Newton Navarro – o artista que virou ponte na Cidade do Sol
Elizete Vasconcelos Arantes Filha
A ponte, motivo de polêmica na cidade do sol pelo seu tempo de construção, 1996-2007 e pelo exorbitante valor que custou aos cofres públicos (R$ 196 milhões) tornou-se um dos maiores empreendimentos da construção civil brasileira e só será liberada à população potiguar no final de 2008. No entanto, segundo os especialistas da UFRN, não surtirá o efeito esperado, uma vez que não desafogará o trânsito. A população, sofrendo cotidianamente com os reveses do trânsito na zona norte, desde já criou muitas expectativas, entrando em desespero cada vez que se formam os quilométricos engarrafamentos na ponte velha. Bem, a esperada ponte que ligará a Praia do Forte à Praia da Redinha recebeu o nome “Ponte de Todos - Newton Navarro†imortalizando definitivamente o nosso maior artista e colocando-o junto ao povo que fazia parte dos seus temas. A sugestão do nome para a ponte foi dada pelos imortais da Academia Norte-riograndense de Letras, a pedido dos admiradores da obra do artista, através de abaixo-assinado. O merecimento de Newton Navarro, artista falecido em 1992, de ter seu nome alcunhado numa ponte de tão grande porte e de tão grande importância para o povo potiguar se justifica pelo fato de que grande parte das suas obras literárias, seus desenhos e suas pinturas possuÃram como tema o Rio Potengi e as paisagens da Redinha. Ele próprio foi menino na Redinha, quando passava as férias escolares na casa dos tios.
Escritor erudito, dramaturgo, poeta, desenhista, pintor, enfim, um artista multimÃdia. Newton Navarro Bilro, nome completo de Newton Navarro, como ficou conhecido um dos artistas mais populares do Rio Grande do Norte, nasceu no dia 08 de outubro de 1928, na cidade do Natal na casa da sua avó, na Avenida Rio Branco, no “Grande Pontoâ€. Filho de ElpÃdio Soares Bilro, sertanejo da região do Cabugi, e de Celina Navarro Bilro, professora primária. A aspiração artÃstica de Newton Navarro desde cedo já despertara. Aos quatro anos de idade, enquanto seu irmão brincava de bola, de velocÃpede, ele se divertia no chão da calçada fazendo desenhos e pintando com cores berrantes. Herdou do seu pai a aspiração artÃstica já que ele trabalhava muito bem a madeira, o ferro e a alvenaria. Sua mãe também tinha muita sensibilidade para as artes.
Foi entre o cenário do farol de Mãe Luiza, do porto, praias e barcos, que o nosso maior artista viveu e desenvolveu sua criatividade. Entre pescadores, mulheres, gatos, rendeiras, igrejinhas, o azul do céu e o verde do mar, entre o amanhecer e o pôr- do- sol, que Navarro cresceu. Foi observando as coisas do nordeste, as pessoas, em seu lazer, no seu trabalho, as danças tradicionais, a mitologia, os jogos de futebol entre ABC e América e também da seleção brasileira. Ao retratar Natal e seus habitantes, ele buscava identificar os largos e ruas da boemia, becos simples, casario humilde, igrejas e prédios onde acontece a história da cidade, as bananeiras dos quintais, casas simples das favelas e as pipas coloridas. Certa vez, pintando em terras européias, retratando as paisagens do Sena, os jardins de Paris, afirmou: “Eu não acho cidade mais bonita que Natal, nem rio mais bonito que o meu rio. Eu vi uma vez o Sena. Achei uma porcaria. Vi também o Tejo e achei também uma porcaria. Mas o Potengi não. Que azul! E os morros que protegem a cidade?E as madrugadas? E as estrelas da manhã? Só em Natal tem essas coisas. A estrela repetida no forte da pedra...Uma cidade coberta de elÃsios, embalada pela canção dos pescadores, enfeitada de um lado e de outro, rio e mar, pelos azuis e verdes e pelas jangadas. Que cidade maior e melhor? Não existe. Nenhuma. (NAVARRO, 1974).
