Fala-se muito - pelo menos aqui no Japão - dos cem anos da imigração japonesa ao Brasil que serão comemorados no ano que vem. No meio dessa história, estão os cerca de 1.500.000 japoneses e seus descendentes. São pessoas que, apesar de viverem num país miscigenado e de serem brasileiríssimas, ainda são reconhecidas como "japonesas", seja nas piadas, seja na relação social com os brasileiros considerados mainstream. Em seus documentários, o paulistano Hélio Ishii vem procurando desvendar as inúmeras questões por trás do movimento migratório Japão - Brasil - Japão. Cartas mostra a experiência migratória sob a perspectiva de quatro personagens, todas mulheres. Já Permanência aborda o mesmo fenômeno social pelo recorte da segunda geração de imigrantes. Em ambos os filmes, é comum a forte vinculação do diretor com as narrativas de seus personagens, como vocês poderão ler no texto abaixo. Programadas para compor uma entrevista, as perguntas acabaram sendo utilizadas pelo diretor como um roteiro na elaboração de uma reflexão bastante viva e pessoal.
por Hélio Ishii
Acho que o interesse pela imagem em movimento é comum a minha geração que viu surgir as primeiras câmeras de vídeo domésticas. Meu avô por parte de mãe era fotógrafo e cinegrafista e pai de 9 filhos, todos fascinados pela fotografia. Fotografar, então, era uma coisa comum em casa. Bem mais tarde, quando surgiu o vídeo doméstico, meu tio já herdeiro da loja de meu avô fazia seus eventos sociais e eu, com meus 18 anos, o ajudava segurando a luz. Claro que na época não tinha a menor idéia que isso poderia se tornar uma atividade profissional.
Nasci em São Paulo, filho de um japonês com uma nissei (descendente de japoneses de segunda geração) e, para mim, essa mistura sempre foi conflituosa. No Brasil x Japão, sempre torci para o Brasil.
Fui parar no curso de Ciências Sociais mesmo sabendo que meu nível escolar era muito melhor em exatas e quase zero na área de humanas. Até hoje não entendo esta decisão. Na faculdade, tive contato com pessoas muito diferentes e a pressão acadêmica me perturbou bastante. Agora posso rir, mas era uma coisa séria não entender Marx, Hegel e não ter idéias geniais como meus colegas. Enfim, desencanei de levar a coisa muito a sério e fui fazer matérias na psicologia, na escola de arte, me inscrevi no coral e na canoagem, ou seja, ficava o dia todo na universidade aproveitando do jeito que achava melhor. Contudo, sempre mantive uma admiração dos caras que tinham boas sacadas lá na Sociais.
No último ano, fui procurar estágios e fazer, também, licenciatura e vi que naquele ano 90-91 a coisa tava travada. Depois do plano Collor, até aqueles bicos de câmera que eu fazia sumiram. Soube, então, que um amigo meu da Sociais foi pro Japão e ia pegar a grana e viajar pelo leste europeu. A Sueli, (personagem do filme Cartas) que se formara em administração e trabalhava na Telesp, também foi. Eu naquele momento nem pensava em ir porque, afinal, eu odiava as coisas relacionadas ao Japão. Mas, a coisa apertava e a pressão para arrumar um emprego e me sustentar era cada vez maior.
Não deu outra. Financiei a passagem e fui para o Japão. Algumas coisas me motivavam e uma delas era comprar uma câmera de vídeo e sair gravando por lá. Outra coisa era morar sozinho... De resto, não me lembro de grandes planos... Nem pequenos. Poderia me encontrar com a Sueli.
Em poucos dias, percebi que minha vida virara de ponta cabeça. Fui para perto de Kyoto e trabalhava 10 a 11 horas por dia, de segunda a sábado, numa semana de dia e a outra a noite, lixando carro na fabrica da Nissan. Em 6 meses, devo ter falado 2 vezes com o japonês da minha frente, deixei a barba crescer e não tive tempo de encontrar ninguém dos meu conhecidos no Japão. Estava quase pirando, ao ponto de não responder mais as pessoas e dar de ombro com alguns japoneses na entrada do banho ou do refeitório. Assim que quitei a divida (da viagem) com a empresa, sai de lá correndo e só tive noticias ruins de alguns poucos colegas de fábrica. Trabalhei mais 1 ano em outros locais e, quando retornei ao Brasil, a idéia de um vídeo da vida no Japão ainda existia e era de um espírito de revolta enorme com o Japão. Se tivesse conseguido fazer um doc naquela época, acho que seria muito diferente de Cartas.
