Nas ruas do Carnaval carioca

foto Egeu Laus
No carro alegórico da Beija Flor: a verdadeira "cara-pinha"
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Egeu Laus · Rio de Janeiro, RJ
24/2/2007 · 234 · 51
 

Preparativos

Antes de mais nada devo dizer que este ano foi low-profile, fiquei "só no sapatinho" e em compensação gastei o mínimo. O meu maior gasto (de uma vez só) foram R$ 23 reais por uma camisa do Império Serrano com a Frida Kahlo estampada. O enredo deste ano era "Ser diferente é normal: o Império Serrano faz a diferença no carnaval". Não adiantou: a escola acabou sendo rebaixada junto com a Estácio de Sá. De resto foi gasolina pro carro, algumas latinhas de cerveja (latinha a R$ 2, o latão (R$2,50) esquenta pra quem como eu tá bebendo devagar), e uns tira-gostos de rua.

Já tinha feito meu aquecimento no Gigantes da Lira que saiu no sábado antes do carnaval aqui na janela de casa, e também no Monarcas na Glória e Rio Carioca dois blocos que se fundem pela segunda vez e saem da rua Ipiranga (também em Laranjeiras) em frente a loja Maracatu Brasil. Uma parte do bloco é dos alunos de percussão da loja, e a turma mais "profissional" é constituída por uma ala de percussionistas que saem em várias escolas de samba e são liderados pelo Mestre Odilon Costa, da Grande Rio. No ano passado Selminha Sorriso (porta-bandeira da Beija Flor, campeã deste ano) desfilou no bloco.

Já ia me esquecendo que antes do Rio Carioca tínhamos passado, à tarde, na concentração do Bloco Nem Muda nem Sai de Cima, às margens do que restou do rio Maracanã, ao lado do bar da dona Maria, na Rua Garibaldi, nos limites da grande Tijuca. "Muda" leva esse nome pois era o ponto onde os cavalos que puxavam os bondes que iriam subir o Alto da Boavista eram trocados. O bar da Dona Maria é famoso por ser o "escritório" do bloco e ponto de encontro de dois parceiros compositores, festejados pelos cariocas: Moacyr Luz e Aldir Blanc. Aliás é ali mesmo na rua Garibaldi que os dois moram.

A vantagem do "Nem Muda" é que apesar de ter o prestígio da presença de compositores célebres (a homenageada deste ano foi Beth Carvalho) ainda mantém um perfil de bloco de amigos e moradores com relativamente pouca gente "de fora".

Minha primeira providência foi acessar a Agenda do Samba e Choro que organiza o Guia Comentado do Carnaval de Rua do Rio e que tem sempre a informação mais confiável. Me programei para abrir o carnaval no primeiro minuto de sábado com o bloco do Bip-Bip, um bar aqui do Rio, situado em Copacabana onde se reúnem músicos de Choro e samba. Mas ao contrário da minha filha que "começa" a sair de casa à meia-noite, perdi o pique e fiquei morgado, ainda mais que pretendia ir ao Bola Preta no sábado de manhã.

Final do Bola Preta: uma Serra Pelada em plena Cinelândia

No sábado, acabamos saindo muito tarde, mais de meio-dia, fomos ver se ainda havia o Cordão do Bola Preta. Emergi das escadas do Metrô na Cinelândia para ficar literalmente estupefato: Imaginem algo como 500 mil pessoas espremidas centímetro por centímetro, num calor de 42 graus, numa excitação altíssima, o chão completamente enlameado numa mistura de mijo, cerveja, lixo e lama, vendedores berrando suas ofertas de cervejas, cachaças e misturas variadas e aquela multidão enlouquecida no final da festa. Um espetáculo dantesco. Como se as "formigas" de Serra Pelada tivessem largado seus sacos de terra e lama e começado uma dança carnavalesca pela descoberta do maior veio aurífero do mundo! Gente de todas as cores, formatos, idades e tamanhos. Milhares em branco e preto, as cores do Bola.

Nossa rotação ainda era muito baixa pra encarar aquele apogeu. Entendi agora porque o pessoal chega muito cedo (9 horas da manhã é o horário oficial): é pra conseguir sair antes desta concentracão final em plena Cinelândia. Aliás é isso que faz o Bloco Embaixadores da Folia que se reúne de madrugada (às 5 horas da matina!) para encontrar o Bola Preta em seguida. Um reservado de papelões precariamente equilibrados formavam uma casinha com uma placa "Xixi no bueiro R$ 0,50". Não há banheiros químicos que dêem conta. Aliás em quantidade sempre subdimensionada pela Prefeitura.

