UMA HISTÓRIA VERDADEIRA? OU ESTÓRIA NÃO BEM CONTADA?
PRIMEIRA PARTE
Hoje é mais uma sexta-feira de Novembro. O Sol (ele mesmo!) vai se escondendo por trás das nuvens cinzas e esfumaçadas de mais uma tarde na cidade de São Paulo - fugindo da rotina de um dia árduo. Sabe-se que o “Astro Rei†executa suas funções determinadas pelos segredos universais, e para alguns, por este lado terrestre: Brasil de Caipora, MacunaÃma, estórias e crenças populares.
Alguém já aplaudiu um dia sem Sol? E se o nosso amigo "esquenta moral" saÃsse de férias - dez dias apenas - sem avisar aos terráqueos paulistanos? O que seria da farofa e do pagode, na Baixada Santista, Estado de São Paulo? Podem ter certeza que o “Sistema Solar†ficaria na rotina, em órbita, e ouvindo milhões de crÃticas... Talvez palavrões computados nos “orkuts, blogs e iorgutes†da vida!
SEGUNDA PARTE
Eu sou brasileiro e antigo morador da metrópole paulista. Não nasci aqui! Gosto desse lugar e pretendo morrer cheirando fumaça, bebendo caldo-de-cana e comendo pastel e pizza! Sei que o paulistano é pacÃfico, trabalhador, festeiro, amigo de todas as nações do mundo: cosmopolita. Gosta de futebol, cerveja e churrasco nos fins de semana. A praia é o seu programa preferido de sábado e domingo. O programa “SÃlvio Santos†é a segunda opção dominical! Gugu, Raul Gil e Faustão - na televisão - brincam e brigam com os artistas.
E se a “Estrela Maior†- o Sol - não sair com aquela cara de primavera-verão? Com a certeza das observações empÃricas, posso afirmar que nossos amigos “Zé's ou Maria's†irão chiar: “Póâ€... Esse cara chamado Sol é “forgadoâ€! Isso é hora de “pará de trabaiá e deixá a gente sem o calorzimâ€? Agora as “minas não irão pegá†uma cor! As academias vão “inchê a bunda de dinhêro!†É bronzeamento artificial sacou? “Demorô mano!†E quem ficará “cum nós?†Lá no pagode e geladinha (cerveja) não vai ter “minaâ€... Justo hoje que o futebol (será o Corinthians?) ainda tem o risco de ir “pra†segunda divisão!
TERCEIRA PARTE
Imagine você (leitor ou crÃtico de texto)... Em uma praia paulista dos seus sonhos: depois de duas ou três horas viajando; engarrafamento; pedágio; cinqüenta quilos de farofa e frango assado nas bagagens; naquela lata velha parecida com um ônibus de turismo; fretado por um assistente de atravessador de viagem e com 80 passageiros disfarçados em 45! Parece a mesma cena surrealista vista por muitos brasileiros nos aeroportos, nos últimos feriados! Talvez fosse um sábado! Ou quem sabe: domingo!
Se ainda tiver disposto a viver o texto - ou pule para a próxima parte - reze pela “sorte grande!†O ônibus... Aquele em que você viajou no último parágrafo... Desceu a serra com os pneus carecas; velocidade de 100 km/h; licença rodoviária vencida e o motorista com o sono dos justos. Será que R$ 30,00 (trinta mangos) - cafezinho do policial - na primeira parada técnica ou vistoria, não é um “puta†prejuÃzo? E aquele som eclético (dentro do ônibus) marcado por um surdo, pandeiro, reco-reco, agogô, tantã e cavaquinho - à s vezes desafinado - tocando o mesmo “Lá rá láâ€, e machucando os tÃmpanos do amigo e inimigo do verdadeiro samba? Caro leitor ou crÃtico de texto: só falta a cachaça com cinzano “pra†mandar um cidadão ao velório! Será que São Paulo é o túmulo do samba? Será que depois de todo o sacrifÃcio narrado, o amigo Sol, tem o direito de deixar essa “moçada†à procura de outras praias? Não é justo... Só rindo. Desculpem!
QUARTA PARTE
Analisando o conflito e procurando fugir de qualquer situação constrangedora - por entender que grandes ou pequenas estrelas não brilham quando existem nuvens de chuva - a recusa à função de crÃtico, mensageiro de puxa-saco, e crÃtica ao criador do Universo, talvez seja sensata. O Sol trabalha e brilha quando quiser! Não será qualquer paulistano, paulistana, surfista, farofeiro, cervejeiro, “rabista-de-galo de praiaâ€, desquitado, amancebado ou aventureiro do texto alheio (em leitura), que modificará as regras milenares. O Sol é o Sol! E só!
