Com a aproximação do seminário "A Cultura Além do Digital", estou publicando este texto aqui no Overmundo, que possui duas versões. Uma publicada pela Revista Cult e a outra, ampliada e atualizada, publicada pela revista do SESC em sua edição atual.
Os temas discutidos no texto, bem como vários outros (TV Digital, mÃdia colaborativa, direitos autorais) serão discutidos no seminário. Vale a pena dar uma olhada abaixo, para já ir pensando em como contribuir para a discussão.
***
Um dos jornais mais vendidos na Coréia não tem jornalistas fixos. Trata-se do OhMyNews, uma das primeiras experiências em mÃdia colaborativa. Seu lema é: "Todo cidadão é um repórter". O jornal, que possui uma versão impressa diária e uma versão on-line, é realizado a partir das contribuições de qualquer pessoa. Entretanto, o corpo editorial ainda desempenha um papel importante: uma junta de editores escolhe o que vai ser publicado ou não dentre todo o material recebido.
A idéia de "jornalismo cidadão" tem-se mostrado cada vez mais forte. O evento emblemático aconteceu no atentado a bomba ocorrido em Londres em 2005. O evento, com toda a sua dimensão trágica, pode ser visto como o marco zero da consolidação do papel das mÃdias colaborativas na formação e disseminação da informação. Os atentados a Londres demonstraram, através dos inúmeros vÃdeos amadores e da explosão de matérias e comentários feitos em blogs e em sites privados, que o monopólio das versões sobre grandes eventos não pertence mais à mÃdia tradicional.
Um fato muito simples demonstra essa transformação. Basta procurar através do Google pela palavra tsunami. Dentre os primeiros resultados, estará a Wikipedia, a enciclopédia colaborativa escrita e modificada por qualquer pessoa. Em estudos recentes, tem ficado claro que as pesquisas no Google têm trazido como principais resultados informações provenientes de weblogs e outros sites colaborativos. A mÃdia tradicional muitas vezes nem sequer aparece dentre os primeiros resultados. Uma das razões para isso é a decisão de grande parte dos conglomerados de mÃdia de "trancar" seu conteúdo através de senhas e outras estruturas similares. Dessa forma, o conteúdo não é indexado pelo Google, tornando-se praticamente inacessÃvel para um número significativo de usuários. A conseqüência: o conteúdo dos blogs, aberto e disponÃvel livremente, torna-se a principal fonte de referência indexada na internet.
Esse modelo de produção colaborativa está sendo apelidado de "web 2.0". O termo indica o desenvolvimento recente da internet, que potencializa formas de canalizar o trabalho descentralizado de voluntários. Essa nova vertente de produção cultural, ao que tudo indica, veio para ficar. Em tempos nem tão longÃnquos, um evento como os atentados em Londres, o tsunami na Ãsia ou os ataques à Espanha seriam não só eventos polÃticos, sociais e econômicos, mas também eventos de mÃdia. Atualmente, a cobertura da mÃdia tradicional compete diretamente com a cobertura feita de forma descentralizada, por qualquer pessoa. Em outras palavras, a mÃdia tradicional ganhou um concorrente inédito historicamente: a própria sociedade.
Não por acaso, o surgimento da sociedade como produtora de notÃcias está levando a uma profunda reformulação em sÃmbolos da mÃdia centralizada. Essa reestruturação da mÃdia tradicional é necessária e possivelmente um requisito para sua sobrevivência. Gigantes como o jornal The New York Times, bem como a tradicionalÃssima estrutura da BBC, estão desenvolvendo meios de captar as contribuições de seu público como forma de se adaptar aos novos tempos. Em outras palavras, estão tentando adotar internamente a descentralização de opiniões e conteúdos. Essa é a tendência atual de todas as empresas de mÃdia. Não por acaso, o magnata Rupert Murdoch, dono da Fox, adquiriu o MySpace, a rede de relacionamentos norte-americana que se tornou um dos sites mais visitados daquele paÃs. Da mesma forma, o Google adquiriu o YouTube, em acirrada competição com a Microsoft e o Yahoo, também interessados no site. O interessante nessas aquisições é que até o momento, ainda nem sequer está claro como transformar o MySpace ou o YouTube em modelos economicamente viáveis.
