Narradores: memória, resgate e resistência

Luiz Antonio Cavalheiro
Casario do centro de Duas Barras - cidade cenográfica
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Luiz Antonio Cavalheiro · Cordeiro, RJ
17/8/2007 · 234 · 39
 

Quem assistiu ao filme NARRADORES DE JAVÉ, da cineasta Eliane Caffé, vai compreender um pouco sobre a insistência do povo bibarrense em abrir espaços, por pequenos que sejam fisicamente, para a narração/tradução de sua história. No filme, os moradores do Vale de Javé decidem se valer da tradição escrita para registro da memória oral, já que “o governo” só entende como herança cultural os registros “formais”. Coisas de uma mentalidade preconceituosa e elitizada, onde tradição pela oralidade não pode ser possível por ser bárbara demais. Os analfabetos do Vale de Javé lançam mão do seu único membro alfabetizado para “escrever” a própria história e, dessa forma, resistir ao aniquilamento cultural, garantir a existência no futuro e na modernidade. Parece ser uma maneira possível de traduzir-se para os outros do próprio tempo e para os que estão por vir nas próximas gerações. No Vale do Javé, a história foi essa e era ficção. Em Duas Barras, interior fluminense, guardando as devidas proporções, a história tem sido essa e é “vida real”.

Apesar de ser uma cidade vizinha e relativamente próxima ao meu município , visitei Duas Barras poucas vezes. Acabo por me assemelhar ao carioca da gema que nunca foi ao Cristo ou andou no bondinho. Voltei há pouco tempo lá, cismado com essa história de tantos mini museus numa cidade tão pequena. Duas Barras é uma cidade com a metade de habitantes que Cordeiro possui e, só pra se ter idéia do tamanho de minha cisma, aqui não tem nenhum “museu” oficialmente reconhecido. Pra lá de estranho. Ou lá se tem feito de mais em busca de identidades do lugar ou aqui se tem realizado de menos e não é de agora...

Na minha cidade, até onde tenho conhecimento, não há registros de organização semelhante. É claro que há um ou outro cordeirense que tenta, na sua sozinhez, tal batalha e duas ou três pessoas bem intencionadas nos órgãos públicos que se encorajam a narrar a nossa história. Em Cantagalo, terras euclidianas, o fato se repete e, proporcionalmente, até em Nova Friburgo, uma cidade de porte médio e maiores recursos, não há tanto interesse pelo registro histórico e resistência de um povo ao tempo que segue inexoravelmente adiante derrubando prédios centenários, cobrindo de bolor documentos e fotografias, entregando as traças jornais, relatos e... história.

Sempre me intrigou a importância que Duas Barras dá ao “olhar para trás”. Parece um apego inútil aos tempos prósperos vividos antes do “crash” da bolsa de valores de Nova York, em 1929, e da ruína dos barões do café que criaram um império nas terras norte - fluminenses. Só conclusões à primeira vista, precipitadas e superficiais.

Mas, então, o que leva um povoado incrustado entre as montanhas serranas, com 10.310 habitantes, ter cinco pequenos museus, um instituto e grande parte do casario colonial tombado pelo patrimônio histórico municipal? O que faz um povo, que assiste ao próprio êxodo rural e cultural ocorrendo na sua cidade e na circunvizinhança, ter um órgão para tombar um patrimônio constituído de casarios característicos da época áurea do café? Em cidades vizinhas a Duas Barras, muitos patrimônios já foram tombados literalmente e viraram poeira para ceder lugar a prédios de gosto duvidoso e “modernosos”. O que faz Duas Barras ser tão diferente? As respostas podem ser encontradas no filme OS NARRADORES DE JAVÉ ou, esse outro jeito certamente é o ideal, visitando essa cidadezinha que mais parece uma cidade cenográfica prontinha para escutar um diretor gritar: GRAVANDO!

Os bibarrenses saltam à frente dos seus vizinhos mais “espertos” e “antenados” ao novo século. A esperteza deles é bem outra. Basta passear por suas ruas. Conversar com sua gente e visitar esses espaços de narração e tradução do povo que vive nas barras do Rio Negro e do Rio Resende.

No porão da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, uma construção datada de 1850, há o Mini Museu de Arte Sacra com peças que remontam ao século XVIII e, provavelmente, ao domínio da Igreja sobre essas terras em tempos remotos. No Mini museu de Arte Sacra, tudo é sensorial. Visitá-lo é quase entrar em oração. O cheiro, os santos, os livros e as estruturas que suportam toda a igreja estão lá. Espaço pequeno, iluminação respeitosa e infinitas propostas de leituras feitas a todas as percepções humanas.

