O jornalismo e as artes no Amazonas

Leandro Tapajós
Reduto das artes - detalhes arquitetônicos do largo São Sebastião em Manaus
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TAPAJÓS_Leandro · Manaus, AM
14/4/2007 · 259 · 25
 

Sofremos, eu e os artistas que ousam fazer arte na Amazônia. A causa de tudo é a inércia de terceiros. A produção artística e cultural da cidade de Manaus e do Estado do Amazonas como um todo existe, é vasta e não fica aquém da produção de qualquer Estado brasileiro. Desde os artesãos parintinenses que trabalham em grupos folclóricos e exportam seus conhecimentos na construção de alegorias para as escolas de samba do Rio e São Paulo, até artistas contemporâneos que expõe em galerias pela Europa ou compõe o quadro de bailarinos de grandes companhias. Temos um pouco de tudo: dança, artes plásticas e visuais, música e de modo mais incipiente o teatro e cinema. A produção de qualidade existe, mas nem sempre o trabalho das centenas de artistas amazônidas é devidamente divulgado.

Dezenas de artistas-guerreiros travam batalhas diárias contra a falta de espaços, e não apenas espaço físico, mas ideológico. Não se fala, não se ouve, não se critica. Mas, a culpa, ao contrário do que muitos pensam, não é da distância geográfica dos grandes centros nacionais. Atrevo-me a eleger a principal culpada pelo cenário de inércia atual. Ela é a imprensa amazônida e o seu pseudo jornalismo cultural. Aqui não se escreve sobre cultura ou arte, somente são publicados releases, salvo raríssimas exceções. Na maioria das vezes, estagiários – leia-se mão-de-obra barata – são lançados aos leões nas editorias de entretenimento dos jornais e revistas. Jovens que, em muitos casos, nunca pisaram nem se quer no hall de entrada do teatro Amazonas “escrevem†para os “cadernos de cultura†dos jornais locais.

Não posso esquecer da TV! Essa então é hilária. Recordei-me de um fato que ocorreu em uma mostra realizada em Manaus no final de 2005. Eu e outros 14 artistas estávamos reunidos em um sábado a noite no Centro Cultural Usina Chaminé para concedermos uma entrevista para a principal emissora do Amazonas. Depois do atraso de praxe do repórter iniciamos a prévia para entrevista. Eram três exposições distintas, ambas com trabalhos contemporâneos, reunindo pinturas, arte digital, gravuras, fotografias, objetos e instalações. A primeira coisa que o repórter fez foi ler o folder de uma das exposições. Em seguida, ele lançou a pergunta: o que é instalação? Eu quis morrer! Só faltava ele perguntar o que era fotografia, ou confundir pintura de telas com parede. Não podia me sentir de outro jeito se não ofendido. O ato de pautar um repórter de esporte para cobrir uma exposição de artes plásticas denota que não se dá o devido valor para arte.

De nada vale a Secretaria de Estado de Cultura do Amazonas – infelizmente, a única grande patrocinadora e produtora local de eventos artístico-culturais – promover cerca de 350 exposições anuais de artes e cinema, festivais de jazz, ópera, teatro, entre outros, se a “opinião pública†não fica sabendo ou não está preparada para consumir e criticar o que é produzido. Pelos motivos citados, resta apenas lamentar (esse texto é em verdade um grande desabafo) e fazer todos os releases de todas as mostras, salões e concursos que por ventura eu participe.

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FILIPE MAMEDE
 

Triste quadro você hein Leandro. Realmente, uma pena. O país é riquíssimo em cultura. Pecamos pela falta de divulgação, e na melhor das hipóteses, penamos pela falta de preparo da mídia.
O texto tá muito bacana e achei graça nessa parte" Em seguida, ele lançou a pergunta: o que é instalação? Eu quis morrer! Só faltava ele perguntar o que era fotografia, ou confundir pintura de telas com parede."

FILIPE MAMEDE · Natal, RN 10/4/2007 13:59
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Michelle Portela
 

Oi, Leandro, parabéns pelo texto!
Sou jornalista e concordo com sua análise. Entretanto, acredito que todo o cenário está viciado, inclusive o "protagonismo" dos artistas, quase que invariavelmente atrelados ao Governo. É claro que o problema é macro, elvolvendo todo um contexto socio, político, econômio e cultural. Só acredito que a crítica deva ser o princípio para pensar, coletivamente, ações que contemplem uma visão de país a partir do nosso contexto, tornando público o que é privado (elitista). Sejamos nós também vanguardistas!