Outra estratégia consiste na criação de braços on-line dos vários jornais e outros periódicos, muitas vezes uma forma de se criar um digesto aberto das principais notÃcias, que possa ser indexado e atrair a atenção para a parcela de conteúdo "fechado", protegido por senha. Isso leva a um questionamento sobre o futuro do acesso à informação na internet. E, nesse sentido, uma das principais questões diz respeito à "propriedade intelectual" daquilo que se encontra na rede.
Como se sabe, o direito autoral atual é produto do século 19. Nesse sentido, a regra geral é de que, não havendo notificação em contrário, todo o conteúdo nasce protegido pelo direito autoral e só pode ser utilizado mediante autorização de seu titular. Em vista disso, como gerar conteúdo colaborativo, criado a partir do trabalho de outras pessoas?
Assim, o problema da web 2.0 e de qualquer forma de produção colaborativa é a presença permanente de uma tensão entre o legal e o ilegal. Para agir colaborativamente, é preciso ter acesso e poder modificar o conteúdo produzido por terceiros. Sem isso, não há colaboração. E, para fazer isso de forma legal, é preciso que o conteúdo esteja previamente autorizado para essa finalidade. Nesse sentido, cresce cada vez mais a importância de um projeto como o Creative Commons (www.creativecommons.org), que funciona como uma caixa de ferramentas que facilita o licenciamento de qualquer obra autoral, deixando-a pronta para tornar-se parte do processo colaborativo.
A essência do Creative Commons é seu caráter voluntário: somente disponibiliza sua obra através dele quem quiser. Após três anos de funcionamento, dá para notar que muita gente efetivamente quis contribuir para esse conjunto de obras livres. Há hoje mais de 140 milhões de obras referenciadas pelo Creative Commons. Somente um único site, o www.soundclick.com, possui mais de 200 mil músicas licenciadas pelo sistema. Em sÃntese, já é possÃvel constatar a existência de uma parcela do conteúdo da internet efetivamente pronta para a colaboração. Não por acaso, muitos dos sites que lidam com o modelo da web 2.0 utilizam uma licença Creative Commons, bem como inúmeros outros blogs.
As conseqüências disso são culturais, polÃticas e sobretudo econômicas. O professor da Universidade Yale Yochai Benkler teve a ousadia de batizar seu livro recém-lançado de A riqueza das redes [do original em inglês The Wealth of Networks], uma provocação com o tÃtulo do livro de Adam Smith A Riqueza das Nações. Benkler chama a atenção para uma nova forma de geração de valor econômico na sociedade contemporânea, que passa a residir cada vez mais na idéia de "rede", isto é, enquanto uma obra ou criação intelectual torna-se disseminada. É nisso que reside o valor dos blogs: conteúdo livre, amplamente disseminado, em contraposição ao conteúdo da mÃdia tradicional, fechado e não indexável.
Tempos interessantes estes, em que as barreiras entre consumidor e produtor da informação são abaladas. A internet dos dias de hoje se torna cada vez mais o berço de uma nova mÃdia, produzida de forma descentralizada. Há quem desqualifique tudo o que está ocorrendo como irrelevante. Podem estar certos ou não. O principal argumento para isso é que ainda não se descobriu um modo uniforme de ganhar dinheiro para a mÃdia colaborativa. No entanto, como Benkler enfatiza em seu livro, o motor da cultura colaborativa é extramercado e extramonetário. Os incentivos para seu surgimento não são os mesmos mecanismos tradicionais do mercado. Pode não existir ainda um modelo de negócios claro para essa nova mÃdia, mas o fato é que surge no horizonte a possibilidade de que deixe de existir um também para a mÃdia tradicional. Como cantava Doris Day, "que será, será".
Muito bom o texto, e muito pertinente. A questões de direitos autorais e "autoridade" está sendo bastante abalada pela internet, e a resistência de diversas instituições em rever o modelo de como são produzidas e distribuidas certas coisas as vezes é revoltante.
Vale lembrar que a pouco tempo estava em trâmite uma lei que iria obrigar todos os trabalhadores de periódicos a serem necessariamente formados em jornalismo; algo totalmente contra a corrente. Não sei em que pé está essa lei agora.
Pois eh, rapaz. Acho que esse caminho nao tem volta. Vamos ver como os gigantes se adaptam dessa vez.