Os outros espaços de narração bibarrense encontram-se lado a lado na Casa de Cultura, que é também a sede da secretaria de cultura e turismo. De uma sala a outra tudo muda e, ao mesmo tempo, como se fosse guiado pelo fio de Ariadne, tudo se permeia e se complementa. Daí, é que o visitante passa pelo mini museu do bibarrense mais ilustre até hoje, Martinho da Vila. A poucos passos, está no Mini Museu de Arte Popular: sala dos anônimos artistas do barro, tecidos, sucatas e madeiras. Do ilustre ao anônimo. Narração de causar agradável espanto pela polaridade criada. O Mini Museu do Folclore confirma o carinho de Duas Barras pelas tradicionais folias de Reis, seus rústicos instrumentos musicais, suas músicas e danças ritualistas. Tudo nascido do mais profundo desejo popular de fazer expressar (-se). O Mini Museu da Sociedade Musical 08 de Dezembro cria outro contraponto interessante nas salas culturais. Instrumentos musicais refinados, partituras, objetos e uniformes de épocas... senão outros rituais...

Pois é assim mesmo Duas Barras. Pela vontade do povo, e só pela força dele, é que o poder público tem se empenhado na preservação da memória da cidade. Como os narradores do Vale de Javé, os cidadãos dessa pequena cidade resistem às investidas nem sempre sutis que o progresso faz em nome da prosperidade e do crescimento. Resistência e coragem. O mesmo tempo que ajuda o homem a espalhar esquecimentos, colabora com Duas Barras para recolher, organizar e abrir espaços para que as histórias não se percam tão facilmente. Essa audácia dos 10.310 habitantes num país onde todos insistem em repetir a exaustão ser desmemoriado, pelo futuro, já está perdoada, traduzida e narrada.

Mini Museus:

Museu Martinho da Vila
Museu do Folclore
Museu da Sociedade Musical 8 de Dezembro
Museu de Arte Popular

Praça Governador Portela, nº 07 - Centro
Horário de funcionamento:
2ª a 6ª das 8h às 17h 30min

Museu de Arte Sacra

Av. Getúlio Vargas - Centro
Horário de funcionamento:
2ª a 6ª das 8h às 17h 30min

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Tetê Oliveira
 

Cavalheiro, estou encantada com a história de Duas Barras, que vc traduz num texto super gostoso de se ler. E que, pra mim, propõe uma reflexão séria sobre a cultura jogada fora todos os dias - através de atos aos quais quase nunca prestamos a devida atenção.
Vc compara Duas Barras com outras cidades do Sul Fluminense, no que se refere à população versus ação/iniciativa/resgate cultural. O que falar então sobre Nova Iguaçu: 844.583 habitantes (população estimada em julho de 2006, segundo o IBGE) e nenhum museu em toda a cidade (não que eu saiba!)? Já cheguei a escrever um pouco sobre isso aqui pro Overmundo também.
Parabéns a Duas Barras! E a você por nos mostrar esse exemplo!
Abraço.

Tetê Oliveira · Nova Iguaçu, RJ 13/8/2007 22:20
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Luiz Antonio Cavalheiro
 

Oi, Tetê!
Com certeza, a história de Duas Barras nos impressiona, pois não é uma "coisa comum" aqui no Brasil criar espaços para traduzir o seu próprio povo. As bibliotecas são escassas, os cinemas, os teatros e os museus... Será por quê?
Essas ausências de "narrações" servem a alguém. Alguém fica feliz por ser dessa forma. É aí que aplaudo Duas Barras. O povo quer a sua cidade narrada nesses mini museus e o poder público segue o desejo popular. Na fala da secretária de Cultura e Turismo de lá a gente pode perceber isso. É claro que o "governo" tem que desejar também e organizar...
Só visitando Duas Barras pra entender isso tudo que quero dizer. Lá não se faz nada mirabolante. Nenhum milagre. Só vontade, coragem e ousadia. Tá faltando aqui em Cordeiro e, certamente, aí em Nova Iguaçu.

Beijos minha linda e obrigado pelo carinho!