Michelle Portela · Manaus, AM 10/4/2007 16:13
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Thiago Camelo
 

Leandro, o seu texto me lembrou esse outro aqui. Abraços!

Thiago Camelo · Rio de Janeiro, RJ 10/4/2007 19:11
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TAPAJÓS_Leandro
 

Obrigado pelas críticas, sou novo por aqui e quero mais é gerar discussões sobre arte e cultura. Abraços

TAPAJÓS_Leandro · Manaus, AM 11/4/2007 10:39
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TAPAJÓS_Leandro
 

Thiago li o texto sugerido por vc. Já trabalhei com o autor (Daniel Valentin) ele é um dos poucos jornalistas que sabe o que escreve.

TAPAJÓS_Leandro · Manaus, AM 11/4/2007 10:42
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Marcos Paulo
 

Engraçado...lendo o texto do Tapajós é quase impossível não dizer que por aqui acontece o mesmo: falta divulgação, salvo raríssimas excessões.

Mas acredito que essa seja a triste realidade da região norte. No Acre também sei que é assim.

Marcos Paulo · Rio de Janeiro, RJ 13/4/2007 10:31
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Giba
 

Pois é... o que mais toca é a falta de participação da imprensa que tem tanto espaço para divulgar assassinatos, assaltos, sequestros, tiroteios, enfim, tanta desgraça e desumanidade que falta espaço para explorar e mostrar a sociedade que em nosso país existe uma forte cultura

Giba · Ribeirão Preto, SP 13/4/2007 20:20
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Talita Bagnoli Ribeiro
 

Leandro... Sua crítica é válida, mas não vamos perder as esperanças! Tem muita gente boa aqui, fazendo a diferença. Inclusive, as manifestações culturais da Amazônia são mais divulgadas pelos veículos de fora (leia-se O Globo, Estado e Folha de São Paulo) do que pela mídia regional. Eu já escrevi matérias para agências de fora que foram publicadas nos jornais daqui... Eles só dão valor quando sai na grande mídia. Uma hora eles vão ter que acordar! É mais barato (e mais inteligente) investir nos jornalistas locais do que comprar histórias de fora. Fora que é feio, né??
Reconheço que os cadernos de cultura aqui são o reduto dos focas. Muitas vezes eles são confusos mesmo. Poucos fogem da grande indústria do jabá, mesmo sem perceber o que estão fazendo... Mas, se procurarem um bom mentor, tenho certeza que vão encontrar! Parabéns pelo texto!

Talita Bagnoli Ribeiro · São Paulo, SP 13/4/2007 23:01
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Egeu Laus
 

Leandro,
Já que vocé quer gerar discussões, levo ao pé da letra:
Achei muita choradeira...
Abraço!

Egeu Laus · Rio de Janeiro, RJ 14/4/2007 01:46
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TAPAJÓS_Leandro
 

eheheh realmente é uma choradeira.

Mas, só sabemos da existência da dor quando ela é sentida na própria pele... Não vou dizer que está tudo maravilhoso, ou fechar os olhos, se a realidade não é essa.

TAPAJÓS_Leandro · Manaus, AM 14/4/2007 10:56
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Marcelo V.
 

A situação descrita é triste, e o despreparo dos jornalistas de cultura costumam ser grandes em todo o país, mas há um problema maior e mais genérico, que é a quase inexistência do jornalismo cultural no Brasil _o que temos em 99% é jornalísmo da indústria cultural.

Marcelo V. · São Paulo, SP 14/4/2007 12:40
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Thiago Paulino
 

Leandro, cara
Teu texto é importante aqui no Overmundo (entender o que se passa culturalmente nas outras regiões do país é uma das propostas do site).

É um desbafo que com certeza muita gente de outrso estado se identifica.. Algumas sugestões são válidas para tentar trazer possíveis soluções:
A primeira é juntar alguns artistas de diversas áreas que estão insatisfeitos e montar uma espécie de coletivo. A união é passo fundamental para ganhar forças e reciclar idéias.. em Recife a experiência da AMP (ArticulaçãoMusical Pernambucana) tem dado alguns frutos. A AMP surgiu com um grupo de artistas que estavam se sentindo excluidos da programação da Sec. de Cultura e resolveram fazer suas intervenções. O caso deles era para ter um espaço para tocar, mas algo no sentido pode ser feito também para conseguir uma maior divulgação nos veículos..