Depois da morte da Sueli, a idéia de ir pro Japão virou sinônimo de morte. Ouvia sempre a mesma lenga-lenga de conhecer a terra dos nossos avós, conhecer a cultura, a língua... Era muito revoltante. Ao mesmo tempo, via que as coisas daqui não estavam melhorando. Em 93 - 94, fazia o curso de economia e trabalhava na Secretaria de Agricultura de SP. Passava o dia rabiscando um projeto de uma produtora. Queria fazer o documentário. Não lembro a data, mas saí da Faculdade e, também, da Secretaria e comecei a montar a Cia. Paulista de Vídeo.
O início foi muito trabalhoso, mas conseguimos, ao longo de 5 anos, nos equipar e começar a nos preparar para produzir nossas idéias.
Como nada é fácil, em 98 faleceu um grande mestre, conselheiro e amigo nosso Denoy de Oliveira e, em 99, uma briga na sociedade faz voltar a estaca zero na produção. Bom, Cartas teve que esperar muito.
Nessa época os amigos e companheiros de projetos se juntavam para produzir peças de teatro, vídeos experimentais e quem tinha um cliente encaixava os outros nos trabalhos e até hoje é assim. Boa parte do Virgulino vem desde a época dos anos 90.
No meio desse contratempo, apareceu a internet com toda as possibilidades. Fizemos muita coisa experimental como Fora de Sync, um documentário experimental que chamava as pessoas a interagir e criar vídeos a partir dos nossos. Com ele, fui para o Festival de Cinema da Bahia que me ensinou que festival não pode ser o único caminho de uma obra. Também para internet tivemos o Narco Talk Show que era um formato mais sofisticado para uma internet que não permitia muitos movimentos. O tema, claro, era o de sempre: gente à margem...
Quando, finalmente, em 2002, consegui trocar o equipamento analógico pelo digital, retomei a idéia dos documentários, pois voltava a ser possível ter “custo zero “ com uma qualidade razoável. Começamos a gravar muito. Comecei na Bahia com Meninas do Samba o qual ainda não terminei. É a historia das mulheres que dançam samba pelo mundo. Tenho 2 historias fabulosas, mas espero conseguir mais 2 para completar o doc.
Comecei Cartas a partir do meu casamento com a Yumi que é japonesa. Foi hora de repensar e ponderar tudo aquilo que tinha ficado guardado. Então, comecei pelo começo: 1990, quando “todos” fomos ao Japão e, daí, nossas percepções e conseqüências. Descobri, sobretudo, o óbvio, que não somos japoneses. Tão óbvio mas, naquele instante e até hoje, tão confuso. Descobri outra maneira de pensar nisso que fica mais desestabilizadora: os japoneses do Brasil não perceberam que não são japoneses. Aliás, é uma minoria que crê que é maioria.
No Brasil, a era dos migrantes, com discurso de vencedores, de empreendedores, aquele discurso da "força de vontade", já não cola mais. Claro que é um discurso que ronda outras esferas, mas ouvi essa ladainha milhares de vezes, inclusive para se comparar as duas migrações Japão-Brasil-Japão. Isso acho que, essencialmente, é um discurso masculino e que, quando estava fazendo Cartas, isso ficou claro. O modo de expor dos homens, muitas vezes, é "se deu bem ou se deu mal", "foi fácil ou foi difícil", "venci ou fui derrotado". Ou ficam na estatística. Isso não representa a maioria. Não penso em tudo isso quando faço a edição, mas sei quando o papo tá com essa pinta.