Luiz Antonio Cavalheiro · Cordeiro, RJ 13/8/2007 22:36
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Inácio Alcântara
 

Sou professor de música e História, e luto para que realmente se resgate e mantenha viva a memória de um povo...

Inácio Alcântara · São Benedito, CE 14/8/2007 13:26
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Luiz Antonio Cavalheiro
 

Oi Inácio!

Então você como professor de História sabe bem da importância do trabalho que está sendo feito em Duas Barras.

Grande abraço.

Luiz Antonio Cavalheiro · Cordeiro, RJ 16/8/2007 14:44
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Benny Franklin
 

Grande Cava. Sabê-lo exímio narrador, soa-me como se fosse
ardume de inteligentsia. Votado.
Abçs.

Benny Franklin · Belém, PA 16/8/2007 20:46
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Luiz Antonio Cavalheiro
 

Narradores somos todos.
E disso não podemos nos esquecer: de fazer a história e se for preciso reinventá-la.

Valeu, Benny!

Luiz Antonio Cavalheiro · Cordeiro, RJ 16/8/2007 20:57
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Ize
 

Cavalheiro, uma beleza essa sua narrativa sobre a maneira como Duas Barras se narra para conservar vivo seu passado. É na rememoração do passado que as gerações se encontram nas histórias que os mais velhos contam para os mais novos e, com isso, floresce a linguagem do homem, coisa que anda faltando muito hj.
Parabéns pelo relato e pelas lindas fotos ( a entrevista volto amanhã para ouvir)
Adorei e votei
Abraços

Ize · Rio de Janeiro, RJ 17/8/2007 00:25
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crispinga
 

Maravilha, Cordeiro! Já estive em Duas Barras no Sítio de uma amiga, a cidade merecia um tombamento! Garanto que nem ela sabe das atrações bibarrenses! (aprendí com você)!
Belo trabalho!
Lembrei que aos domingos o Cinema está aberto ao público, a entrada é franca e tem matinnê para as crianças...
Uma coisa preocupante:
A especulação Imobiliária já chegou lá e os desmatamentos ilegais são um escândalo porque na maioria das vezes é feito na propriedade de juízes, advogados, endinheirados e afins...Precisamos alertar o IBAMA!!!!!
BJK
Cris

crispinga · Nova Friburgo, RJ 17/8/2007 09:34
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Egeu Laus
 

Cavalheiro,
Manda brasa! Vamos relevar esses interiores do estado do Rio.
Grande abraço!

Egeu Laus · Rio de Janeiro, RJ 17/8/2007 10:08
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Higor Assis
 

Muito bom Cavalheiro.

Adorei tudo!

Higor Assis · São Paulo, SP 17/8/2007 10:35
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Luiz Antonio Cavalheiro
 

Oi, Ize!
Gostei muito de fazer essa "narração", pois sinto falta de um projeto mais consistente de conservação do patrimônio cultural em minha própria cidade. Aqui, infelizmente, as pessoas não pensam duas vezes antes de demolir uma construção de valor histórico para a cidade. Já vi muita coisa triste acontecer e ainda veremos mais... A consciência do povo de Duas Barras a respeito desse tema é muito bacana. Deve servir de exemplo para outras localidades.

Beijos! E obrigado pelo carinho.

Luiz Antonio Cavalheiro · Cordeiro, RJ 17/8/2007 11:04
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Luiz Antonio Cavalheiro
 

Ei, Cris!

Que barato você já ter visitado Duas Barras. Volte sempre e agora siga o meu roteiro. RSRSRSRSRS
Outro grande lande da cidade é o cinema de lá. Tenho fotos e já andei conversando com alguns bibarrenses a respeito do projeto. Quem sabe não vira um novo artigo aqui no Overmundo?

Sobre a especulação imobiliária, dá pra perceber essa triste realidade também. Uma pena. Mas aquele povo vai saber como resistir. Se Deus quiser!

Beijos

Luiz Antonio Cavalheiro · Cordeiro, RJ 17/8/2007 11:07
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Luiz Antonio Cavalheiro
 

Egeu e Igor:

Obrigado pela força. Revelar o interior é bem mais que , na verdade, eu posso. Aqui sempre trago um pouco do que vi, ouvi e de fato gostei. Mas as revelações são várias e a diversidade de nossa cultura é maior ainda.
Vou cumprindo o meu caminho. Carregando uma pedrinha aqui e outra acolá.