A segunda é estabelecer uma ponte com os cursos de jornalismo, promover seminário e debates com os estagiários e os focas sobre jornalismo cultural e divulgação das artes em geral pela mídia... Formar essa garotada que sai das faculdades e sensibilizá-los para a importância de uma divulgação para os artista... A obra só se constroe mesmo por completo quando atinge seu público.

Bom tah dito.. esse debate é longo. Prosseguimos então..
Não desista continue na batalha.
Abraço.

Thiago Paulino · Aracaju, SE 14/4/2007 13:17
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Nattércia Damasceno
 

Por aqui a situação não é muito diferente, Leandro. Falta jornalismo especializado, organização e boa vontade. Os "cadernos culturais" não passam de meras editorias, com no máximo duas páginas. A universidade também não ajuda muito e só a intenção de aprender e se especializar não basta, se o dono da empresa não tem interesse nenhum em investir nessa área.

Nattércia Damasceno · Rio Branco, AC 14/4/2007 13:23
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Yusseff Abrahim
 

Não gosto de cultivar culpas, mas quero falar de motivos:
A cena manauara é estanque ideologicamente pela centralização dos "financiamento" por parte da Secretaria de Cultura, daí os artistas que possuem o "Quem Indica" para se encostar, acabam se acomodando na zona de conforto do dinheiro fácil, mas com uma produção de temática viciada não-crítica.
Poucos são os que procuram se especializar em formatação de projetos visando a captação de recursos, ou buscam apoio especializado para tal afim de romper a cerca deste "curral", os poucos que conseguem, ao sair do receituário do regionalismo acrítico ganham o rótulo de malditos.
Sei que o artista não deveria e preocupar, a princípio, com questões burocráticas, mas lamento informar: EM MANAUS, ISSO POR HORA É IMPRESCINDÃVEL.
Então caros artistas... mexam-se! Digo isso porque como produtor audiovisual, meto a cara, tiro do bolso, realizo e, ao final não ganho nada em Manaus, mas ganho fora... estranho, né?

Gostei do texto, Leandro! Um bom panorama, mas vamos também propor saídas e nos organizar. Por aqui na nossa Manô, conte com meu apoio e de muitos amigos artistas-vanguardistas-malditos.

Sobre a mídia, a Talita tocou em um ponto crucial: muitos dos veículos manauaras de jornalismo cultural não conseguem detectar o valor das iniciativas dos conterrâneos e ficam à reboque apenas do que o eixo Rio-São Paulo, ou europeu diz que é bom. Mas diferente de chorar, acho que a mobilização enquanto movimento é O MEIO, A SAÃDA, como bem lembrou com exemplos de sucesso o nosso querido Thiago Paulino (SE).

Pois é Nattércia, concordo com você sobre os cadernos culturais e a visão dos empresários da comunicação. Mas parece que os estudantes de jornalismo estão cada vez mais desinteressados, daí, quando absorvidos pelo mercado na condição precarizada de estagiários, não demonstram interesse nenhum em se preparar antes de sair para uma pauta... sei o que o Leandro Tapajós quis dizer externando sua decepção com a pergunta do repórter: "O que é uma instalação?" Realmente Leandro, é pra morrer!

Fico à vontade para falar de ambos os lados, pois além de realizar minhas aventuras no audiovisual, sou jornalista por formação, e acredito piamente: Como artistas, não temos nada a ver com a ignorância dos repórteres, mas se tivermos a percepção de como nos relacionar com isso, podemos fazer deste desconhecimento um importante aliado para impor nossa visão, afinal, sem contra-argumentos, a única versão se torna a vencedora, logo, discordando de uma visão pessimista, é a isso que na minha nada humilde opinião estamos destinados.

Em Manaus, NESSE CASO, humildade demais atrapalha. Avante galera!

Yusseff Abrahim · Manaus, AM 14/4/2007 14:22
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André Dib
 

Legal ler desabafos como o de Leandro no Overmundo. Semana passada tivemos uma companheira da Bahia fazendo o mesmo. É como um grito de socorro, desesperado na procura de uma referência externa, de outros estados do Brasil, o que é um dos maiores potenciais desse site.

