iSummit tropicalista

Pedro Lobo
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Thiago Camelo · Rio de Janeiro, RJ
29/6/2006 · 120 · 13
 

Há menos de um ano, não sabia o que era Creative Commons. Também não sabia quem era o tal de Larry Lessig. Quatro dias atrás: meu conhecimento ainda não é dos maiores. Sei um pouco mais, é verdade, fruto de algumas leituras aqui, ali e acolá. Mas é só. No máximo, posso ser visto como um conhecedor médio do movimento que é contrário à secular frase “todos os direitos reservadosâ€. Para a turma do iCommons, o acesso à cultura deve ser democrático e, por isso, alguns dogmas sobre a propriedade intelectual precisam ser revistos. E foi na sexta-feira, 23 de julho, 9h, em Copacabana, Rio de Janeiro, que centenas de pessoas do mundo todo, entre as quais artistas, ativistas, ministros e advogados, reuniram-se para debater a questão, rever o que já foi conquistado até agora e traçar novas diretrizes.

Um pouco antes, às 8:30h do mesmo dia, eu adentrava o hall do hotel e descia uma escada que me levava ao andar onde o evento iria ocorrer. Pronto. Daí em diante, o Brasil em que a maioria fala português não existia mais. Uma porção de vozes podia ser ouvida e poucas, bem poucas, dirigiam-se a mim com um “bom dia, você é da imprensa?â€- a comunicação por lá era mesmo no “good morning, are you journalist?â€.

Bom, são 9h lá no Marriot e finalmente já é tempo de explicar o meu título aí acima. Isso porque o Gil acaba de passar por mim e já vai fazer o discurso que vai clarear, e muito, minha visão sobre o movimento iCommons.

Gil se senta à mesa principal, participantes e jornalistas acomodam-se em seus lugares. Ao lado do ministro da cultura estão: Ronaldo Lemos (representante do Creative Commons no Brasil), Joi Ito (membro do conselho do Creative Commons), Larry Lessig (sim, eu já sei quem é, ok? - o criador do Creative Commons) e Paulina Urrutia (ministra do Chile).

Depois das muito simpáticas boas-vindas de Heather Ford, diretora executiva do iCommons, a bola vai para Ronaldo, que, para quebrar o gelo, faz logo uma piadinha sobre futebol e Copa do Mundo. Antecipa também algumas das famosas celebrações noturnas pós-evento e pede, por favor, para que o pessoal não reclame porque se tem uma coisa que brasileiro sabe organizar é festa. (É verdade, Ronaldo tinha razão, como eu e o Larry pudemos comprovar no domingo. Mas isso eu conto mais tarde).

Antes de passar o microfone, Ronaldo avisa: “tudo isso, todo esse evento é sobre tropicalismoâ€. E o microfone vai. Pulo aqui as palavras da ministra do Chile (mas voltarei a comentá-las rapidamente) e as de Larry (ele falou basicamente do crescimento em progressão mais que geométrica das obras licenciadas em Creative Commons). Vou logo às impressões sobre o discurso do Gil, que é o que realmente me importa nesta colaboração que escrevo.

O texto que o ministro lê é um discurso antigo e é, também e principalmente, o primeiro documento do Microsoft Office licenciado em Creative Commons. Explico: a empresa de Bill Gates criou um plugin que permite anexar o símbolo CC a qualquer criação dentro do seu pacote de ferramentas. É importante dizer: o Isummit serviu também como apresentação pública deste add-on por parte da Microsoft.

Mas voltemos a Gil, que já começa a ler o texto ao seu estilo único de inglês e de interpretação cantada das passagens com trechos de música. A turma acostumada ri. A turma gringa que não conhecia Gil também. Ainda bem que Ronaldo, logo de início, tinha avisado que tudo ali seria sobre tropicalismo, do contrário, correria o risco de eu não entender direito o porquê de o ministro começar a abertura do iSummit falando sobre um disco próprio cuja capa traz sua filha carregando um cesto em forma de antena parabólica. Nesses 15 minutos de discurso, Gil conta bastante sobre a sua vida. Discorre sobre o seu passado à beira-mar, sobre a sua vontade de conhecer o horizonte e de olhar para trás, para o interior, e anuncia, para a minha sorte, algumas passagens que, qual desenho animado, fizeram acender uma lâmpada acima da minha cabeça:

[...] quero encarar de frente o desafio que a indústria cultural global nos propõe, tanto que até hoje também trabalhei dentro dessa indústria, tentando usar seu poder para meus objetivos artísticos. Não sei se consegui criar o meu espaço dentro de suas leis. Mesmo assim continuo cultivando esse estranho e provocador gosto de juntar conceitos que pareciam estar destinados ficarem eternamente separados. Como parabólica e camará. Gosto de ver o mundo ecoando como uma cabaça de berimbau. Gosto de juntar diferenças.

