Lafayette é papo firme

Taiana Laiun
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Vladimir Cunha · Belém, PA
21/3/2006 · 308 · 22
 

Renato e Erika Martins no palco do Bolero. Ao lado da nova geração do rock brasileiro, o tecladista Lafayette Coelho recria a Jovem Guarda para os anos dois mil

Esse negócio de beber em bar de coroa é complicado. Mal chegamos e o garçom avisa que é proibido juntar as mesas, comprar cerveja no balcão e pôr o pé no assento da cadeira. E quando a banda da casa toca Dancing Queene resolvemos ir para o meio do salão, um segurança vem nos tirar de lá porque é proibido dançar com garrafa de cerveja na mão.

“E na cabeça, pode?â€, pergunto colocando uma garrafa de cerpinha na moleira enquanto ensaio uns passos de discoteque.

O garçom não ri e me olha seriíssimo, como se estivesse prestes a me botar pra fora da boate. Decidimos voltar para a mesa e ficamos quietos à espera da atração principal.

Mas aos poucos o Bolero, casa noturna tradicional da zona boêmia de Belém famosa pelos seus bailes da saudade, vai sendo tomado por moças e rapazes nos seus vinte e poucos anos, que jamais pisaram por lá em outras circunstâncias. Os habitueés da casa olham assustados para aquela horda com camisa de bandas de rock, tênis velho, brincos, piercings e street wear que se acaba na pista quando a banda ataca um medley com músicas da banda Warilou, grande sucesso dos anos 80, época em que a maioria dos novos freqüentadores do Bolero ainda estava em casa ouvindo seus discos do Balão Mágico.

Um estranhamento inicial que se dissipa quando a banda de abertura dá lugar ao supergrupo indie Lafayette e Os Tremendões, formado pelo grande tecladista da Jovem Guarda, Lafayette Coelho, e membros das bandas Autoramas, Nervoso, Canastra, Penélope e Acabou La Tequila. Sem aviso prévio, o Bolero se transforma em uma grande festa rock. Chega a ser engraçado ver os coroas pulando como se fossem moleques junto com meninas e meninos que podiam muito bem ser seus filhos. E mais: impressionados com o fato da garotada saber na ponta da língua a letra de músicas como Negro Gato, Senhor Juiz, Garota Papo Firme, Pobre Menina e Fama de Mau.

É uma idéia que não tem como dar errado. Junte um dos maiores músicos da Jovem Guarda com membros de bandas conhecidas no underground e, com um som mais pesado e intenso, dê uma nova embalagem a um movimento que andava meio esquecido pelas novas gerações. Por conta da interação de Lafayette com músicos mais novos - que já não são mais tão jovens assim, diga-se de passagem – sobra nos Tremendões o que falta em Renato e Seus Blue Caps e em Wanderléa, Jerry Adriani e o próprio Roberto Carlos: um som que realmente faça sentido nos dias de hoje e que não seja consumido apenas como nostalgia de gosto duvidoso.

Acredite, assistir a Lafayette e Os Tremendões é uma das experiências mais divertidas do rock brasileiro da atualidade. Tão divertido quanto um show dos Autoramas, do Cachorro Grande ou do Bidê Ou Balde. Embora o timbre dos cantores e guitarristas Renato Martins e André Nervoso seja um pouco enjoativo, por conta das semelhanças vocais entre os dois, e a cantora Érika Martins às vezes pareça perdida e precisando encontrar uma função mais objetiva para o seu papel na banda, no quesito “diversão†o grupo desce que é uma beleza.

Menos para um tiozinho ao meu lado. Vestido de calça de tergal e camisa manga comprida e com uma senhora careca avançando sobre sua cabeça, ele não pára de xingar a banda e reclama que vai pedir o seu dinheiro de volta.