O artista Newton Navarro fez uso de técnicas como aquarela, óleo, nanquim aguada, guache, bico de pena e outros materiais como borra de café e chá. Ele desenvolveu a partir do grafismo a idéia de expressão, movimento e ritmo, apesar de a linha ser considerada abstração com relação ao aspecto visual dos objetos ou de quantas formas se queira expressar. Pintor figurativo, acolheu o abstracionismo como forma de arte, abusava da cor, do traço anatômico. Os seus traços, aparentemente agressivos, são suavizados com o uso das cores. A arte dele não era baseada na cor, utilizava apenas como informação cromática dentro de uma composição de desenho. A linha, o toque gráfico é o mais importante. Isso distinguia Navarro dos outros artistas, não se situando em nenhuma Escola de Pintura, apenas num grafismo Ãntegro e constante. Quando desenhava, observava cada passo do seu objeto e ficava horas e horas observando suas personagens, registrava na sua memória visual os movimentos, as cores, as formas para depois esboçar e dar o acabamento final. Há quem compara o trabalho de Navarro com os de Portinari, o que vai tornar a obra de ambos semelhantes é a ascendência do cubismo e o engajamento regional, que cada um adotou da sua forma fazendo adaptações. No trabalho de Portinari, por exemplo, o nordestino é apresentado como um povo faminto, doente, que sai de sua terra em busca da cidade grande e no caminho se perde. O nordestino de Portinari é um perdedor. No trabalho de Navarro, o nordestino é um povo forte, gigante, com músculos à mostra, um vencedor.
Analisando esteticamente as formas que Navarro dá as suas personagens, elas fogem da estética acadêmica ainda aclamada como exemplo de verdadeira arte, no entanto, dentro da estética modernista. Navarro se expressa com propriedade, inclusive foi o precursor da arte moderna no Rio Grande do Norte. A cidade desconhecia o movimento da Semana de Arte de 22, que só se manifestou 27 anos depois, em 1949, através da primeira exposição de Newton Navarro. Muitas telas chegaram a chocar a população da pacata cidade de Natal, acostumada apenas à s pinturas bucólicas do pôr- do-sol do Rio Potengi, do Farol de Mãe Luiza e da Praia da Redinha e dos pontos turÃsticos.
Devaneando com Navarro
O que mais chama a atenção na obra de Navarro, além dos traços fortes e as cores é a simbologia adotada como forma de expressão- uma transferência da imagem para um significado abstrato. Podemos observar essa transferência em vários pontos na obra de Navarro: o mesmo sol que aparece na aquarela do vaqueiro, também aparece na aquarela da salina e também na plantação de algodão, um sol escaldante como é comum no nordeste, mas um sol que não mata, nem resseca a terra, um sol que traz vida e riqueza. A cor amarela que recai na plantação de algodão, na plantação de cana, nas salinas, no cavalo, é luz solar, é também ouro. Ouro que o nordeste tem em abundância, que em outro lugar não tem. As rendeiras de Navarro são quase sobre-humanas, parecem gigantes, e são. São mulheres que tecem suas rendas enquanto os seus maridos vão para o mar buscar o peixe. Na ausência do marido, sustentam a casa e ainda rezam pela sua volta. Os pés parecem árvores, firmes no chão. Do norte ao sul do paÃs encontramos rendeiras, continuando uma tradição que começou com a vinda dos portugueses para o Brasil. SÃmbolo da resistência nordestina, o vaqueiro também foi representado por Navarro. As roupas de couro utilizadas pelos vaqueiros, hoje são comuns entre os que acompanham moda. Os vaqueiros usavam o couro para quase tudo que os cercava: porta das cabanas, leitos, cordas, cantil, alforje, mochila, bainhas de faca e até as roupas com que enfrentavam a caatinga. Até hoje, em muitas regiões, os vaqueiros conservam o costume de se vestirem de couro.
No álbum “Futebol†ele utilizou a aguada, uma mistura de pó de café com água. Os jogadores de Newton Navarro são analisados como dançarinos que atuam sobre as linhas, sugerem total liberdade, imune à s pessoas do meio. Homens fortes, gigantes, porém, leves, jogam ou dançam? Podem ser meninos de rua, ou jogadores do América, do ABC, times do coração. Ou quem sabe os representantes do Brasil, lá fora, na copa de 70. Somos nós, cada um de nós, lá com eles. A paixão pelo futebol era visÃvel, embora nunca tenha assumido de fato por qual time torcia. “Boi-Calemba†bico de pena, com um grafismo mais trabalhado, onde procurava a distorção, substituindo sombras e volumes pela presença de manchas. O Ãlbum Boi - Calemba é a versão potiguar do Bumba-meu-boi nordestino. Os brincantes do bumba-meu-boi potiguar se apresentavam com simplicidade, com pouca cor, com poucos enfeites. Navarro teve a liberdade de revesti-los com novos adornos, espelhos, coroas, muitas fitas. Quanto à qualidade do trabalho de Navarro, alguns pontos se destacam, por exemplo: criou uma gráfica particular, um fruidor atento que vê seu trabalho, reconhece arte gráfica muito pessoal. Poucos artistas conseguem isto.