Roberto Maxwell · Japão , WW 4/12/2006 12:14
cultura livre, software livre, cidadania, conhecimento coletivo, negócios abertos, mercado (verdadeiramente) livre. gigantes, livrem-se destas, que eu quero ver!
enfim é chegada a hora de uma sociedade livre!
ronaldo, elucidativo seu texto. cada vez mais claro. estou nessa corrente - livremente. grande abs.
Ah, esqueci de avisar que o livro "A Riqueza das Redes" (The Wealth of Networks) que menciono no texto está disponÃvel online e licenciado em Creative Commons. Para acessá-lo, basta seguir o seguinte link. Há versões em PDF, Wiki, ODF etc etc. É claro que quem quiser comprar o livro, editado pela Yale University Press, também pode encontrá-lo na Amazon.
ronaldo lemos · Rio de Janeiro, RJ 5/12/2006 21:51
Gostei muito do seu texto, Ronaldo. Já tive oportunidade de assistir a umas duas palestras suas em Recife (inclusive fiquei lhe devendo um CD de Tiné).
Também gosto muito da ideia do colaborativisto, e sempre acabo me questionei sobre o fruto monetário direto desse processo.
Bom saber que existem especialistas e vários membros da sociedade discutindo isso e publicando seus pensamentos, darei uma olhada no texto dele.
Algo interessante a se refletir no tema "produção colaborativa" é que ele tem servido também como referência para uma nova forma de organização polÃtica para grupos de trabalho. Quem trabalha em autogestão, pode utilizar o mesmo conceito. Ou seja, ao invés de tomada de decisão baseada pura e simplesmente em reuniões onde tudo é decidido pelo voto, as decisões passam a ser tomadas principalmente por quem mais participa. Estamos adotando isso no Coletivo TARRAFA.
Alê Barreto · Rio de Janeiro, RJ 6/12/2006 11:31Minha grande pergunta é se, uma vez consolidado o ideal de informação livre (blogs, softwares, músicas), pode-se pensar um caminho de flexibilização de propriedade intelectual nas ciências, no setor farmacêutico, na engenharia... O texto chega a mencionar que o direito autoral atual é uma concepção de duzentos anos atrás. Assim, a minha dúvida é como uma nova concepção lidaria com patentes de medicamentos, de máquinas, etc.
Bernardo Mortimer - www.sobremusica.com.br · Rio de Janeiro, RJ 6/12/2006 12:56
Bernardo, essas questões começam a ficar gigantescas e problemáticas, pois envolvem interesses corporativos absurdos. Mas concordo que algumas coisas devem entrar em debate sim.
Meu pai inventou uma máquina doida de engenharia e nunca ganhou um centavo por ela, por exemplo.
Atualmente o que mais me preocupa são as patentes sobre animais e elementos isolados de DNA que algumas empresas detém.
Ronaldo, todas essas questões estão aà é o momento de debate é agora. A informação livre pode gerar uma revolução bem bacana não só nas mÃdias, mas principalmente na sociedade. Mas o Bernardo levantou uma bola importante, que não pode ser ignorada: a propriedade intelectual (seja ela artÃstica ou cientÃfica) é fruto do trabalho e do investimento de alguém. Isso também não pode ser ignorado nesse debate.
Ilhandarilha · Vitória, ES 7/12/2006 09:13máquinas, maquinários, sorvetes, chocolates, guloseimas diversas, DNAs, células, celulares, ciência, arte, consciência...não há limites para a liberdade (com solidariedade). queremos o conhecimento humano e seus benefÃcios para todos. essa é a base da nova sociedade pela qual estamos lutando.
eduardo ferreira · Cuiabá, MT 7/12/2006 13:14Q blz Ronaldo, ótima a matéria e o site da soundclick. Estamos esperando vc aqui em cuiabá. Quero aprender mais e nesse assunto você é o cara. Um grande abraço de um fã seu.
Claudiocareca · Cuiabá, MT 7/12/2006 13:19
agora q essas discussões naum parecem ter fim naum parecem. EF tocou em um ponto essencial q é a solidariedade e conhecimento coletivo servindo a todos.