[...]

Quando era bem jovem, nos anos 60, e estava me tornando conhecido no Brasil, fui vaiado por uma platéia de estudantes universitários por ter me apresentando acompanhado de um grupo de rock. Esses estudantes achavam que as guitarras elétricas poderiam destruir a autêntica cultura brasileira. Mas sempre pensei cultura como uma obra aberta, como um software de código aberto. As trocas com o que é dos outros, a antropofagia cultural constante, fazem parte das vitalidades das culturas, e a possibilidades de trocas livres devem ser preservadas contra qualquer tentativa de imposição.

[...]

Como artista e cidadão do mundo, vejo na cultura o espaço para o encontro de países, credos, etnias, sexualidades e valores, na cacofonia de suas diferenças, no antagonismo de suas incompatibilidades, na generosidade de um lugar comum, algo que nunca existiu, mas sempre foi sonhado por aqueles que deixam seu olhar se perder no horizonte.

***

Gil acaba o discurso. O microfone volta a Ronaldo, que se diz um pouco perdido após a leitura do ministro. Eu também estou. A conclusão a que cheguei nem passava na minha cabeça antes de começar o evento: o Creative Commons é um movimento tropicalista.

Tudo à minha volta ali é tropicalista. É ambíguo como o tropicalismo. Do evento de cultura livre que só permite falar em inglês (senão é motivo de risinhos, feito o italiano que reclama ao amigo da coitada da ministra do Chile que fala em castelhano) à apresentação de um plugin da Microsoft - a vilã do mundo virtual – em pleno evento da turma que defende o software livre.

É. O plugin da Microsoft. Voltemos a ele, agora com uma nova leitura, pós-discurso do Gil.

Tem uma moça da Microsoft, a Martha Nalebuff, que, durante a divulgação dos workshops que vão acontecer na parte da tarde, fala um pouco deste tal plugin e dos objetivos da empresa em se tornar uma parceira Creative Commons. Exatamente no momento em que ela começa a falar, a turma do Estúdio Livre, o único representante brasileiro dos workshops, começa a distribuir nariz de palhaço entre as pessoas da sala e entrega um especialmente para Martha. Isso tudo documentado por um deles, que tem em mãos uma câmera mini-DV. Ouvindo os brados de “liberdade antes que tardiaâ€, Martha parece não entender direito do que se trata o nariz, chegando a colocá-lo, para logo depois pedir para tirar, pois “é muito dífícil falar deste jeitoâ€. O que poderia ser apenas uma brincadeira “leve†soa realmente como protesto quando o símbolo universal do “não te quero aqui†aparece: uma agressiva bolinha de papel é jogada na representante da Microsoft.

O caso é mais sutil do que parece, porque o Estúdio Livre tem, entre alguns de seus parceiros, o MinC de Gil, o mesmo Gil que cedeu o discurso de abertura para a Microsoft aplicar o seu novo plugin Creative Commons. Entendeu o imbróglio? De certo modo, de algum modo, aquela bolinha de papel se dirigiu ao Gil também, um dos que mais apóiam o pessoal do Estúdio Livre, não só no projeto do site, mas também na iniciativa dos Pontos de Cultura. Mais ambigüidade que isso só a turma do Gil misturando guitarra com ritmo brasileiro no fim da década de 60.

Hora do almoço. Várias opções para comer, mas eu não nego nunca o meu arrozinho com feijão e farofa, que também estava ali, no meio de uma variedade de queijos, batatas e carnes ao molho de vinho. Uma beleza! Eu, que nunca sei se lé combina com cré, como arroz, feijão, salmão e farofa. Depois acabo sabendo que não era bem essa a combinação adequada. Tudo bem, se não fosse pela minha mistura de chiclete com banana, a Grace, uma representante CC do Estados Unidos, não sentaria ao meu lado e, em um português bastante compreensível, diria: “ai, eu odeio isso, isso, essa mandiocaâ€. Eu rio, converso um pouco com ela, sobre as nossas diferenças e gostos, e continuo pensando que não preciso de muito mais esforço para comparar o iSummit ao tropicalismo: a ambigüidade do evento está no meu prato de salmão com farofa; está na constatação do cara no banheiro, que reclama da ostentação do mármore e da pia em conflito com a democracia que se discute naquele dia e naquele lugar; está na comparação do sujeito cheio de fios e câmeras e laptops em volta dele (que mais parece que vai levantar vôo) em relação a mim, que me orgulho lá em casa de conseguir programar o videocassete; e está, também, na festa de encerramento do iSummit no domingo, dia 25, no Teatro Odisséia. E é dela que vou falar agora. (Assim como o Gil no discurso, peço perdão se estou sendo repetitivo, mas acho que faz parte do raciocínio).

