épico. A recriação da cena do embarque dos emigrantes para o Japão é muito bem produzida e a viagem tem seus quês de Titanic, o filme multi-premiado de James Cameron. Afinal, não pode faltar romance, também. A imprensa brasileira divulgou que apenas a narração foi dublada, ou seja, os idiomas originais - japonês e português - foram mantidos. Porém, não vale rir do sotaque do Yamato. O ator é japonês e foi uma infeliz escalação.

No mais Haru e Natsu, é uma interessante viagem no universo da migração japonesa para o Brasil do ponto-de-vista dos que ficaram. Quem quiser conhecer o outro lado da moeda, pode ter uma boa surpresa em Gaijin - Os Caminhos Da Liberdade, de Tizuka Yamazaki. Mas, por gentileza, privilegiem a raríssima edição original. O filme exibido pela Globo há alguns anos não é fiel ao que foi lançado nos cinemas em 1980. Da mesma diretora, Gaijin - Ama-me Como Sou é uma espécie de continuação da saga do filme anterior, incluindo o movimento dekassegui. Os dois filmes têm algo bastante interessante: o papel da mulher no processo de imigração e assimilação à sociedade receptora.

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ronaldo lemos
 

Oi Roberto, excelente artigo, como sempre. Neste ano, o iCommons Summit, que e' o evento global da comunidade preocupada em temas como acesso ao conhecimento, cultura e 'a informacao, vai acontecer no Japao, na cidade de Sapporo (nos anos anteriores, o evento ja' aconteceu nos EUA, no Brasil e na Croacia). Primeiramente, espero poder contar com sua presenca por la' (vou te escrever depois com calma sobre isso). Uma outra coisa e' que pensei em alguma forma de mencionar o centenario da imigracao japonesa na abertura do evento, mas nao sei como isso seria recebido localmente. O que acha?

ronaldo lemos · Rio de Janeiro, RJ 29/2/2008 08:51
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Roberto Maxwell
 

Oi, Ronaldo, acho excelente que você cite o centenário. Não vai ter nenhum tipo de má recepção, com certeza. Pode ser que algumas pessoas até fiquem surpresas, não conheçam a história. Mas, certamente será visto como algo positivo.

Roberto Maxwell · Japão , WW 29/2/2008 09:29
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Roberto Maxwell
 

Ah, enfim, nós vamos conversando sobre o evento e eu posso te passar mais detalhes. Mas, aqui eles falam que esses 100 anos são de amizade entre o Brasil e o Japão. Inteligível, visto que ninguém comemora que seu povo saiu do seu território, no meio de um momento belicista ou durante uma guerra. Mas, enfim, o congresso está cheio de gente que lida com mídia, cultura, desenvolvimento. São pessoas que vão entender a sua referência.

Roberto Maxwell · Japão , WW 29/2/2008 09:35
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Nivaldo Lemos
 

Roberto,
excelente matéria. Além de muito bem escrita, levanta uma questão pouco conhecida não só no Japão, como você diz, mas também no Brasil. Com exceção dos filmes da Tizuka, dos quais vi apenas o excelente Gaijin (cujo título, salvo engano, siginifica estrangeiro), pouca coisa se escreve aqui sobre a imigração japonesa. Pelo menos na grande imprensa. E, principalmente, assim, desta maneira clara, elucidativa e sem os estereótipos e preconceitos que costumam dificultar a compreensão de temas históricos polêmicos como este. Vou ver se ainda consigo acompanhar a minissérie na Band. Meus parabéns pelo texto. Por fim, apenas uma observação: o jornal O Globo é carioca (do Rio de Janeiro), não flumuminense (de Niterói). Isto em nada muda a qualidade do seu texto e, provavelmente - deduzo - deve-se ao fato de você não morar no Rio. Parabéns mais uma vez pelo belíssimo trabalho.

Um abraço.

Nivaldo Lemos · Rio de Janeiro, RJ 29/2/2008 17:15
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Roberto Maxwell
 

Oi Nivaldo, obrigado pelos elogios. Há bastante material sobre a relação entre o Brasil e o Japão no Overmundo. Nesse tópico você poderá conhecer quase todas elas:
http://www.overmundo.com.br/forum/100-anos-de-imigracao-japonesa-no-brasil-no-overmundo

Bem, fluminense é o adjetivo utilizado para os nativos do estado do Rio de Janeiro. Enquanto carioca refere-se exclusivamente aos nascidos na cidade do Rio de Janeiro. Os nativos de Niterói, são niterioenses. Ambos, cariocas e niteroienses, são fluminenses já que, desde 1975, são nativos do estado do Rio de Janeiro. Eu sou filho de pernambucana com fluminense, nascido no Rio de Janeiro (capital, carioca e fluminense. Morei no Rio todos os primeiros 30 anos da minha vida de doido.

Um abração!