Valeu! Abraços

Luiz Antonio Cavalheiro · Cordeiro, RJ 17/8/2007 11:11
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Ize
 

Oi Cavalheiro, o artigo sobre o cinema seria super legal. Teríamos por aqui um Cine Paradiso. Escreva logo sobre isso.
Bjs


Ize · Rio de Janeiro, RJ 17/8/2007 11:35
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Luiz Antonio Cavalheiro
 

vou nessa sim, Ize!
blz.

vai ficar muito lindo!

Luiz Antonio Cavalheiro · Cordeiro, RJ 17/8/2007 11:38
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analuizadapenha
 

oi... também és um dos narradores de Javé, um prazer conhecer através do seu olhar esta "história". Abraços. Parabéns

analuizadapenha · Natal, RN 17/8/2007 13:44
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Nivaldo Lemos
 

Cavalheiro,

que beleza de matéria! Os narradores de Duas Barras - a exemplo dos da mítica Jafé - são guadiães da memória histórica e afetiva do povo, autênticas sementes grávidas de futuro. Sua matéria me lembra de novo a necessidade de se criar aqui no Overmundo um espaço dedicado à preservação da memória das cidades brasileiras a partir da narrativa de seus moradores, sem o ranço academicista da historiografia oficial. Tenho certeza - pelo volume e o sucesso que posts do gênero têm feito aqui - que o espaço seria um dos mais visitados e animados do Overmundo. Fica de novo a idéia. Parabéns pelo seu delicioso e bem escrito texto e pelas fotos e áudio que ajudam a ilustrar a matéria.

Um abraço.

Nivaldo Lemos · Rio de Janeiro, RJ 17/8/2007 14:55
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Duborges
 

Luis Antonio, você me fez agora lembrar deste belo filme que é "Narradores de Javé". Aquele final em que a pequena cidade fica toda coberta de água é emocionante. É como se apenas os lugares que tiveram a sua história escrita devessem permanecer...Javé não conseguiu e as águas lhe destruíram. Uma mentalidade positivista que faz com que a história oral não seja vista como digna de crédito pelos governantes.

Duborges · Santo Amaro, BA 17/8/2007 15:57
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Luiz Antonio Cavalheiro
 

Oi, Duborges!
Este é um ponto importante a ser lembrado e que bom que você falou dele por aqui.
Na nossa cultura, para "as águas não cobrirem" tem que estar registrado, escrito. A oralidade e a sua tradição, não possuem espaços de valor para os homens que nos governam e para nem nós mesmos. Que a verdade seja dita.
Talvez aí esteja o empenho de Duas Barras na sua tentativa de se narrar e se adequar a tradição que é aceita. Não critico o povo de lá. As atitudes são lováveis e foi por isso que me empenhei de ser um narrador delas aqui.
Mas, você tem razão... se pararmos para observar quanto da tradição oral ainda está viva neste mundo-vasto-mundo. Viva e não muito disposta a sucumbir. Menos mal.

Abraços.

Luiz Antonio Cavalheiro · Cordeiro, RJ 17/8/2007 17:05
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BETHA
 

Cavalheiro,
FAZENDO UM CURSO DE MEMÓRIA LITERÁRIA, SUGERIRAM ESTE FILME PARA ASSISTIR, MAS NÃO ENCONTREI NA MINHA CIDADE, QUE PENA, LENDO ESTE TEU TEXTO, FIQUEI AINDA MAIS CURIOSA.
SEU TEXTO E SUA DIVULGAÇÃO ESTÃO ÓTIMOS.
ABÇS DE B
ETHA.

BETHA · Carnaíba, PE 17/8/2007 17:07
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Luiz Antonio Cavalheiro
 

Oi, Nivaldo!
Sabia que gostei da sua idéia!!!
A memória do povo sendo acolhida aqui, sem o nosso ranço. Beleza pura!
Tá apoiado, amigo!

Valeu!

Luiz Antonio Cavalheiro · Cordeiro, RJ 17/8/2007 17:08
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Luiz Antonio Cavalheiro
 

Oi, Betha!
O Filme é muito bom mesmo. E elaborando o texto achei que tinha a ver fazer "uma ponte" entre os narradores do vale de javé e o povo de Duas Barras.