A ordem era sair dali rapidamente. Acredito que levamos uns 20 minutos para atravessar a multidão em direção à Lapa. A idéia era esperar a saída do Bloco do bar Carioca da Gema na rua Mem de Sá, quase esquina de Rua do Lavradio. A Lapa, que nos finais de semana já é um grande Parque de Diversões Noturno a céu aberto era isso mesmo só que, agora, de dia! Em frente ao Carioca da Gema, um carro de som altíssimo (à maneira dos trios elétricos) já se preparava obstruindo metade da pista da Avenida. O povo já tinha tomado conta de todo o espaço nas redondezas, enchendo os bares e atravessando as ruas com a displicência de quem desta vez tinha a prioridade, em vez dos carros. Um ônibus vazio forçava a passagem devagar. Pendurada na porta, meio corpo para fora, a trocadora com uma cerveja na mão cantava um samba sorrindo para a multidão de pedestres.

Bloco do Carioca da Gema: alto nível musical

A Rua do Lavradio era um mar de mesas e cadeiras colocadas pelos ambulantes vendedores de cerveja, os bares lotados e... chegando gente! O nosso interesse pelo bloco do Carioca da Gema vinha pela figura de seu coordenador musical Paulão 7 Cordas, diretor musical de Zeca Pagodinho e um dos músicos mais conceituados do setor no Rio de Janeiro. Com ele a qualidade musical do Bloco estava garantida. No cavaquinho avistamos Marcio "Huck" Almeida, um dos mais respeitados no instrumento e o Marcelo Bernardes, saxofonista e flautista. Um naipe de metais subia o carro e as cordas também. A bateria já estava a postos no chão – "É por aqui que vamos ficar!"

A quantidade de cantores também nos prometia um repertório sem interrupção. Estavam programados Moyses Marques, Ana Costa e Stenio (Puxador de Samba), Marquinhos China, Pedro Miranda e Agrião. Às quatro e meia o "trio elétrico" começa a se movimentar e pergunto ao Paulinho Figueiredo, produtor do Carioca da Gema, qual era o itinerário. Bom, aí são aquelas coisas que só o Rio de janeiro oferece: o carro iria dar uma ré para em seguida entrar na Rua do Lavradio! E não houve multidão ou trânsito que atrapalhasse a manobra. Levado por centenas de manobristas e guardas de trânsito o carro entrou na Lavradio com a bateria mandando brasa!

Em frente à Fundição Progresso o bloco estacionou e o "desfile" se transformou num grande baile popular com toda tranqüïlidade. O espaço foi todo cercado não permitindo a entrada de vendedores que ficaram no entorno. Durante todo o tempo que lá ficamos (com uma fugida ao restaurante Gohan para comer um peixe grelhado com legumes) não escutamos sequer uma música ser repetida.

A qualidade do repertório era realmente fantástica. Tudo que de bom foi produzido em matéria de samba nos últimos e nos velhos tempos foi cantado pelo bloco. A qualidade e performance dos instrumentistas me levava a pensar as vezes que aquilo era playback. Mas era só olhar com atenção e ver que era tudo ao vivo! Aos vivos!

Voltamos para casa e ainda tivemos que desviar do Laranjada Samba Clube (com gente da bateria do G.R.E.S. Unidos do Santa Marta) fazendo seu desfile oficial na Gal. Glicério.

Uma furada em Vila Isabel

Não contei pra vocês, mas eu tinha uma tarefa diária nesse carnaval: Nunca tive nenhum animal doméstico pois achava que isso acabaria se transformando em trabalho e aborrecimento. Pois sobrou pra mim dar uma injeção diária num gato com diabetes! O horário tinha que ser mais ou menos constante – por volta de meio-dia. Somado ao calor infernal que fez nesses dias, resolvemos que só iríamos sair de casa quando sol baixasse, lá pelas quatro da tarde.

Consultando o nosso Guia do carnaval vimos que o Bloco Sorri prá Mim, coordenado pelo percussionista Marçalzinho (da família Marçal que começa lá na década de 1940) com membros da Escola de Samba Vila Isabel e percussionistas de alta estirpe iria sair na Av. 28 de Setembro naquela tarde. O guia terminava assim: "Bela pedida para conferir a nobre arte da percussão brasileira." Depois desse argumento era entrar no carro e partir pra Vila.

