Transmitir uma mensagem, passar uma informação é uma tarefa que requer seriedade. Isso porque a informação que passamos pode ter para o nosso receptor uma carga de importância e, dependendo da situação, poderá provocar alguma expectativa (positiva ou negativa).
O comunicador social deve procurar respeitar as condições do receptor - o que nem sempre é possÃvel, considerando o alcance do meio utilizado para tal.
Levando em consideração a diversidade humana, é provável que a mensagem que se quer passar não seja, de fato, recebida. Para isso é preciso dosar as informações, procurando sempre cumprir a máxima de "ouvir os dois lados".
No entanto, como se sabe, as opiniões e as preferências divergem, assim, nem sempre a informação surtirá o mÃnimo interesse ao receptor. Isso faz parte da comunicação social. É o direito de não querer saber.
É só pensar que, como consumidor de informações, o comunicador social não consome tudo. Ele seleciona, ele avalia. O mesmo ocorre com o receptor não-comunicador.
Todos temos o direito de não querer saber que as bolsas de valores estão em queda, que a cantora baiana não está mais grávida, que uma menina que não ouviu um 'não' dos pais se tornou refém de um ex-namorado desequilibrado, que o governo conseguiu melhorar algum Ãndice social, assim como todos temos o direito de nos interessar por esses assuntos.
É nesse sentido que o comunicador social deve respeitar o seu receptor. Ele pode não estar interessado em um texto sobre a educação no municÃpio em que mora, só quer saber do resultado do futebol do bairro e nada mais. É um direito dele. Nem por isso esse receptor deve ser desqualificado.
Por outro lado, um outro receptor está interessado sim em saber como anda a educação no municÃpio e avidamente percorre o texto. No entanto, lá pelo quarto parágrafo ele se dá conta que não é aquela educação que o filho dele está recebendo na escola do bairro, então ele se indigna, ele duvida, ele não acredita mais no comunicador social. É nesse momento que a relação é rompida e o interesse do receptor é totalmente desfeito.
Situações assim ocorrem cotidianamente e nesses casos não há muita coisa a ser feita pelo comunicador social. É preciso considerar o interesse individual e as verdades de cada um na hora de comunicar? Isso é praticamente impossÃvel. Por isso, trabalhar sob a bandeira da verdade e do respeito é a saÃda mais segura para o comunicador social que quer cumprir o seu real papel na sociedade.
Oi, Yusseff.
Obrigada pela dica. Vou desenvolver o texto sobre o "não querer saber".
Abraço
Marcela, nós, comunicadores - em sua maioria - acreditamos que os receptadores gostam do catastrofismo. Se vende jornal, aumenta alguns pontos nos Ãndices de audiência, ou nos acessos aos portais, a fórmula é repetida ad nauseam. Você tem razão.
Zé Carlos Sá
oi , gostei do texto não basta apenas saber é preciso passar a diante e mais do que isso é preciso saber passar adiante,
Srº Lebron · Ji-Paraná, RO 6/7/2011 13:35Para comentar é preciso estar logado no site. Faça primeiro seu login ou registre-se no Overmundo, e adicione seus comentários em seguida.
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