O forró tá estourado!

Yago Gurjão
Gravação do novo CD ao vivo da Garota Safada. A banda é o Forró da Curtição
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Pedro Rocha · Fortaleza, CE
10/5/2011 · 21 · 2
 

Da rua Heróis do Acre nº 500, no bairro do Passaré, em Fortaleza, saíram os maiores sucessos do mundo do forró nas últimas duas décadas. O prédio, que já abrigou a SomZoom, produtora fundada no final da década de 1980 pioneira no mercado, hoje é o endereço da gigante A3 Entretenimento. Dona de bandas como Solteirões do Forró, Forró dos Plays, Forró do Muído e, seu carro-chefe, Aviões do Forró, a A3 é uma espécie de sucessora do império construído por Emanuel Gurgel, o empresário cearense que há aproximadamente 20 anos deu o ponta-pé inicial para a criação da indústria do forró.

Depois de uma década de poderio, a SomZoom, empresa criada por Gurgel, teve seus negócios reduzidos drasticamente e sua sede transportada para uma velha garagem de ônibus. Enquanto isso, a alguns quarteirões, a A3 comprou a antiga sede, estabelecendo ali o QG de uma máquina extremamente eficiente, comandada por alguns dos mais experientes nomes do mercado forrozeiro. Entre eles, Carlos Aristides, um jovem empresário de conversa fácil, especialista na seleção do repertório das várias bandas da A3.

“Eu fui criado dentro de festa, dentro de forró”, diz Carlos em sua sala, na sede da empresa. Filho de Zequinha Aristides, veterano no mercado forrozeiro e também um dos nomes importantes da A3, Carlinhos, como é chamado pelas pessoas do meio, começou cedo no ramo. O pai, que entrou no mercado como dono de casas de show, seguiu a estratégia inevitável de mercado e estendeu seus braços por outros ramos da cadeia produtiva, como a criação de bandas. A principal delas, a Caviar com Rapadura, ficou sob a administração de Carlinhos, então com 17 anos.

Com apurado tino para as preferências do público, Carlos partiu para seus próprios investimentos logo depois, com a criação da banda Ferro na Boneca e a sociedade em outra casa de show, o Cantinho do Céu. Enquanto isso, formatava em sua cabeça o que seria um dos maiores estouros do mercado forrozeiro. Uma banda que conjugasse elementos pinçados com a precisão técnica de quem, além de empresário, adorava mexer com aparelhagem de som e conhecia como poucos a sonoridade do forró.

O primeiro show deste projeto aconteceu em 2003, no próprio Cantinho do Céu, e contou com a assiduidade do público do espaço para se alavancar. Carlos conta que o impacto depois da apresentação fez os forrozeiros deixarem o local se perguntando: “Rapaz, o que é isso, que projeto é esse, que banda é essa?”. A receita havia dado certo. Uma desacelerada na batida do vanerão – ritmo gaúcho que estava estourado na época com a banda Brasas do Forró –, a substituição da sanfona como instrumento principal por um maior destaque à bateria e aos metais e a importação do baixo do pagode do Harmonia do Samba haviam dado forma ao Aviões do Forró.

“Se você prestar atenção, é muito difícil hoje ver alguém dançando agarrado. As pessoas gostam de tá ali, curtindo realmente, como se fosse qualquer outro ritmo. Eu peguei o ritmo dos Brasas, dei uma cadenciada nele, juntei outras peças, como foi o metal, a guitarra, e comecei a mudar algumas levadas”, explica Carlos. “Ficou um negócio muito suingado, entendeu? Quando juntei tudo, a essência foi fantástica.”