Em lá chegando, silêncio total. Movimento sim, mas fraquinho. Famílias fantasiadas pela 28 de Setembro mas nem sinal de algum bloco se preparando. Fomos caminhando até quase a Praça Barão de Drummond (onde foi inventado o jogo do bicho) e nada. Aproveitei para dar um pulo no Bar do Costa mas... fechado. Em frente ao Petisco da Vila um coreto com uma orquestra mambembe tocava os hits do carnaval de todos os tempos. Um trumpete e um trombone meio que desafinados e um surdo suando embaixo do sol. Pelo jeito não ia ter Sorri pra Mim. Mas a viagem não foi de todo perdida, olhem o que encontrei: No meio da rua junto com os vendedores de cerveja em caixas de isopor, uma carrocinha de um japonês (ou chinês) vendendo Yakisoba! Correndo todos os riscos pedi logo um de camarão e com um par de hashis e tudo e com bastante shoyo, por via das dúvidas, traçei o almoço. Tá certo, não estava fantástico, mas juro, tava bom.

Saindo meio desconsolados ainda acompanhamos da calçada a passagem de dois blocos que se uniram para um desfile único, o Gargalhada e o Babaçu abunda e a Cerveja também. Lógico que a fusão de dois blocos engordaria em muito o desfile, certo? Nada disso. Somando tudo não passava de umas 30 pessoas! Todas devidamente paramentadas com as camisetas de seus blocos com idades variando entre 5 e 80 anos. Talvez duas famílias com seus amigos e parentes mais chegados. É assim que começa, guardem esses nomes para daqui a 5 anos.

Praia de Ipanema

O bloco Bangalafumenga no Jardim Botânico parecia impraticável para chegar de carro àquelas alturas (e as notícias posteriores confirmaram). Resolvemos arriscar a praia de Ipanema para pelo menos pegar um ventinho. Chegamos e fomos direto ao mar pegando ainda um restinho do Afro Reggae que resolveu este ano sair "no Rio de Janeiro" como eles dizem. Av. Vieira Souto cheia, a praia lotada e lá na frente a rabeira do Simpatia é quase Amor, que para o nosso "approach" ficou impraticável. Quando participei das reuniões de coordenação do Simpatia há muitos anos, quando saíam 5 mil pessoas, lembro-me que, todo ano, se dizia que aquele seria o último, tava crescendo demais, não tinha mais sentido. O bloco continua aí. 50 mil pessoas é a estimativa da polícia para o desfile.

Avenida Presidente Vargas: Escolas aguardando a entrada

Na segunda-feira, mesmo esquema inicial, gato diabético e esperar o sol descer. No dia anterior tínhamos passado pela Pres. Vargas e nos interessamos pelos carros alegóricos. Sábia Andréa que só me levou para bons programas anunciou: "vamos ver os carros!" O esquema dos Carros Alegóricos das Escolas na entrada da Marquês de Sapucaí é bastante inteligente: de cada lado da avenida se colocam duas escolas que entram para desfilar alternadamente. Elas se postam antes e depois da Sapucaí denominados lado do "Balança" as de número ímpar e lado dos "Correios" as que recebem o número par (são os prédios de referência).

Quando a escola está realmente pronta, os carros entram num corredor protegido com grades para evitar qualquer tumulto ou sabotagem. Mas no estágio anterior ela fica "na rua" podendo ser visitada por toda a população que não pode pagar os ingressos. Aliás, do outro lado do Canal do Mangue arquibancadas de madeira são liberadas para quem quiser assistir gratuitamente a um pouquinho do que é possível. Mas atravessando a passarela você fica lado a lado com todos os trabalhadores e componentes das escolas que estão ali terminando a construção dos carros na iminência da entrada para o desfile!

Visitamos por exemplo, o pessoal da Portela que, às 18 horas, estava serrando, colando, encerando e dando pintura em TODOS os carros, para um desfile que estava previsto para a meia-noite! É interessante notar os niveis de acabamento das Escolas. Em algumas você percebe nitidamente que o efeito final será fantástico mas que olhando de perto o acabamento deixa a desejar. Em outras a riqueza de materiais é visivel: usa-se um material caro em vez do ouro ser "de pintura". Em outras, como a Beija-Flor, a riqueza é visivel pois, além dos materiais, o acabamento é perfeito até aos mínimos detalhes de centímetros em carros que tem 10 metros de altura. Um belo passeio que interessaria a designers, artistas visuais e artesãos de modo geral.

