Quando um contista morre uma estrela se apaga . Bom, se isso não acontece, deveria. E hoje deveria estar apagada uma estrela das grandes para lembrar a passagem do autor de alguns dos melhores textos que já li. Fausto Wolff era um pouco que tudo o que eu gostaria de ser quando crescer: jornalista, combativo, mordaz, surpreendente, divertido. Era um grande escritor.
Nascido em Santo Angelo/RS em 17 de outubro de 1940, começou , aos 14 anos, a trabalhar como repórter policial e contÃnuo do jornal Diário de Porto Alegre. No Rio de Janeiro, para onde mudou aos 18 anos trabalhou em diversas redações de jornais como “A Tribuna da Imprensa†e “O Globoâ€, além de ter sido um dos editores de “O Pasquimâ€. Até a última sexta-feira, dia 05 de setembro de 2008, mantinha coluna no Jornal do Brasil.
Fausto viveu dez anos na Europa, onde ensinou literatura nas Universidades de Nápoles (Itália) e Copenhague (Dinamarca). Escreveu dezenas de peças teatrais e mais de 20 livros, entre maravilhosos contos, poesias, ensaios e literatura infantil. Seu livro “À mão esquerda†recebeu o prêmio Jabuti em 1997. Casado com a psicanalista e escritora Mônica Tolipan, Wolff deixa duas filhas e dois netos.
Descobri seu texto com o inacreditável romance À mão esquerda, que peguei emprestado em uma biblioteca pública porque era volumoso e o nome do autor, esquisito. Como estava de férias precisava de algo longo para ler. E o nome do autor era diferente... Assim, perdida dentro de minha ignorância, foi por muita sorte coloquei meus olhos em seu texto genial. A partir daà li ainda O nome de Deus, A milésima segunda noite e O lobo atrás do espelho (este há poucos meses durante os passeios com meu bebê ainda recém-nascido) . Depois disso não fui mais a mesma como leitora nem como arremedo de escritora. Fausto Wolff, posso dizer, influenciou-me na maneira de pensar o conto e disse o que eu gostaria de ter dito e da maneira que gostaria de ter escrito.
É com muita tristeza que recebo, com atraso por conta dos preparativos da festa de aniversário de um ano do meu filho, a notÃcia da sua morte. É com muita tristeza não por questões filosóficas ou religiosas. É com muita tristeza por puro egoÃsmo, mesmo. Com muita tristeza porque seus textos não escritos farão falta. Com muita tristeza porque seu texto não escrito é aquela estrela apagada que eu gostaria continuasse por aÃ, brilhando.
Linda sua matéria homenagem.Minha querida Continue sempre a trilhar seu belo exemplo.
Deixo meu carinho por vc e pelo seu belo texto.
Fausto me deu grandes alegrias e risadas, além de reflexões e verdadeiras aulas de Brasil desde os tempos do Pasquim. Uma daquelas perdas irreparáveis.
Marcos Pontes · Eunápolis, BA 9/9/2008 19:12
Belissimo texto. Belissima homenagem.
Tenho que me inteirar da obra dele. Do jeito
que voce escreveu, parece indispensável.
Um abraço
O Fausto Wolff merece tudo o que você escreveu!
Eloy Santos · Rio de Janeiro, RJ 10/9/2008 23:30
Homenagem merecida, Vanessa. Gostava demais dele.
Parabéns!
Vanessa, eu já disse ontem em outro postado que enaltece o jornalista Fausto Wolff e digo aqui que é de muito respeito
pela literatura nacional este teu postado e deixo aqui um link para evidenciar algumas obras de Fausto Wolff...
Gaiteiro Velho...
Aplausos a vc e a ele...
Obrigada a todos os que comentaram e votaram. Eu torcia para publicar este texto pela memória de um grande escritor.
Vanessa Anacleto · Rio de Janeiro, RJ 11/9/2008 11:11Excelente sua matéria ao excelente Wolff.
Juscelino Mendes · Campinas, SP 11/9/2008 16:09
Li o texto lá no "Fio de Ariadne" Gostei lá e aqui! Parabéns Vanessa!
Paulo.
VotadÃssimo.
Um brinde à memória de Fausto Wolff!
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