É UM ABSURDO 2% DETEREM 50% DA RIQUEZA MUNDIAL!!!! Puta q pariu!!!
o fernando trouxe a questão dos jornalistas como profissionais, organizados em categoria, diante da produção de notÃcias por parte dos leitores. quem pode escrever para jornal?
no globo tem o eu-reporter... não sei como funciona. mas convida os leitores a colaborarem com fotos, matérias, artigos.
todo o direito de autor é cedido ao globo, sem ônus. gratuitamente.
pergunta: um jornalista seria pago pelo mesmo material enviado por um leitor?
Toinho, qualquer um pode escrever em jornal, basta observar a quantidade de colunistas, cronistas e astrólogos que todo jornal tem. Em termos de elaborar reportagem eu não tenho idéia de como funciona, terÃamos que perguntar para alguém da área.
Fernando Mafra · São Paulo, SP 7/12/2006 15:14
Fernando, não é bem assim. Embora recentemente (mês passado, pra ser exata) o STF tenha derrubado a obrigatoriedade do diploma para o exercÃcio do jornalismo, essa lei ainda está em vigor. Portanto, até que o veto do STF à obrigatoriedade entre em vigor, ainda é necessário ser formado em jornalismo para exercer a atividade.
A obrigatoriedade do diploma é uma discussão antiga no jornalismo. Particularmente, apesar da minha formação na área, não estou muito convicta de que seja necessário formação especÃfica para exercer a atividade. Mas acredito, com convicção, que é necessária sim uma formação de nÃvel superior para ser jornalista. E acredito, também, que todas as profissões devem ser regulamentadas, para que não ocorram abusos nas relações de trabalho.
Quanto à quantidade de colunistas sem formação especÃfica em jornalismo, acho que é bastante saudável que os veÃculos de comunicação mantenham colunas de opinião, literárias, crônicas, etc., e até participação de leitores como colaboradores. O que não é saudável é que os jornais se apropriem dos conteúdos gerados por essas pessoas e os negociem como fazem com os conteúdos gerados pelos jornalistas contratados (não se enganem: é isso que os jornais fazem com as matérias colaborativas. Não é à toa que o colaborador assina a cessão dos direitos autorais ao jornal).
é justamente sobre isso que estou falando, sobre o sujeito que colabora, cedendo gratuitamente seus direitos de autor, com um jornal de iniciativa privada que comercializa esse conteúdo visando, entre outras coisas, lucro.
um fotográfo profissional, registrado na sua categoria, receberia um valor qualquer de mercado pela publicação de fotos do engarrafamento na ponte rio-niterói. no entanto, um leitor cede essas fotos, sem qualquer ônus para o jornal, e este passa a ter a sua disposição, para utilização diversa, esse conteúdo.
não creio que se trate de uma mÃdia colaborativa, no sentido amplo que se está buscando em experiências como o próprio overmundo.
é nÃtido que está acontecendo coisa demais e ao memso tempo para que qualquer jornal, com seu quadro regular de jornalistas possa dar conta. e a internet, com sua amplitude e velocidade, requer uma constante renovação e variedade na exposição do conteúdo. os jornais descobriram que existe um exército de pessoas munidas de câmeras digitais junto a qualquer evento e resolveram lançar mão desse artifÃcio para suprir suas lacunas.
será? é uma discussão aberta.
Ilha, obrigado pela esclarecida sobre o que eu falei.
Toinho, concordo que constitui um problema para a classe jornalÃsitca. Assim como constitui um problema para a (minha) classe Designer a profusão de cursos de informática que fingem formar pessoas para o ofÃcio mais outros tantas pessoas que se acham qualificadas para atuar na área.
Mas eu acho que informação deve sempre ser livre, e se você a detém e está disposto a compartilhar (seja uma nova tecnologia, uma notÃcia sobre o engarrafamento na ponte rio-niterói ou uma cadeira revolucionária) não acho que a ausência de um diploma a deva impedir de fazer isso.
É de fato conflitante, pois profissionais "qualificados" nem sempre tem a mesma competência real de um auto-didata. Há exemplos em várias áreas de auto-didatas de excelente gabarito.
Mas a sucateação do profissional em nome da economia é que acaba ferrando tudo, e ao invés de selecionar um conteúdo livre pela sua qualidade, muitas vezes ele acaba sendo escolhido apenas porque é mais barato.
Jóia...tenho vontade de fazer um site de poesia em que todos os poemas sejam liberados para releituras, que seriam re-publicadas no site. Certamente já devem existir experiências semelhantes, alguém sabe de alguma?