Blocos na Avenida Rio Branco

Embora este ano tenhamos ficado pouco na Rio Branco, considero o verdadeiro Carnaval Popular do Rio de Janeiro. Em vez de sair correndo atrás de blocos, eles estão todos ali, vindos de todos os bairros. Mais de 40 blocos chamados "de embalo", alguns já lendários como o Cacique de Ramos, o Bafo da Onça e Os Arengueiros (com parte da bateria da Mangueira) além de outros animadíssimos com o Pagodão de Madureira, Boêmios de Irajá, Bloco do Bigode, Embaixadores da Folia e muitos outros com dez, quinze, vinte anos de existência.

O esquema é muito simples, meus amigos foliões: você vai buscar o bloco na altura da Pres. Vargas e sobe sambando com eles até perto da Cinelândia onde encerra-se o desfile. Aí você volta rapidinho para o começo da brincadeira, pega outro bloco e sobe de novo até a Cinelândia. Isso tudo encontrando pelo caminho as figuras mais engraçadas e raras que você pode encontrar num Carnaval e que estão ali com o coração aberto para a diversão e a alegria. Tirando alguns grupos de Clóvis (versão carioca dos Clowns) que podem assustar quando passam em bando batendo seus balões no chão, é tudo muito relax. Recomendo.

Tocamos para Copacabana já bastante cansados mas compromissados com o Rancho Carnavalesco Flor do Sereno que realiza seu baile popular ao ar-livre, na segunda de carnaval, em frente ao Bar Bip-Bip na Rua Almirante Gonçalves sob a batuta do Maestro Pedro de Moura Aragão. O som estava bom e deu pra pegar Alfredo Del-Penho ao microfone cantando as marchinhas da peça Sassaricando, mas o calor era insuportável, num espaço exíguo e resolvemos espairecer na Av. Atlântica.

Resumo

Na terça, descansei trabalhando pois tinha o projeto gráfico de uma capa de CD para entregar.

Saldo final do nosso Carnaval:
Melhor música: Bloco do Carioca da Gema;
Melhor visual: Visita às escolas na Pres. Vargas;
Maior animação: Av. Rio Branco.

A crítica vai para a Prefeitura e o Governo do estado que ainda não entenderam a importância do Carnaval de Rua no Rio.

Ano que vem tem mais e espero com mais disposição.


O texto que você acabou de ler faz parte de uma série sugerida e organizada pela comunidade do Overmundo. A proposta é construir um panorama do Carnaval do Brasil, sob a ótica de colaboradores espalhados por todo o país. Para ler mais relatos sobre o assunto busque pela tag carnaval-2007, no sistema de busca do Overmundo.

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Spírito Santo
 

Alto astral, Egeu! Foi de desanuviar geral!

Spírito Santo · Rio de Janeiro, RJ 22/2/2007 11:44
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Egeu Laus
 

Obrigado, Spirito!

Egeu Laus · Rio de Janeiro, RJ 22/2/2007 11:54
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Egeu Laus
 

Não tinha notado na camisa do Império Serrano: Frida Kahlo veste uma camisa de Arthur Bispo do Rosário.

Egeu Laus · Rio de Janeiro, RJ 22/2/2007 12:32
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Daniel Duende
 

Grande post, mano Egeu! Exatamente do jeito que eu penso que se deve cobrir um evento desta dimensão e intensidade.... com os próprios olhos e os próprios sentimentos. Muito bom. Não só uma aula de "reporting", mas também uma delícia de leitura.

Abraços do Verde.

Daniel Duende · Brasília, DF 22/2/2007 14:03
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Egeu Laus
 

Obrigado, Daniel!
Vamos somar com todos os outros posts sobre o Carnaval Overmundo do Brasil.

Egeu Laus · Rio de Janeiro, RJ 22/2/2007 14:23
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Thiago Camelo
 

Egeu!!! Que legal a cobertura. De grandes momentos às furadas também. Dúvida boba: Vila IZabel é proposital? Não seria Vila ISabel? Abração!

Thiago Camelo · Rio de Janeiro, RJ 22/2/2007 14:32
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Egeu Laus
 

Eu nunca sei, Thiago. Santa Terez(s) é outro nome que fico em dúvida. Deixa eu procurar aqui na Prefeitura que seria o mais "oficial"... Você está certo, é tudo Isabel. Vou corrigir.
Abraço!