Beijos

Luiz Antonio Cavalheiro · Cordeiro, RJ 17/8/2007 17:12
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Nivaldo Lemos
 

Cavalheiro,

a título de esclarecimento: quando me referi ao ranço da historiografia, é claro, quis dizer do academicismo - válido, necessário, mas como, você sabe, precisa de um distanciamento crítico e, portanto, não tem o envolvimento emocional da narrativa popular. Seu texto que, agora fico sabendo, é de um historiador, apesar disso é solto, leve e até afetivo. Como deve ser o escrito da memória que recolhemos, guardamos e semeamos aos contemporâneos e pósteros. Não é?

Um abraço.

Nivaldo Lemos · Rio de Janeiro, RJ 17/8/2007 17:22
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Luiz Antonio Cavalheiro
 

Isso mesmo, Nivaldo. Eu entendi o que você disse, por isso gostei tanto.
Continuo mesmo acreditando que ficaria muito boa essa tentativa. Como já disse, apóio a idéia.

Grande abraço, amigo.

Luiz Antonio Cavalheiro · Cordeiro, RJ 17/8/2007 17:50
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Capoeira Cambará
 

Gostei muito.

Capoeira Cambará · Ananindeua, PA 17/8/2007 19:12
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baduh
 

Prezado Cavalheiro.
O teu maravilhoso texto me fez lembrar da época das províncias - que eram verdadeiros celeiros de eruditos. Hoje não existem mais "províncias" (e nem provincianos), mas, inspirado na linda foto de Duas Barras, fico a imaginar você a escrever na paz de Cordeiro...um homem ilustrado trabalhando no sossego de uma cidade pequena...
Nem posso entrar no mérito do conteúdo de teu trabalho, diante do que já foi dito acima - e que li, embevecido.
Somente gostaria de te cumprimentar pelo trabalho de mestre!
Abraços.
Baduh

baduh · Rio de Janeiro, RJ 17/8/2007 19:16
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carlos magno
 

Olá amigo Cavalhero,

estou contente por ter chegado aqui por acaso e te encontrar com esta magníca matéria sobre a cidade de Duas Barras. É um belo recado de alerta para preservação do patrimônio desta cidade que sem dúvida merece toda atenção como tantas outras que se encontram nas mesmas condições. Meus sinceros aplausos e abraços amigo.
Caqrlos Magno.

carlos magno · Rio de Janeiro, RJ 17/8/2007 21:54
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Luiz Antonio Cavalheiro
 

Oi, Baduh!
Fiquei feliz pelo seu comentário e pela "viagem" que fez até aqui onde me encontro. Cordeiro é uma cidade pequena e sossegada. Escrevo no quarto de uma casa que moro desde quando eu nasci, num bairro tranqüilo em que conheço todos os meus vizinhos. Aqui escuto o canto do galo (às vezes tão fora de hora...) e pela manhã vejo o meu pai alimentando os passarinhos no quintal com alguma frutas e canjiquinha. Tenho algumas flores que gosto de cuidar...
Gosto de estar nesse lugar onde vivo. É bom o silêncio, o aconchego, a paz e as pessoas ao meu redor. Sinto-me acolhido e nunca estou solitário.
É, me fez bem contar isso aqui pra vocês.

Abraços

Luiz Antonio Cavalheiro · Cordeiro, RJ 17/8/2007 22:32
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Luiz Antonio Cavalheiro
 

Carlos, querido poeta!
Sei que você se encantaria com essa matéria!

Grande abraço!

Luiz Antonio Cavalheiro · Cordeiro, RJ 17/8/2007 22:34
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Ériton Berçaco
 

Olá rapaz Cavalheiro,
lendo seu belo texto, vendo as fotos, lembrei-me de outros dois bons exemplos no Brasil: a minha cidade Muqui, que é o maior sítio histórico do ES, tombado pelo patrimônio histórico Estadual, e preserva o rico folclorore do Boi Pintadinho e da Folia de Reis - em outubro acontece o encontro nacional de folias de reis, é o maior do Brasil; e a outra cidadezinha é o distrito de São Pedro do Itabapoana, em Mimoso do Sul-ES.
Parabéns pelo foco em Duas Barras. E, se puder, leia meu texto sobre São Pedro do Itabapoana.

Ériton Berçaco · Muqui, ES 18/8/2007 00:48
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W@nder
 

É, meu amigo... A sua busca incessante por cultura encontrou um local que, ao contrário de tantos e tantos outros, valoriza e preserva seu patrimônio histórico. Não conheço Duas Barras, mas desde já deixo aqui meus cumprimentos ao seu povo por, principalmente, não deixar que o progresso, em nome da prosperidade e do crescimento subtraia os valores que por anos foram preservados. Parabéns pelo artigo!