Em Cartas, fiz 8 ou 9 entrevistas de mais de 2 horas cada. Sempre conversando eu, o câmera e a pessoa. Começo falando da infância e, aí, vai até os dias atuais. Nada de especial. No início, tinha um roteiro, mas vi que é impossível ficar preso a ele. É preciso ouvir e sacar algumas coisas. Há os terríveis momentos que são aqueles quando você desliga a câmera e a pessoa te revela coisas que ficaram no caminho. Por exemplo, em Cartas, Gisele, a jovem que foi criança (pro Japão), me disse que tinha nascido no Paraná e, depois, foi morar em SP. Na despedida, ela me fala que tinha nascido no Paraná porque seus avós eram contra o casamento dos pais e, então, eles decidiram fugir! Isso foi não saber ouvir. Procuro não saber antecipadamente da história. Espero a performance do momento da gravação. Realidade???? É toda aquela discussão.
Em Cartas, queria o mínimo de interferência de imagem referendando a fala. Queria dar a liberdade às pessoas elaborarem, naquele momento, o discurso que quisessem. Procurei pessoas próximas que tivessem a experiência de emigrar ao Japão ou que me pudessem apresentar outras. Os 3 primeiros depoimentos foram os que ficaram no doc e, durante o processo foi feita a escolha das cartas da Sueli. Vi que acompanhar uma longa trajetória era mais interessante dentre os depoimentos.
Cartas foi gravado com meu grande amigo Erick Mammoccio e editado por mim. A trilha foi cedida pelo grande músico Camilo Carrara que na época tinha acabado de gravar as canções infantis japonesas (provavelmente para o álbum Canção do Sol Nascente). Em 1 ano e meio desde a primeira gravação, o doc estava pronto.
No fundo, acho que tudo que faço tem o mesmo tema. O enorme esforço que dispomos para uma coisa dar certo e nem sempre os planos se realizam. Mas o bacana é o processo, o caminho que cada um seguiu.
Cartas, antes de tudo, era uma resposta àquilo que eu já disse. Mas também mostra a questão da descoberta da identidade, da descoberta de um Brasil pobre, sujo, desvalorizado e cada um fazendo parte disso, sem escapatória. Acho que também mostra o mundo do trabalho dos brasileiros além da organização social, escolar e familiar na qual os brasucas estão inseridos. Mostra também a vida. A vida de jovens no Japão. Possibilidades e...
Permanência pra mim tem um outro sentido. Já foi feito pensando naquilo que vemos hoje. Uma busca de explicar tudo sobre o Japão. E vai uma equipe gravar por 1 mês e revela o Japão que ninguém conhece, mas que parece muito igual àquilo que queremos ver, ou seja, moderno sem deixar de ser tradicional.
Fora a questão do Fast Film (filmagem rápida), me identifico muito com a segunda geração e queria saber o que se passava com eles. Os assuntos deles são geralmente menos notados porque no degrau das prioridades — os sem-escolas ou delinqüentes — a urgência parece ser evidente. Perto disso, seus problemas parecem ser coisa de classe média e todo aquele papo.
Acho que em Permanência, o pessoal da fábrica vem com uma pinta de estereótipo dos jovens sem compromisso e com gastos inúteis. (Permanência foca-se nos jovens que estudaram/estudam em escolas japonesas e sofreram/sofrem um processo de aculturação diferenciado dos "jovens de fábrica", aqueles que abandonam a escola — japonesa ou brasileira — e ingressam no mundo do trabalho como seus pais.) Talvez tivesse que dizer que também que tem um fator que é tempo. Entrevisto quem estiver por perto. Dentro do limite do tempo que tenho, faço o possível para pegar vários perfis. A coisa interessante que acho ao trazê-los (os "jovens de fábrica") é que também pude trazer as impressões de uma “brasileira” (uma personagem do filme, jovem de nacionalidade brasileira, mas que fala apenas japonês) em relação a eles, brasileiros. Isso eu acho interessante. Brasileiros??? Quem??? "Eu sou brasileira também e não falo português, tenho medo do jeito dos homens brasileiros, não encontro com eles nas baladas..." Volta a questão da identidade e a formação delas.
Permanência também traz pra mim uma coisa que aquele velho Tomekiti de 99 anos (personagem que aparece no filme citado) sintetiza. Ele disse ”se os brasileiros puderem, voltem, porque tem muita coisa pra fazer aqui ainda.“ Um depoimento em japonês falando de um sentimento sobre um outro lugar, o Brasil. Um lugar que ele entende sendo seu. Como é possível?