O pioneiro Emanuel Gurgel hoje mora em uma fazenda de 10 mil hectares em Pentecoste (89 km de Fortaleza), patrimônio acumulado com as bandas de forró. O empresário deixou a administração da SomZoom para os filhos, enquanto se dedica ao último desafio de sua vida: provar que fazenda é um empreendimento sustentável. Mesmo assim, não abre mão das decisões mais importantes sobre o Mastruz com Leite, a banda que deu início a tudo. “Só quem tira e bota funcionário no Mastruz é o meu pai”, diz Rebeca, 23, uma das filhas que trabalham hoje na empresa.

No final da década de 1980, no tempo em que as ecléticas bandas de baile e as aparelhagens de som mecânico dominavam o mercado do entretenimento em Fortaleza, Gurgel percebeu que as pessoas gostavam muito de dançar na meia-hora reservada ao forró nas festas em que frequentava. Decidiu juntar os instrumentos eletrificados e, a contragosto dos próprios músicos, formou uma banda dedicada ao estilo.

Um verdadeiro “império do forró” foi construído a partir da banda que ainda leva o nome da mistura medicinal, inspirado em um time de handebol de praia homônimo. “Isso dá direitinho pra uma banda de forró”, pensou Emanuel, então professor de educação física. Acrescida de contrabaixo, guitarra e teclado, a receita sertaneja se transformou no símbolo de uma revolução no tradicional ritmo nordestino e na indústria fonográfica.

No mais, foi concretizar sua aposta de fazer o forró em todos os lugares, ao contrário do preconceito que relacionava o estilo musical ao “povão”. Um bombardeio midiático com inserções do Mastruz com Leite compradas em rádios e em aparelhagens de som foi o plano. As composições de Rita de Cássia na voz da cantora Kátia Cilene entraram para o panteão dos clássicos do forró, ainda hoje são lembradas por forrozeiros veteranos e animam festas como a Forró das Antigas, promovida periodicamente pela própria SomZoom.

Hoje, o ex-funcionário de uma universidade, que também foi juiz de futebol, presidente do Ceará Sporting Clube e empresário do ramo de confecções, dorme com o orgulho de ter feito um dos maiores estouros que o mercado fonográfico da região já viu. “Eu sempre tratei música como mercadoria de prateleira. Música é uma mercadoria. Eu vou provar para você. Toca o Mastruz com Leite na rádio, eu vou vender show, direito autoral, vou vender fonograma, vou fazer mais shows. A música em si é um comercial. Mas a maior sacada de todas elas é botar o nome da banda no meio da música”, diz Emanuel Gurgel, que atualmente aposta no briquet, bloco cilíndrico e composto por resíduos de madeira, como o novo hit, eficiente e ecológico, da produção de energia na atividade agrícola.

O pulo do gato

“Bora Brandãozim, Dudu Confiança, Rosa Almir, Batata! Bora Deco Doido!”, instiga no palco Xand Avião, vocalista dos Aviões do Forró. O comercial de Emanuel Gurgel, que consistia no vocalista aproveitar algum intervalo da música para sapecar o nome da banda em execução, não só se estabeleceu como uma das maiores marcas da banda (inclusive para se diferenciar de repertórios siameses), como se radicalizou ao longo desses anos. A afirmação de que a música é um comercial em si nunca fez tanto sentido quanto nas apresentações dos Aviões do Forró e os reclames de Xand durante os shows.

As gravações ao vivo reproduzem em profusão os “alôs” que Xand manda durante as músicas, saudações que se destinam a pessoas jurídicas – de gráficas rápidas a autopeças, que negociam diretamente com o vocalista uma série de inserções em seus shows – ou físicas, ilustres conhecidas do cantor, como o onipresente Isaías CDs. Ao lado de Carlos Aristides, Isaías é o outro nome forte da A3 e carrega na alcunha a ideia que provocou uma segunda revolução no mercado forrozeiro, responsável em grande parte pela substituição do proprietário do endereço na rua Heróis do Acre.