Roberto Maxwell · Japão , WW 29/2/2008 23:08
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Andre Pessego
 

Roberto, é louvável a sua capacidade de argumento, de reunir informações e manipular a verdade.
Eu vou lhe citar dois fatos
a) Durante a guerra os nordestinos que foram para o "socorro" da borracha se arrancharam, se embrenharam como puderam e não puderam, passada a Guerra, no III acordo de imigração, todo japonês teve direito a terra. Em 1950, grande numero foi levado para a Amazonia. Aqueles nordestinos foram atirados para a periferia das cidades, os que resistiram foram mortos pelo Exercito Brasileiro - hoje estão lá em palafitas. As terras o Exercito tomou para dar pra japones.
No acordo da II Grande Guerra, foi renovado o ítem assistência financeira, 50 anos de Banco do Brasil.
Nem um nordestino, sequer entrou no Banco do Brasil
b) não estou falando do negro que ainda hoje não pode ter terra. Não pode.
c) Até 1990 não se via catador de rua "japonês" em SP. (o mito do povo trabalhador, inteligente). Por que? Banco do Brasil. Hoje
vai na boca do lixo que voce ver; vai nos postos de reciclagem que voce ver. Acabou o acordo financeiro.
d) O progrma dos dekasseguis. Sabe o que é isto? - a reviravolta
do programa eugenístico brasileiro. O Japão, já de pé e mão no Atlântico, quer provar a "degenerescência do cruzamento" com as raças inferiores. O Senado calou-se; a Igreja Protestante calou-se. E a campanha contra os brasileiros nunca foi tão alta.
- O mito da riquesa da pimenta do reino, é o mito do "rei da soja" = dinheiro do Banco do Brasil.
Italianos, primeiro alemães, espanhóis - todos tiveram direito à terra; em cada etapa houve manipulação, também, o programa de imigração japonesa impõe esta UNANIMIDADE a mais de um Século. E não tem raça superior, diferentes são as pessoas - cada individuo.
O Brasil, nós, queremos dar um salto na História. Não vamos dar.
É lamentável. Esta campanha de mais de um século.

Andre Pessego · São Paulo, SP 2/3/2008 22:59
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Andre Pessego
 

Roberto, esqueci - Voto sim no documento, no valor dele para a historia. A minha discordância em parte não invalida o outro lado.
um abraço, andre.

Andre Pessego · São Paulo, SP 2/3/2008 23:06
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Roberto Maxwell
 

André, li seus "fatos". Continuo sem entender onde o que eu escrevi vai de encontro a eles.

No mais, estou até agora buscando resposta para o fato de você ter saído do campo das idéias para o da ofensa pessoal. Estou ainda pensando que tipo de resposta você merece, já que eu não sou moleque, faço um trabalho sério e não agredi você em nenhum momento.

Roberto Maxwell · Japão , WW 3/3/2008 11:01
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Andre Pessego
 

Roberto,
Talvez voce esteja já se acostumando a um outro idioma,
em nenhum momento lhe agredi e não faria isto. Mas não posso
deixar de ver na FABULA DA CARTA, da FAMILIA PARTINDO DEIXANDO A FILHA PARA TRÁS...... Eu conheço isto de perto, sou do ponto de encontro dos retirantes das secas. Ali sim. Ali voce veria corações partidos. Ali voce veria dor. Voce ´não é ingênuo para perfilar uma coisa desta. o Japão saia vitoriso da guerra russo/japonesa, naõ estava a cacos.... Isto é falsear a verdade, comparar o Japão de pós guerra russo/japonesa com a fuga de nordestinos da seca. Não tem outro nome.
Me refiro 100 anos de propaganda no estilo de O MALHO da REVISTA DA SEMANA, dos primeiros anos do JORNAL DO BRASIL. Acho uma indignidade e é. Perfilar, o erro sem olhar para traz, sem se projetar para frente.
Mas, me abstenho de observar seus textos.


Andre Pessego · São Paulo, SP 3/3/2008 15:10
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Roberto Maxwell
 