Sabe-se da existência de vozes descontentes debaixo de alguns coqueiros e palmeiras nas praias! São sombras! Talvez com pouca ou nenhuma fonte de luz! Será que não são apenas turistas que detestam “pegá uma cor?†E nesse lero-lero de lazer, os aprendizes de paulistanos comem jabá ao nascer e por do sol, na praia de fulano ou sicrano! O sol brilha dias sim, dias não - com um olho aberto e luminoso - dando o tom de vida! Viva a luz!
Lailton, o que seria de nós sem o sol/ essa fonte inesgotável de vida.
O que seria do nosso fim de semana na praia, dos pastéis na feira, da farofada com frango assado. É, o sol...Esse_ sol/
Muito bom Lailton, gostei muito do seu texto, um texto de altÃssimo nÃvel, você conseguiu uma coisa muito difÃcil, que é escrever um texto extenso como esse, sem perder a sua e essência.(Sem encher lingüiça), parabéns meu amigo, um grande abraço.
Voltarei para votar.
Lailton, amigo,
Teu excelente multitexto é realmente muito bacana. Escrito em linguagem leve e adequada ao enredo. Realmente você prova, acada aparição, que é um eclético artista nascitur.
Gostei demais e - por isso - inauguro com mues 9 pontos a merecida votação.
Valeu. Abrs,
Meu grande parceiro e mestre Lailton.
teu texto é maravilhoso. Uma aula sobre o feriadão em São paulo. Uma aula sobre o brilho do sol. Uma aula sobre a vida.
Excelente.
Forte Abraço.
Noélio
Grande Lailton!
Realmente o texto é excelente...
Daqui de Belém, fico imaginando como seria passar
um feriadão em Sampa. O que eu faria com tantas opções...
Muito bom.
Abçs. Benny Franklin
Muito bom LaÃlton,
Você descreve como ninguém um fim de semana paulistano no buzão que vai pra praia, e com uma maestria hilária. Muito legal.
O texto todo forma um conjunto super interessante que mistura a descrição precisa do cotidiano com pensamentos filosóficos, nos remetendo a reflexões existenciais zodÃacas!!!
Olha, o melhor que já li de você. Mui digna de publicar.
Grande abraço Guaicuru!!!
LaÃlton meu amigo, morei por estas terras por 17 anos e gostei muito do quadro que você pintou... cores vivas hein...
Um abraço.
Querido Lailton:
Muito bom e bem humorado.
Viva a tua luz!
VOTADO!
Beijos_Meus*
*
Mas Sampa é sempre Sampa. Neh. tudo isso e muito mais
abraço
oi... um friozinho na espinha se o sol tirar férias? , como fica as roupas lavadas e secas no quintal, as cores bronze na praia, o raio que envelhece( dez anos) segundo a dermatologista, os óculos comproteção UVB ou UVA.. rs. E a cerveja, e a caipirinha, e o por do sol sem sol? ... Será que Steven Spielber inventa um, hein? Adorei seu texto, a linda Sampa no feriado e começar o dia rindo quadro a quadro. Abraços de luz.
analuizadapenha · Natal, RN 16/11/2007 07:29
Lailton,
teu texto é uma pintura. Descrição perfeita de São Paulo no feriadão. Fiquei com vontade de tomar caldo de cana com pastel. Ainda bem que hoje é sexta feira e tem feira por aqui. Vou correndo lá...
beijos
Prezado Lailton,
Obrigado pelo convite. Confesso que quase perdi essa belezura de texto (acabei de fechar edição do nosso jornal O Porta-voz e por isso fico fugindo de textos longos (como todo mundo que busca objetividade e se dá o direito de ter, de vez em quando, uma literofobia).
Ainda bem que teimei, seduzido pela curiosidade. Valeu a pena. Gostei até do "cafezinho do guarda". Um texto bem escrito, bem pontuado, merecedor de todos os votos que pairam sob esse Sol Overmundo. Parabéns.
Cara!!!!!! que delicia!!!!! Poxa vc me deixou com uma saudade imensa de minha terra!!! a cada linha que Li , muitas viagtens e muitos momentos que foram corriqueiros na época , mas que hoje se tornam versadeiros tesouros na memória!!!
Rsssss Pastel de feira irmão!!!!!! Nada melhor!!!!