Newton Navarro, artista amado e aclamado pelos intelectuais e também admiradores da sua arte, tornou-se objeto de estudos em teses de doutorado e dissertações de mestrados pela UFRN. Foi também personagem principal do vÃdeo-documentário “Devaneio do Olharâ€, dirigido pela professora Elizete Vasconcelos Arantes Filha, como parte integrante da sua dissertação de mestrado em 2004, com o mesmo tÃtulo, que resultou em prêmio de melhor documentário no FESTNatal em 2004 e o BNB de Cinema no XIV Festival de cinema do mesmo ano. Navarro, também é o artista preferido dos professores que atuam no ensino da arte na cidade do Natal, justamente pela forma didática com que tratou, entre traços e tintas, suas personagens tão comuns a cada um de nós. Muita coisa se diz de Newton Navarro, inclusive que ele é “o maior ou o mais importante artista de sua terra natalâ€. Mas, muito mais do que dizem, é o que ele próprio diz das coisas que via e sentia e que passamos a vê-las junto com ele. E a ponte? Bem... Um dia a “Ponte de todos-Newton Navarro†será inaugurada. Os transeuntes da zona norte demorarão menos tempo para chegar ao trabalho, os desastres automotivos da ponte velha que acontecem todos os dias serão reduzidos e ao passar pela ponte nova, ainda poderão lembrar do nome e da importância do artista de todos.
DEVANEIO DO OLHAR/Direção: Elizete Vasconcelos Arantes Filha/10’47â€- Natal:2004.
Professora, deixa eu lhe falar. Eu li seu belo, completissimo texto em tres tempos:
a) a competência de uma artista, conhecedora das artes plásticas, por dentro delas;
b) a competência de uma letrada se insurgindo na apresentação de valores do RN para misturá-los no acervo da Nação. Um povo que, pelas deficiências dos meios de comunicação, só conhece, o pouco que conhece, é do eixo sul-sudeste;
c) com a visão dos que admitem ser essa verba que mantém o Overmundo, verba pública, o segundo mais útil dinheiro empregado por este governo, (e só está direcionada assim porque é esse governo). Sem ela muitos e muitos não tomariam conhecimento de Newton Navarro.
eu só posso elogiá-la, pelo Brasil, este escrito é para o Brasil.
um abraço, profa. pela opotunidade da leitura, andre.
Caro André: Eu é que agradeço suas palvras, seus elogios. Admiro com muita propriedade suas análises, és um sábio! Não por esta, mas por todas que leio aqui no Over, que é por mim, o lugar mais frequentado nos últimos tempos. Admiro a qualidade de textos e poemas aqui exposto, como também os leitores e colaboradores. Sempre digo: são gente da maior categoria ( rss).
Sua amiga e fã,
Elizete Arantes
Querida Elizete:
Muito bom o texto e me pareceu muito bom o artista. Mas talvez euseja um chato, no entanto, uma coisa me incomodou: todas estas considerações crÃticas a respeito do pintor ditas, principalmente, com a segurança que foram ditas, todas elas são fruto de sua exclusiva elaboração teórica?
Por que, pelo menos, é o que aparenta; você não cita nenhum estudo crÃtico, ou mesmo qualquer resenha a respeito do artista multimidia. Bom, se assim for, dou-lhe mais ainda os meus parabéns, embora eu considere o tom das suas opiniões muito próximo daquele que utilizamos para expressar a verdade postura que, sinceramente, me incomoda. E olhe que não tirei esta observação do bolso do colete, só para "chatear", não. Já em 21 de julho eu havia criado o tópico "Quem fala" para discutir este tipo de postura ( a fala (opinião) como a emanação da verdade) que me sempre me pareceu autoritária.
beijos e abraços
do Joca Oeiras,o anjo andarilho
Conheci navarro por ti, Filha. E amei ele ser apresentado assim tão bem. E mais que amava a Redinha, de lá ter ficado um dia apenas. E nunca jamais poder esquecê-la de calma e bela.
Essa ponte nem precisava aparecer no texto de tanto que Navarro é.
Aliás, que ponte?
Parabéns, Filha.
Adroaldo Bauer:
Meu grande analisador, a gentileza em pessoa! . Infelizmente não consegui nehuma foto da ponte para colocar no texto, haja vista ter escrito o texto no feriadão, dentro de casa, inspirados nos meus escritos do roteiro do documentário Devaneio do olhar. Obrigada por suas palavras.