O que é triste é perceber que o cenário é parecido em outros estados do Brasil. A imprensa faz uma cobertura de olhos fechados, o público finge que acompanha e aplaude de olhos fechados, e os artistas agradecem os aplausos, num autêntico pacto de mediocridade... tá difícil, né gente?

André Dib · Recife, PE 14/4/2007 17:25
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PauloZab
 

É Leandro, é duto admitir, mas essa é a realidade aqui no Amapá também. parabéns pela atitude, nós que trabalhamos no meio cultural não gostaríamos de dar uma notícia como essa, mas temos um compromisso com a realidade.
Não há mais nada a fazer a não ser continuar trabalhando pra que tudo melhore.

PauloZab · Macapá, AP 14/4/2007 19:04
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Mestre Jeronimo - JC
 

Leandro, tua nota de alerta pra situação da falta de zelo pela cultura local, do AM, é importante. Me faz lembrar que eu, nascido e criado em Manaus, deixei a cidade aos 19, sento anida hoje parte do que vc descreve do problema social que é gerado pela falta de apoio financeiro e reconhecimento ao artista local. Interesante, eu fui parte de um processo que tem a ver com isso, produto desse meio, mas, aconteceu comigo de uma forma diferente. Pois, eu que sei "as esquinas por onde andei, os desertos que ja atravessei e conitnuo a atravessa..."
No ano de 1979/80, fui agraciado com uma ‘bolsa de apoio escolar’ pelo Estado do AM, Secretária de Educação e Cultura, para seguir até BSB, e voltar após para ser a base da formação da orquestra sinfônica que agora existe. Eu estudei e me formei em BSB, e no RJ, antes de partir pra Europa, e depois pra Australia (aonde estou ja 19nanos) e não voltei para casa. Pudera, faze o que la? Naquela epoca, e do jeito que vc relata agora...?
Depois do periodo da ditadura que findou em seguida, mas, como uma funcionaria do Teatro Amazonas, na gestao do Tito Lindoso falou quando questionaram porque eu (sem "pedigri"?) deveria ser agraciado com essa ‘bol$a’ (que não era muita coisa mas pra mim foi a ponte pra ‘liberdade’... {“ porque não dar e este jovem talentoso esta chance, afinal, mesmo que ele não volte, será mais um artista do estado do AM que portara uma bandeira cultural em nome da cultura do povo do estado†}. Dito e feito... é o que me tornei, continuo na luta por esta causa. E, ao ler tua nota, eu quero que saibam que estou com todos os que acreditam que o artista pode e deve ser agraciado para fazer arte pro povo e pelo povo. Contem comigo no que possa servir pra esta causa de Educação e Cultura.

Jeronimo Santos Da Silva - Mestre Jeronimo (JC)
Musician (B.A. Music). Author. Composer. CD Producer
Cidadão Brasileiro - Australian Citizen

www.myspace.com/mestrejeronimo / www.jeronimo-capoeira-angola-au.info

Producer of CD ENCHENTE - WORLD ‘FUSION’ MUSIC - © 2007 made in BR
Producer of CD CAPOEIRA SEED OF FREEDOM © 2004 made in AU
Producer of CD CAPOEIRA ART & RITUAL © 2002 made in AU
Producer of CD WARRIORS DANCING - WORLD MUSIC - © 1997 made in AU
Producer of CD PALMARES IN AUSTRALIA – WORLD JAZZ MUSIC - © 1989 made in AU

Author BOOK CAPOEIR@ INTERNET - GLOBAL CAPOEIRA WORLD - © 1999 (English + Português) made in AU
Author BOOK CAPOEIRA $LAVE RITUAL - FREEDOM THE TOTAL ART - © 1995 (English) made in AU

Mestre Jeronimo - JC · Austrália , WW 14/4/2007 21:50
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Claudiocareca
 

Bom...
Quanta discussão!
Acho q essa realidade é de todos os periféricos, mesmo alguns da Mooca ou São Miguel.
Acho q infelizmente é mais barato comprar matérias prontas do que contratar jornalistas, ou é o mesmo preço se considerarmos o slario-base de 1800. (aqui em MT não é mas tudo bem.)
Não vejo nada de mal em um repórter perguntar o que é instalação mesmo pq a maioria do seu público não sabe e quem sabe o artista possa responder mais claramente do que ele.
Como desabafo beleza mas acredito como o Yusseff que temos mais é q por a cara a tapa e fazer bem feito.
é só plantar q a hora de colher chega um dia.