“Sola, Lafayette!â€, grita ele.
“Mas ele tá solando, meu senhorâ€, tento contemporizar.
“Tá solando, mas tá solando pouco! Manda tirar esse bando de moleque do palco e deixa o Lafayette sozinho. Isso é propaganda enganosaâ€, reclama o velhote antes de chegar perto do palco e soltar mais um “Sola, Lafayette!â€

O pior é que Lafayette está realmente solando. E bem pra cacete. A banda tocando Fama de Mau no último volume, em um arranjo quase punk rock, e ele na maior calma digitando escalas na velocidade da luz. Como se fosse um monge budista, o tecladista continua absolutamente imóvel e parece não se impressionar com as rodas de pogo que se formam na pista de dança do Bolero, com as senhoras que gritam seu nome na beira do palco e com as deferências que os membros da banda constantemente lhe fazem. Os seguranças já desistiram de proibir a dança com garrafa de cerveja na mão e parecem encarar as rodas de pogo, os pulos e os gritos como um mero fato da vida. “É só hoje, amanhã já passouâ€, devem ter pensado. Nada mal para uma casa conhecida por realizar shows de Patrick Dimon, Noite Ilustrada, Waleska e outros ícones pop da Terceira Idade.

“Esta música o Roberto Carlos não gosta mais de tocarâ€, anuncia André Nervoso.
“É, mas o Lafayette gosta!â€, completa Gabriel Thomaz, guitarrista e vocalista dos Autoramas e uma espécie de band leader d'Os Tremendões.

E então a banda põe a casa abaixo com a melhor versão para E Que Tudo Mais Vá Para o Inferno que eu já ouvi. Embora massacrada por anos e anos de festas de aparelhagem, programas de rádio AM e bailes da saudade, jamais podia imaginar que fosse realmente curtir ouví-la de novo. Independente da idade, o Bolero inteiro canta a letra da música e termina com gritos de “Lafayette, Lafayette†até que o músico e a sua banda voltam para o bis. Detalhes, de Roberto Carlos, emana uma onda de romantismo por toda a boate, com novos e velhos casais dançando juntinho, fazendo declarações de amor e chamegando gostoso. A negação da afirmação do jornalista Ismael Machado, que mais cedo tentava me convencer que o problema dos indies é que eles não sabem dançar agarrado. Ao som de Lafayette e Os Tremendões eles, pelo menos, tentaram.

O fantasma de Roberto Carlos volta a rondar o palco em Amigo, a música escolhida pelos Tremendões para terminar o show. É de se pensar por que nenhum outro de seus contemporâneos da Jovem Guarda foi capaz de conseguir uma ressonância tão grande entre as novas gerações quanto ele. A questão é que Lafayette é um excelente músico e a paixão e a intensidade com que Os Tremendões tratam o seu legado e o da Jovem Guarda faz parecer que as músicas foram compostas ontem. Embora sob o viés cult roqueiros mais jovens consumam discos como Carlos Erasmo, A Máquina Voadora, de Ronnie Von, ou mesmo álbuns da fase soul de Roberto Carlos, ninguém com menos de 50 anos sairia de casa em sã consciência para assistir a um show desses sujeitos. Nem deles e nem de Renato e Seus Blue Caps ou mesmo da Wanderléa. Imagine então ouvir Roberto Carlos entoando “Nossa Senhora/Me dê a mão/Dona do meu coração...â€. Impossível.

Termina o show e, aos poucos, o Bolero vai voltando ao normal, com sua pista cheia de casais de meia-idade dançando agarrado músicas de Odair José, Bartô Galeno e Evaldo Braga. Os garçons passam recolhendo os baldes de cerveja vazios que o povo deixou no chão. No microfone, o mestre de cerimônias do Bolero anuncia os próximos shows: Jerry Adriani e Renato e Seus Blue Caps. Possivelmente esses, nem de longe, terão o mesmo brilho e o mesmo alcance indie pop de Lafayette e Os Tremendões. Ainda assim, são garantia de casa cheia. Pelo menos entre os tiozinhos que batem ponto no Bolero todo final de semana. Na periferia de Belém, a festa nunca termina.

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Bruno Maia (sobremusica.com.br)
 

Vladimir,
Arrebentou! Muito boa a matéria! Seus textos têm sido de altíssimo nível. Irretocáveis. Parabéns, mesmo!

Bruno Maia (sobremusica.com.br) · Rio de Janeiro, RJ 19/3/2006 14:19
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Thiago Camelo
 

Fala Vlad! O baixista, o Melvin, é do Carbona e do Hill Valleys, bandas aqui do Rio. Você sabe se foi ele quem tocou nesse show? Acho que faltou listar essas bandas na matéria.