Egeu Laus · Rio de Janeiro, RJ 22/2/2007 14:37
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Felipe Obrer
 

Egeu, comecei a ler agora, e já vi um errinho: enredo, depois da reforma ortográfica de não sei quantos anos atrás, deixou de levar acento circunflexo. Então, sugiro: substituição de "enrêdo" por enredo.

Abraço.

Felipe Obrer · Florianópolis, SC 22/2/2007 16:10
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Felipe Obrer
 

Mais um: no segundo parágrafo, colocaria uma crase em "em frente à loja Maracatu..."

Felipe Obrer · Florianópolis, SC 22/2/2007 16:12
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Felipe Obrer
 

No terceiro parágrafo "puxavam os bondes que iriam subir eram trocados", concordância...

Felipe Obrer · Florianópolis, SC 22/2/2007 16:14
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Felipe Obrer
 

Quarto parágrafo: faltou uma cedilha em presença

Felipe Obrer · Florianópolis, SC 22/2/2007 16:15
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Felipe Obrer
 

Ainda no quarto parágrafo, como mantém se refere ao bloco, no singular, vai sem circunflexo, que se aplicaria se fossem os blocos...

Felipe Obrer · Florianópolis, SC 22/2/2007 16:17
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Egeu Laus
 

Vamos lá Felipe, nosso revisor carnavalesco...
Obrigado!

Egeu Laus · Rio de Janeiro, RJ 22/2/2007 16:25
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Felipe Obrer
 

No sétimo parágrafo, colocaria também uma crase em "(às 5 horas da matina)". No oitavo, poria uma vígula depois de "enchendo os bares". No décimo-primeiro, colocaria uma crase em "Em frente à Fundição Progresso...". No décimo quarto tiraria o circunflexo de fez em "Somado ao calor infernal que fez nesses dias...".

Já perdi a conta dos parágrafos, mas no trecho "...para um desfile que estava previsto para a meia-noite!", tiraria a crase. Já no resumo ao final do texto, faltou uma crase em "Melhor visual: visita às escolas na Pres. Vargas;"

Bom... tentei ajudar. Não meti muito o bedelho na pontuação porque pode ser questão de estilo. Gostei do texto, interessante saber o que rola no Rio. Sobre as correções, esclareço: não é chatice, é profissão de revisor de textos...

Abraço.





Felipe Obrer · Florianópolis, SC 22/2/2007 16:40
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Felipe Obrer
 

Egeu, espero que curtas as sugestões.

Um abraço.

Felipe Obrer · Florianópolis, SC 22/2/2007 16:43
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Egeu Laus
 

Fique à vontade Felipe e muito obrigado!
Abraço!
P.S.: Você não vai contar do Carnaval dos manezinhos da ilha?

Egeu Laus · Rio de Janeiro, RJ 22/2/2007 16:44
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Felipe Obrer
 

Bom... sobre o carnaval em Floripa, pretendo contar alguma coisa sim. Quando pintar, aviso.



Felipe Obrer · Florianópolis, SC 22/2/2007 16:53
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Egeu Laus
 

Aviso importante sobre o Sorri pra Mim:
por conta dos compromissos dos percussionistas com suas escolas a saída do bloco passa a ser na terça-feira e não mais na segunda.
Informação do Paulo Eduardo Neves da Agenda do Samba e Choro e confirmada com as desculpas dos representantes do bloco.

Egeu Laus · Rio de Janeiro, RJ 22/2/2007 17:01
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Paulo Eduardo Neves
 

Foi mal Egeu, você foi mais um que caiu no nosso furo do Sorri pra Mim em nosso guia de carnaval. Só no meio do carnaval soube que desde o ano passado eles não estão mais saindo no domingo. Devido à falta de grana, agora só saem na terça. O pior é que na terça antes do carnaval um músico próximo ao organizador do bloco me confirmou a saída domingo. Uma pena, pois é um bloco super legal e pouco conhecido. Ainda mais que nos blocos mais badalados a bateria costuma ser bem fraquinha.

Paulo Eduardo Neves · Rio de Janeiro, RJ 22/2/2007 17:24
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Felipe Obrer
 

Egeu, não reli inteiro, mas o "enrêdo" com circunflexo continua lá. Decidiu não alterar nada ou ainda não deu tempo?

Abraço.