Abraço,

Claudiocareca · Cuiabá, MT 15/4/2007 12:44
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Hermano Vianna
 

pessoal, a conversa está bem interessante mas só lembrando: o Overmundo surgiu exatamente para combater esse tipo de situação... Falta espaço? Claro que falta. Por isso criamos este espaço aqui! E o espaço deve ser fortalecido, para conseguir realmente divulgar o que acontece em todos os cantos do país. Fui contar: apenas 11 pessoas de todo o estado do Amazonas publicaram alguma coisa no Overmundo... Cadê o resto? Por que não divulga o que está fazendo e o que os jornais locais não divulgam? Não dá para ficar só na choradeira, por mais necessária que ela seja...

Hermano Vianna · Rio de Janeiro, RJ 15/4/2007 18:23
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Hermano Vianna
 

e fiquei curioso: com eram as instalações? o que os artistas que participaram da exposição fazem hoje em dia? quais são os artistas interessantes da cena de arte contemporânea em Manaus? aí a conversa vai ficar interessante mesmo!

Hermano Vianna · Rio de Janeiro, RJ 15/4/2007 18:29
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Yusseff Abrahim
 

Casos como o do Jerônimo me enchem de esperança, já que gosto de comparar todos estes movimentos "independentes", embora interligados pelo seu fim, como uma pressão que deve um dia quebrar a casca do pacto de mediocridade de fora para dentro.
Pois é Hermano, é um pouco difícil contar com a participação dos nossos conterrâneos, mas este número 11 já me surpreende... e ele há de crescer.

Particularmente não acompanhei esta exposição. Leandro, é com você. ; )


Yusseff Abrahim · Manaus, AM 15/4/2007 19:39
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TAPAJÓS_Leandro
 

Yusseff A exposição foi a coletiva Novosquinze, no Usina Chaminé em 2005. Ela foi realizada junto com a expo Bestiário Amazônico do Turenko (Anibal Beça) e outra q naum recordo o nome. Se vc morava aqui deve ter lido algo sobre ela. A curadoria era do Sérgio Cardoso, e a adjunta do Jandr Reis.

Quanto ao que o Hermano Viana (RJ) escreveu sobre as instalações concordo que as pessoas podem não saber, mas o fato naum era esse. O caso era que o repórter foi lançado de pára-quedas e naum sabia nada! Eu já trabalhei como repórter e atualmente em assessoria. Não háproblema em naum saber sobre o que vc vai escrever, ou sobre quem vai entrevistar. Mas há problema se vc é um neófilo, é o mesmo que escrever sobre futebol e não saber o q é gol.

Vou preparar algumas materias sobre os artistas e seus trabalhos.
Abraços


TAPAJÓS_Leandro · Manaus, AM 15/4/2007 22:50
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Yusseff Abrahim
 

Valeu Leandro!
Eu concordo com o que você falou a respeito dos repórteres... sei que ninguém nasce sabendo, mas acho que em plena era google, dá para o cara digitar 5 minutos para se informar nos conceitos básicos e não ir tão cru fazer a matéria.
Mas é isso! Vamos produzir..
Grande abraço.

Yusseff Abrahim · Manaus, AM 16/4/2007 20:06
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TAPAJÓS_Leandro
 

Só completando oq o Hermano Vianna · Rio de Janeiro (RJ) escreveu. Não se trata apenas de divulgação mas sim de crítica. Divulgar por divulgar já fazemos com comunicação dirigida pra amigos, pessoas que gostam de arte enfim... falta crítica da mídia.

TAPAJÓS_Leandro · Manaus, AM 16/4/2007 21:59
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Hermano Vianna
 

o Overmundo também é um espaço para a crítica - se não há espaço nos jornais, ela pode ser feita aqui - o Overmundo tem uma audiência nacional que já é maior que a tiragem diária de muitos jornais locais

Hermano Vianna · Rio de Janeiro, RJ 17/4/2007 12:39
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