Thiago Camelo · Rio de Janeiro, RJ 20/3/2006 13:57
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Vladimir Cunha
 

nao sei dizer quem é o baixista, pois é o unico da banda que nao conhecia. mas uma amiga fez fotos dele e da banda e postou em http://br.pg.photos.yahoo.com/ph/angelpunk_punk/album?.dir=/e985&.src=ph&.tok=phgfflEBG_1R4C7K
voce pode ver la.

Vladimir Cunha · Belém, PA 21/3/2006 17:11
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Thiago Camelo
 

Fala Vlad! É o Melvin sim. Valeu!

Thiago Camelo · Rio de Janeiro, RJ 21/3/2006 18:49
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Inagaki
 

Outra matéria do caralho, Vladimir. Espero conhecer melhor a cena em Belém quando eu estiver in loco por aí!

Inagaki · São Paulo, SP 21/3/2006 19:25
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Vladimir Cunha
 

fala, inagaki
se vier aqui vem no comeco de abril. vai ter um festival com feichecleres, zeferina bomba, daniel beleza e mais uma pa de banda local e nacional.
e la no ressaca moral tem uma versao maior da cobertura do show do lafa.
abs
Vlad-

Vladimir Cunha · Belém, PA 21/3/2006 20:02
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Hermano Vianna
 

Para esquentar a conversa aqui no Overmundo: acho que a reunião dos Tremendões com o Lafayette é muito bacana. Mas fico um pouco preocupado com essa moda atual da Jovem Guarda. Gostar de Jovem Guarda hoje é um pouco fácil, não é? (Não que eu tenha nada contra o que é fácil, muito pelo contrário...) A distância histórica, e uma certa ironia indie, nos dá a devida proteção... Não estamos arriscando muita coisa. O tempo torna tudo respeitável, ou aceitável, não torna? Foi o que aconteceu com a Motown. Aquilo era considerado lixo pelos críticos. Hoje é pop perfeito. Talvez por não ser o popular agora. Com o popular de agora, quem quer ser respeitado só pode mander uma relação de nojo. Vá gostar de sertanejo, de pagode dito de mauricinho, de forró não-universitário. Não pode. Mas daqui a 30, 40 anos vai dar pra gostar, e ninguém vai reclamar, vai até ser considerado incrível, ousado, divertido. Quando os tropicalistas estabeleceram alianças com a Jovem Guarda, aquilo sim foi arriscado. Por isso aquelas vaias todas. Era como se a Nação Zumbi no início da carreira subisse ao palco com o Tchan (aquilo que era mais popular, e mais desprezado pela crítica, na época dos primeiros discos da Nação Zumbi). Chico Science seria vaiado, não tenho dúvida nenhuma. Ou talvez não... Os tempos mudaram?

Hermano Vianna · Rio de Janeiro, RJ 21/3/2006 21:33
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Eduardo EGS
 

Concordo com o Hermano. Muito dessa "adoração" pela Jovem Guarda por parte da nova geração tem um quê de ironia, de valorizar o deboche. É cíclico, não adianta. Houve um tempo em que ouvir Jovem Guarda era vergonhoso para os jovens&059; hoje, isso inclusive garante pontos, se tu pertencer ao universo indie.

Ah, só pra esclarecer: eu adoro Jovem Guarda. Ouço desde pequeno, acompanhado pelo meu pai. Ou seja, não há o menor traço de ironia na minha admiração pelo movimento. Mas que às vezes eu me irrito com essa bajulação suspeita, ah, isso eu me irrito...

Eduardo EGS · Porto Alegre, RS 22/3/2006 10:59
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Vladimir Cunha
 

Belem e uma cidade que tem uma tradicao boemia muito forte. Aqui essas manifestacoes populares e elitistas sempre esbarraram umas nas outras. Desde crianca a gente anda na rua e se acostuma a ouvir jovem guarda com brega dos anos 70 mesmo que a noite va pogar num show de punk rock. Pelo menos aqui eu vejo uma geracao que aprendeu a gostar de tudo, sem preconceito e sem ironia, justamente por ter sido exposta a isso de maneira natural ao longo dos anos. As pessoas mais jovens que foram ao Bolero realmente conheciam as musicas e realmente sabiam as letras na ponta da lingua. E sao essas mesmas pessoas que, no carnaval, montaram um bloco de axé depois do show do la pupunha e que dancam funk, reggaeton e ragga na mesma festa em que, momentos antes, esta tocando the killers, franz ferdinand e strokes. Vejo que as pessoas querem mesmo se divertir, independente de rotulos ou categorias, e para isso o Lafayette e Os Tremendoes serve muito bem.