Rica P · São Paulo, SP 8/12/2006 15:01Ué, no overmundo.
Fernando Mafra · São Paulo, SP 8/12/2006 15:12Sim...mas tava pensando em algum especÃfico de poesia ou literatura, algum blog talvez. Ou então cometi um ato-hiper-falho, mas que mostrou algo: não estamos aproveitando tudo que podemos, né? Eu pelo menos não esbarrei em nada ainda por aqui de autor coletivo ainda, por isso perguntei de alguma experiência especÃfica. No meu blog as pessoas só 'metem a mão' quando eu indico muito claramente que quero releituras...já tentei iniciar trabalhos coletivos no flickr, em blogs que leio, mas nada esquentou muito...acho que estamos nos acostumando ainda. Ou andei pelos lugares errados! (e por isso perguntei) abraço
Rica P · São Paulo, SP 8/12/2006 16:34Parabéns pelo texto. Realmente, isso representa uma terceira via frente a esta polêmica mÃdia opressora. Acredito que o jornalismo e a comunicação, tem que ser uma construção social, valorizando a diferença.
Giancarlo Machado · Montes Claros, MG 9/12/2006 10:42
Um dos grandes lucros que se pode tirar disso é a própria imprensa alternativa.
Dessa forma pode-se desviar de certos veÃculos de comunicação manipulados; tal qual Ted Turner&Cia.
Há muito conteúdo aproveitável nessas "novas" mÃdias.
Rica, em algum lugar do Banco de Cultura há um livro coletivo sendo escrito. Não sei se é exatamente algo assim que está procurando, mas dê uma fuçada depois.
Sergio Rosa · Belo Horizonte, MG 10/12/2006 10:58oi rica. seguinte procure pela tag: romance coletivo 636. escreva um (ou mais) capÃtulo e dê continuidade a esta não-história. abração. (ah: se quiser v(l)er um blog de literatura: aqui mesmo no overmundo: blog caximir buquê)
eduardo ferreira · Cuiabá, MT 11/12/2006 11:41para ir direto no blog: caximir
eduardo ferreira · Cuiabá, MT 11/12/2006 11:49
Pena que toda vez que eu lembro de ler este texto, eu estou ocupado ou cansado demais para fazê-lo....
Mas agora coloquei nos meus bookmarks.
Volto amanhã :D
Abraços do Verde.
O texto contribui em muito para a discussão da relação entre mÃdia e poder. Principalmente hoje, no Brasil. As conseqüências dessa descentralização são imprevisÃveis, parece-me. Mas aponta para uma dimensão livre, conectiva e aberta. Vamos ver como os poderes vão reagir.
Ronaldo, adorei seu texto. Estamos no inÃcio do caminho. Daqui há algum tempo, espero, os artistas e criadores não se sentirão usurpados quando suas criaturas ganharem vida própria pelas mãos de outros, de vários.
Jolie Moysés · Belo Horizonte, MG 9/4/2007 23:19
Ronaldo: muito obrigada pela referência sobre o livro "A Riqueza das Redes". Muito bom o teu texto!
Fernando Mafra: muito pertinentes tuas colocações. Esta seman li uma entrevista de E. Morin que discutia muitas das considerações que colocastes.
Um aspecto importante em tudo isso é a democratização do acesso à infomração e à cultura. E também do veÃculo que dá voz a muita gente, que sem essas ferramentas, provavlemnte estariam afásicas. Grande!!!
Joana Eleutério · BrasÃlia, DF 27/9/2007 12:15
bom texto. Assim como os de cima, eu gostei muito.
mereceu meu voto!
Excelente texto! Desde o tempo das BBS, e mesmo quando alguns ganharam muito com a Internet, sempre cri (que verbo horroroso) que o destino inexorável seria esse. E continuo crendo. Parabéns.
Sandra Lucia · Curitiba, PR 8/8/2008 01:32Para comentar é preciso estar logado no site. Faça primeiro seu login ou registre-se no Overmundo, e adicione seus comentários em seguida.
Você conhece a Revista Overmundo? Baixe já no seu iPad ou em formato PDF -- é grátis!
+conheça agora
No Overmixter você encontra samples, vocais e remixes em licenças livres. Confira os mais votados, ou envie seu próprio remix!