Elizete Arantes
Caro Joca Oeiras:
Todas estas considerações criticas são frutos das minhas pesquisas.Tenho uma monografia de especialização sobre o assunto, uma dissertação de mestrado e também um vÃdeo documentário com ( roteiro, direção, imagens ) feito por mim em 2004. Meu documentário ganhou dois prêmios local e nacional. Pesquiso o assunto desde 2002. No final do texto em questão eu citei a fonte, veja lá. Estas analises são inéditas são frutos de vários anos de pesquisa, não conheço nehum outro pesquisador aqui da universidade que faz o mesmo. Então eu tenho autorização para escrever e publicar sobre o assunto.
Gostaria muito de publicar o meu documentário no Overmundo, só que até agora não consigo mexer nos botaozinhos que envia. Acho que é por ser pesado demais. 10' 47 ".
Espero ter respondido.
Grande abraço
Elizete Arantes
Joca Oeiras:
Além de ler, pesquisar e escrever sobre Newton Navarro, coleciono as obras dele ( Não são originais pois são muito caras), são cópias, cartão postal, cartão de natal, revistas, etc. Com isso, tenho mais de 300 imagens fixas. Ao todo ele fez mais de 5.000 mil obras. Significa dizer que minha coleção de cópias está bem longe de terminar.
Sou professora de Metodologia do Trabalho da Pesquisa em faculdades particulares, daqui da região. Sei exatamente como se cita trabalhos de outros, no entanto achei que citar a cada paragrafo, um trabalho meu publicado iria ficar pretencioso , e um tanto grosseiro.
Valeu o questionamento.
Elizete Arantes
texto perfeito, de uma coerência conceitual( leia-se jornalÃstica ) e crÃtica impressionantes. não conhecia esse pintor e muito pouco sei sobre o RN, o seu povo e sua história. mas você fala "de cátedra", haja vista que realizou um trabalho apurado de pesquisa sobre o assunto. não é todos os dias que leio algo com tamanho poder narrativo e , ao mesmo tempo, com um aspecto "cientÃfico" tão apurado. Fiquei com a impressão de conhecer o Navarro de longa data e saber mais do que realmente sei sobre pintura, devido a concepção didática do seu conteúdo. ( não entendo nada de pintura ).Passei a ser fã desse Navarro, rsss...Obrigado por este
delicioso relato histórico/crÃtico. E um grande abraço,
Querida Elizete:
"Chapeau", como dizem os franceses! Muito bom o teu trabalho, você pode e deve se orgulhar dele. Parabéns. Porém, e sempre tem um porém, inclusive porque estamos na sala de edição, na minha opinião, a qual parece compartilhada com o Adroaldo, ou eu com a dele, eu acredito que se vc esquecesse a ponte e nos contasse, em preâmbulo, como foi a esta paixão que a levou a fazer do artista sua tese de mestrado tão bem sucedida o que mostra que foi feita com garra e tesão. Ao que tudo indica por mais importante e cumprida que seja a ponte o artiosta é muitissimo maior do que ela e sua relação com ele incomparavelmente mais interessante.
Beijos e abraços, e mais uma vez, parabéns
do JocaOeiras, o anjo andarilho
Conheço a obra de Navarro, seus campos, seus personagens , alguns traços se assemelham a Portinari, mas as cores sempre foram mais vibrantes, matizes dando alegria aos olhos, diferente de Portinari que fez o homem brasileiro como um sofredor. Parabéns Elizete. Queria ver esse documentário...Volto.
Cintia Thome · São Paulo, SP 9/9/2007 17:36
Cintia Thome: que bom que você veio, fico muito lisongeada por suas palavras. Também gostaria de colocar meu video/documentário aqui, no entanto tá dificil.
Obrigada pelas suas palavras.
Elizete
Adroaldo e Joca:
A introdução falando da ponte foi só uma desculpa, já que é um assunto muito polemizado aqui. E também na escola estou organizando uma exposição com as releituras que meus alunos fizeram das obras do artista. Fiz a apresentação da abertura falando da ponte e do artista. Foi só um fio condutor.
Mas vou preparar um outro texto apresentando a minha tese enquanto isso vejam lá no site do MEC.
Elizete Arantes
Filha, como diz o Adroaldo:
Vc não tem nada de que se desculpar!
beijos e abraços
do Joca Oeiras, o anjo andarilho
Filha,
Perguntas imprecisas não podem obter objetividade nas respostas, aprendemos.