Vladimir Cunha · Belém, PA 22/3/2006 11:40
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Sergio Rosa
 

É o eterno embate entre sucesso de crítica e sucesso de público e vendas. Hoje falararíamos "não, é impossível, daqui a 20 anos ninguém estará escutando É o Tchan. Nem para achar engraçado." Como para mim hoje é difícil entender porque a Jovem Guarda não fez sucesso de crítica na sua época. O preconceito musical ainda rola, sem dúvida. E com isso alguns estilos musicais ficam "condenados" a essa geladeira da crítica. E então, a crítica está errada?

Sergio Rosa · Belo Horizonte, MG 22/3/2006 12:16
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Guilherme Mattoso
 

Muito bacana a matéria. Sobre a discussão nos comentários eu acho legal traçar um paralelo da moda dos anos 80, onde colocam tudo no mesmo saco (o que foi bom e ruim) e tudo fica cool. A jovem guarda tem seu devido valor dentro da história do rock nacional, mas convenhamos, MUITA coisa que foi feita na época era horrível e o povo de hoje acha incrível.

Guilherme Mattoso · Niterói, RJ 22/3/2006 12:53
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Thiago Camelo
 

Respondendo á pergunta do Hermano, acho que hoje talvez essa transformação do popular em cult vem acontecendo até mais rápido. Você mesmo, Hermano, falou sobre o funk quando ele ainda se restringia ao gueto, né? Hoje em dia, já vi muita gente dizer que a saída está ali, que é a saída do popular. Inegavelmente, hoje se pode gostar de funk sem muita vergonha, sem o receio daquele "Que isso, vc ouve isso?"

Thiago Camelo · Rio de Janeiro, RJ 22/3/2006 13:33
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Thiago Camelo
 

Tem um texto bem bacana que opina um pouco sobre essa questão usando como exemplo o brega e o tecnobrega que já foi publicado aqui - http://www.overmundo.com.br/revista/noticia.php?noticia=675
Vale ler.

Thiago Camelo · Rio de Janeiro, RJ 22/3/2006 16:14
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Paula Reis
 

Vladimir,
Impresionante a sua sensibilidade quanto à questão de gerações. É isso mesmo! Ficar imaginando meus pais em uma ocasião dessa me tira do universo pai/filho e me transporta para um paralelo de diferenças de felicidades, prazeres, ambições, ideologias... Tudo isso é válido! Esses "moleques" e aqueles "coroas" nessa troca de vivências de comportamento, todos em um mesmo momento. Não sei se você já teve oportunidade de ver um show do Del Rey, é comovente ver os "nossos pais" cantando músicas do Roberto Carlos tocadas por "moleques" que os deixam com sorrisos saudosos.
Um grande abraço!

Paula Reis · Recife, PE 22/3/2006 22:04
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Hermano Vianna
 

Realmente está acontecendo isso tudo: o "conceito" de geração deixa de ter um significado preciso com tantos revivals. Fico também escutando essas bandas novas todas que parecem ter sido criadas em 82... Como todo mundo quer ser "jovem", e a cultura jovem não tem a capacidade de se renovar tão rapidamente (e para se renovar tem que copiar jovens antigos), tudo vai ficando bem confuso: a "evolução" dos estilos não é mais linear, mas um zigue-zague de "referências" que cruzam e unem décadas inteiramente diferentes, unindo gerações diferentes na mesma platéia.

Há também essa voracidade incrívelmente veloz de "recuperações". O funk carioca é excelente exemplo: era lixo até anos atrás. Agora virou a salvação da lavoura... Vejo até a formação de uma ideologia "funk de raiz", que elege um "funk autêntico", realmente "bom", diferente do funk comercial. Sei que estou entrando num problema mais complexo ainda: essa tal busca da autenticidade...