1. "Roberto, é louvável a sua capacidade de argumento, de reunir informações e manipular a verdade."
André, ingênuo e manipulador é você de entrar nesse texto, fazer esse comentário e achar que alguém que é um pesquisador sério não vai sair ofendido.
2. "Comparar o Japão de pós guerra russo/japonesa com a fuga de nordestinos da seca." Quem fez essa comparação? Você. Não fui eu. Alguém que entra aqui nesses comentários e lê apenas isso vai, sim, pensar que houve esse teor no texto, quando ele não existe.
3. Acho que seus argumentos pecam contra você mesmo. Nunca ouvi dizer de país que não sacrifica os seus em nome da guerra. Pelo contrário, no passado e no presente sempre o que se vê são os mais pobres sendo sacrificados pelos interesses dos mais ricos. Ou você, que é um ativista, não sabe ainda porque tantos negros estão nos fronts dos EUA? Porque eles são pobres. Empobrecidos, eles são "obrigados" a se alistar no exército. O Japão era uma nação feudal num mundo já industrializado, meu caro. Uma nação bélica que levou a fome a seus filhos para impor a guerra. E essas pessoas, usadas como mão-de-obra barata, excedentes para ocupar outros espaços compuseram a maioria dos que foram mandados para várias partes do mundo. Agora, se você acha que essas pessoas são menos vítimas do sistema do que os negros que foram vendidos aos borbotões pelo mundo americano, eu é que me obstenho de discutir com você.
Não sou do tipo que vê "tanto espírito no feto, nenhum no marginal". Essa visão conservadora que só encontra vítimas quando ela é da mesma cor, da mesma raça, da mesma religião, da mesma orientação sexual, da mesma etnia... enquanto todos os demais - independente de quem sejam, do que tenham vivido - são algozes. Esse tipo de visão é tão danosa quanto aquela que considera que não há especificidades na luta do negro, da mulher, do homossexual e outras lutas específicas que foram ignoradas por gente da esquerda durante muitos anos no Brasil.
Você pede para se rever a História, mas você tem apenas turvado as discussões com seus argumentos colocados de forma acalorada. Tão acalorada, que você partiu prum ataque pessoal e ainda me acusa de "não entender a língua". Língua que, de passagem, eu domino muito bem e procuro me aperfeiçoar a cada momento. Ou será que nesses três anos o português absorveu mesmo como "natural" o modo grosseiro com que a "gentil" população brasileira se trata no trânsito? Acho que não.
Você pensa ser dono único e exclusivo de histórias de "sofrimento" de migrantes e negros. Não é. Minha família é migrante e negra. Minha mãe passou ANOS sem reencontrar-se com a minha avó e sofria a cada dia com isso. Hoje vivemos uma nova etapa. Agora, ela (e o filho) sofrem por estarem mais distantes um do outro. Isso, claro, no seu mundo maniqueísta, não tem valor. Afinal, eu tenho a pele branca e moro no Japão (e ainda escrevo textos que, no seu ponto-de-vista, "defendem" essa gente tão "ruim" que tirou as terras dos "brasileiros). Então, eu não sou um imigrante, sou apenas um...
Você se abster de observar meus textos é uma decisão sua pessoal. Agora, se colocar de forma agressiva, acusando alguém de ser "manipulador", colocando comparação na minha boca é um ataque não somente à minha pessoa, mas à comunidade. É uma falta de respeito à história do outro (pessoal e social). E eu não sou obrigado a engolir calado uma falta de respeito à minha História pessoal. Sou um escritor/jornalista/pesquisador muito sério, trabalhador incansável, escritor responsável com o conteúdo que eu veículo e com a forma como me relaciono com os meus leitores. Por isso, exijo o mesmo respeito. Não vou aceitar calado, de forma alguma, insultos pessoais numa discussão de um texto escrito com o rigor que este e outros que eu publiquei no Overmundo foram produzidos.

Roberto Maxwell · Japão , WW 3/3/2008 20:22
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Patipetista
 

Coincidencia ou não, hoje vi uma chamada na Band de Haru e Natsu !
Nem havia entendido muito bem, mas passeando aqui no overmundo , que é muito mais interessante que muita coisa que vimos na tv, me deparei com os nomes familiares !
Adorei o artigo, gosto muito de saber mais um pouquinho e outro pouquinho sobre o Japão !
Abraço !
Vi que também passeia entre as linhas do "MEU Japão Muito Mais Legal "

Patipetista · Taboão da Serra, SP 3/3/2008 20:57
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Roberto Maxwell
 

Oi, Pati. O Meu Japão é escrito pelo meu chefe de redação, o Ewerthon Tobace. Gente fina.

Roberto Maxwell · Japão , WW 3/3/2008 21:02
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Kais Ismail
 

Oi Roberto!

Naomi, minha esposa, está acompanhando a série.
Confesso que assisti apenas parte de 1 capítulo, e o que me chamou a atenção neste capítulo, foi a direção de fotografia que me pareceu amadora. A iluminação não condiz com todo o resto do trabalho.
É apenas um pqno detalhe técnico que não desmerece esta magnífica produção.
Um forte abraço

Kais Ismail · Porto Alegre, RS 4/3/2008 01:37
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Roberto Maxwell
 

Pois é Ismail, eu não sei o que acontece, mas a fotografia das novelas locais são exatamente assim. Todas! O que será?

Roberto Maxwell · Japão , WW 4/3/2008 01:41
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dioskeize
 

Adorei muito o Dorama Haru e Natsu.
Comprei a versão em alta resolução no site www.japanway.com.br , onde tem 5 longos capítulos, e não o retalho que a Band fez e vende por 130 conto...

Paguei BARATINHO E recomendo aos colegas.

http://japanway.com.br/loja/product_info.php?cPath=23&products_id=176

dioskeize · São Paulo, SP 15/4/2008 14:29
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dioskeize
 

Adorei muito o Dorama Haru e Natsu.
Comprei a versão em alta resolução no site http://haruenatsu.blogspot.com/ , onde tem 5 longos capítulos, e não o retalho que a Band fez e vende por 130 conto...

Paguei BARATINHO E recomendo aos colegas.

http://haruenatsu.blogspot.com/

dioskeize · São Paulo, SP 3/8/2011 17:21
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