Deveria eu ter perguntado para que ponte?
Ou qual ponte?
Explico: nenhuma outra ponte seria necessária ao texto aqui, uma vez que já és o elo entre Navarro de Redinha, de passado profÃcuo, nós no presente, fruidores da produção dele mostrada por ti, e os pósteros que vão aqui chegar, sem dúvida, além de e do Natal.
Aquela outra obra de arte, como assim apelidam os da engenharia, aquela, bem... pois é, pra quê?
Novos cumprimentos, agora também à dedicação que revelas a esse artista de um povo fora do eixo mas, por tudo, dentro do melhor que a arte nos oferece.
Eu comungo com o juÃzo do Marcos André.
E de arte, em juÃzo perfeito, sempre direi que apenas sei gostar ou impressionar-me, muito pouco mais.
E gosteia ponto de impressionar-me positivamento do que apresentastes de Navarro.
---
Entra na seção Ajuda, aà ao lado direito da tela, e vê se já não tens tuas dúvidas sobre postagem de filmes em algum tópico já comentado resolvidas. Em não havendo, abre um perguntando extamente o que perguntaste acima.
Abraço.
Grande Elizete...
Grande texto jornalÃstico o seu.
Rico em detalhes, datas, histórias e argumentos.
Grande em paixão.
Vc me fez relembrar uma frase de Rainer Maria Rilke,
que gosto muito: "Nada de grande se fez sem paixão".
E NAVARRO, decididamente te emociona, te toca.
Pelas suas letras, me tocou também.
Vou guardar com carinho nos meus textos preciosos do
Overmundo.
Grande abraço!
O ódio dos tiranos às artes se explica na obra dos grandes artistas. A maioria vê o povo e os pinta no trabalho, na lida inglória, que enrica os nababos. Ou nos passeios simples ao mar, à serra, entre flores do campo.
Eu apaixono toda vez que posso ver o que descrevestes, mulher. Que boniteza essas pinturas do potiguar Newton Navarro.
O belo deve ser isso.
Se não o for, empata.
Grata pelo teu convite.
Emocionei. Amei. Gozei de ver e ler.
Beijin, Elizete.
Roberta Tum,
que bom revê-la aqui. Suas palavras muito me lisogeia, pois como já te disse não sou jornalista, apenas uma simples professora, mas que no entanto, procuro fazer a diferença, lendo e escrevendo história para me sentir parte da história.
Um grande abraço,
Elizete Arantes
Juliaurea,
Que imenso prazer tê-la aqui lendo e opinando no meu postado.Newton Navarro me apaixonou desde 1ª vez que vi uma obra dele e continua apaixonando aqueles que mesmo por momento devaneia nas suas imagens.
Obrigada Por ter vindo!
Elizete
Meu querido Marcos André: Não poderia deixar de responder às suas análises que tanto me deixa satisfeita. Através dos meus escritos pretendo levar um pouco do RN até vocês. Sem pretensão alguma tenho mais coisas no fundo da gaveta da minha memória que quero trazer à tona. Não sou "cátedra" ainda, apenas uma grande metida e curiosa, um dia eu chego lá.
Obrigada por ter vindo!
Elizete Arantes
Obrigado pelo aula de história da arte; Ouvi falar que em alguns prédios públicos por aqui, é possÃvel ver algumas obras dele. Sabe me dizer? Newton foi um grande amigo de minha tia Zila, parceiro da mais alta estirpe... outro nome que deve ser lembrando Elizete, é com certeza o de Dorian Gray Caldas não é mesmo? Os artistas são considerados responsáveis pela atualização das artes plásticas em todo o estado do RN.
A minha única tristeza é saber que a ponte que leva seu nome foi, absurdamente, superfaturada... uma pena. No mais, um abraço; parabéns pela excelente colaboração. Gostei muito das ilustrações também...
Olá Elizete.
Fico agradecido pelo convite. Bom já foi dito muita coisa por aqui sobre as indagações que eu também tive ao ler o texto e todas foram respondidas.
Muito bacana esta sua pesquisa e dedicação. Vou fazer um documentátior também para conclusão do curso de Jornalismo e gostaria de ver o seu, será que pode fazer uma cópia pra mim em cd-rom e mandar via postal à cobrar.
Mande uma resposta no meu perfil, abraços.
Felipe Mamede:
Obrigada por ter vindo. Aqui em Natal têm vários murais pintado por Navarro. No CEFET, na rampa de entrada tem um em cada andar com temas diferentes.