W@nder · Rio de Janeiro, RJ 18/8/2007 16:22
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Matheus Muzy
 

Toda essa conservação também se deve ao fato de que Duas Barras se encontra fora de um eixo rodoviário que leva o progresso desenfreado para as outras cidades.Temos como exemplo o distrito de Monnerat, que por estar às margens da RJ116, cresce mais do que a sede do município.
Que bom para os historiadores e para Duas Barras!!!

Matheus Muzy · Cordeiro, RJ 18/8/2007 16:56
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Ilhandarilha
 

Me chamou a atenção aqui o fato de vc começar o texto com Narradores de Javé. Adoro esse filme: pelo que tem de Brasil, pelo que tem de universal, por ser uma aula de preservação da memória, enfim...
Já a história dos mini museus de Duas Barras também dá um filme. Genial essa idéia de fazer alguma coisa já pela preservação da memória e não ficar esperando uma verba governamental para construir um grande museu ou coisa parecida. Acho que todo bairro, todo lugarejo brasileiro deveria seguir esse exemplo.

Ilhandarilha · Vitória, ES 20/8/2007 11:26
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Graça Pecly
 

Luiz,
Temos o mesmo olhar para Duas Barras! Também fico impressionada com a motivação para a preservação que lá existe. Já apreciei e participei de vários projetos culturais itinerantes que ouvimos falar e que só passam por lá. A Secretaria de Cultura local está sempre procurando opções para levar até às pessoas várias expressões da arte brasileira.
Quando puder, em qualquer domingo à tarde, sente nos bancos da pracinha daquela cidade, em todos eles, e deixe-se levar... contemple todos e tudo que surgir a sua frente. O efeito é tremendo! Faz um bem enorme para a alma.
Beijos,
Graça

Graça Pecly · Cordeiro, RJ 21/8/2007 20:40
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Luiz Antonio Cavalheiro
 

Oi, Wander!

Duas Barras é um exempo de conservação do patrimônio cultural em cidades pequenas, mas outras ações semelhantes estão acontecendo no Brasil e a gente fica feliz por saber.
Dê só uma olhada nesse artigo aqui que o Ériton escreveu. Muito bom também!

abraços

Luiz Antonio Cavalheiro · Cordeiro, RJ 22/8/2007 09:20
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Luiz Antonio Cavalheiro
 

Matheus,

Isso é bom lembrar mesmo! Por não ficar tão próxima à rodovia RJ 116 foi, sem dúvida, o grande diferencial de Duas Barras. As outras cidades que são cortadas pelo grande tráfego e até mesmo o distrito de Monnerat são assoladas pela síndrome do "progresso-a-qualquer-custo".
valeu!

Luiz Antonio Cavalheiro · Cordeiro, RJ 22/8/2007 09:24
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Luiz Antonio Cavalheiro
 

Oi, Ilhandarilha!
Essa idéia sua é legal mesmo.Taí! Gostei.

beijos

Luiz Antonio Cavalheiro · Cordeiro, RJ 22/8/2007 09:26
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Luiz Antonio Cavalheiro
 

Oi Graça!

É verdade. Das vezes que fui e, principalmente, dessa que fui para escrever o artigo, sentei-me num dos bancos da pracinha... o efeito é mágico! Quando a gente percebe, já deu assas à mente, à alma e o sorriso está nos lábios mesmo sem querer. Um santo remédio para o coração.

Beijos, amiga!

Luiz Antonio Cavalheiro · Cordeiro, RJ 22/8/2007 09:30
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Ériton Berçaco
 

Respondendo ao seu comentário sobre meu texto:
É verdade. São Pedro deve ser bem menor q Duas Barras, mas ambas parecem estar no caminho certo ao preservar sua cultura e lançar novos rumos para o futuro ao valorizar o passado.

Ériton Berçaco · Muqui, ES 22/8/2007 10:03
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Museu do Folclore: ênfase nas Folias de Reis zoom
Museu do Folclore: ênfase nas Folias de Reis
Museu de arte Popular: sala dos artesãos bibarrenses zoom
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Vestimenta do palhaço de Folia de Reis - Museu do Folclore zoom
Vestimenta do palhaço de Folia de Reis - Museu do Folclore

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Trecho da entrevista com a Sec. de Cultura e Turismo de Duas Barras / RJ

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