Foi Isaías quem sugeriu a estratégia que seria o pulo do gato da A3. Em 2003, quando os Aviões chegaram ao mercado, a internet começava a dar uma ideia de como o transformaria, mas ainda não ditava as regras. Um paradoxo confundia os caminhos do sucesso. As rádios só tocavam as bandas das gravadoras, ao passo que o preço (em média, R$ 30), inviabilizava a compra do CD pelo público. “As bandas de forró, antigamente, quando entravam nas gravadoras, em vez de crescer, caíam”, lembra Carlos.

“Nós vamos divulgar o nosso material na rua, diretamente nas pessoas, e a rádio vai ser forçada a tocar”, vaticinou Isaías. A estratégia fazia sentido. Com o barateamento da mídia virgem e as facilidades na reprodução, a distribuição do CD como estratégia de marketing era um caminho possível. “Quando a gente lançou o CD, deu uma semana, as rádios ligaram atrás das músicas”, lembra Carlos. Diante da enxurrada de pedidos para uma música que sequer integrava a playlist da rádio, as estações eram obrigadas a correr atrás e atender a demanda. “A gente partiu na frente e hoje é uma coisa que está sendo copiada por todos, pelo sertanejo, pelo axé...”, orgulha-se.

Era o início das transformações que a internet e as novas mídias iriam engendrar no mercado fonográfico, encontrando na indústria popular e massiva do forró uma de suas melhores respostas, mesmo que Carlos ainda considere parcos os rearranjos do mercado. “A internet mudou completamente. Até hoje ninguém do nosso segmento conseguiu realmente se adequar a ela. É um negócio muito rápido”. O ritmo passou a ser determinado pela velocidade da rede mundial de computadores, que afetou, entre outros fatores, a quantidade de discos lançados no ano e, consequentemente, a renovação do repertório.

Concorrência dos chineses

O império criado por Emanuel Gurgel com a SomZoom, numa cadeia produtiva que concentrava desde editora para registrar as músicas até uma centena de rádios, passando por casas de shows e dezenas de bandas, ruiu no fim da década de 1990 defronte um novo e incontornável fato: a pirataria. Quando o empresário percebeu que seus lançamentos estavam em poucos dias à venda em versões piratas na Feira de Caruaru, concluiu que a voracidade replicante dos “chineses” iria engolir seu patrimônio em poucos anos. O maior vendedor de CDs da região, com cifras que chegavam a 300 mil cópias vendidas por mês, ainda tentou acelerar o ritmo dos lançamentos, mas sucumbiu à velocidade da pirataria, reduziu sua folha de pagamento de mais de 500 funcionários para uma centena deles e desmantelou boa parte da estrutura da outrora toda poderosa do mercado.

Antes, o normal era se lançar um CD por ano. Nada mais obsoleto. Hoje, segundo Carlos Aristides, são no mínimo quatro discos, um a cada três meses, cada qual com 15 músicas inéditas em média. Isso explica o incansável anúncio de repertório novo na divulgação de shows, das constantes gravações de novos CDs ao vivo, assim como as centenas de mensagens postadas nos tópicos destinados às sugestões de repertório nas comunidades das bandas no Orkut. O público, por sinal, é um dos grandes responsáveis por essa incessante atualização de informações e registros em áudio e vídeo. É prática comum entre os que acompanham o meio a postagem e o download da gravação do show que a banda de sua predileção fez em alguma cidade do interior do país ou mesmo de uma apresentação ao lado da sua casa na qual você infelizmente não pode comparecer.

“Hoje eu acompanho muito mais a internet do que as próprias festas”, revela Carlos. Em seu escritório, revezando-se entre seus iMac, iPhone e iPad, Carlos capta as frequências sísmicas do que pode abalar o mercado nas próximas semanas. Atento às mais pedidas das rádios do Brasil e do mundo nos diversos estilos, consultando as sugestões nas comunidades das redes sociais, ele ainda recebe periodicamente cada um dos membros de seu elenco permanente de compositores, a exemplo do potiguar Dorgival Dantas, autor de alguns dos maiores sucessos já gravados pelos Aviões do Forró, cantor que ganhou projeção com o sucesso da banda de forró e que hoje é um dos compositores que mais arrecadam com direitos autorais no país.