Pizzaaaaa!!!! Orra Meu!!! Na boa! não encontrei ainda Pizza melhor do que em Sampa!!!! rsrsrsrss
Ônibus? rsrsrsrsrs que tal o Penha - Lapa as seis da tarde!!!! Lembra disso? Pois somente quem viveu sabe rsrsrsrsrsrsrs.
Olha irmão.... obrigada viu!!!! por estes momentos deliciosos!!!! a Paulistinha aqui te agradeçe muito!!!! Bjussss enormesss!
Tuka
http://www.overmundo.com.br/banco/o-quarto-centenario-de-sao-paulo a proposito amigo, de tambem uma olhada, obrigado!
victorvapf · Belo Horizonte, MG 16/11/2007 14:01Rexto bem "limpo" muito bem redigido, votado!
victorvapf · Belo Horizonte, MG 16/11/2007 14:09Texto bem "limpo" muito bem redigido, votado!
victorvapf · Belo Horizonte, MG 16/11/2007 14:09
Excelente, Lailton! Eu não conheço São Paulo pessoalmente, mas você teletransporta os leitores!
Flores para você @>--
Lailton,
devido ao feriado cheguei agora. Com sol e chuva por aqui (só chuvinha). Seu texto é deslumbrante. A descrição é real. Adoro o sol, é revigorante e traduz vida. Sem ele não dá nada de bom.
Amigo, cachaça com cinzano é dose extra!
Parabéns. Como sempre adorei.
Lailton, oi!
Saiba que já estive várias vezes em São Paulo mas não a conhecia assim tão bem quanto agora. Do jeito que vc nos mostrou detalhadamente dá vontade de voltar por aÃ.
Um bj
Lailton,
Muito bom seu texto. Não conheço São Paulo, só de passagem mas, fiquei com votnade de fazer todo esse citytour(rsrsrs) .
Muito bom, parabéns!
bjo
LAILTON ARAÚJO Amigo.
Um Trabalho Extraordinário.
Um Assunto muito querido nosso.
Texto atraente e Ilustraçóes de primeira.
Parabéns pela Qualidade.
Maior orgulho de votar.
É Uma grande contribuição.
Abração
Hum.
Votado.
Preciso passar uma temporada aÃ!
Abração
Felicidade mesmo, deve ser ver o sol se por e depois observar as estrelas tomando caldo de cana e comendo pastel e pizza nas noites de São Paulo em sua companhia agradabilÃssima e necessária, amigo LaÃlton, ouvindo sua tão bem humorada prosa.
Abrçs!!!
Oi, LaÃlton,
"O Sol é o sol. E só."
Maravilhoso texto
Eu fico com o sol do sertão. De CarnaÃba, de Sertânia...
Abçs de Betha.
Gostei. Embora não more em São Paulo, as muitas indas e vindas me permitem entender suas palavras ...
Joana Eleutério · BrasÃlia, DF 17/11/2007 10:32
Votado por uma paulistana que se identificou com suas linhas, 'mano'.
É querido LaÃlton, você mostrou umas das milhares facetas de São Paulo, como poucos.
Qual paulista não enfrentou trânsito para se apertar nas areias do Guarujá, Praia Grande, Santos...?
Qual nunca saiu correndo do trabalho pra comer aquele pastel e caldo de cana? Qual paulistano não se sente em casa no Bixiga?
É difÃcil nos depararmos com o Sol durante nosso dia a dia, os prédios chamam mais nossa atenção. Só pensamos no astro rei nos feriados.
Particularidades que eu amo apesar de por vezes me irritar.
beijos
O texto está um barato!!! Pelo visto agradou muito aos paulistanos e paulistas aà que se manifestaram. E, como carioca, eu gostei, votei e vou divulgar.
Bjs
nossa, quanta lembrança boa tenho desse fervo... do congestionamento santos... paulista... imigrantes.. afe... dentro de uma lata de sardinhas sob o asfalto.. kem lembra do sol? só a falta dele.... depois ki sai do 'furdunço' aà sim, o rei é saudade, seja pelo seu brilho, seja pelo seu momento de descanso atras de grossas nuvens....
volto ao texto e volto a sampa, sempre ki me chamam ou me sinto chamada... boa semana, de transito...
SIM !!!!! Já aplaudi o Sol na Praia do Arpoador, ao Lado do Circo Voador !
Adoro São Paulo !