Felipe Obrer · Florianópolis, SC 22/2/2007 17:55
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Egeu Laus
 

Acho que agora foi, conterrâneo...

Egeu Laus · Rio de Janeiro, RJ 22/2/2007 18:24
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Felipe Obrer
 

Então, Egeu. No outro dia li num comentário teu -numa colaboração da Glês Nascimento sobre o Carnaval em Taquaruçu- que és natural de Caçador, aqui em Santa Catarina. Bem que eu desconfiei que um Laus, alemão assim, e com a cara corada do jeito que a tua foto mostra, não era carioca de nascimento. Mas eu, como bom cidadão do mundo, também sou um migrante. Moro aqui em Floripa há quase 15 anos, mas nasci e ne criei na fronteira do Uruguai com o Brasil, e sou filho de uruguaios, tenho até dupla nacionalidade... Menos mal a gente tem pernas e instrumentos de locomoção pra se deslocar de um lugar a outro, e não ficar estático pra sempre onde nasceu, né? Ainda sobre a tua colaboração: andanças boas devem ter sido essas dos dias de carnaval por aí.


Abraço e até já.

Felipe Obrer · Florianópolis, SC 22/2/2007 19:11
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Egeu Laus
 

Na verdade nasci em Blumenau, mistura de prussiano com "bugre".
Passei a infância em Caçador, depois Porto Alegre, Itajaí, Floripa, Curitiba, São Paulo e Rio...

Egeu Laus · Rio de Janeiro, RJ 22/2/2007 19:39
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Felipe Obrer
 

Bom... haja pernas!... Mais uma observação sobre o texto: a categoria é música intencionalmente? Imagino até que sim, mas chamo a atenção, por via das dúvidas...

Felipe Obrer · Florianópolis, SC 23/2/2007 13:02
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Egeu Laus
 

Você tem razão Felipe. Já alterei para "música e sociedade" e botei música como tag adicional.
Obrigado!

Egeu Laus · Rio de Janeiro, RJ 23/2/2007 13:20
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clarice laus
 

uau! achei excelente. só quero deixar claro que o gato diabetico não é furada nenhuma, ele só contribuiu para um carnaval mais feliz!

clarice laus · Rio de Janeiro, RJ 23/2/2007 13:51
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Egeu Laus
 

Desculpe, Felipe, quis dizer "cultura e sociedade'. Tô "variando"...

Egeu Laus · Rio de Janeiro, RJ 23/2/2007 14:04
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Egeu Laus
 

Tá certo, Clarice, Booky se comportou bem... :)))

Egeu Laus · Rio de Janeiro, RJ 23/2/2007 14:07
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Felipe Obrer
 

Intromissão: diabético e com esse nome, o gato devia tentar a sorte em hollywood. haha...

Felipe Obrer · Florianópolis, SC 23/2/2007 15:04
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SILVASSA
 

excelente texto. pelo jeito, o único que curtiu de menos e intelectualizou demais foi eu

parabéns cara. e melhoras pro gato diabético

SILVASSA · Salvador, BA 24/2/2007 08:44
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Felipe Obrer
 

esse gato diabético ainda vai dar o que falar... quem sabe vire felino-propaganda do Ministério da Saúde numa campanha com o título "Como tomar insulina no Carnaval".

Abraço

Felipe Obrer · Florianópolis, SC 24/2/2007 10:23
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Alan Romero
 

Maravilha de relato, Egeu. Só vi o Flor do Sereno, a fantástica orquestra desfilando marchinhas e outros clássicos carnavalescos, com muita competência. Marcelo Bernardes também estava lá tocando, o homem está em todas!
Abraços

Alan Romero · Portugal , WW 24/2/2007 14:03
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Renio Quintas
 

Valeu Egeu muito boa sua viagem no maravilhoso carnaval de rua do meu Rio de Janeiro! Abs muito som, Renio Quintas

Renio Quintas · Brasília, DF 24/2/2007 19:21
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achr
 

É por isso que eu tenho que ir ao Rio.
Um dia chego lá!
Belo relato, parabéns.

achr · Porto Alegre, RS 26/2/2007 02:11
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Marija Almeida
 

Muito legal o seu relato, Egeu! Moro no Rio de Janeiro e tenho a chance de acompanhar o carnaval daqui há anos, e seu relato fez juz à festa enorme que é!
Parabéns!