O artista Dorian Gray será tema do meu próximo documentário. Quero fazê-lo de forma independente.
Obrigada
Elizete Arantes
Elizete, minhas reverências.
O texto é didático e, como disse Adroaldo, nos apresentou o grande artista potiguar de forma magistral.
Gostei demais e também das fotos que você colocou, principalmente estas do álbum "Arrastão", belÃssimas.
Muito obrigada por nos ensinar e encantar com essa beleza.
beijos
Oi Elizete, muito obrigada mesmo por me convidar pra vir aqui. Mais dia menos dia eu iria ao seu encontro pq já estava de olho em vc, nos seus comentários, na simpatia que emana de seu sorriso franco que diz de como vc certamente é como professora, profissão que compartilho com vc.
Parece até que vc sabia que amo a pintura. Como já disse por aqui, nasci e cresci repirando água raz e terebentina, meu pai e seus seis irmãos eram pintores e, antes deles, meu avô. Mas, ollha, eu não saberia descrever a arte dos meus queridos com a paixão e a propriedade com que vc pintou a vida e a obra de Newton Navarro. Beleza de texto, lindÃssimas as imagens.
Parabéns sincero por transformar em história a obra de Navarro.
Beijos da Ize
PS. Porque vc gosta de pintura, convido vc para ler esse texto de meu pai que publiquei aqui
Elizete voltei para votar nesta maravilha de aula sobre Navarro.
beijos
Saramar: muitÃssimo obrigada por ter vindo. Espero vê-la mais vezes e desfrutar das suas análise.
Obrigada de verdade.
Elizete Arantes
Olha, quero este video, ou a parte escrita, adoro, interesso-me por arte e muito.
Votado e volte com outros tão especiais...
Precisamos faalr de Artes Plásticas sempre
bjus e obrigado por este presente aqui.
Sou potiguar, mas moro em Salvador a 8 anos. Sai de Natal com 15. Nunca ouvi falar de Newton Navarro enquanto morei em Natal, assim como só estudava Câmara Cascudo no dia do Folclore, tipo nasceu produziu, morreu. Gosto de saber que está mudando...isso é muito bom...
Jacymara Coelho · Salvador, BA 12/9/2007 15:39
Elizete,
Custei mas cheguei (voltei). Amei demais o trabalho do Navarro. Desconhecia, completamente, a figura (que figura!). Pra não dizer que não conheci nada daà do RN, tenho aqui em casa, até hoje, uns slides de um grupo de emigrantes daà que fazia uma dança de 'Reis do Gongo' retada. Tinha Mateus, bastião, burrinha e uma rainha Jinga estranhÃssima, representada por um homem (aliás o grupo era só de homens, como parece que era tradicional neste caso.
Bom,
Prazer em conhecer o teu texto.
Abs,
chamou , chamou, vim aqui pra ver vc... eh interessante o texto, a forma que vc apresenta o artista, a obra.
didatico, sem duvida, mas, muito civico, eu gosto dessa atitude, pois educa, inspira pra gente saber da gente, do brasil, da arte, e da nossa cultura.
espero que possas dar mais 'lenha' pro fogo crescer, eir adiante nos teus projetos que tem realcao com este tema.
um grande abraco... e, obrigado pela oportunidade de cruzar ... a ponte... da amizade.
jc
Elizete, passando pela ponte, ontem, aventei a possibilidade de que esta obra, por seu caráter de arquitetura, arte e engenharia, merecia uma denominação "universalizante", tal como Pontete Da Vinci ou Pablo Picasso, etc., numa forma madura de reverência a um Ãcone realmente representativo, distante dos generais, governantes e famÃlias ilustres. Seu trabalho aqui publicado, trazendo à luz a figura impar de Newton Navarro para nosso lastro cultural, é mais que uma excelente contribuição ao conhecimento e à cultura, é uma recondução do saber aos seus trilhos e dignifica o Homem que vive em função de um melhor Homem (como diz Godard). E com que simplicidade você irradia esse conhecimento.... Parabens !
Márcio Carvalho.
Olá professora seu material é excelente e me ajudará bastante no meu trabalho, parabéns!!!! É muito bom sabermos que professores assim fazem parte de nosso dia a dia...Sucesso!!!!!
Ceiça Borges · Natal, RN 8/9/2009 21:02Para comentar é preciso estar logado no site. Faça primeiro seu login ou registre-se no Overmundo, e adicione seus comentários em seguida.
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