***
Na festa conheço o Caetano Veloso. Que ironia tropicalista! Quando avisado pelo mediador da conversa que eu, Thiago, estou começando a descobrir melhor suas canções, ele solta: “olha, se descobrir alguma coisa boa minha, me conta rapazâ€. Bom, podia ter respondido: “toda essa festa, todo esse evento, tudo isso aqui é baseado no movimento que você ajudou a criarâ€. Ainda bem que não disse, acho que seria demais.

Reecontrei também na festa o Henrik Moltke (esse cara loiro aí da foto e deste vídeo, ao lado do Gil). Já tínhamos batido um papo no evento, na sexta-feira. Ele é da Dinamarca e administra dois projetos em Creative Commons: a Free Beer (essa que o Gil está tomando na foto) e o Guaraná Power. Sim, é isso mesmo: são bebidas com receita aberta. E sim, é isso mesmo, é sobre o guaraná, aquela plantinha amazônica, que estou falando. A cerveja começa a ser vendida mês que vem na Dinamarca, já o refrigerante é sucesso há algum tempo no país, podendo ser comprado a $1,50 nas principais casas de festa de lá. Vendo assim, parece mesmo que Henrik entendeu já antes do discurso do Gil o tal do antropofagismo resgatado pelos tropicalistas direto do modernismo de Mário de Andrade.

Nessas festas de bebida liberada, às vezes o melhor a fazer é ficar no seu canto, não demora muito e alguma coisa acontece. É o que eu faço. Em princípio, nada mais acontece, exceto o show do BNegão. Aliás, um show muito bacana. E não só sou eu que acho, o Larry Lessig também acha. A julgar, ao menos, pela dança louca dele com um chopp na mão. Boa visão do cara que dizem ser um dos mais austeros do mundo. Bom, entendendo que a ambigüidade está ali dançando na minha frente, eu, ao final do show, parto para casa acreditando que, dificilmente, veria cena melhor. E acho mesmo que não veria, porque os passos de dança do Larry Lessig, meio perdidão num show de hip hop no Brasil, embalam o compasso de pessoas de diversas culturas, que moram no mundo todo, que falam diversas línguas, que assim, ao primeiro olhar, pouco parecem entre si, mas que compartilham um desejo comum: o de, como diz Gil no final de seu discurso tropicalista, ser igual entre imensas diferenças.

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ronaldo lemos
 

Thiago, na minha opinião, o seu texto é a síntese do que foi o evento: tropicalismo intenso, como há muito eu não via por aqui. Preciso lembrar para o Henrik, esse aí da foto e da cerveja livre, sobre o Franz Post, o pintor holandês que pintou a paisagem e a gente aqui do nosso Brasil e cuja principal coleção está na terra dele, lá na Dinamarca. Como diz o Gil, vamos todos para Oslo, tocar no Oslodum e dar um curto-circuito definitivo na cultura global.

ronaldo lemos · Rio de Janeiro, RJ 27/6/2006 13:06
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Bruno Maia (sobremusica.com.br)
 

Excelente texto! Bacana mesmo! Quando sai daí do Brasil para minha temporada no velho continente, já sabia desse evento e estava curioso. Nao sei se teria sido autorizado, mas queria ter ido e ver qual é. Thiagão vôou bonito! Ótimo texto mesmo. Só acho que os créditos deviam ser intensificadamente dados a galera de 22, aos modernistas, como você chegou a fazer ao falar de Mário de Andrade. Acho que é lá que tá tudo, os tropicalistas se valeram da mídia e da força que a cultura pop já tinha nos anos 60 para potencializar tudo. O que nao é um demérito, muito pelo contrário. Tiro o chapéu pra essa rapaziada. Mas a origem da bagunça tá mais pra trás.

E pra fechar, Parabolicamará é uma das melhores letras da música brasileira. É um achado do Gil, uma obra-prima, como muitas que esse senhor tem no currículo! Gostei dessa citaçao que ele fez. Junte-se a isso um pouco das letras dos primeiros discos de Mundo Livre S/A e Chico Science e Nação Zumbi e se terá os primeiros acenos de compreensão da arte em tempos de comunicação instântanea na música brasileira. Já to viajando nesse comentário.... Já fugi do assunto. Mas beleza, a intençao era só dar parabéns mesmo! Tem meu voto!