Marija Almeida · Rio de Janeiro, RJ 26/2/2007 03:10
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Egeu Laus
 

Obrigado aos amigos Alan e Renio, e a Maria e tb ao ACHR de Porto Alegre...
Escrevam suas visões do carnaval que passou. Ainda esta' em tempo!
Coloquem sempre a tag "carnaval-2007".
Abraços!

Egeu Laus · Rio de Janeiro, RJ 26/2/2007 03:31
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Fábio Fernandes
 

Salve, Egeu!
Que belo artigo, gostei muito!
Me deu saudades de carnavais passados. Ultimamente tenho ficado de molho em casa, infelizmente.

Fábio Fernandes · São Paulo, SP 26/2/2007 09:37
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andrea ernest dias
 

Oi, Egeu, você perdeu um bloco , o Bloco do Pife ( Muderno) saiu aqui de casa em Santa Teresa no sábado à noite, tocamos quatro horas seguidas, pifes e batucada da melhor qualidade !
Mais, só no ano que vem !
beijão

andrea ernest dias · Rio de Janeiro, RJ 26/2/2007 09:41
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Egeu Laus
 

Poxa, Andréa! Como é que tu não me chama pra isso??
Já vou agendar pro ano...

Egeu Laus · Rio de Janeiro, RJ 26/2/2007 10:02
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Egeu Laus
 

Valeu, Fábio! Bom recolhimento e bom retorno!

Egeu Laus · Rio de Janeiro, RJ 26/2/2007 10:09
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Guilherme Mattoso
 

e vc ainda tem coragem de dizer que seu carnaval foi lo-profile!? rsrsrsrsrs

Guilherme Mattoso · Niterói, RJ 26/2/2007 11:10
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beto moreira
 

Laus!!!...muito legal seu circuito!!!...prô ano me convida para os blocos!!!...prometo levar o leite!... prô gato da Clari, é claro!!!!
Beto

beto moreira · Rio de Janeiro, RJ 26/2/2007 12:12
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Mariana Mansur
 

olha que eu fiz toda uma vasta programação, mas a sua foi imbatível!

temos que unir o foliões de rua do rio exigindo uma melhor infra-estrutura da prefeitura, que parece não ver a dimensão do carnaval atual. para se ter uma idéia a pça josé de alencar, aquela pequenina antes do lgo do machado, tinha mais banheiro químico que na rio branco toda!

Mariana Mansur · Rio de Janeiro, RJ 26/2/2007 13:37
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Egeu Laus
 

Pô... eu que achei que tava devagar...
Abraço Beto, Mattoso e Mariana!

Egeu Laus · Rio de Janeiro, RJ 26/2/2007 13:48
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Egeu Laus
 

Pra quem ainda não viu tem uma outra resenha sobre o bloco Gigantes da Lira aqui.
E digitando a tag "carnaval-2007" você tem um panorama do que os cavaleiros do Overmundo estão construindo sobre o carnaval deste ano.
Abraços!

Egeu Laus · Rio de Janeiro, RJ 26/2/2007 14:34
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Helder Dutra
 

Batuta...tava na Pres. Vargas tambem...vai ver agente se cruzou por la...

Helder Dutra · Rio de Janeiro, RJ 26/2/2007 19:17
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achr
 

Obrigado Egeu!
É deveria escrever algo, já que aqui em Porto, também temos um carnaval bem movimentado. Não temos todo o glamour e luxo do desfile das escolas cariocas, porém a uma grande disputa entre as agremiações e o "espetáculo" está crescendo ano a ano.
Uma pena que este ano não me envolvi com os festejos do momo, mas ano vem escreverei algo bem consistente, durante o ano mesmo...
Grande abraço.

achr · Porto Alegre, RS 28/2/2007 02:36
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Marcelo Rangel
 

Puxa, Egeu, vc realmente mandou bem no texto!
Parabéns!

Marcelo Rangel · Aracaju, SE 4/3/2007 01:11
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silviaraujomotta
 

Obrigada pelas informações tão curiosas e tão bem escritas!

silviaraujomotta · Belo Horizonte, MG 7/2/2008 22:15
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GABRIEL BARROS
 

Parabens ! Bm texto@!

GABRIEL BARROS · Rio de Janeiro, RJ 28/1/2009 09:16
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Rodrigo Siqueira O.
 

Muito bem escrito mesmo. Parabéns... by Ser Universitário

Rodrigo Siqueira O. · São Paulo, SP 9/5/2011 14:17
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