No intervalo dessas atividades, Carlos arranja tempo para receber músicos e compositores desconhecidos, empenhados na árdua atividade do garimpo midiático, tomados pela esperança na ascensão repentina do sucesso, que lança principiantes a alturas cada vez mais inesperadas. Na semana anterior a nossa conversa, uma delas havia adentrado sua sala, trazendo a mão o que prometia ser a nova pedra filosofal do forró mundial. Fatinha Marques apresentou a letra de “Bad Boy do Carrão” e o clipe, já disponível no YouTube, com mais de 30 mil visualizações. Carlos não gostou da música, dispensou Fatinha, mas sabe o risco que está correndo. Ao ser perguntado sobre um possível sucesso da cantora, natural de Crateús (350 km de Fortaleza), ele responde: “Sei lá, rapaz, depois da internet...”

O preço do sucesso

“O forró hoje passou a ser consumido mais ligeiro. Uma musica é sucesso hoje, daqui a um mês não é mais. Uma música que poderia ter seis meses de vida útil, hoje só tem um. Tem muito material no meio da rua, ela toca muito e cansa”, comenta Karlúcio Lima, 40, empresário com cerca de 20 anos de experiência. O empresário, que começou frequentando as aparelhagens de som que prefiguraram a onda do forró eletrônico e já foi dono de bandas como a Canários do Reino, lamenta um tanto essa velocidade e queixa-se das estratégias que deixaram o mercado cada vez mais refém do capital.

A distribuição de CDs, na opinião de Karlúcio, fez com que as bandas pequenas fossem engolidas pelas maiores, que gravam músicas alheias nos shows ao vivo e distribuem milhares de CDs, pagando a posteriori algum valor cobrado pelo uso indevido da composição, de qualquer forma irrisório se comparado ao faturado. “Daqui que o pessoal que fez a música corra atrás, a banda já estourou e ganhou o dinheiro todo”, fala Karlúcio. Calcula-se que uma banda estourada no mercado forrozeiro chegue a faturar R$ 2 milhões por mês.

Dono da banda Forró na Veia atualmente, Karlúcio investe numa receita diferente para galgar o topo das paradas: uma banda com três vocalistas femininas. “É o produto mais diferente que existe no Nordeste, porque é uma banda que não tem cantor, são três mulheres cantando e dançando em cima do palco. Três mulheres bonitas, jovens e que fazem a diferença. A minha ideia foi fazer um produto totalmente diferente. Se der certo, daqui que esse pessoal grande faça o mesmo, vai custar”, aposta.

De fato, na pesquisa para esta reportagem não se encontrou no mercado produto similar ao Forró na Veia. O mais próximo a que se chegou foi o Forró do Muído, com duas vocalistas, as irmãs Simaria e Simone. A banda faz parte do casting da A3 Entretenimento, com grande inserção no mercado local, uma das três maiores bandas do momento, ao lado dos Aviões do Forró e Garota Safada. A assessora de imprensa da banda revela, por exemplo, que os dias que antecedem as gravações dos programas da TV Diário, emissora local, sua caixa de e-mail é tomada por mensagens com chantagens sentimentais, fãs dizendo que estão tomando Rivotril, que a vida não faz mais sentido, mas que as coisas mudariam de feição caso ela conseguisse um convite para a gravação do Forrobodó, ou do João Inácio Show, ou do Programa Ênio Carlos, ou do Sábado Alegre, ou de outro dos tantos programas da TV Diário, um dos principais braços da rede de divulgação do forró.

