Fugia ele do futuro, do presente ou do passado?
E diz que se bandeou daqui pros rumos do Rio de Janeiro, de carona.
Depois preso, de navio. De caminhão. E que se arranchou em aqui e acolá, sem mais nem aquela.
Então... até de aeroplano teria andado... ou não.
Aqui só se andava à cavalo.
Todo estudo anterior à década de 1980, no século passado, ainda no milênio anterior, inclui Dyonélio Machado na caudalosa e renovadora vertente do Modernismo, escola de escritores brasileiros que vai se envolver com a brasilidade no movimento antropofágico.
Quem examina o movimento mundial de escritores e a projeção latino-americana no Realismo Fantástico, no entanto, começa a descobrir um Dyonélio Machado precursor.
É com O Louco do Cati (1942) que o gaúcho de QuaraÃ, nascido no Rio Grande do Sul em 1895, se impõe desta original e vanguardista maneira.
Um universo urbano em emancipação do aplastante poder do mundo rural se mescla a uma viagem improvável, de rumos insopitados a cada parada em terra ou na água.
Passa a personagem por aventuras diversas e divertidas de tal monta que, Ã s vezes, podemos pensar que aquilo aconteceria mesmo a qualquer pessoa por mais disparatado que fosse o desfecho.
Se hoje em dia a máxima: de perto ninguém é normal é mais geralmente aceita, não era assim que o comportamento estranho se apelidava nos tempos de nosso personagem.
Então... era louco mesmo o apelido do vivente.
Além de O louco do Cati, Dyonélio Tubino Machado é também autor dos romances: Os Ratos (1935); Desolação (1944); Mulheres; Passos Perdidos (s/d.); ProdÃgios; Sol Subterrâneo; Deuses Econômicos (1966). Do conto: Um Pobre Homem (1927) e dos ensaios: PolÃtica Contemporânea (1923); Uma Definição Biológica do Crime (1933); Eletroencefalografia
Aldroaldo, belas dicas, vou ver se ageito=me com algum temp, andre.
Se tiveres tempo dê uma olhada no
JOÃO HELIO... esse negrinho, (engajamento á parte, está no banco, posto agora). abraços, andre
Adro,
Não conhecia o cara. Este parece que é dos nossos. Será que tem algo dele publicado na internet?
Grande abraço!
Querido pupilo (ahahah),
Não creio que tenha algo do Dyonélio disponibilizado na internet. Não pesquisei a fundo quando o fiz o resumo para o shvoong, que trouxe para cá ibsis literis (ôpa!).
Sei que há reedições, principalmente do impagável: Os Ratos.
Sim!
Somos dele.
É cáustico, divertido e muito bom de ler. Uma escola também para novos escribas.
Eu me inspirei na forma narrativa dele pra cometer a minha, anos luz atrás, mas perto, porque é o espaço que se dobra, certo?
Sobre o Dyonelio tem tanta matéria na internet que eu mesmo fiquei surpreso dele não ser mais citado. Nem precisa botar link. basta entrar no google, com o nome da figura. Tem várias. Em inglês, francês, acho que até em javanês. O cara é do balacobaco. Vi um livro dele a 8 pratas na internet, num site desses. Vou catar por aqui, num sebo, numa feira de livros.
(Pronto Adro. está dito no postado)
Abs
Que bom Spirito,
Viva o espÃrito investigativo.
Deve ser o Brasil, tua personagem, que te influencia.
Tem ele algo a ver com Jesualdo, um delegado daqui que deve estar por bater à porta de tua casa.
Não te preocupes que o homem é de paz, como o Naziazeno do Dyonélio.
Agradecido, amigo.
Falando nisto, que tal um dia o Brasil e o Jesualdo se encontrarem? Aqui não, que eu tive que por o Brasil num asilo. A despesa pra manter o humor dele, pelo menos, suportável não cabe mais nas minhas fracas finanças. Digo assim num espaço virtual destes, um Grande Sertão, sem porteiras, eiras ou beiras. Que tal heim? Deve ser de sair faÃscas.
Supimpa,
Quem sabe ele não pega aquele trem de almas que apresentastes aqui e batem um papo de remembranças e futurices. Lá pelos idos por vir de 2185?
POST EM EDIÇÃO EXTRAORDINÃRIA!
Minha parceira de aventura acenou lá de baixo com um pacote na mão. _ 'É de Porto Alegre!' - Disse feliz, mesmo sem saber que diabo postado poderia ser aquele. 'Deve ser o Jesualdo', pensei. O cavalo-envelope é pardo, cheio de marcas de viagem longa. É ele sim. A cara não deu pra ver ainda, nem a roupa, se está de bota, de esporas, nada. Ela sumiu com pacote, chamada por uma vizinha. Devem estar conversando sobre alguma coisa deste mundo. E eu no outro mundo, esperando, aguardando ansioso o sujeito adentrar à minha porta. Empertigado.
Desde já obrigado.
Depois te conto o resto.
Abs,
Spirito,
Agora, como num bom suspense que começa em idÃlio, música ao longe e lago azul, as más notÃcias.
Tcham: eu esqueci de dizer-te, caro amigo...
Tcham: que envelopei o livro, enderecei, postei e aà recebes agora sem...
Tcham: escrever que "agradeço a tua generosidade de aceitar ler um escrito de autor que se edita, o que é sempre um grande risco, uma aventura talvez maior que escrever a própria novela.
Grato sobremaneira por teus cuidados. Com carinho, do amigo, Adroaldo Bauer"
Que era a dedicatória com o autógrafo.
Sugiro que recortes aqui, imprima a seleção ecole na primeira página - rsrsrsrs.
Perdoa, que o véio tava meio que por sobre o nervoso naquelas datas.
Té.
Que isto, Adro? Imagina!
Deve ser aquela fronteira que existe entre o real e o virtual, esta coisa ambÃgua de gente e fantasma, luz e sombra, que somos todos nós nestes tempos modernos. na hora de trocar de porta a gente vacila mesmo. O que é uma dedicatória escrita à tinta que já não seja as tantas escritas neste espaço sideral?
Não vou imprimir dedicatória nenhuma. Pra quê, tchê, se ela já está está impressa na memória?
Grande abraço.
Gentileza de vossa parte, compreensivo Spirito.
Espero que a leitura alcance uma parte significativa da expectativa que manifestastes pela novela e dê no mÃnimo os mesmos momentos de alegria que lemos aqui pela chegada do carteiro à tua porta.
Tenho "Os Ratos" aqui em casa aguardando na fila _o problema é que ela é longa, e quem está na ponta no momento é ninguém menos que Proust...
Marcelo V. · São Paulo, SP 4/6/2007 19:08Aqui mesmo no Overmundo, já em 2006 há uma apresentação deste outro trabalho do Dyonélio. Foi postado uma nossa overamiga , a Hulena Sut, em 9 de junho do ano passado, por curiosidade que só a vida explica, a quase um ano.
Adroaldo Bauer · Porto Alegre, RS 4/6/2007 21:04
Voltemos ali acima para correções necessárias:
..., já em 2006,
foi postado por uma overamiga...
...há quase um ano.
Se Dyonélio me pega fazendo destas, me puxa os pés.
Perdão, gente.
tinha o livro. mas acabei perdendo. o que sei, pouco, é que me parece que tinha alguma relação com a época de Getúlio e de seu governo mão de ferro (daà as citações a uma tal prisão a detenção meio sem nexo que rola no livro)
SILVASSA · Salvador, BA 4/6/2007 21:32
A foto é maravilhosa.
Fiquei com vontade de conhecer a obra do Dyonélio!!!
Abçs!!!
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