Os projetos aparecem quando enxergo a possibilidade de viabilizar
produção dos temas. Os temas são os de sempre. O que muda é uma chance, uma coincidência, um exato momento de sorte. Na produção que fazemos, é isso que decide. Uma pessoa que surge, um dia de folga, uma vontade, aqueles 5 minutos. Nos documentários ainda acho que dá pra pensar num “solo”, um voz-e-violão no vídeo. Mas na ficção é um desafio.
Escrevi para os participantes do projeto Mina e Lisa (projeto de seriado para a internet protagonizado por duas adolescentes nikkei, ou seja, descendentes de japoneses) o que este é pra mim: "antes de mais nada Mina e Lisa é um projeto coletivo. Ou seja, não dá para fazer sozinho, dá “trampo”.
No fundo, acho que é isso. É apenas uma prova da nossa capacidade de fazer algo coletivo apenas pelo fato de ser coletivo. Não há um fim extraordinário. Ainda mais acho que os resultado desses trabalhos são repetições do tema que outros já trabalharam melhor. Se ficarmos pensando muito, descobriremos que o melhor é não fazer. Assim, pela falta de autenticidade, me deixo levar pelos encontros e reencontros com os outros.
Voltando ao tema das migrações tento sabotar as idéias e pensar que o paradoxo dessa ida dos descendentes ao Japão foi não só a
descoberta da identidade brasileira, mas a desilusão com o Japão
dourado dos primeiros imigrantes. Não tenho idéia se isso ocorre, mas vejo, a partir daí, algumas pessoas sendo obrigadas a repensarem o discurso ou manterem um discurso desconexo sobre o Japão contemporâneo. Isso abre espaço pra pensar muita coisa.
Adaptação, identidade, trajetórias.... É a partir daí que parto ao
tema porque me é muito próximo. Se eu fosse negro, talvez o sentimento de exclusão fosse mais forte em mim. Mas, fazendo parte de uma minoria que se acha maioria, as sutilezas da exclusão são maiores. Um projeto dentro das migrações que ainda me interesso é sobre o retorno das crianças ao Brasil. Bom, eu e a torcida do Flamengo, não? Mas vamos ver se consigo tocar esse.
Voltando ao tema das migrações tento sabotar as idéias e pensar que o paradoxo dessa ida dos descendentes ao Japão foi não só a
descoberta da identidade brasileira, mas a desilusão com o Japão
dourado dos primeiros imigrantes. Não tenho idéia se isso ocorre mas vejo a partir daí algumas pessoas sendo obrigadas a repensarem o discurso ou manterem um discurso desconexo sobre o Japão contemporâneo. Isso abre espaço pra pensar muita coisa.
Adaptação, identidade, trajetórias.... É a partir daí que parto ao
tema porque me é muito próximo. Se eu fosse negro talvez o sentimento de exclusão fosse mais forte em mim. Mas, fazendo parte de uma minoria que se acha maioria, as sutilezas da exclusão são maiores. Um projeto dentro das migrações que ainda me interesso é sobre o retorno das crianças ao Brasil. Bom, eu e a torcida do Flamengo, não? Mas vamos ver se consigo tocar esse.
Maxwell, que história bacana! Essa tua entrevista/depoimento é muito rica. A verdade é que, se cada grupo de imigrantes tivesse a atenção de um cineasta como o Hélio, teríamos melhor noção do que se passa com os grupos imigrantes e descendentes de. Certamente, um trabalho interessante.
Como ainda temos 20h de edição, vou dizer: há uma série de palavras não acentuadas. Seria legal completá-las, não?
Grande entrevista, belíssimo depoimento.
Abraço.
Oi, Labes-san
Fiz uma revisão e coloquei acentos e vírgulas.
Muito obrigado pela leitura atenta e pelo comentário elogioso.
Muito legal! A cultura japonesa sempre me atraiu... abraços!
Bruna Célia · Goiânia, GO 22/9/2007 10:41beleza de texto. acho que a falta de acentuação talvez se deva À diferença dos teclados ou sistemas entre nossos países ne? eu me correspondo com amigos japoneses e não acentuo as palavras, porque, senão, o texto chega pra eles complexo, desconfigurado, principalmente nas palavras com Til e Cedilha. O site que divulga nosso trabalho no Japão é o www.sambatown.jp, caso vc queira entrar em contato com eles. Abraços, namastê
Rosa Campello · Recife, PE 23/9/2007 15:47
Prezado Roberto Maxwell.