Bruno Maia (sobremusica.com.br) · Rio de Janeiro, RJ 27/6/2006 16:21
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Bruno Maia (sobremusica.com.br)
 

Ah! Vou procurar o tal do guaraná na Dinamarca, to indo pra lá essa semana! Vou beber e depois eu conto se presta... se tem gosto de liberdade, heheh

Bruno Maia (sobremusica.com.br) · Rio de Janeiro, RJ 27/6/2006 16:23
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Viktor Chagas
 

Fala, rapaz. Excelente texto. Nosso estilo de escrita é bem parecido. Acho que a gente tinha que fundar um jornal juntos. Mas só aqui no Overmundo mesmo é que a gente ia conseguir sobreviver com esse jornalismo... :)

Viktor Chagas · Rio de Janeiro, RJ 27/6/2006 18:55
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Saulo Frauches
 

Beber essa cerveja 'open source' virou meta de vida. Já estou até vendo o futuro, com pessoas se vangloriando por terem ficado bêbadas em CC.

Saulo Frauches · Rio de Janeiro, RJ 28/6/2006 10:57
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Erika Morais
 

oi Thiago!
Gostei bastante do texto. Incrível como as contradições ficam bem mais evidentes nos eventos: Microsoft/CC, Salmão/Farofa...e por aí vai.
Também concordo com o Bruno, se a coisa chegou até aqui, deve-se muito a Oswald e cia. e parece que muita gente esquece disso.
Também tem meu voto, fácil fácil.

Erika Morais · São Paulo, SP 29/6/2006 15:02
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Thiago Camelo
 

Fala turma! Obrigado por terem lido o texto e por terem se preocupado em comentar. Acho bacana que, muito antes de existir internet, redes globais, globalização etc., os alicerces para existir projetos como o Creative Commons já estavam sendo construídos. É impressionante de um jeito de deixar confuso como a vida do Gil (e, por conseqüência, a vida de todos nós) se cruza com tudo o que se discutiu no evento. Talvez tenha faltado mesmo creditar os modernistas com mais ênfase. É que com o Gil por lá e depois do discurso que ele fez, ficou difícil seguir outro caminho que não o tropicalista. Mas tudo bem, o que importa agora é olhar para trás sem muito saudosismo, olhar pra trás só pra olhar para frente com mais clareza. Não importa muito os créditos de quem nos ensinou a ter essa postura, porque na verdade esses créditos vão se diluindo e se misturando à medida que a história vai passando. O importante mesmo é saber o que fazer com tudo isso que aprendemos. Acho que o CC é um bom início.

Thiago Camelo · Rio de Janeiro, RJ 29/6/2006 16:26
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Sergio Rosa
 

Mas afinal, era um "problema" ou não a Microsoft participar de um evento como esse? Será que a posição dela era de um reconhecimento de mudança de realidade (e, portanto, começando a sinalizar que vai embarcar no CC), ou tava lá aproveitando a oportunidade de divulgar mais um produto da sua marca?

Sergio Rosa · Belo Horizonte, MG 30/6/2006 14:54
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Inês Nin
 

Sergio, eu acho que claramente depende do ponto de vista. Eu diria que é a Microsoft reconhecendo o sucesso do Creative Commons e querendo ganhar a sua fatia na parada, mas acho que é inegável que os usuários ganham com isso. Ainda que haja o OpenOffice. Eu pessoalmente não posso usufruir da coisa, porque aqui não (acho que) não roda Office 2003 ou XP, mas bem. Queria muito mesmo ter ido no evento, mas achei que não poderia..

Inês Nin · Rio de Janeiro, RJ 5/7/2006 02:05
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Inês Nin
 

ah sim, e muito bom o texto, Thiago!

Inês Nin · Rio de Janeiro, RJ 5/7/2006 02:06
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Capi
 

Gostei do texto também. Na verdade, TUDO o que se faz em cultura hoje é tropicalista, de uma forma ou de outra. Lembro que quando o Caetano lançou o livro "Verdade Tropical", em 1997, a Folha de S. Paulo saiu com um título bastante feliz: "O Tropicalismo no Poder". E o presidente ainda era FHC!

Capi · Santos, SP 11/7/2006 23:09
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Natacha Maranhão
 

Hei Thiago, já tinha lido muita coisa sobre o iSummit, mas a sua "cobertura" é, de longe, a mais interessante!

Natacha Maranhão · Teresina, PI 18/7/2006 19:07
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Yuno Silva
 

Thiago, daria tudo para ser uma mosquinha e acompanhar de perto essa salada de antagonismos nórdico-tropicais. Me senti em um jogo onde nem sempre o vencedor é que sai ganhando, e vice-versa. Sem dúvida ainda vamos avançar muito nesse tema, e o CC parece ser uma das possibilidades que irão dar a tônica para as novas relações entre produtores e consumidores (em todos os aspectos que as palavras podem remeter).

Valeu mesmo o texto e o salmão com farofa.

Yuno Silva · Natal, RN 21/7/2006 22:55
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