Moda, ecologia e glamour

Joel Veiga
cenário do São Paulo Fashion Week feito de papelão reciclável
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Sarah Falcão · João Pessoa, PB
7/4/2008 · 141 · 7
 

Desde que éramos crianças, ouvimos que devemos preservar o planeta. Isso vai desde as tirinhas de Maurício de Souza (aquelas onde a Mônica dava lições de ecologia) às propagandas do Greenpeace na televisão. Atualmente, até a moda tem procurado alternativas para a preservação do meio ambiente.

Em janeiro foi realizado o São Paulo Fashion Week, o maior e mais importante evento de moda do país. Em sua última edição o evento mostrou que a moda também se preocupa com o meio ambiente ao apresentar o desfile-protesto da grife Cavalera, que aconteceu nas margens do rio Tietê. Porém, a preocupação não pára por aí. Em 2007 o evento firmou uma parceria com a ONG Iniciativa Verde. Desde então, em todas as edições do evento existe um contador que registra a quantidade de gás carbônico liberado. Essa contagem é revertida no número de árvores a serem plantadas. Ao final do evento, a ONG e o São Paulo Fashion Week plantam esse número de árvores. Além disso, todos os cenários dos desfiles e lounges são feitos em papelão, que depois é encaminhado para a reciclagem.

Outra atitude ecológica que o mundo da moda vem tomando é relativa à fabricação de tecidos. Um dos processos mais poluentes na indústria têxtil é a coloração dos tecidos. Sendo assim, aos poucos estão sendo desenvolvidos tecidos que dispensam esse processo, ou seja, o fio já vem com a coloração correta. Um exemplo é o nosso já conhecido algodão colorido. Seguindo essa linha, a Redley está investindo num algodão tingido com corantes naturais.

Outra novidade é o Ecovogt, desenvolvido pelo estilista Caio Von Vogt. É um tecido fabricado a partir da fibra da juta e que tem a textura do linho. Esse tecido também é tingido com corantes naturais. Atualmente, o Ecovogt tem sido usado tanto para a fabricação de roupas e acessórios como também na fabricação de sacolas que substituem as tradicionais sacolas de plástico que recebemos nas lojas. As sacolas de Ecovogt se degradam em 2 anos, quando o algodão leva 10 anos e o poliéster 100. Essas sacolas viraram até tendência, super usadas nos corredores do prédio da Bienal no último São Paulo Fashion Week.. Se não as sacolas de eco-tecido, que pelo menos o cuidado com o planeta vire tendência.

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Felipe Obrer
 

Legal, Sarah! Bom te ver colaborando de volta.

Felipe Obrer · Florianópolis, SC 6/4/2008 17:12
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Edmundo Nascimento
 

"Ecopreocupações" tem sido a tendência. Só gostaria de pensar q isso não é apenas MKT ecológico para valorizar as marcas. Recentemente utilizaram até fotos da Naomi Campbell fazendo os serviços sociais aos quais ela foi condenada. Ou seja, utilizaram uma pena judicial da modelo para fazê-la ganhar mais dinheiro ainda. Vê-se pela recente expulsão da modelo de um avião da Britsh Airlines, q a pena não serviu pra muita coisa a não ser fazê-la mais rica. Lgl colocar isso em discussão Sarah !

Edmundo Nascimento · João Pessoa, PB 7/4/2008 12:52
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Sarah Falcão
 

É verdade, Edy. Muitas vezes as pessoas agem de má fé. Mas isso não acontece apenas com a moda... Posso citar mil exemplos de empresas brasileiras que praticam ações sociais única e exclusivamente visando a redução de impostos. É uma pena que muitas vezes seja com falsas intenções, mas acho que mais importante que a intenção, nesses casos, o ato vale muito mais!

Sarah Falcão · João Pessoa, PB 7/4/2008 13:15
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Makely Ka
 

Mas no fundo não importa tanto se as intenções são falsas ou não, desde que os resultados atingidos sejam satisfatórios. Nesses casos o príncipio maquiavélico é funcional!

Makely Ka · Belo Horizonte, MG 7/4/2008 14:06
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J.Veiga
 

Há de se esperar que iniciativas como essas sejam sempre tomadas pelos investidores da Moda, pra que assim a própria Moda não venha a ser um dos novos grandes colaboradores da degradação ambiental.

Massa Sarah!

J.Veiga · João Pessoa, PB 7/4/2008 15:51
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Dulce Nara
 

Mesmo que ja tenha passado adorei sua colaboração.
abraços

Dulce Nara · Conceição das Alagoas, MG 12/7/2008 11:10
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claudiomanoel
 

ate parece q a moda, uma industria, realmente se preocupa com a ecologia com essas pontuais e reduzidas atitudes. qdo se preocupa é por agregacao de valor, leia-se açao para o marketing, ampliaçao e reforço de marca, em nicho. já sabemos que a industria da moda é umas das que mais polui o meio ambiente, com tituras e apropriaçao de material natural - alterando substancialmente para pior as nossas codicóes eco-lógicas de vida. nao deveria ser assim, ate porque porque o mundo da moda - phyno - sempre deu mais atençao mais ao glamour e não, efetivamente, a seu mundo do entorno (a nao ser quando é para se apropriar). menos. o que tem sido feito é pouco, pouquíssimo - e liuvamos a iniciativa! - mas ela ainda pequena, pobre e circusntacial e nao global. funciona mais como marketing, repito, do que como medida eficaz. a moda, pensando eh eoclogia, ainda faz muito mal às águas e a todos os seus moradores aguaticos, quem nao tem nada a ver com isso. phyn para mim é usar a roupa ate o seu fim.

claudiomanoel · São Félix, BA 24/3/2012 14:49
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