As diferentes roupagens das bandas são uma das estratégias para atrair os mais diversos públicos, como é o caso das quatro principais bandas da A3. Uma pessoa menos familiarizada pode ingenuamente confundir o Forró dos Plays com uma banda de axé ou encontrar nos Solteirões do Forró justamente aquele levada do vanerão que Carlos Aristides desacelerou para formar o estilo dos Aviões. “Hoje não existe mais o ritmo forró, o ritmo axé... Hoje é a mesma música com levadas diferentes”, conclui Carlos. Não por acaso, hits como “Fugidinha”, de Michel Teló, estão hoje em praticamente todos os repertórios de forró, ou que há muito tempo as versões traduzidas de músicas internacionais são um dos caminhos mais percorridos até as “Dez Mais” das rádios no país.

Emanuel Gurgel lembra que o primeiro CD do Mastruz com Leite foi feito com música sertaneja: “Não tinha compositor pra gravar, não tinha música. Todo mundo tinha vergonha de forró. Era música de favela, de baixo meretrício, de cabaré, de gafieira.” E, de olho na evolução que o forró percorreu nos últimos anos, dispara: “É tudo uma cópia. Até o que eu fiz foi cópia. Cópia de João Bandeia e Paulo Ney. Pra você ter uma ideia, Brasas do Forró é uma cópia de Novinho da Paraíba, que por sua vez é uma cópia do Rio Grande do Sul, que é o vanerão. Hoje o que os Aviões do Forró tocam é um vanerão. Na realidade, foi aproveitado o ritmo de muitos lugares. O Mastruz, por exemplo, transformou os carimbós do Pinduca tudo em forró.”

As referências são intermináveis. Fato é que o forró ganha cada vez mais espaço na mídia nacional, com participação em trilhas sonoras de novela, em programas de TV e com shows em regiões onde antes pouco se tocava. Em fevereiro, a Garota Safada aportou novamente no Faustão e os Aviões do Forró desembarcaram na Europa para shows em Portugal, Suíça e Holanda.

Nem assim Emanuel Gurgel se deixa impressionar. Sentando em um banco na varanda de sua casa, com vista para seus empregados no manejo da fazenda, já longe da lida com o mercado musical, cultivando cabelos longos e barba, num visual próximo ao de um headbanger, ele fala sobre o sucesso de uma indústria que praticamente inventou: “Foi até menos do que eu esperava. Eu imaginava que ia invadir o mundo com o Mastruz. O forró não invadiu ainda o mundo, porque ele ainda é menosprezado”.

*Esta matéria foi editada e faz parte da edição nº 1 da Revista Digital Overmundo.

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JACK CORREIA
 

Pedro, muito bom e detalhista o seu texto. De todos que foram mencionados nele, abro ressalvas para Dorgival Dantas, que tem letras muito boas e um forró gostoso de ouvir e de dançar. Outros como Forró da Véia não conheço. Mas estas como Aviões, Muído e CIA, não suporto! É uma pena que um cara como Valdonis ou o baiano Targino Gondim, por exemplo, mesmo sendo muito conhecidos, não vendem tantos discos como bandas como estas que, na minha opinião, (e me desculpem aqueles que gostam), não gravam forró de verdade... forró de raiz... as letras não dizem nada de interessante de se ouvir. Mas a "onda" está ai, né?! As gravadoras querem vender, e hoje em dia não é preciso ter muito talento p/ ser chamado de "músico" ou "artista". Mastruz com Leite, antes, era muito bom, mas hoje não sei muito sobre a banda. Eu, como cearense, fico triste com tudo isso. Com o "mercado" que se transformou a música. Um abraço.

JACK CORREIA · Crato, CE 10/5/2011 13:23
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Abílio Neto
 

Quem gosta do forró de raiz chama isso aí de fuleiragem music, forró de plástico, oxente music e lixo cultural. O Chico César, no São João da Paraíba deste ano, como secretário de cultura do estado, afirmou que não irá contratar esse tipo de manda!

Abílio Neto · Abreu e Lima, PE 10/5/2011 18:11
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