Mas o negócio pode ser resumido assim: a história agora se repete em farsa da farsa da farsa... O que não é mal: o punk não foi a melhor farsa de todas?

Hermano Vianna · Rio de Janeiro, RJ 22/3/2006 22:59
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Hermano Vianna
 

Oi Paula: não quer escrever um texto sobre o Del Rey?

E vem aí um texto do Eduardo EGS sobre o Marcelo Birck, que também gosta de Jovem Guarda, mas por outro "ângulo"...

E em breve a Banda Repolho (pela primeira vez sem a produção do Marcelo Birck) vai fazer o lançamento de seu Vol. 3 aqui no Banco de Cultura!

Hermano Vianna · Rio de Janeiro, RJ 22/3/2006 23:02
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Tylon Maués
 

Caro Valdecir.
O complemento do texto foi certeiro. Outro dia estava conversando (num bar, pra variar) com Marcelo, Gustavo e Randy Rodrigues sobre o fato de todos saberem as músicas sem que houvesse um modismo da Jovem Guarda. Todos na mesa concordaram quanto ao fato de escutarmos essas músicas desde criança, querendo ou não.
A bem da verdade Os Tremendões só cantaram os hits, mesmo assim tinha um pessoal bem mais novo que a gente (o que não precisa muito, já que não somos mais tão novos) entoando as letras.
O que poderia ter sido ressaltado, pelo menos eu senti isso, era um ar de ansiedade pelo show. Era o começo de um final de semana que se prenunciava e depois se confirmou divertido ao extremo com a apresentação do Astronautas no dia seguinte. A ansiedade se dava com a expectativa que o show se confirmasse muito bom, como foi. Não era um show ganho. Ao mesmo tempo que havia a ansiedade pela festa havia também o temor que Os Tremendões não passasse de uma banda de baile entre amigos. Felizmente tudo se confirmou como uma das uniões mais bacanas do rock brasileiro.
Como disse a também amiga Esperança dois dias depois do Lafayette, "estava preocupada que algo estivesse para dar errado já que tudo foi muito bom".

Tylon Maués · Belém, PA 23/3/2006 23:41
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Edmundo Nascimento
 

Só pra constar, o DEL REY é formado pelos membros da banda Mombojó e o China, ex-sheik Tosado. O show dos caras é extremamente divertido e, contraditoriamente, indie e popular ao mesmo tempo. No abril pro rock 2006 o Frank Jorge vai tocar no mesmo dia q o Lafayete, acompanhado pelo Volver. Isso é um encontro de gerações ?! Ou um encontro de dsitorções ?! Segue a rima ...

Edmundo Nascimento · João Pessoa, PB 30/3/2006 12:37
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Marcos Carvalho Lopes
 

Faço coro aos elogios!

Marcos Carvalho Lopes · Jataí, GO 2/5/2006 19:54
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Rodrigo Teixeira
 

Acho q basicamente a questão é q existe apenas 2 tipos de música: a boa e a ruim! A Jovem Guarda, Bossa Nova, o rock brazuca de 80, até mesmo a axé music, o samba de raiz... tudo passa por aí! E Hermano, com certeza o punk foi a maior farsa musical de todos os tempos! Talvez por isso mesmo tenha sido a última onda sonora mundial que varreu os 4 cantos do planeta. Grande matéria Vladimir, arrebentou como em todos os seus textos. Faltou só a foto do Lafayetteeee... abs

Rodrigo Teixeira · Campo Grande, MS 17/7/2006 18:47
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miguel06
 

Hola, queuro conoicer si alguiem podre enviarme musica de Lafayette de anos decada del 70. en mp3 o wav. Desde cha muito obrigado.
miguel06 - brincosino-busca@yahoo.com
http://miguel-06.blogspot.com/2006/08/msica-sabrosa.html

miguel06 · Porto Alegre, RS 23/8/2006 11:50
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Tê Jardim
 

repito o irretocável que o bruno maia deixou lá em cima.

é, o povo de belém gosta mesmo é de se divertir. seja ouvindo la pupuña, strokes, zona rural ou a banda AR-15.

Tê Jardim · Belém, PA 12/4/2007 09:58
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