Estás agora no topo da lista e não foi pequeno o teu mérito.
Teu artigo foi escrito com uma elegância notável.
Rico em informações, muitíssimo bem documentado.
O que mais me agradou, entre tantas coisas boas, foi, realmente, o elegantíssimo estilo da escrita.
Não precisas, eu sei, mas recebe o meu voto e a minha homenagem.
Baduh
Oi, Rosa, tudo bem? Esse mundo é uma kombi. Seu amigo é amigo de uma amiga minha... Hahahaha. Então, tinha uns erros no texto quando a Labes escreveu. Fiz o máximo de conserto que eu enxerguei na minha miopia. Deve ter sobrado outros... Meus amigos estão aqui falando maravilhas do Zezinho. Quero conhecê-lo.
Baduh, gentileza enorme a sua escrever tão elogioso recado. O mérito é todo do Hélio, que apresentou-se de forma fenomenal. Estou produzindo para logo um outro material, desta vez sobre o carnaval no Japão.
Um abraço a todos.
Roberto,
me emocionei com o teu relato. deve ser complicado esse sentimento de pertencer sem pertencer, de "daqui ou de lá"?, de querer resgatar de dentro de si uma coisa que às vezes parece tão clara e outras não. só o tempo, os encontros e, principalmente, o amadurecimento pra nos trazer respostas às terríveis e por vezes doces descobertas. acho louvável o documentário, a captação de histórias lindas e emocionantes que cada um tem guardada e que muitas vezes antes de capturadas pelas câmeras, pouco são notadas. parabéns pelo texto, pela iniciativa.
como dica, note que repetiu duas vezes o texto ao final: Adaptação, identidade, trajetórias.... É a partir daí que parto ao
tema porque me é muito próximo. Se eu fosse negro talvez o sentimento de exclusão fosse mais forte em mim. ainda dá tempo consertar.
beijos.
Sempre tive amigos japoneses na vida; o apelido de 'Japa' sempre foi inevitável, eram portantos vários "Japas", diferenciados apenas pelo contexto... tinha um na escola, outra na rua onde eu morava e, pelo menos, uns outros três... Em São Paulo, as feiras livres são exemplos de locais onde é possível ver os japoneses trabalhando. Na sua maioria em barracas de verduras, peixe e também vendendo pastéis. De uma maneira ou de outra, eles conseguem reproduzir aqui, a cultura deles. Isso é interessante...e ainda rola uma troca muito saudável. Parabéns pelo post.
Um abraço.
Não que eles não façam outras coisas... não deixei claro isso.
oi, Candice, tudo bem? Pois é, nem eu nem ninguém que leu durante o periodo de edição sacamos isso. Uma pena, pq agora não dá mais tempo de editar. No mais, o relato é do diretor do filme, o Helio Ishii. Ele receberá seus parabéns.
Olá, Filipe, obrigado pelo comentário. Pois é, ainda existem muitos japoneses vivendo no Brasil e muitos brasileiros, descendentes deles, que são brasileiros como quaisquer outros e, talvez, essa idéia de ser considerado pelos outros ´japoneses´ crie uma série de confusões de identidade...
Um abração.
É verdade Roberto... isso se deve muito mais ao fato da aparência física, acredito. Considera-se, grosso modo, brasileiros, brancos, negros, pardos e por aí vai... mas os olhinhos puxados... eis aí uma marca registrada não é mesmo?
Um abraço.
Verdade, Filipe. Tem um livro muito interessante sobre esse debate chamado Strangers In The Homeland. Eh bacana porque o autor eh um nikkei americano e a experiencia dele eh completamente diferente. Entao, da um contraponto bem interessante sobre a experiencia que o brasileiro vive no Brasil e no Japao. (De ser japones no Brasil e brasileiro no Japao.) Alias, ele proprio, como antropologo, reve muito da sua propria identidade depois de viver um ano entre os nikkeis do Brasil e 4 meses trabalhando em fabricas com os nikkeis do Japao.
Roberto Maxwell · Japão , WW 24/9/2007 23:37
Por favor, preciso de um contato do Helio Ishii!
Podem me ajudar?
Obrigada,
Manu Vergamini
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