Saudações
Puget
Professor,
ainda ontem estive num shoping, o do Tatuapé, e comentavamos esta questão das praças e das panças de alimentação, nesta cidade,
um abraço, andre.
Lailton, muito bom...
Contribui legal para uma reflexão comportamental.
Abraços
sampa... alguma coisa acontece... no teu coracao...
Lainton... vc e tua poesia... em aprtes, feito uma sonata, quica, uma sinfonia...
falar o que, hr dessa eu volto pra te rever,... amigo... e a gente da aquela caminhada de novo, para no ponto de sucos, pega o pastel...
foto sua essa... sampa... e vc, nordestino... sampeiro.
ta que ta... bicho da peste, compositor, poeta e... paulista... alem de mais, quem tem e vai...
Axe
abrs...
RUMOS CULTURAIS... FALTAM BÚSSOLAS
( Lailton Araújo )
Os navegantes do “Oceano Atlântico†tentam descobrir o segredo das tempestades, calmarias, ondas, marés e águas navegáveis, neste lado continental. Talvez não conheçam a geografia destes mares. A nação da análise é Brasil ou Brazil?
Estando em qualquer porto seguro, as naus dos descendentes lusitanos, franceses, ingleses e holandeses, caminham na escrita em 2007. São textos, poemas, letras e rascunhos. As criações literárias são livres! Não podem ser vinculadas aos interesses comerciais dos anunciantes nacionais ou internacionais. Muito menos: multinacionais. Sem quaisquer dúvidas: esse pedaço de chão (cagado e cuspido) pode precisar de uma revolução meio “dente por dente (x) nota por nota (x) letra por letraâ€. Por aqui existem poetas, compositores, letristas, músicos, fotógrafos e outros aprendizes sérios. É a maioria! A outra parte - pode ou não - está usando o lema: "tenho que me arrumá, senão, perco meu barquinho!†Desculpem a sinceridade! O mar já não é de marinheiro de primeira viagem! Quem não lembra do refrão: “Marinheiro, marinheiro (Marinheiro só)... Quem te ensinou a nadar... Ou foi o tombo do navio... Ou foi o balanço do mar...†(Bi Ribeiro/João Barone).
Muitas obras culturais - da antiga “Terra de Santa Cruz†- são originais. Aquelas tão comuns, massificadas, com a assinatura da mediocridade - ajudam ou não - no nascimento natural de uma concepção artÃstica duvidosa, não crÃtica, que não recebeu crÃtica, e que jamais receberá crÃtica. Quem navega em tal mar poderá se afogar na monotonia; sonolento; em mar calmo. A viagem literária - à s vezes - é previsÃvel ou imprevisÃvel. Depende da condução do capitão e marujos da embarcação. Como escrever sem colocar palavras ovais e frases triangulares? Aqui é América do Sul. O Caribe fica lá em cima! Se existem léguas ou milhas marÃtimas é uma questão de história? Qual é a praia ou litoral? Eles são de fora... “Eu não sou daqui (Marinheiro só)... Eu não tenho amor (Marinheiro só)... Eu sou da Bahia (Marinheiro só)... De São Salvador (Marinheiro só)...†(Adaptação de Caetano Veloso).
Entende-se que o objetivo é a meta necessária. O subjetivo lembra a arte. Chocar um ovo pode ser arte? Depende da ave! Ave César! Ave de rapina! Ave-da-avenida! Ave Maria! Quebram-se as formas! Rompem-se os conceitos e preconceitos! Talvez, aconteçam mudanças! As formações culturais das elites brasileiras soam como afronta ao simples, verdadeiro e genuÃno. Será que os povos do Brasil sabem o que é cultura? Monteiro Lobato e Amacio Mazzaropi fazem falta!
Onde estão os artistas independentes? Será que não se afogaram nos patrocÃnios estatais do paÃs? As MTV's diárias concorrem com as linguagens das TV’s digitais abertas! E haja amor, chavões, carrões e algumas bundas com silicone! É cultura “cultâ€, curtida, malhada, de melodias fáceis, harmonias baratas e letras esculachadas. Os brasileiros e brasileiras sentem tesão por bumba! É normal! São formas de mÃdia, comunicação, música, literatura e sacanagem - sobrevivendo - no mercado do MP4! As gravadoras tornaram-se gravadores caseiros e que computam prejuÃzos. Os novos direitos autorais dos que criam, já não são garantidos. A internet mutilou a criação do autor? “É a vida, é bonita e é bonita...†(Gonzaguinha).
Abraços.
Lailton Araújo
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